UM ESTUDO DE CASO DAS OPORTUNIDADES DE CARREIRA DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO 

Elisângela Cristina Canuto[1] 

RESUMO 

A realidade da segunda década do século XXI insere a Pedagogia em um novo contexto político, econômico e social, pois é uma ciência ancorada na teoria e na prática que investiga a natureza e propõe atividades educativas de intervenção com metodologias adequadas. A formação de Recursos Humanos tem sua relevância social para que ocorra uma educação de qualidade nas instituições que prestam serviços, independente se é formal ou não formal. Para tanto, tornou-se necessário compreender a estrutura do fenômeno pedagógico, sua prática social e a formação do Pedagogo para que se possa pensar uma nova configuração de política educacional.  Na contemporaneidade cada vez mais há exigências de pessoas atualizadas para dar conta de uma determinada demanda laboral, pois se vive numa era de Universidade do conhecimento. O objetivo do artigo foi investigar as oportunidades de atuação do Pedagogo em espaços não formais de educação bem como, suas práticas pedagógicas dentro das organizações empresariais junto com a equipe de Gestão de Pessoas (RH) e Treinamento Pessoal. Buscou-se por meio da pesquisa bibliográfica e estudo de caso analisar a prática pedagógica do profissional Pedagogo atuando em diferentes espaços de Educação. Foi aplicado um questionário com doze questões abertas com o intuito de colher informações dos profissionais atuantes em espaços não formais de educação para a realização deste trabalho qualitativo.

Palavras chave: Educação formal – Educação não formal – Pedagogia Empresarial.

INTRODUÇÃO 

A realidade da segunda década do século XXI insere a Pedagogia em um novo contexto político, econômico e social, pois é uma ciência prática que investiga a natureza e propõe práticas educativas de intervenção com metodologias adequadas. Devido o desenvolvimento social e econômico, surgem novas possibilidades de formação, novas estratégias de ensino e novos desafios para acompanhar o desenvolvimento capitalista. A escola já não está dando conta sozinha para atender essa demanda. Precisa-se planejar um novo currículo que supra as necessidades do mercado vigente com objetivos mais definidos para a inserção do aluno no mercado de trabalho.

A formação de Recursos Humanos tem sua relevância para que ocorra uma educação de qualidade. Para isso, torna-se necessário compreender a estrutura do fenômeno pedagógico, sua prática social e formação do pedagogo para pensar numa nova configuração de política educacional que favoreça e incentive gestores de pessoas compromissadas com a mudança, o que beneficiará os envolvidos nesse processo educacional.

Pretende-se fazer uma abordagem da política de Recursos Humanos para a educação formal e não formal. Uma vez compreendendo que a educação formal é fundamental na vida de uma pessoa, a educação não formal passa a ser imprescindível para a formação continuada do ser humano. Nesse novo cenário econômico e educacional, há uma forte necessidade de se adquirir uma visão global de sociedade, pois a função social da escola é passar essa ideia.

 A pesquisa investigou se há possibilidades de atuação para o pedagogo em espaços não formais de educação na cidade de Foz do Iguaçu. Procurou-se identificar a prática social da Pedagogia na empresa, conceituar e definir o que são espaços não formais de educação e analisar o significado social da Pedagogia.

Assim, propor reflexões sobre a mudança das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia, a valorização e necessidade de se ampliar o conceito de educação, oportunizando professores de sair das salas de aulas para atuarem em diferentes espaços que desenvolvem algum tipo de ação educativa. O pedagogo empresarial pode trabalhar com Gestão de Pessoas e com treinamentos de capital humano. Essa nova função desenvolvida pelo pedagogo empresarial possibilita que ele traga cursos para a empresa que estará atuando e desenvolvendo ações educativas nesses espaços organizacionais. Também que o mercado atual está cada vez mais competitivo e que profissionais de todas as áreas têm a necessidade de se especializar para melhor prestar seus serviços para as pessoas.

1. A CONSTITUIÇÃO DE CARREIRA DO PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS 

As mudanças ocorridas na sociedade globalizaram a economia e a educação. Ambas estão cada vez mais na interdependência, pois, uma depende da outra. Percebe-se que para alavancar o desenvolvimento econômico de um país há necessidade de aperfeiçoamento de seu capital humano. De que forma? Trata-se de uma reflexão acerca dos fatos, dos conhecimentos que não param de cessar, dos novos desafios que surgem. Implica um novo olhar, uma nova configuração, adequar-se a um novo contexto de saberes, habilidades e competências, valores que o pedagogo adquire durante sua especialização acadêmica no que se refere ao saber e saber ser.

