FABRA

Faculdade Brasileira

MARLON ANTÔNIO PEREIRA DE SOUZA

UM OLHAR SOBRE OS PARADIDÁTICOS: QUESTÕES RELEVANTES NA ESCOLHA DOS LIVROS

SERRA

2012 

MARLON ANTÔNIO PEREIRA DE SOUZA

UM OLHAR SOBRE OS PARADIDÁTICOS: QUESTÕES RELEVANTES NA ESCOLHA DOS LIVROS

Pesquisa da prática pedagógica apresentada ao Curso de Letras – Português – 2ª graduação da Faculdade Brasileira – FABRA – como requisito avaliativo.

SERRA

2012

1 INTRODUÇÃO

Inicia-se este trabalho com argumentos de como que foi definida a história dos livros didáticos, pois, há muitas informações sobre a natureza dos livros paradidáticos, pois, há autores que dizem ser pertencente à arte literária e outros dizem pertencer à área pedagógica. Porém o que se sabe de verdade é que conceituar literatura e arte pertence à Antiguidade Clássica, quando se pode questionar sobre a utilidade ou a ludicidade destes livros paradidáticos.

Assim, pode-se afirmar que a história do livro infantil confunde-se com a da literatura infantil, pois, ambas são da mesma época, ou seja, pertencem ao fim do século XVII, pois, antes disso, não existia “infância” e a criança participava de todas as atividades e de todos os eventos dos adultos, porém sem a configuração de nenhum laço amoroso.

E nesta concepção é que começa a ter um delineamento sobre a verdadeira história da literatura ainda no início do século XVII no qual nesta época a criança passa a ser considerada como um ser com características bem diferentes das de um adulto, ou seja, com características próprias.

E é por este motivo que muitos concordam de que a escola ajuda na preparação para a vida adulta dessas crianças, pois os primeiros livros infantis foram escritos por professores e pedagogos. Portanto, esses livros estavam diretamente relacionados a uma função utilitário-pedagógica e, por isso, começaram a ser considerados uma forma literária menor, preconceito que existe até os nossos dias, em se tratando dos livros paradidáticos, já que as escolas, simplesmente, impõem aos alunos o livro a ser lido por toda a turma.

E ainda sobre esse tema pode-se afirmar que dentro do contexto da literatura infantil há implicação da função pedagógica com a ação educativa do livro sobre a criança, visto que de um lado há uma relação-comunicativa do leitor com a obra e de outro há vários mediadores que interceptam a relação livro–criança: família, escola, biblioteca e o próprio mercado editorial. 

Estes agentes controladores de usos dificultam à criança, a decisão e a escolha do que e como ler. Então o que se pode questionar é se estes fatores são os responsáveis pelo afastamento da criança pelo gosto da leitura. Portanto, é importante mudar as relações entre a literatura e o ensino para que haja um intercâmbio saudável entre os dois, pois não se pode ignorar que a escola é um espaço onde muitas crianças têm seu primeiro contato com os livros infantis, quer paradidáticos, quer não.

2 DESENVOLVIMENTO

De acordo com as idéias de Cunha (2002) não se deve confundir o gênero da literatura a ser trabalhado, não usando métodos que possam vir a prejudicar a saúde de cada educando, pois, o texto paradidático tem uma função determinada, uma finalidade, tratando de um assunto específico ou complementando o livro didático.

O que todo professor quer é ter a justificativa deste trabalho, já que um livro paradidático será sempre informativo, mesmo que seja de uma forma divertida. Portanto, nem toda obra literária infantil é paradidática. Para tanto é que Parreiras (2001) já consegue distinguir o livro informativo do paradidático, explicando que o segundo é o livro com exercícios, com fichas de leitura, uma justificativa que nos parece inusitada segundo dispõe.

O livro de não-ficção, chamado de livro informativo é diferente do livro paradidático, pois, sua função é a de informar a criança através de funções ligadas à escola, com exercícios ao final dos capítulos e o livro informativo, por sua vez além de servir para a leitura, serve para a consulta da criança, enriquecendo o imaginário com informações, descobertas e curiosidades (CUNHA, 2002).

Antes mesmo de a criança entrar na escola, ela já desenvolve suas construções mentais sobre a leitura e a escrita e por causa disso não se limitam a receber de forma passiva todos estes conhecimentos visto que muitas são as abordagens disponíveis no mercado, que vêm crescendo na última década, como o meio ambiente, as artes, o funcionamento das coisas (corpo humano, máquinas, etc.), a história do País.

