Um pouco de tudo que me incomoda.

Acho o mundo.

 Extremamente chato.

Tudo me incomoda.

O dia à noite.

A burrice e a sabedoria.

A Física e a Filosofia.

 Tudo me incomoda.

 Menos deus.

Simplesmente por não existir.

Por ser a total ilusão.

Motivo pelo qual sou livre.

Incomoda o liberalismo.

Como também o pensamento.

De esquerda.

Incomoda o marxismo.

As teorias de Freud.

Os princípios.

Da teoria da relatividade.

Einstein.

A incerteza de Heisenberg.

 Mas não a teoria da evolução.

De Darwin.

Incomoda-me Platão.

Com seus princípios.

Da reminiscência da alma.

Gosto de Aristóteles.

Não o redescoberto.

Por Averrois.

A destruição da destruição.

Aristóteles destruiu Platão.

Por imagina-lo louco.

Averrois destrói Aristóteles.

Pelo mesmo ter destruído Platão.

Averrois me incomoda.

Como santo Agostino.

Santo Tomás de Aquino.

Um gênio?

Que Gênio?

Copiou Averrois.

Tomas de Aquino.

Incomoda-me.

Também.

Como incomoda.

Descartes.

Incomoda-se um pouco.

 As ideias.

De Locke.

 Não na sua complexidade.

Incomoda Nietzsche.

Mesmo que seja parcialmente.

Com sua ideologia.

 Do super Homem.

Mas gosto quando pensa.

Que a verdade é uma questão.

De proporcionalidade.

 Entre os erros e ela mesma.

E quando entende.

Que a matéria retorna.

Eternamente.

Mesmo sabendo.

Que esse retornar.

É a mais absoluta.

Chatice.

Incomoda Galileu.

Mas imagino um gênio.

 Por descobrir que no espaço.

 O peso não altera a velocidade.

De um determinado corpo.

Se os astrofísicos.

Soubessem a extensão dessa lei.

Não diria que o universo.

Está em expansão.

 E muito menos.

Newton formularia.

 A sua lei gravitacional.

Confesso que Newton.

Era racionalmente maluco.

Se tivesse percebido.

Que no vácuo existe a ausência.

Da gravidade.

Não teria formulado a gravidade.

Proporcional à relatividade.

Do movimento de um objeto.

Pela qualificação do seu eixo.

 Com efeito, tudo que está.

 Fora da relação do movimento.

De vácuo.

Teria que estar em uma área.

Cujo fundamento dela mesma.

Seu movimento de eixo.

Isso faz com que todo objeto.

Solto na relação proporcional.

Da área em referencia cai.

No  espaço da mesma área.

Isso não é gravidade.

Por isso Newton também.

Incomoda-me com sua teoria.

Do mesmo modo Einstein

Com sua teoria da relatividade.

 Um mal entendedor de Filosofia.

Motivo pelo qual Einstein.

Incomoda-me profundamente.

O que é teoria da relatividade.

Filosoficamente.

O fundamento dela.

Um determinado fenômeno.

Em estudo.

O objeto tem a sua realidade em si.

Mas não manifesta ao sujeito.

Totalmente.

Que deseja compreendê-lo.

O sujeito que compreende.

Projeta no objeto em análise.

Suas qualificações sintéticas.

Como o objeto é maior.

Que a síntese do sujeito.

O objeto é compreendido parcialmente.

Nada disso é anormal.

Não é o fenômeno que é relativo.

Mas a epistemologia do seu entendimento.

Motivo pelo qual Einstein me incomoda.

Do mesmo modo.

A teoria da velocidade da luz.

É tão simples seu entendimento.

A luz uma vez exposta.

Ela tem a mesma lógica.

Da água que cai numa cascata.

O individuo imagina que água.

Está caindo numa velocidade.

Determinada.

Quando de fato está parada.

Mas como água chega até ao solo.

Imagina se que água da cascata.

Movimenta em determinada.

Velocidade.

Do mesmo modo a luz

Os fótons de hidrogênio.

Em direção a terra.

Tem a mesma lógica.

Do movimento da água.

Ela está parada, mas aparece.

Como tivesse caminhando.

Numa certa velocidade.

Em relação à luz.

O equivoco nasce do movimento.

Da terra em seus eixos.

Como a terra.

Muda de lado.

Projeta seu oposto em direção.

A luz.

Nessa oposição seguindo.

O movimento da oposição.

Provoca-se o fenômeno da noite.

Quando a terra volta ao seu contrário.

Parece que a luz chega até a terra.

Como se os fótons de hidrogênio.

Estivesse movimentando.

Motivo pelo qual Einstein.

Incomoda-me profundamente.

Como incomoda outras ideias.

 Entre elas.

Como se o universo.

Fosse eterno.

Tivesse resultado.

Da teoria da big bang.

 Esquece que o universo.

Rege por princípios indeterminados.

Que leva entropicamente.

Sua eterna destruição.

 E que essa destruição será desenvolvida.

Pela queima dos sóis e das estrelas.

O universo acaba.

Como tudo que está dentro dele.

 Mas das suas próprias.

Cinzas recomeçam.

Motivo pelo qual o tempo.

Não existe.

A existência do tempo.

É apenas uma convenção.

 Do movimento da noite.

E naturalmente também do dia.

Tudo que existe.

Na perspectiva da energia da natureza.

Autodestrói-se e se refaz novamente.

A verdadeira finalidade de tudo.

É repetir eternamente essa dança.

 Até que tudo que está nela.

Exaure-se notoriamente.

O mundo é apenas o engano do tempo.

Mas se não fosse ele.

Não saberíamos programar a nossa.

Insubstituível existência.

Edjar Dias de Vasconcelos.