No contexto atual surgem novas necessidades que até mesmo o mercado impõe. Assim, a Educação como objeto de estudo da Pedagogia ganha um papel fundamental nesse novo contexto de formar/capacitar pessoas em diferentes espaços de educação. Seja em ambientes de educação formal ou não formal. Segundo Gadotti (2005, p. 2) “a educação formal tem objetivos claros e específicos e é representada principalmente pelas escolas e universidades. Ela depende de uma diretriz educacional centralizada como o currículo.” A educação formal segue um processo mais burocrático e hierarquizado, fiscalizado por um órgão federal, como o Ministério da Educação e Cultura (MEC)

a educação não formal é mais difusa, menos hierárquica e menos burocrática. Os programas de educação não formal não precisam necessariamente seguir um sistema sequencial e hierárquico de “progressão”. Podem “ter duração variável, e podem, ou não, conceder certificados de aprendizagem” (GADOTTI, 2005, p. 2).

A Educação não formal aparece na legislação a partir da década de 90, devido as mudanças na economia, as formas e relações de trabalho. É resultado das novas demandas para a educação, havendo necessidade de mudança no currículo de ensino, pois os antigos conteúdos não supriam mais as novas configurações do perfil exigido pelo mercado. Pensa-se numa educação cultural e mais social, caracterizando-a como educação não formal por estar fora dos muros escolares, atuando em diferentes espaços da sociedade. Para Libâneo (2010, p. 31), “a educação não formal seria a realizada em instituições educativas fora dos marcos institucionais, mas com certo grau de sistematização e estruturação”.

A Pedagogia como campo de conhecimento que se ocupa de um estudo sistemático da educação, não pode ficar de fora da concretude educativa da sociedade. Dessa forma, sua prática social atua na configuração da existência humana seja individual ou grupal, tendo um papel inerente a sua função de realizar nas pessoas características de ser humano, o aprender ser.  A Pedagogia traz seu lado fundamental dentro das organizações, uma vez sendo ela uma ciência instrumental que estuda a própria ação, intervindo nas ações humanas, aperfeiçoando-as na perspectiva de humanização e melhoria em suas relações sociais.

 Conforme Libâneo (2010, p. 60), o pedagogo é um especialista ou um pedagogo escolar. Será que pelo simples fato do pedagogo poder atuar nas mais diversas modalidades de prática educativa na sociedade se constitui como diferente? Nessa perspectiva o autor ressalta:

Considerando-se a variedade de níveis de atuação profissional do pedagogo, há que se convir que os problemas, os modelos de atuação e os requisitos de exercício profissional nesses níveis não são necessariamente da mesma natureza, ainda que todos sejam de prática pedagógica. De fato, os focos de atuação e as realidades com que lidam, embora se unifiquem em torno das questões do ensino, são diferenciados, o que justifica a necessidade de formação de profissionais da educação não diretamente docentes. Ou seja, níveis distintos de prática pedagógica requerem uma variedade de agentes pedagógicos e requisitos específicos de exercício profissional que um sistema de formação de educadores não pode ignorar (LIBÂNEO, 2010, p. 61).

Assim como nas organizações escolares, dentro de uma organização empresarial, o pedagogo também terá como base os quatro pilares da educação: Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Vale a pena ressaltar que seu perfil para a autogestão coletiva é indispensável sejam em espaços formais ou não formais de educação.

Cabe ao pedagogo empresarial auxiliar o desenvolvimento de instrumentos e a capacitação quanto à observação sistemática do funcionário, à obtenção de dados e informações a respeito dos funcionários em termos de seu desempenho, assim como quanto à proposição de medidas com vistas a corrigir os desvios constatados (RIBEIRO, 2010, p. 58).

 Sua ação simultânea, cooperativa de se trabalhar, pode trazer excelentes resultados nos espaços de ações educativas, sua percepção de educador, equilíbrio, o saber negociar, responsável, congruente que transparece através das suas práticas pedagógicas, sua prática mediadora de conflitos, proporcionará uma nova identidade de cultura organizacional.