Os temas apresentados pelos livros devem abranger a cidadania no qual cada aluno deve se conscientizar desde pequeno de que a vida é bela e que os tabus devem ser quebrados e em seu lugar que se construa um bom lugar de cada pessoa na sociedade. Porém nem todos os livros podem ser considerados como fonte de informação, pois, a informação é apresentada apenas como algo lúdico, o que faz com que as obras literárias sejam mescladas (CUNHA, 2002).

 

Há ainda os livros de literatura infantil onde as crianças aprendem a ler e a escrever brincando, principalmente os que fazem parte do “Sítio do Picapau Amarelo”, que sabem misturar a informação e a magia. Mas, para que estes livros possam ser bem trabalhados pelos professores é importante entender o espaço conceitual e a razão de ser de cada livro pertencente a obra de Monteiro Lobato (MEDEIROS, 2004).

Por isso que Medeiros (2004) explica que o mais importante na escolha dos livros paradidáticos é observar se o mesmo pode ser utilizado como instrumento de aperfeiçoamento lingüístico ou como modelador de comportamento. Caso isso aconteça, é sinal de que o livro paradidático ao ser usado pelo professor vai encantar e chamar a atenção, principalmente dos alunos menores.

Portanto, de acordo com a forma de recepção dos leitores e do envolvimento com os livros escolhidos, é que Bragatto Filho (1995, p. 14) enfatiza que:

Ao se identificarem com o texto, entregando-se ao mesmo ou ao discordarem dele, propondo novas e diferentes leituras, elegem infinitas possibilidades de funções ao texto literário: com ele, aprende-se, reflete-se, compara-se, discerne-se, questiona-se, investiga-se, imagina-se, viaja-se, emociona-se, diverte-se, amadurece-se, transforma-se, vive-se, desenvolve-se a sensibilidade estética e a expressão lingüística, adquire-se cultura e se tem contato com as mais diferentes visões de mundo.

O professor pode envolver a criança na história do livro paradidático a ser contada e assim conquistá-la. Para isso existem várias formas de motivar a criança a ler e os livros que são mais ilustrativos, com letras grandes e coloridas são mais chamativos e mais fáceis de serem aceitos pelas crianças que estão em fase de aprendizado da leitura e da escrita.

Bragatto Filho (1995) diz que se aprende com os livros informativos, que ler não é só uma atividade estática, mas dinâmica, na qual o leitor vai e volta na leitura, consulta, pesquisa, observa e descobre uma gama de informações que só os livros trazem. O livro informativo não possui maior ou menor valor que o livro de ficção, pois, ao se passar uma informação se está prestando um serviço de esclarecimento ao leitor, como um dicionário ou uma enciclopédia, porém com linguagem adequada, com ilustrações e texto que prendem o leitor, tornando a leitura um deleite.

 

Por isso que se acredita no relacionamento do pequeno leitor com o objeto livro, ou seja, com o livro informativo que vai além do contato na escola, pois o interesse em se aprofundar e desvendar determinados assuntos, muitas vezes polêmicos, não pode ainda continuar sendo exclusividade das escolas.

Ainda neste aspecto temos o pensamento de Parreiras (2002) quando menciona que o livro informativo não é exclusividade da escola, ele pode e deve ser introduzido nos lares, pois, para a criança, o livro é como uma caixa de surpresas, em que a cada página uma nova informação chega ilustrada para estimular a curiosidade, o interesse do leitor.

É claro que, na escola, o livro informativo é um auxílio importante para a educação das crianças, sem tirar o espaço do livro de ficção, pois cada um cumpre uma função diferente. Porém muitas vezes o livro de ficção não sustenta o arsenal de informação necessário para uma pesquisa da criança. Por isso, o livro informativo é importante no acervo das crianças e dos jovens (PARREIRAS, 2002).

Assim, pode-se dizer que os livros paradidáticos, se bem elaborados do ponto de vista estético e se devidamente vivenciados, podem encantar as crianças, e muitas vezes tornarem-se seus preferidos. E para enfatizar esta opinião é que citamos uma fala de Cecília Meireles quando nos diz que: “A literatura melhor é a que as crianças lêem com prazer”.

Segundo Ferreiro (2004) uma boa leitura nos dá a segurança na construção da linguagem clara dizendo o que queremos dizer e em conseqüência uma boa informação nos garante um nível satisfatório de argumentos, pois, todo bom leitor tem a sua abordagem individual, mas o melhor método, sem dúvida, de extrair o máximo de um livro é o de lê-lo várias vezes.

