UBAJARA, A CACHOEIRA DO BOI MORTO

                                             José wilamy Carneiro Vasconcelos¹

RESUMO

A crise d’água nos últimos tempos afeta toda população mundial. O grande desperdício do bem maior faz do homem refletir sobre o futuro dos recursos hídricos existente na natureza.

Uma das maiores maravilhas na terra são os reservatórios, rios, lagos, mares e cachoeiras existentes na América do Sul, Região Norte, Nordeste e Sul do nosso Brasil.

A maior cachoeira do Brasil é a “CACHOEIRA DO ARAÇÁ” ou como é conhecida também de “EL DORADO” e “CACHOEIRA DOS ÍNDIOS” com 365 metros de altura, localizado no extremo norte do Estado do Amazonas.²

 A segunda maior cachoeira é a “CACHOEIRA DA FUMAÇA”, no Parque Nacional da Chapada Diamantina no Nordeste brasileiro, Estado da Bahia com 340 metros.

Recebeu esse nome pela grande queda d’água formando um panorama como se fosse uma fumaça pelas gotículas d’água caída em torno da queda.

Na divisa dos Estados do Ceará e Piauí encontramos uma das mais exuberantes obras da natureza. A “CACHOEIRA DO BOI MORTO”, situada na Serra da Ibiapaba, conhecida como Serra Grande ou Chapada da Ibiapaba, no município de Ubajara, Ceará.³

Na mesma região encontramos também a “CACHOEIRA DO IPÚ”, mais afamada pelos turistas como “Bica do Ipú, com 135 metros de altura. É conhecida também com a Bica de Iracema, do romance Iracema de José de Alencar.

Conta o romance que a índia Iracema; a virgem dos lábios de mel banhava-se na Bica do Ipú. Também se encontra a “CACHOEIRA DE PIRAPORA” em Viçosa do Ceará, afluente do Rio Parnaíba, na mesma serra.

Nos tempos de chuva, a Cachoeira do Boi Morto, em Ubajara, Estado do Ceará, vira atração em toda região e nos Estados vizinhos; Piauí, Maranhão, atraindo muitos turistas e se estendendo aos amantes da natureza em todo o território brasileiro.

A região serrana é uma das áreas mais bela do interior do Ceará; que por volta do século XVI eram habitadas por diversas etnias indígenas, entre eles as tribos Tabajaras e Tapuios (em língua Tupi, significa forasteiro) que viviam na região montanhosa entre Ceará, Piauí e Pernambuco. Daí o nome indígena “UBAJARA”

. ¹ Professor, Bacharel em Direito pela Faculdade Luciano Feijão- Sobral- CE. É especialista em Meio ambiente pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, Possui pós-graduação em Ciências pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA)- Ceará.

UMA BREVE HISTÓRIA DE UBAJARA

Ubajara, município brasileiro do Estado do Ceará, cujo topônimo é de origem indígena, que na tradução “Ubá” = Canoa e “Jará” = Senhor.

Dá-se o nome UBAJARA, pela influência indígena, da tribo Tabajara; povo que primeiros habitaram na região serrana entre os Estados do Ceará e Piauí.

Os primeiros colonizadores foram os índios, no século XVI, vindo do Estado de Pernambuco, pelo litoral cearense em embarcações, e em épocas de secas encontraram ali um clima parecido com a região da Mata Atlântica Brasileira, e com boa pluviometria, chegando a uma média de 1.600 milímetros de chuva durante o ano.

Sua história é lembrada pela presença dos índios da tribo Tabajara e Tapuios em toda a Chapada da Ibiapaba, deslumbrados pelo clima e fertilidade da região serrana.

No ano de 1604, Pero Coelho de Sousa, explorador português, natural da cidade de Açores, foi o primeiro desbravador da Coroa Portuguesa nos territórios das Capitanias do Rio grande do Norte e litoral do Ceará.

O nome teria surgido com a lendária de um cacique, oriundo do litoral cearense, tinha habitado por longos anos na gruta que dá divisa entre os Estados do Ceará e Piauí.

Hoje conhecida como Gruta de Ubajara, reconhecida por turistas como Parque Nacional de Ubajara, com um teleférico (bonde) que desce até a gruta de Ubajara, localizada no distrito de Araticum a 3 km da Sede.

Com a grande seca que assolava a região nordestina muita se refugiaram para a região da chapada da Ibiapaba ou como alguns a chamam de Serra grande.