Nesse sentido é importante repensar sua dimensão pedagógica, propiciar mudança em relação ao ponto de vista de se pensar trabalho pedagógico e a atuação do pedagogo para que esse profissional possa estar atuando não só em espaços de educação formal, mas em espaços não formais também, uma vez que se entende esse profissional como especialista da educação e não somente um docente. Pode-se constatar nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN, 2006) para o curso de Pedagogia uma nova habilitação para o futuro pedagogo, sendo: Pedagogia, Licenciatura, ou seja, Bacharelado e licenciado em Pedagogia. Em seu art. 5, inciso IV, ressalta que o egresso do curso de pedagogia deverá estar apto a: “trabalhar, em espaços escolares e não escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo”.

De acordo com Beillerot, citado por Libâneo (2010, p. 58), “a contemporaneidade mostra uma sociedade pedagógica, revelando amplos campos de atuação pedagógica”.  Entende-se que estamos vivendo numa sociedade amplamente pedagógica, por isso necessita de ações pedagógicas bem definidas e sólidas para dar conta das transformações que estão ocorrendo a cada dia na sociedade.

Salienta a autora Gonçalves, (2009, p. 3), que o pedagogo deverá ser um profissional capacitado para lidar com fatos e situações diversas para atuar em vários segmentos sociais e profissionais, ou seja, um profissional de visão holística. Desta forma, destaca-se a importância da atuação do pedagogo na empresa:

Acreditamos que o pedagogo dentro desse novo horizonte, em que está inserido, deverá beber em várias fontes além da pedagogia, como na área de administração, psicologia, filosofia, para ter acesso a conhecimentos importantes que deverão ser utilizados no espaço empresarial. A pedagogia nos ensina ter um olhar humano, aprender nos conhecer e querer também conhecer os outros nos ensina a planejar, a organizar planos, a sistematizar, a fomentar e elaborar projetos, pontos estes positivos que ajudaram o pedagogo na empresa (GONÇALVES, 2009, p. 2).

Nas empresas, o campo de atuação do pedagogo ainda é novidade. Já vem construindo no âmbito empresarial equipes de trabalho “educacionais” e os pedagogos vão ganhando espaços nas empresas de consultoria. Nesse novo cenário, o pedagogo pode desenvolver e coordenar projetos educacionais voltados para divulgação de produtos ou de cursos, programas de treinamentos, avaliando o desempenho de funcionários, qualificando-os para o trabalho, remanejamento de funcionários conforme suas habilidades e mudança de cultura organizacional na empresa.

Atualmente pedagogos podem estar trabalhando em recursos humanos com outros profissionais das mais variadas áreas.

2. AS OPORTUNIDADES DE CARREIRA DO PEDAGOGO

 

Neste mundo de conhecimentos que estamos vivendo, não nos cabe adquirir somente uma bagagem inicial de conhecimentos, porque as evoluções dos conhecimentos caminham numa direção circular, e este mundo novo, exige-nos uma atualização contínua de saberes.

De acordo com Picawy e Lehenbauer, (2004, p. 11):

A sociedade educativa contemporânea está baseada na aquisição, atualização e utilização dos conhecimentos, já que são essas as três funções relevantes do processo educativo. Com o desenvolvimento da sociedade da informação, em que se multiplicam as possibilidades de acesso a dados e a fatos a educação deve permitir que todos possam recolher, selecionar, ordenar, gerir e utilizar as informações de modo crítico e reflexivo, porque de outra maneira a autonomia não se constituirá.

Compreende aqui, a essência educativa que se multiplica de forma dinâmica. Para tanto, a Pedagogia tem seu papel mediador por estar socializando os conhecimentos socialmente produzidos pelo homem de forma crítica e reflexiva para que ele possa administrá-los com prudência. Citadas por Pimenta (1998, p. 53), referenciam a pedagogia como uma ciência de reflexão, destacando:

A educação, enquanto prática social humana é um fenômeno móvel, histórico, inconcluso que não pode ser captado na sua integralidade, senão na sua dialeticidade. Ela é transformada pelos sujeitos da investigação que se transformam por ela na sua prática social. Cabe aí, na práxis do educador, realizar o estudo sistemático, específico, vigoroso dessa prática social, como forma de se interferir consistentemente nessa prática social da educação, cuja finalidade é a humanização dos homens. A esse estudo sistemático denomina pedagogia, ciência que tem na prática da educação razão de ser ela parte dos fenômenos educativos para eles retornar.

