Observa-se na atualidade uma enorme oferta de oportunidades de estudos em EAD, porém o sucesso só é garantido se houver investimento.

Para obter-se o sucesso tão almejado necessita-se de um desejo, ou seja, é necessário refletir bem atentamente se realmente é algo que se está disposto a dedicar-se porque existe um estigma que a EAD é algo muito fácil e sabe-se que essa afirmativa não é verdadeira.

Ser aluno de EAD exige esforço, dedicação e principalmente organização. Por isso hoje em dia esse aluno está sendo inclusive muito requisitado nas empresas. Está se percebendo que o aluno que consegue com seu próprio esforço aprender vai conseguir levar para casa um manual, por exemplo, com informações importantes para o seu cotidiano profissional e aprenderá, porque, de certa maneira, ele acostumou-se a estudar desse jeito, achando alternativas de entender o que leu e usar, então, na sua prática. É um aluno leitor, consequentemente consegue interpretar muito bem os ensinamentos, pressupõe-se.

Algumas instituições oferecem além do material online ou impresso também a tutoria de um professor qualificado para ajudar na caminhada do aluno, oferecendo inclusive um atendimento semanal presencial, onde o aluno dirime suas dúvidas e troca informações/conhecimento.

Deduzo, por experiência própria, que esse é o momento mais "rico" do estudante, porque ele, ao manter o contato com algum mediador "fisicamente" ele não vai se sentir tão inseguro e confirmará sua aprendizagem. Fazendo uma analogia, é como se fosse uma estrada a seguir e alguém orientando para onde ir, se está se caminhando corretamente para não doer tanto os pés, se vai se chegar ao lugar desejado, como fazer, etc. Essa estrada é solitária, mas às vezes alguém entra em cena para orientar o percurso e enfim impulsionar para se chegar ao fim, porque o fim é o seu desejo, é o seu sonho realizado.

Cabe ao professor tutor impulsionar toda essa vontade, toda essa condição do aluno. Sua tarefa não é tão fácil também porque além de direcionar, organizar, orientar, muitas vezes tem que acolher. Acolher para poder seguir. É o vínculo, o elo que liga o professor ao aluno. Aquele que o aluno pode contar, que vai auxiliá-lo tanto cognitivamente quanto emocionalmente, porque ali estão seres humanos, dotados de toda uma "parafernália" de regras advindas da sociedade que devem ser seguidas. Essas regras muitas vezes são pesadas e nem sempre se tem com quem contar.

Nesse contexto encontra-se o professor tutor, que, como diz o título desse texto, ao dar um pouco de si também recebe um pouco do aluno. Aprendizagem é isso, uma troca e não somente entre professor/aluno, mas também entre os colegas. Essa convivência é muito saudável e necessária para que exista o aprendizado.

Deve-se ter consciência de que todos somos pessoas com toda sua bagagem, portanto, pode-se afirmar também, que somos portadores de diferentes sentimentos, diferentes passagens, a todo momento. Por isso então, tão necessário o aconchego, uma atenção especial, uma proximidade. Nem que seja por uns momentos.

O ensino oferecido presencialmente não garante sozinho também a aprendizagem. Muitas vezes o aluno vai para a instituição pensando em aprender e nem sempre isso acontece porque diferentes fatores intervém nesse instante. Ou seja não há garantia de ensino se não há interesse e desejo de todos os envolvidos.

Sabemos que não estamos lidando com máquinas pensantes. Muitas vezes o professor ensina o conteúdo, acha que o aluno aprendeu, mas nem sempre isso acontece. Nesse momento ou ele acolhe o aluno e o ajuda na sua aprendizagem ou ele simplesmente ignora essa situação. O que mais se vê é a última situação, gerando uma frustração sem tamanho. O aluno então está sozinho. No ensino presencial e sozinho.

Esse texto é um alerta para que pensemos onde vamos e o que queremos e de que maneira podemos ir. Se temos oportunidades devemos ir e aproveitar, "sem sombra de dúvidas". Isso exige então a tão famosa paixão, aquilo que nos move.

Concluindo penso que devemos valorizar os alunos de EAD por toda a sua força, convicção, empreendedorismo e firmeza em seus propósitos e também seus professores tutores, que tem sim um percentual relevante em sua formação.

Juntos, como sempre e cada vez mais, professor e aluno poderão com seu elo indissolúvel alcançar seus objetivos. É puramente questão de união de forças.

Portanto, não há outro jeito. O jeito é caminhar emaranhados numa mesma sintonia.