Anos mais tarde, na época de 40 e 60, outras famílias chegaram à região pela facilidade de encontrar águas nos lagos e fertilidade da região.

Muitos se aglomeraram próximos aos lagos, lagoas que se formaram na serra.

Uma das lagoas mais famosas foi a Lagoa do Jacaré, que ficou conhecida pela grande seca, dando origem ao primitivo nome da região no século XIX.

O povoado foi drasticamente dizimado por um grande incêndio. Os sobreviventes a construíram novamente, com dedicação relembrando o município como o mesmo nome “de Jacaré”, palavra de origem Tupi.

No ano de 1890, o Governador do Ceará, Luiz Antônio Ferraz, elevou a categoria de distrito da paz (Ubajara) à Jurisdição de Ibiapina.

No dia 24 de Agosto de1915 foi editada a Lei n° 1279, que elevou o Distrito da paz à categoria do Município com a denominação de Ubajara, por influência da gruta existente na encosta da Serra, a cerca de 5 km da sede.4.

A Cachoeira do Boi Morto situa-se no Estado do Ceará, região montanhosa da Serra da Ibiapaba, Chapada da Ibiapaba, no Município de Ubajara.

A região é coberta pela exuberante fauna e flora, com clima aproximadamente de 16 graus. Sua vegetação encontra-se grandes quantidades de palmeiras, dando um aspecto semelhante à Região Sul e Sudeste do país.

O clima é agradável, seu povo é acolhedor, a maioria vive da agricultura, pois a região é grande exportadora de legumes que e expandida para muita região do país.

Na cidade de Ubajara,encontra-se grande oportunidade de turismo, lazer, com elegantes luxuosas pousadas e hotéis. Dentre eles o Parque Nacional da Ibiapaba.

Toda região serrana oferece grande oportunidade no turismo cearense. Dentre eles a Cidade de Tianguá com asa delta, famosos engenhos, Viçosa do Ceará e Ipú, onde está localiza a bica com o mesmo nome Bica do Ipú.

Em Ubajara, sua História é preconizada com a grande quantidade do povo indígena que habitava em toda região serrana, que viviam nas grutas existentes na região que chega até o Estado de Piauí.

O povo indígena no período das grandes secas do nordeste, refugiavam para cá desde a Cidade de Recife, Camocim, Aquiraz, Ocara, para região serrana em busca de sua sobrevivência e subsistêcia.

Desde então foram surgidas inúmeros municípios com origem indígena, entre eles o Município de Araquém, Araticum, Coreaú, Ubajara, Tiangua, Croatá, Trapiá. Cariré, Frecherinha.

Foi elevada a categoria de município em 24 de agosto de 1915, pela Lei Estadual, nº 1279.

O município de Ubajara é constituído de três distritos: Ubajara, Araticum e Trapiá, no ano de 1936. Em divisão territorial, no ano 1960, o município é constituído de três distritos: Ubajara, Araticum e Jaburuna.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 17 de janeiro de 1991. 5

Em todos os municípios da região serrana e circunvizinhos, encontram-se as presenças simbólicas dos primeiros habitantes da região.

Os turistas que trafegam pelas cidades cearenses, presenciam nos logradouros imensas estátuas de embarcações indígenas, com índios usando arco e flecha feita de concreto, de mármores nas principais praças e avenidas das respectivas cidades.

Muitos viviam nos litorais cearenses e outros nas regiões serranas. Aqui viviam as tribos Tremembé, Tupi- guarani, Tapuios, e Tabajaras.

A ORIGEM DA CACHOEIRA BOI MORTO

A Cachoeira do Boi Morto situa-se no Estado do Ceará, região montanhosa da Serra da Ibiapaba, no Município de Ubajara.

No século passado, a cachoeira que hoje é um ponto atrativo de turismo da região serrana e dos estados vizinhos no período das cheias, assim como é chamada o período das chuvas, entre os meses de janeiro a junho.

Era somente um leve braço d’água oriunda das grandes chuvas que caía na cabeceira da região serrana.

A origem de “Boi Morto” se deu que um dos moradores criador de gado nas redondezas, como era de costume amarrava seu boi para pastar nos capinais que cresciam ao redor da pequena queda d’água, que se formavam pelo lago.

De costume um e outro criador de gado trazia seu rebanho para o pasto que crescia próximo.

Desde que certo dia um dos transeuntes passando pelo local da travessia avistou um animal amarrado caído e morto enganchado nos capinais no pequeno lago.

