Um dia em que nada deu certo
Publicado em 14 de dezembro de 2013 por Ranon de Amorim Machado
Um dia em que nada deu certo
Sabe aqueles dias que parece que levantamos com os dois pés esquerdos? Foi o que aconteceu comigo!
Morando em Nerópolis e estudando na capital goiana, todos os dias realizava o trajeto entre as duas cidades de ônibus e às vezes de carona. Naquela segunda-feira, tinha uma prova de latim no primeiro horário e não podia faltar. Não sei por que, eu que nunca havia me atrasado, naquele dia perdi a hora. Levantei-me apressado e fui para o ponto da carona (nessas alturas o ônibus já havia passado). Mas eu tinha um amigo que saía de carro todos os dias às sete e meia rumo à Goiânia, era carona certa! Minha prova começava nesse horário. Não sei por que cargas d´agua, o amigo não veio. O tempo passava e, quando já estava quase desistindo, parou uma Ford f-4000. O motorista oferece carona, mas diz que eu teria que ir na carroceria, porque a cabine estava lotada. Pensei comigo: “Chegando lá é o que me importa”. A carroceria estava repleta de sacos de feijão. No meio do caminho, o motorista diz que vai passar por um desvio para fugir da barreira policial, pois o feijão não tinha nota fiscal. Lá fomos nós. A estrada era de chão e muito estreita. Para minha infelicidade, um caminhão estava à nossa frente e como não era possível ultrapassá-lo, fui comendo poeira até chegar ao Campus Universitário. Ainda faltavam uns quarenta minutos. Saí correndo, sujo como um porco. Pedi licença ao professor e todos me olharam como se eu fosse um E.T. Não havia tempo para explicações. Peguei a prova e me pus a respondê-la. No final da aula, o professor (talvez por pena da minha situação) me ofereceu uma carona até o ponto do ônibus. Como se a desgraça fosse pouca, ao chegar no estacionamento, o pneu do carro estava furado. Tivemos que trocá-lo. Resultado:
__ perdi o ônibus, cheguei atrasado no trabalho e ainda fui repreendido.
Realmente, aquele não era o meu dia.