Um Conto de Fada às Avessas
Publicado em 29 de novembro de 2010 por Magda Dantas Calíope Sobreira
Um Conto de Fada às Avessas
Desencantar-se é retornar a forma original, como diriam os contos de fadas. Uma forma comum e imperfeita, mas verdadeira, pois autêntica.
Estar encantado é estar sob o efeito de uma ilusão de ótica, onde tudo que se vê à sua volta é absolutamente perfeito e imutável. E é justamente nesta perfeição em que se encontra a mágica do encantamento.
Na maior parte da vida muitos de nós, pobres e mortais humanos, se encontram sob o efeito letárgico dessa falsa ilusão de felicidade. Alguns compelidos pelo medo de enfrentar a crueza de sua história de vida carente de amor, de sonhos e expectativas. Outros movidos pela mágica e fantasia dos sonhos de infância que não se permitem perder.
De muitas formas e maneiras e por motivos diferentes, os fracos e os sonhadores se negam a crescer e viver a realidade que construíram para si mesmos ou que permitiram a outros o direito de construí-la, em função de suas limitações e incapacidades.
Por não acreditarem em si mesmos, deixaram-se levar pelo movimento contínuo dos fatos e acontecimentos que movem a vida, imobilizando-se por força das circunstâncias. E essa imobilidade instaurou dentro de si um caos interior, uma completa e absoluta ausência de recursos para enfrentar o desafio da mudança e o risco de ousar "viver" e "ser" feliz.
Mas como não sabem e não suportam a idéia de "ser" infeliz, resta-lhes o artifício da magia e do encantamento. Deixar-se encantar e enfeitiçar-se por algo ou alguém em quem se acredita poder confiar-lhe a própria vida, parece a melhor alternativa. Então se colocam desesperadamente sob seu encanto.
No entanto, como toda mágica tem seu momento de desencanto, todo príncipe e princesa, mais cedo ou mais tarde, perde a sua majestade e retoma a sua forma original. É assim que acontece o "desencanto" com os seres humanos, não como nos contos de fadas, onde o sapo ou a flor se transformam num belo príncipe ou numa linda princesa, mas de forma inversa e com contornos bem desagradáveis: o lindo príncipe torna-se um monstro insensível e odioso e a princesa bela e inocente, uma terrível megera.
A vida para milhares de pessoas tem sido mesmo um eterno conto de fadas, só que, ao contrário das historinhas infantis, no seu conto só há lugar para as bruxas, ogros, monstros e bárbaros.
Entregar-se a um encantamento nem sempre significa viver um lindo sonho cor-de-rosa. Na maioria das vezes ele acaba se transformando no mais interminável pesadelo. Por isso é preferível viver uma vidinha comum e sem qualquer ilusão do que mergulhar de cabeça numa realidade fantasiosa e cheia de armadilhas. Essa pode ser uma preciosa aprendizagem!
Desencantar-se é retornar a forma original, como diriam os contos de fadas. Uma forma comum e imperfeita, mas verdadeira, pois autêntica.
Estar encantado é estar sob o efeito de uma ilusão de ótica, onde tudo que se vê à sua volta é absolutamente perfeito e imutável. E é justamente nesta perfeição em que se encontra a mágica do encantamento.
Na maior parte da vida muitos de nós, pobres e mortais humanos, se encontram sob o efeito letárgico dessa falsa ilusão de felicidade. Alguns compelidos pelo medo de enfrentar a crueza de sua história de vida carente de amor, de sonhos e expectativas. Outros movidos pela mágica e fantasia dos sonhos de infância que não se permitem perder.
De muitas formas e maneiras e por motivos diferentes, os fracos e os sonhadores se negam a crescer e viver a realidade que construíram para si mesmos ou que permitiram a outros o direito de construí-la, em função de suas limitações e incapacidades.
Por não acreditarem em si mesmos, deixaram-se levar pelo movimento contínuo dos fatos e acontecimentos que movem a vida, imobilizando-se por força das circunstâncias. E essa imobilidade instaurou dentro de si um caos interior, uma completa e absoluta ausência de recursos para enfrentar o desafio da mudança e o risco de ousar "viver" e "ser" feliz.
Mas como não sabem e não suportam a idéia de "ser" infeliz, resta-lhes o artifício da magia e do encantamento. Deixar-se encantar e enfeitiçar-se por algo ou alguém em quem se acredita poder confiar-lhe a própria vida, parece a melhor alternativa. Então se colocam desesperadamente sob seu encanto.
No entanto, como toda mágica tem seu momento de desencanto, todo príncipe e princesa, mais cedo ou mais tarde, perde a sua majestade e retoma a sua forma original. É assim que acontece o "desencanto" com os seres humanos, não como nos contos de fadas, onde o sapo ou a flor se transformam num belo príncipe ou numa linda princesa, mas de forma inversa e com contornos bem desagradáveis: o lindo príncipe torna-se um monstro insensível e odioso e a princesa bela e inocente, uma terrível megera.
A vida para milhares de pessoas tem sido mesmo um eterno conto de fadas, só que, ao contrário das historinhas infantis, no seu conto só há lugar para as bruxas, ogros, monstros e bárbaros.
Entregar-se a um encantamento nem sempre significa viver um lindo sonho cor-de-rosa. Na maioria das vezes ele acaba se transformando no mais interminável pesadelo. Por isso é preferível viver uma vidinha comum e sem qualquer ilusão do que mergulhar de cabeça numa realidade fantasiosa e cheia de armadilhas. Essa pode ser uma preciosa aprendizagem!