UM TROFÉU OU DIGNIDADE ?

Tenho visto nas redes  sociais frases de zombaria sobre a   desclassificação da seleção japonesa  durante a copa , os comentários são de que o  país,  por priorizar  a saúde e  educação da população,  tem resultados poucos expressivos no futebol com relação a outros países.

Enquanto o Brasil, as autoridades estão se gabando que às  véspera de encerrar o mundial,  conseguiram organizar e acolher  a magnitude do evento  sem grandes atropelos. Em prol dos jogos, feriados foram decretados, férias  escolares antecipadas e  estabelecimentos comerciais fechados   para celebrar a seleção pentacampeã.

Espera-se a vitória do Brasil,  e   a comemoração    da população serve de  motivo  para  futuros discursos sensacionalistas de campanhas. Vencer o mundial em casa   deixaria  a população momentaneamente em êxtase com a “competência”  organizacional do atual governo.

No entanto, acaba a copa, fica a taça, ou a sua réplica  exposta num lugar estratégico por   muitos e muitos anos, isso se algum  espírito contrário  valendo-se das brechas de segurança, resolva  desaparecer  com ela.

O fato é que, com  ou sem taça, o “progresso e louros” anunciados com esse evento não parecem  aliviar as batalhas diárias  da classe trabalhadora, ainda que o discurso seja contrário. Habitamos  um país com riquezas incalculáveis  e nem por isso, usufruirmos como deveriamos, ou pagamos menos  impostos.

O sucesso do mundial  ou  talvez a conquista da taça,  pode  trazer  muitos sorrisos e corações bombando de emoção, mas fica distante dos resultados positivos do Japão quando o assunto é saúde e educação. Nesse caso, cada um se gaba com o que tem, ou como pode.

Fica as indagações: Mais vale minutos de emoção ou salários compatíveis com a inflação? Usufruir de serviços públicos de qualidade ou assistir a bola girando em campo? Um amor ou uma atração? Uma gota ou  a chuva? Uma flor ou um jardim?  Seriedade ou corrupção? A vitória de uma partida ou  um  troféu anticorrupção?  Deem as suas respostas…