Assim, a Pedagogia é uma ciência instrumental que estuda a própria ação, intervindo nas ações humanas, aperfeiçoando-as na perspectiva de humanização e melhoria em suas relações sociais.

Quando os currículos antigos não suprem mais as exigências atuais, há uma grande necessidade de repensá-lo, pois a sociedade contemporânea vive em diversos níveis, tais como: tecnológico, comunicativo, social e sempre explorando novos conhecimentos. Acompanhando esses avanços de saberes, tantas mudanças ocorridas em nossa “sociedade pedagógica”, desenvolver o seu corpo docente é o desafio para enfrentá-la. Segundo Chiavenato (1999, p. 290) argumenta bem esta questão, destacando

desenvolver pessoas não é apenas dar-lhes informação para que elas aprendam novos conhecimentos, habilidades e destrezas e se tornem mais eficientes naquilo que fazem. É, sobretudo, dar-lhes a formação básica para que elas aprendam novas atitudes, soluções, ideais, conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tornem mais eficazes naquilo que fazem. Formar é muito mais do que simplesmente informar, pois representa um enriquecimento da personalidade humana. As organizações estão se dando conta disso.

Dentro de uma organização, o pedagogo também tem como base os quatro pilares da educação: Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver com os outros e aprender a ser. Desse modo, ele é um profissional capacitado para desenvolver competências necessárias para o sucesso da instituição que atua.

Silva, citado por Gonçalves (2004, p. 252), afirmando que o curso de pedagogia na visão não docente que ocorre em ambientes organizacionais, “deverá ter como objetivo a construção de processos educacionais que garante a participação ativa do trabalhador na sua própria aprendizagem”.

Esse novo profissional contribuirá para o crescimento da empresa através de projetos educacionais e sociais, pesquisas, cursos, capacitações, palestras etc. As possibilidades de atuação do pedagogo: ONGs, hospitais, clubes, organizações privadas e públicas, entre outras que tiver necessidades de ações educativas. O pedagogo neste ponto de vista será um facilitador motivacional, desempenhando um papel fundamental dentro das organizações, proporcionando aos indivíduos de sua equipe um ambiente mais acolhedor, harmonioso, reflexivo e prazeroso para o corpo docente em seu ambiente laboral.

Segundo a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), em seus artigos 61e 64 destaca:

Art. 61 – A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:

I – a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;

II – aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.

Art. 64 - A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.

Desta forma, compreende-se que no século XXI o lema é de onde houver uma prática educativa, se instala uma ação pedagógica. Pois, percebe-se  que ao mesmo tempo em que a Pedagogia forma professores, ela prepara pessoas capazes de compreender, colaborar e atuar em trabalhos de melhoria da qualidade em que se desenvolve a  realidade da nossa educação brasileira hoje, na perspectiva de envolvimento e compromisso com uma formação humana na ideia de transformação social.

Para tanto, a Pedagogia empresarial pode ser uma ótima opção de carreira para o pedagogo, percebendo de que o perfil do pedagogo empresarial têm questões semelhantes da formação que oferece o curso de graduação em pedagogia da Faculdade União das Américas. Assim, Ribeiro (2010, p. 33)

no que diz respeito à Pedagogia Empresarial que uma das metas principais das organizações diz respeito ao desenvolvimento de competências e habilidades, sobretudo àquelas relacionadas à capacidade de resoluções de situações-problema.

Nessa linha de raciocínio, vale ressaltar a importância de um pedagogo em espaços não formais de educação. De acordo com a autora Souza (2011, p. 1), em seu artigo “atuação do pedagogo nas organizações empresariais”, reforça que “compreender esse espaço organizacional como educativo é perceber que educação não se faz somente em ambientes formais de ensino, onde haja reflexões de ações e mediação de conhecimento, está presente a arte de educar”.