Ferreiro (2004) ainda adianta que a leitura é importante em todos os níveis educacionais. Portanto, deve ser iniciada no período da alfabetização e continuar nos diferentes graus de ensino e que a mesma constitui-se numa forma de interação das pessoas de qualquer área do conhecimento.

 

A leitura é uma atividade fundamental a qualquer área do conhecimento. Está intensamente ligada ao sucesso do ser que aprende além de permitir que o homem se situe com os outros e de possibilitar a aquisição de diferentes pontos de vista e ampliação de experiências (FERREIRO, 2004).

A leitura pode ainda ser considerada como um recurso próprio para combater a massificação executada principalmente pela televisão, ficando evidente que para o aluno, o livro ainda é um importante veículo para a criação, transmissão e transformação da cultura.

Através do hábito da leitura, o aluno pode tomar consciência das suas necessidades, promovendo a sua transformação e a do mundo no qual o livro passa a ser considerado como um recurso de ensino valioso. No entanto, o livro ainda não é tão popular como o giz, o quadro negro, o lápis e o caderno, porém é grande o número de livros aditados com inúmeros títulos diferentes que poderiam se bem utilizados, concorrer para a melhoria da qualidade do ensino (FERREIRO 2004).

Por isso que Palheiras (2002, p. 45) enfatiza que:

O professor tem a liberdade de escolher as obras didáticas para seus alunos em função do conhecimento que tem dos livros, da escola e dos alunos. Pode ainda usar de materiais impressos para o ensino de sua disciplina: dicionários, revistas, jornais e outros e, até mesmo, elaborar seus próprios textos, incentivando assim as muitas formas de ler.

Faz-se necessário lembrar que a educação do Ser Humano envolve sempre dois fatores, a formação e a informação. Por isso, os conhecimentos transmitidos às novas gerações devem ser trabalhados com os valores e costumes para que ocorra a sobrevivência e evolução da cultura e os textos utilizados para a realização de objetivos educacionais tanto para formar como para informar.

Por isso pode-se dizer que a aprendizagem da leitura sempre se apresenta intencionalmente como algo mágico, senão enquanto ato, enquanto processo da descoberta de um universo desconhecido e maravilhoso, pois, o certo é que ninguém educa ninguém como tampouco ninguém educa a si mesmo; os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo (FREIRE, 1985).

 

Na verdade Freire (1985) diz que numa melhor reflexão ninguém ensina ninguém a ler. O aprendizado se desenvolve na convivência, cada vez mais com os outros e com o mundo de forma natural. É um mistério que para o campo pedagógico tem a vê com a magia, com a imaginação atrelada a realidade de cada um.

2.1 A EDUCAÇÃO E OS LIVROS PARADIDÁTICOS

Desde os tempos mais antigos, por volta do século (XV), as crianças eram vistas como miniaturas de adultos e não recebiam uma educação voltada para seus interesses, mas através da rigidez pertinente a seus pais e foi o livro que trouxe significativas mudanças no contexto social da criança, pois por volta do século (XVII) já existiam textos voltados para a educação das crianças (BARROS, 2006).

Entre os vários autores que já escreviam histórias voltadas para a educação, sempre baseando-se nos valores podemos destacar Hans Christian Andersen, que escreveu O Patinho Feio, que retrata a discriminação; O Soldadinho de Chumbo, numa demonstração das diferenças físicas; As Roupas Novas do Imperador, retratando a farsa entre um ladrão que engana o rei, dentre outras.

Nessa época segundo Barros (2006) já podíamos ver a função pedagógica das histórias, a fim de educar as crianças através dos fatos que aconteciam nos contos. Hoje, essas não possuem um sentido diferente, pois trazem personagens que agem sem refletir sobre suas atitudes, prejudicando os outros.

Segundo os (PCNs – Parâmetros Curriculares Nacionais), os livros paradidáticos têm exatamente a função de oportunizar aos professores o desenvolvimento de trabalhos voltados para valores como: bondade, amizade, respeito, honestidade, ecologia, meio ambiente, poluição dentre outros.

E Barros (2006) ainda diz que a intenção dos livros deve ser a de trabalhar o lúdico, sem deixar que as crianças percebam outro sentido nos mesmos, pois, caso, o professor dê muita ênfase aos valores morais das histórias, elas poderão tornar-se chatas para os alunos, criando uma aversão pelas mesmas e distanciando-se dos livros literários.

