Uma das coisas que eu mais leio quando posso são frases motivacionais e pensamentos entusiasmadores.

Eles nos dizem que devemos valorizar tudo o que temos, o ar que respiramos e até as pequenas coisas que conquistamos.

Que devemos sempre ver o lado positivo de tudo e estar permanentemente com um sorriso nos lábios.
Me identifico com muitas delas.
Natural e, às vezes forçosamente, me sinto a pessoa mais feliz do mundo.

Reencontrar pessoas, ter contatos, falar e ouvir as coisas que dizem, já bastaria para defender essa tese.
Acho que devemos sempre nos considerar pessoas muito especiais.
Já ouvimos e lemos muito sobre isso: Se somos belos por dentro, isso reflete por fora.
Momentos ruins e falta de convicção à essas idéias surgem de tempos em tempos, fazendo com que sintamos uma tristeza pelas pessoas que ainda não descobriram que é tão fácil ser feliz e
acabamos sofrendo por elas.

Todo o reencontro, consigo mesmo ou com outro é sempre bom para ambos e a convivência, ao mesmo tempo em que é crucial para a saúde social é uma das tarefas mais delicadas de se realizar.

Mas é preciso ter cuidados para manter uma boa convivência, inclusive consigo mesmo.

Uma boa convivência é um exercício diário.
É como equilibrar uma porção de pratos num show de televisão: é preciso muita calma para sair aplaudido e recompensado por nossa atuação. Qualquer deslize nos leva a acreditar que nascemos para errar e sofrer, além de juntar os pedaços dos cacos partidos de nossos fracassos.

Talvez seja esse o segredo de uma boa relação: detectar o que realmente mais interessa, mantendo e levando até o final com mãos de cirurgião.
No fim, desfruta-se da mais plena felicidade e sai agradecido aos céus por isso.

Mas é bom que não esqueçamos que seremos nós e somente nós, quem equilibrará os pratos, naquele breve instante em que Deus desviar o olhar para tirar um cisco celestial de seu olho.

Sérgio Lisboa.