 

 

3. A PEDAGOGIA EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS DE EDUCAÇÃO E A VISÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO EMPRESARIAL

 

Na revista T&D (Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas), Eboli (2002, p. 14) afirma que “Adotar um sistema de educação estratégica, nos moldes de uma universidade corporativa, é condição essencial para as empresas desenvolvam com eficácia seus talentos humanos”. Percebe-se que a Educação abrange diferentes espaços educacionais na sociedade e que tanto as empresas quanto as instituições escolares necessita de um modelo fundamentado com os ideais de universidade corporativa para que sujeitos possam entrar na sintonia de gestão democrática e participativa desde a mais tenra infância até a fase adulta de suas vidas. Entende-se universidade corporativa uma educação planejada, estruturada, organizada e sistematizada que favoreça um meio sustentável. Se tratando de instituição escolar, a educação formal, há muito ainda que se pensar numa política de Gestão de Pessoas que reestruture o ensino-aprendizagem e enfatize a formação continuada de educadores, uma vez compreendendo que esses atores sociais são os agentes do conhecimento.

Nas empresas, o Desenvolvimento de Recursos Humanos se dá noutro viés. Sua essência é semelhante com a educação escolar, considerando o trabalho em equipe e troca de experiências, questões de cidadania, metas a seguir e objetivos a cumprir. O que diferencia instituição empresa da escolar é o currículo. A visão empresarial mudou com o intuito de fortalecer a cultura corporativa, valoriza-se o coletivo e não mais o individual. É nesse horizonte que o Pedagogo empresarial entra em cena juntamente com a equipe de Gestão de Pessoas, atuando no treinamento dos envolvidos na empresa como forma de alcançar o sucesso e eficácia de seu capital humano.

Ressalta Eboli (2002, p. 15-19) que “a Universidade Corporativa é um sistema de desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão de pessoas por competências”.  A autora elenca doze princípios e práticas de sucesso para uma boa gestão nos moldes de Universidade Corporativa: 1) Comprometimento da alta cúpula com a educação corporativa e estratégia competitiva; 2) Identificação das competências críticas: empresariais e humanas; 3) Ações e programas educacionais concebidos a partir da identificação das competências críticas (empresariais e humanas); 4) Sistema de gestão do conhecimento estimula o compartilhamento de conhecimentos e troca de experiências; 5) Intensiva utilização da tecnologia aplicada à educação: “Aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar”; 6) Adoção da educação “inclusiva” – público interno e externo; 7) Forte compromisso da empresa com a cidadania empresarial; 8) Veículo de fortalecimento e disseminação da cultura; 9) Líderes e gestores se responsabilizam pelo processo de aprendizagem; 10) Na avaliação dos resultados dos investimentos em educação são considerados os objetivos do negócio; 11) Formação de parcerias com instituições de ensino superior e 12) Venda de serviços, tornando-se um centro de resultados.

A presente pesquisa analisou as práticas e conhecimentos pedagógicos de duas Pedagogas Empresariais atuantes na cidade de Foz do Iguaçu. Chamam-se as entrevistadas do estudo de caso: entrevistada A e entrevistada B. Percebe-se que as profissionais entrevistadas possuem especializações favoráveis a área docente. A entrevistada A é formada em Pedagogia pela UFPR e especializada em Educação Infantil pelo IBPEX. A entrevistada B é Graduada em Pedagogia pela UNEB, com especialização em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela UNOPAR e atualmente é Gestora Regional do CENSUPEG (Centro Sul-Brasileiro de pesquisa, Extensão e Pós Graduação) e Sócia-Fundadora do Núcleo de Desenvolvimento Cognitivo- COGNARE.  Relata a entrevistada A o que contribuiu para a escolha do ramo que trabalha atualmente foi o interesse na Pedagogia e Educação e por se identificar com as crianças. Trabalhou doze anos em escolas (desde a Educação Infantil até o Magistério), onde lecionou e também atuando na Coordenação, resolvendo mudar de área, buscando realização pessoal (valorização e melhor remuneração) na Receita Federal do Brasil, realizando concurso público e entrando em serviço em Julho de 2006.

Inicialmente, trabalhou no atendimento ao público. Passou para outro setor, conhecendo outras atividades, até que fez um curso de Educação Fiscal à distância e acabaram descobrindo suas competências nesta área. Começou a desempenhar as atividades de Educação Fiscal, sendo responsável também pelos treinamentos da Delegacia e pela Equipe de Gestão de Pessoas (conhecido por alguns como RH). Alega a entrevistada A, que as oportunidades apareceram naturalmente em função de sua experiência anterior e da sua disposição de aceitar novos desafios. Atualmente, trabalha com um Projeto que foi desenvolvido juntamente com uma equipe de servidores Federais. Esse projeto trata de uma peça de Teatro de fantoches com o tema “O Segredo de Cidadania”. A intenção da peça é passar para as crianças e adolescentes através de forma lúdica, abordar as questões dos problemas causados pelo contrabando e descaminho, tais como desemprego, evasão escolar, prejuízos à saúde, dentre outros exemplos que descaracteriza o conceito ideal de Cidadania.