 

Em A Galinha Ruiva, recontado por (Elza Fiúza), pode-se mostrar o quanto é importante as pessoas se ajudarem, para depois manterem uma amizade saudável. Lalá a Latinha de Lixo, de (Socorro Miranda), apresenta uma abordagem sobre a poluição e a reciclagem do lixo. No livro Se Ligue em Você, tio Gaspa fala de uma luzinha que todo mundo tem dentro de si, que acende e apaga, dependendo das emoções que sentimos. Na coleção de Brian Moses e Mike Gordon, em quatro volumes, encontramos valores como convivência e educação, responsabilidade e solidariedade, respeito e mentira e desprezo.

Desta forma, a sala de aula serve de instrumento para um trabalho educativo de qualidade, desenvolvendo valores éticos e morais nos alunos, trazendo discussões acerca de fatos que acontecem no nosso cotidiano, fazendo com que repensem suas atitudes com os colegas, professores e família (BARROS, 2006).

De acordo com as idéias de Araújo (2003) o hábito da leitura entre as crianças está sempre relacionado a terceiros. Além da fundamental influência familiar, é na escola que a alfabetização e a convivência com os livros são aperfeiçoadas. No caso da rede pública de ensino, além da figura dos professores, que orientam o contato com os livros, os responsáveis pela aquisição dos títulos também passam a fazer parte desse processo.

Mas quais os critérios utilizados nessa seleção? A criança tem poder de escolha? E como fazer uma crítica à qualidade do gênero infantil na literatura?. Para muitas crianças, os livros paradidáticos, indicados pelas instituições de ensino, são as primeiras leituras (ARAÚJO, 2003).

Araújo (2003) argumenta que os critérios de escolha de livros para o público infantil devem girar em torno da diversidade dando prioridade a liberdade da criança de poder escolher seus títulos. Assim, é importante que as escolas tenham uma lista grande de livros para que as crianças tenham várias opções de escolha.

No universo escolar, além da diversidade, todo o discurso pedagógico culmina no conceito de adequação onde autores e editores precisam estar atentos a uma série de características que enquadrem o livro como o adequado, o correto, pois, tanto a produção textual quanto o projeto gráfico, principais quesitos analisados, precisam sempre ser compatíveis com o nível de compreensão da criança, respeitando suas limitações.

Para uma criança muito pequena é difícil trabalhar com livros de muitas cores e desenhos. O pequeno precisa identificar aos poucos o que está vendo e gêneros como o conto e a poesia valorizam o imaginário infantil, resgatando as histórias da tradição oral e o ´era uma vez´".

Quanto ao texto, a correção gramatical é avaliada, mas, além disso, as palavras precisam estar ligadas ao cotidiano das crianças e a quantidade de palavras e frases e até tipologia adotada estilo e tamanho das letras das palavras também são analisadas (ARAÚJO, 2003).

Skeff (2004) é outra estudiosa neste tema e nos diz existir diferenças na escolha dos livros paradidáticos nas escolas públicas e particulares de nosso País onde nas escolas particulares os alunos possuem certa autonomia e muitas delas realizam pequenas feiras dentro das salas de aula, para a escolha dos livros a serem lidos durante o ano letivo.

Já nas escolas públicas a realidade é um tanto diferente. Livros existem, muitos, pré-definidos por programas de aquisição adquiridos pelas Secretarias de Educação, mas a apresentação dos livros aos pequenos exige mais esforços e em muitas cidades do interior brasileiro, a escola é o único lugar de contato da criança com o livro. E ainda é grande o número de pais que sequer sabem ler ou nunca adquiriram um livro, pois, para estas famílias não é fácil tirar trinta ou quarenta reais de um orçamento apertado para comprar um livro infantil de vinte páginas (SKEFF, 2004).

Agora sobre a estética e qualidade literária dos livros infantis Skeff (2004) diz que em se tratando de livros para crianças da educação infantil ou ensino fundamental inicial, há um cuidado maior, porém a mesma condena, no entanto, livros que demonstrem traços de discriminação, que de alguma forma firam preceitos éticos.

Para Skeff (2004), o livro infantil tem de necessariamente estar ligado à formação cidadã. Ele precisa orientar a criança, auxiliá-la na compreensão do mundo e ainda faz um alerta sobre o aumento vertiginoso de volumes infantis no mercado que vem dificultando uma boa escolha por parte dos professores, pois, existem livros de todos os jeitos, com luzes, auto-relevo, peças montáveis, mas que se preocupam muito pouco com a qualidade literária e gramatical até. Alguns têm histórias rasas, pouco elaboradas, outros não têm, por exemplo, um vocabulário rico, instigante para as crianças.