De prontidão, logo cuidou de dar a má notícia ao criador e dono do boi que ali se encontrava morto. E a notícia se espalhou pela redondeza.

Como de praxe, todos que trafegavam pelo local começaram a chamar e fazer citação com o nome de “Cachoeira do Boi Morto”.

Com o passar do tempo, foi se formando uma pequena cachoeira, e devido ao declive da região serrana, formou-se uma pequena queda d’água.

Os moradores que habitavam ali com suas pequenas glebas de terras foram aprimorando o lago, tornando um acesso para represar a água nos períodos de invernos fracos na região.

Surgiu então a ação humana e a mãe natureza, deu uma mãozinha, criando uma voçoroca devido a passagem da queda d’água nos períodos de grande inverno.

Tempo depois o poder Público Municipal, para amenizar a população nos períodos de menor pluviosidade e atrair turismo pra região, liberou recursos para uma passagem molhada para dar-lhes acesso aos habitantes e garantir água nos meses de verão.

Atualmente a Cachoeira do Boi Morto é uma das maiores atrações turísticas da região da Ibiapaba, oferecendo lazer aos visitantes e recursos aos comerciantes da região e ao município.

OS PRIMEIROS MORADORES

Nos arredores da Cachoeira do Boi Morto, uma família vem fazendo tradição há mais de meio século, passando de avô para neto.

A família do Sr. Manoel Jacó Sousa Carvalho. Hoje grande concentração de barracas aos arredores da cachoeira tem uma função primordial para atendimento ao público.

A tradição é da família dos primeiros moradores que chegaram e estabilizaram próximo ao leito da cachoeira.

A barraca do Jacó, a mais tradicional da família, assim mais conhecida oferece grandes iguarias aos turistas.

Seu irmão Gonzaga também faz parte da família, com uma barraca vizinha. Avô, filhos, neto se desdobram nos períodos de alta estação para atender turistas de toda região.

A demanda e o turismo em volta da cachoeira cresceram, criando novas oportunidades a vários moradores e comerciantes da região, com novas barracas, e comerciantes informais, trazendo pra suas famílias sustentabilidade e melhorias de vida aos moradores da Serra de Ibiapaba.

AS TRIBOS INDÍGENAS AO ROMANCE DE IRACEMA

A história nordestina é marcada por romances, dramaturgia, e filmes que relembram os fatos ao longo de sua memória; lendas e tradições de um povo forte, bravio.

Farias (2015, p.5) assim escreve “O território hoje chamado Brasil foi, ao longo de milênios, ocupado por intocáveis povos indígenas.

Em busca de melhores locais de caça, pesca, coleta e de melhores condições de vida, esses povos migravam, desalojavam outros e realocavam-se, quase constantemente.

A população o ameríndia era bastante heterogênea, com diferentes culturas, línguas, dialetos, crenças e comportamentos.

Quando a chegada dos portugueses no século XVI, os indígenas tupis, e tupinambás excelentes guerreiros, dominavam vasta áreas, tanto no litoral como a Amazônia.

Quem não se lembra da história vivida do romance de Iracema e o guerreiro Martin nos tempos da escola, que nos períodos das férias nossa professora de Português passava como “Ficha de Leitura” na tarefa de férias lendo os principais romancistas nordestinos; Machado de Assis, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Ariano Suassuna, Manoel Bandeira, Gregório de Matos e outros; Domingos Olímpio, Patativa do Assaré, Rodolfo Teófilo, Heráclito graça, Tomaz Pompeu, etc.

No romance do escritor cearense José de Alencar, “IRACEMA” a jovem índia, filha do índio guerreiro Araquém da tribo Tabajara, por volta do ano de 1600, se apaixona perdidamente por Martin Soares, jovem guerreiro branco europeu, que após ser desferido com uma flecha, não revida e Iracema o perdoa oferecendo hospitalidade na cabana de seu pai Araquém, onde vive com a filha.

A história escrita conta o romance proibido de Iracema, uma jovem índia da tribo Tabajara, com um guerreiro branco chamado Martin (português) que vivia na região de Chapada da Ibiapaba, no interior do Ceará.

Vejamos um trecho de Alencar, (1865 p.20):

O conhecimento da língua indígena é o melhor critério para a nacionalidade da literatura.

Ele nos dá não só o verdadeiro estilo, como também as imagens poéticas do selvagem, os modos de seu pensamento, as tendências de seu espírito e até as menores particularidades de sua vida. É nessa fonte que deve beber o poeta brasileiro, é dela que há de sair o verdadeiro poema nacional.