Comenta a entrevistada B o que contribuiu para a sua escolha do ramo que trabalha atualmente, foi os exemplos familiares, amor pela área. Para ela Educação é tudo. Conforme a entrevistada A, a atuação do Pedagogo em uma empresa se dá basicamente no setor de pessoal (RH, Gestão de Pessoas), desenvolvendo ações de treinamento e de melhoria da qualidade de vida do servidor/empregado. Reforça a entrevistada B, que a atuação do Pedagogo se dá em todas as frentes de atuação em que o contexto envolva pessoas, situações de treinamento; análise de conteúdos; produções e revisões textuais; auxílio na orientação e desenvolvimento de competências; habilidades e saberes técnicos junto à empresa; organização, instituição.

Ribeiro (2010, p. 9) torna saliente o conceito de Pedagogia na Empresa:

A Pedagogia na Empresa caracteriza-se como uma das possibilidades de formação/atuação do pedagogo bastante recente, especialmente no contexto brasileiro. Tem seu surgimento vinculado à ideia da necessidade de formação e/ ou preparação dos Recursos Humanos nas empresas. Nem sempre, no entanto, as empresas preocuparam-se com o desenvolvimento de seus recursos humanos, entendidos como fato principal do êxito empresarial.

Relata a entrevistada A que o seu cotidiano é extremamente corrido. Trabalhar com pessoas exige que a pessoa seja capaz de realizar várias tarefas ao mesmo tempo, pois é demandada constantemente. Em seu trabalho, recebe demandas pessoalmente, por correio eletrônico e por telefone. Afirma que a realização de seu trabalho só é possível graças a uma ótima equipe, que trabalha afinada e com afinco, todos os servidores são comprometidos e responsáveis, inclusive os estagiários, que ajudam trazendo novas ideias e formas diferentes de enxergar as situações, pois estão em contato direto com a produção de conhecimento. Menciona que no setor de Gestão de Pessoas trabalham com situações que envolvem a vida profissional do servidor (folha-ponto, licenças, aposentadoria...), com treinamento, com contratação de estagiários, e com Educação Fiscal (mais especificamente a Campanha Cidadão Legal, cujas atividades principais são palestras para jovens e adultos, e apresentação da peça de Teatro de fantoches “O Segredo de Cidadania” para crianças das escolas de Foz do Iguaçu).

Segundo a entrevistada B, o seu cotidiano abrange comunicação, linguística; preceptoria; treinamentos; desenvolvimento de material e conteúdos técnicos; uso de metodologia com finalidades sociopedagógicas diversas; ensino; orientação; aconselhamentos; entre outros. Além disso, envolve constante atualização; pesquisas; trocas; participação de Seminários; Simpósios e reuniões.

Destaca Ribeiro (2010, p. 24) que:

O pedagogo que atua na empresa precisa ter sensibilidade suficiente para perceber quais estratégias podem ser usadas e em circunstâncias para que não se desperdice tempo demais aplicando numerosos métodos e, com isso, percam-se de vista os propósitos tanto da formação quanto da própria empresa [...] a busca de uma visão prospectiva da organização, dos seus produtos e serviços de modo que se proceda uma seleção prévia dos segmentos que serão alvo da ação[...]

Ressalta a entrevistada A, que considera na hora de elaborar um curso ou um treinamento a experiência profissional, não deixando de analisar a formação do instrutor (boas instituições já são uma garantia de que ele pelo menos tem conhecimento). Antes de escolher um instrutor, procura se informar sobre seu desempenho com pessoas que já tiveram algum curso com ele. Mas nem sempre isso é possível, então analisa os itens acima. Já a entrevistada B o currículo que considera na hora da elaboração de um curso ou um treinamento é a natureza do grupo. Se o grupo é heterogêneo, homogêneo, nível de conhecimento, necessidades pontuais.