E Skeff (2004) ainda diz que: a literatura infantil não precisa ter obrigatoriamente uma intenção pedagógica, mas os livros escolhidos para serem trabalhados em sala de aula, sim. Estes precisam conter um ensinamento, mas a literatura é livre, pois, existem obras infantis feitas apenas para o divertimento, mas, que são leituras de grande importância para a criança.

Todo livro paradidático segundo Skeff (2004) deve ter como objetivo principal o aprofundamento e a ampliação de um determinado tópico ou tema do conteúdo de uma ou mais disciplinas além de auxiliar o ensino e a aprendizagem. Oportuniza ao leitor uma leitura individual e freqüentemente facultativa e contribui na busca dos objetivos e no desempenho das funções que tem o livro didático.

O livro paradidático quando bem escolhido pelos professores pode se transformar em uma alternativa valiosa ao dispor dos professores, possibilitando a estes que possam exercer sua autonomia e liberdade para ir além dele, enriquecê-lo e ampliá-lo (SKEFF, 2004).

 

 

 

 

 

 

 

 

3 CONCLUSÃO

Este tema é muito importante, pois, passa para os professores e demais segmentos da escola que tem ligação direta com os livros didáticos e paradidáticos que são escolhidos para serem usados durante o ano letivo da necessidade de uma boa escolha, escolha esta que deve levar em consideração a inclusão de valores, de princípios a serem trabalhados pelo professor em sala de aula de acordo com a faixa etária e série.

Sabe-se que há pouco tempo que se começou a dar atenção de como que é feita a escolha dos livros didáticos, pois, se deve levar em conta que há diferenças significativas nos livros adotados pelas escolas públicas e pelos livros escolhidos pelas escolas particulares, situação esta que não deveria acontecer, pois, como se diz, “ser direito de todos a uma boa educação”, isto devia valer para os livros também.

Mas, nunca é tarde para se abrir os olhos e alertar aqueles que estão a frente da escolha destes livros para que não escolham apenas pelo livro ser mais barato ou por ser mais colorido, mas, que possam avaliar o conteúdo e ter a certeza de que o livro paradidático escolhido fará a diferença na vida de cada aluno, pois, através de uma boa leitura se pode conquistar uma criança e motivá-la a ler cada vez mais, ou seja, fazer com que o hábito pela leitura se torne uma rotina na vida de cada aluno.

E para solidificar mais ainda este laço intelectual, o professor pode usar de vários artifícios para motivar a criança a ler desde a fase da alfabetização, e assim fazer com que mais alunos gostem de ler e possam ter mais facilidades em todas as disciplinas, pois, independente da língua portuguesa, é importante que se saiba interpretar o enunciado da questão para entender o seu propósito, e um bom leitor se faz a partir dos primeiros anos escolares.

 

 

 

4 REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Nayara de. O livro paradidático visto sobre um olhar contemporâneo. 3°. Ed. São Paulo: Ática, 2003.

BARROS, Jussara de. A educação e os livros paradidáticos. 4°. Ed. São Paulo: Atual, 2006.

BRAGATTO, FILHO, Paulo. Livros paradidáticos: Criticidade, leitura, experiências. 3°. Ed. São Paulo: Scipione, 1995.

CUNHA, Paulo. Livros paradidáticos: É o aprender brincando. 3°. Ed. São Paulo: Moderna, 2002.

FERREIRO, Emília. A boa escolha de um livro paradidático auxilia no desenvolvimento intelectual. 3°. Ed. Rio de Janeiro: Cortez, 2004.

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: Em três artigos que se completam. 8°. Ed. São Paulo, Cortez, 1985.

MEDEIROS, Tereza, Cristina, Lopes. Livros paradidáticos: Pedagogia, ensino, educação. 2°. Ed. Rio de Janeiro: Atual, 2004.

PALHEIRAS, Luiz. Como escolher os livros paradidáticos?. 3°. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.

PARREIRAS, Ninfa. O livro paradidático, a escola e o professor. 4°. Ed. São Paulo: Atlas, 2001.

SKEFF, Fabiana. Leitura: Perspectivas interdisciplinares. 3°. Ed. Rio de Janeiro: Moderna, 2004.