Em outra passagem do romance o escritor cearense relembra e firma a presença das tribos indígenas Tabajara nas serras, nas praias e sertões cearenses.

Assim escreve ALENCAR, (1865, P. 22): Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo de jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipú?

Onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.

Vejamos, em outro momento as palavras de Walcyr Carrasco, em “Iracema em Cena” (2008, p. 16):

Veja como o autor descreve a beleza de Iracema, comparando-a beleza da própria natureza tropical, o que era muito importante num momento de afirmação da nacionalidade. O Brasil tinha acabado de se tornar independente de Portugal, precisava formar uma imagem positiva de si mesmo.

O romance de Iracema virou filme brasileiro, e tese de mestrado. A história marca um amor proibido de uma índia com o colonizador português Martin, que entre o romance nasce um filho desse amor proibido que se chama Moacir, fruto da união das duas raças.

O marco temporal dá indício quando Portugal estava sob domínio da Espanha, União Ibérica no Século XVII, sob a disnatia Filipina que reinava em Portugal. Inúmeras são as conotações feitas pelo autor de Iracema nas evidências da tribo Tabajara, e da virgem com seu povo na Serra da Ibiapaba, na Bica do Ipú, nas matas que ali habitavam.

Para ser mais conotativo frisei em algumas páginas do romance cearense, in verbis:

O sofrimento de Martin é enorme, principalmente porque seu grande amor pela esposa retornara revigorado pela paternidade. O lugar onde se enterra Iracema veio a se chamar Ceará. (Cf. ALENCAR, José Alencar. Obra citada, p. 11).¹

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu. Onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara. (Cf. ALENCAR, José Alencar. Obra citada, (p 22).²

As tribos tabajaras, dalém Ibiapaba, falavam de uma nova raça de guerreiros, alvos como flores de borrasca, e vindos de remota plaga ás margens do Mearim. (Cf. ALENCAR, José Alencar. Obra citada, (p 23).³

O maior chefe da nação tabajara, irapuã, descera do alto da serra Ibiapaba, para levar as tribos do sertão contra o inimigo pitiguara (Cf. ALENCAR, José Alencar. Obra citada, (p 23).

Antes que o sol se levante na serra, o guerreiro do mar deve partir para as margens do ninho das garças; a estrela morta o guiará. Nenhum tabajara o seguirá, porque a inúbia dos potiguaras rugirá da banda da serra. Cf. ALENCAR, José Alencar. Obra citada, (p. 46).

As citações acima referidas retomam que assim no romance indianista a verdadeira passagem da nação indígena tabajara na região da Serra da Ibiapaba, no Estado do Ceará.

A influência da nação indígena tabajara é costumeiramente evidente em toda região serrana.

A população das cidades da serra cearense homenageia os primeiros exploradores que ali habitavam, explorando toda a região desde a gruta de Ubajara, Araticum, a Bica do Ipú.

Para os turistas mais curiosos, é comum encontrar a influência dos Tabajaras nos logradouros, nas principais praças e nas vias e entradas das cidades circunvizinhas da região serrana cearense. Viçosa do Ceará, São Benedito, Araticum, Coreaú, Flecherinha, Ubajara, Ibiapina, Tianguá, Croatá e outras da região.

CONCLUSÃO

Brasil, país rico em águas doce, encontra-se o maior rio e bacia hidrográfica do Mundo; a Bacia amazônica. Entre eles, grande lagos, riachos, cachoeiras.

Nesse ecossistema tão vasto, ainda existe regiões com necessidade de água, devido o mau aproveitamento dos recursos hídricos e pela inércia do poder público.

No Ceará, na Chapada da Ibiapaba, em Ubajara, encontra-se uma das mais bela cachoeiras: A cachoeira do Boi Morto, atraindo turista do ceará e Piauí.  

Os primeiros habitantes, os índios, assim denominados pelos povos europeus, no descobrimento do Brasil, já cultivavam e preservavam o Meio Ambiente. Existem  aqui,desde suas primeiras gerações, sendo dizimados e aculturados pelos jesuítas com uma nova língua e nova crença.

Deles, tiraram, sua honra, sua inocência, sua cultura, e roubaram suas riquezas, trocando-as por coisas supérfluas e insignificantes.

Da História do nosso povo, nasceram novas etnias, com miscigenação do índio, e diversos grupos imigrantes humanos:

O europeu, asiático, africano, nascendo assim nova raça entre o século XVI e século XX.