Afirma a entrevistada A de que a Pedagogia Empresarial não é novidade. Desse modo, não considera um campo de atuação inovadora, pois a mesma comenta quando cursava a faculdade, no início dos anos 90 já se falava no Pedagogo na empresa. Sustenta de que há poucos profissionais nesta área pela falta de valorização (muitos acham que a Pedagogia é procurada apenas pelos estudantes que não conseguem passar em outros cursos no vestibular, e por isso acham que é um curso “fraco”) e também pelo desconhecimento da sociedade, que associa a Pedagogia à sala de aula. Em geral, quando se pensa em empresa a associação mais comum que se faz é com o curso de Administração. Destaca que o Pedagogo pode fazer muita diferença em uma instituição, desde que tenha uma boa formação e seja competente no que faz.

Segundo a autora Ribeiro (2004, p. 264), “no Brasil, a questão da aprendizagem nas organizações tomou rumo mais consistente a partir dos anos 90, através da difusão do conceito de Organizações que Aprendem cuja origem está na obra A quinta disciplina, de Peter Senge”.

Enfatiza a entrevistada B de que a Pedagogia Empresarial é um campo promissor. Todo Pedagogo deve assumir sua condição de porta-voz do conhecimento, onde quer que ele esteja. Segundo a mesma, as Empresas ainda estão lentas, mas algumas já possuem diretrizes, por exemplo, de estabelecer “Universidades Corporativas”.

Segundo a entrevistada A, a respeito dos avanços na educação brasileira, é cautelosa nesse questionamento, alegando não poder afirmar com propriedade sobre este tópico, porque está fora da escola há seis anos. Mas pelo que vê, infelizmente acha que se hão avanços este ainda são muito pequenos; muitas crianças ainda saem analfabetas das escolas (públicas e privadas), o ensino é de baixa qualidade, muitos professores têm uma formação deficitária, os salários são uma vergonha nacional... A mesma acredita que se o salário fosse bom como de alguns Órgãos Públicos, os estudantes sonhariam com esta profissão e a concorrência seria tão grande que só teríamos os melhores profissionais em sala de aula.

Argumenta a entrevistada B sobre os avanços na educação brasileira que a Educação no Brasil é controversa. Em muitos aspectos avançamos, noutros, milimétricos passos. Mas ainda podemos ser e fazer muito e já somos exemplos para outros países.

Na opinião da entrevistada A, sobre Pedagogos que atuam fora da sala de aula, sempre diz que o que muda é o local de trabalho. Pessoas são pessoas em todos os lugares; não importa qual seja a instituição, todas precisam se desenvolver pessoal e profissionalmente, o que muda é o conteúdo. Segundo a mesma, o Pedagogo tem um papel muito importante, pois sua formação é abrangente, ele consegue enxergar o ser humano de forma integral, além de ter um grande diferencial: saber como ocorre a aprendizagem, conhecer as formas de sensibilizar as pessoas e com isso estabelecer um canal de comunicação.

Na visão da entrevistada B, os Pedagogos que atuam fora da sala de aula são idealizadores natos. Se lhes derem espaço serão bem aproveitados. O maior desafio nas organizações segundo a entrevistada A é a descrença das pessoas nas atividades da área de desenvolvimento pessoal. Infelizmente, a Área de Humanas (em especial a educação) ainda tem que avançar muito para conquistar a merecida valorização. Outro desafio para ela é a resistência inicial. Segundo a mesma, está sendo vencida pelo trabalho sério e competente de uma equipe que se preocupa com o servidor e acredita na melhoria da instituição como reflexo de desenvolvimento do servidor. Acredita que o respeito é conquistado pela competência e com muito trabalho.

De acordo com Ribeiro, 2010, p. 60:

A problemática que envolve a formação de recursos humanos no serviço público passa necessariamente por duas questões: uma diz respeito a descontinuidade de programas e de pessoal dentro destes programas; a outra, o desperdício de recursos em face do imediatismo com que algumas administrações encaram a formação dos seus recursos humanos.

Ainda, a autora faz um alerta e traz algumas reflexões sobre o paradigma funcionalista. O paradigma funcionalista está preocupado com o Status quo, uma espécie de ordem social do consenso entre os indivíduos. Tende a ser positivista decretado por um organismo social.

a manutenção de partes intocáveis é uma forma de reducionismo e acaba por encobrir questões importantes e ameaçar a credibilidade da discussão como um todo. Por outro lado, a preservação de certos dogmas leva a caracterizar a ação social como conduta normal da vida e, ao não propiciar o devido questionamento àqueles dogmas, assume um conteúdo sinistro cuja consequência tem sido a legitimação do contexto social vigente, absorvida frequentemente pelos indivíduos de forma inconsciente, quando deveria certamente se propor a fazer o contrário, isto é, despertar a consciência e o entendimento do indivíduo (RIBEIRO, 2010, p. 92).

O maior desafio para a entrevistada B nas organizações foi manter-se atualizada, em constante aprendizagem e aquisição de novos saberes e competências.  Desse modo Ribeiro (2004, p. 286):

o pedagogo empresarial deve ter disposição para aprender, buscar a concepção da visão de negócio, ter iniciativa, ser polivalente, ter capacidade para motivar-se e incentivar pessoas [...] deve interagir com as pessoas e, assim, ter a visão de desenvolvimento, para ser capaz de identificar as potencialidades de cada um, bem como permanecer alerta com a consciência de suas atribuições profissionais e pessoais.

Comenta a entrevistada A que tem autonomia para exercer a Pedagogia na empresa que atua, pois segundo ela, seu superior é uma pessoa preocupada com o bem-estar dos servidores e sempre apoia as iniciativas de desenvolvimento e motivação das pessoas. Nota-se que a entrevistada B também tem autonomia para exercer a Pedagogia em seu local de trabalho. Segundo a mesma, é uma conquista. Os fatos advindos das realizações “nos abrem as portas”. Para isso, o profissional segundo a entrevistada B deve ser exemplo, comprometido, ser inteiro no que faz e fazer o melhor com o espaço e a liberdade que tem.

Evidencia-se que a entrevistada A se considera feliz com o trabalho que exerce, afirmando que gosta de trabalhar com pessoas e colaborar com o seu desenvolvimento.

O mesmo nota-se da entrevistada B, sustentando a sua fala o quanto se sente realizada nas escolhas que fez. Identifica-se na sua afirmação que se considera mais que Pedagoga – uma Educadora onde quer que esteja.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 Os espaços não formais podem ser um campo de carreira para o coordenador pedagógico, pois o meio acadêmico dá uma total bagagem durante os quatro anos de sua formação para intervir pedagogicamente em diferentes espaços de educação. As grandes empresas como: Petrobras, Previdência, Elma Chips, Embratel, McDonald´s, Motorola, Nestlè, Renner, Unimed, Vallé, Visa, Volks, entre outras tantas já adotaram o sistema das Universidades Corporativas contratando profissionais da educação para fazer parte de sua equipe.

Percebe-se que muito precisa ser feito ainda para a garantia de formação e treinamento da força de trabalho futuro. Para que seja possível a criação de programas futuros, seria necessária uma formação de parcerias das empresas com instituições de ensino superior, pois uma das únicas que está dando oportunidade para estudantes do curso de Pedagogia em parceria com o CIEE (Centro de Integração Empresa – Escola Paraná) para estagiar e conhecer as funções de um Pedagogo Empresarial é a Delegacia da Receita Federal do Brasil na cidade de Foz do Iguaçu. Nesse espaço o estudante de Pedagogia tem a oportunidade de acompanhar todas as atividades pedagógicas desenvolvidas numa organização empresarial, em especial, no coração da empresa: Gestão de Pessoas ou RH.

Na Receita são oferecidos vários cursos. No final do ano, a Pedagoga manda um Notes (email interno) solicitando sugestões de curso. Depois faz o planejamento e tenta atender o máximo possível dos pedidos. No ano seguinte, organiza os cursos que são oferecidos gratuitamente aos servidores. Caso alguém queira fazer um curso por fora, se não for do interesse da Receita ou se não houver dinheiro previsto para este gasto, é o servidor quem arca com as despesas. Além dos cursos ofertados localmente que organiza, há cursos ofertados regionalmente (por Curitiba) e nacionalmente (pelas coordenações nacionais, que ficam em Brasília).

Enfim, os espaços não formais de educação abrem possibilidades para a atuação do formado em Pedagogia, uma vez que cresce a ideia de equipes multiprofissionais nas organizações.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Curitiba: Secretaria de Assuntos Educacionais da APP, 1997.

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[1] Pedagoga graduada pela Faculdade União da Américas e pós graduanda em Sociologia e Filosofia no Instituto de Educação Talentt’os, Foz do Iguaçu – PR.