TOPONÍMIA

Araquém: pajé da tribo tabajara. Pai de Iracema e Caubi. As terras do atual distrito de Araquém eram habitadas por diversas etnias indígenas, tais como: Anacé, Tacari-Arariu,Tabajara, além dosTremembés. Antes da povoação portuguesa. É um Distrito do Município de Coreaú, no estado do Ceará. Situa-se aproximadamente 18 km a oeste da sede municipal.

Arapá: ou Arapapá é um vocábulo tupi que significa: ave que tem o bico largo em formato de colher, espécie de socó que vive à beira dos rios.

Araticum: O nome araticum vem do tupi e significa “fruto mole”.” Araticum ou marolo é um fruto do maroleiro, que é uma árvore da família das anonáceas. Outros frutos que pertencem à família Anonácea e têm forma parecida com o araticum-do-cerrado, como a ata, também conhecida como pinha ou fruta-do-conde.

Coreaú: O topônimo tem origem no tupi-guarani=cúria (ave aquática de pequeno porte) mais iu (beber) e significa: Águas dos Curiós, a ceva dos curiás. Sua denominação original era Várzea Grande, depois Palmae desde 1943.

O atual território de Coreaú situa nas terras nas quais habitaram os índios: Anacé, Tacari-Arariu e Tabajara, Coreaú, município brasileiro do noroeste cearense.

Croatá: O topônimo Croatá é uma alusão à planta silvestre da família dasbromélias, também chamada gravatá, coroatá, caruá, coroá, crauá, croá,caroá, que é abundante na região e que tem diversas utilidades. Das folhas retira-se fibra sedosa que serve para fazercordas,linhas depesca, capacho e até alimento. É Um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se na microrregião da ibiapaba, Mesorregião do Noroeste Cearense

Frecheirinha: A história de “Frecheirinha” começou num olho d’água, habitada por uma tribo provavelmente descendente dos Tabajaras (Senhores das Serras). A tribo era liderada por uma índia chamada Flecheira, muito hábil no manejo da flecha.Daí surgiu a toponímia de Frecheirinha, nome adaptado e diminutivo de flecheiras.

Guaraciaba: é um termo de origem tupi que significa "lugar do sol", através da junção dos termos kûarasy (sol) e aba (lugar). Em sentido diverso, o escritor José de Alencar diz que "guaraciaba" era o nome que os índios davam ao beija-flor, significando, literalmente, "cabelos do sol" , através da junção de kûarasy (sol) e aba (cabelo, pelo, pena).

Guaraciaba do Norte: é uma cidade do estado do Ceará, no Brasil. Localiza-se na região da Serra da Ibiapaba, a 299 km de Fortaleza, capital do Ceará. Ibiapaba:

O topônimo "Ibiapaba" é oriundo do termo tupi yby'ababa, que significa "terra fendida" (yby, terra +'ab, cortar +aba,sufixo).

Inhuçu: Distrito cearense pertencente ao Município de são Benedito, situado a 7 km da sede. Após a guerra do Paraguai, apareceu nessa terra descendentes de portugueses, e indígenas, que tinham como ícone a índia Lucrecia.

Irapuã: chefe dos guerreiros Tabajaras; apaixonado por Iracema. O nome "Irapuã" é proveniente do termo tupieirapu'a, que designa as abelhas. Iracema: é um termo do nheengatu que significa "saída de abelhas, enxame" (irá, abelhas + sema, saída). É um anagrama da palavra "América". Na obra, o escritor José de Alencar explica que "Iracema" é um termo originário da língua tupi que significa "lábios de mel": porém, segundo o tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro, tal etimologia não é correta.

Ibiapina: O topônimo "Ibiapina" vem do tupi e significa "terra pelada", através da junção dos termos yby ("terra") e apin ("rapado, pelado") . Sua denominação original era São Pedro, depois São Pedro da Baepina ou Baiapina, São Pedro de Ibiapina e, desde 1938, Ibiapina.

Jaburuna: nome indígena que quer dizer jaburu= ave pernalta e Uma é preto. Ave preta. Jaburuna é um distrito no interior do Ceará, pertencente a Ubajara na Serra da Ibiapaba.

Tianguá: O topônimo "Tianguá", segundo o livro "Tianguá. Raízes de sua história e de sua cultura", página 99, é um termo aportuguesado dos vocábulos tupi "Tyanha" (gancho) e "Guaba" (a água), que quer dizer: o gancho (forquilha) que prende as águas, em alusão ao rio Tianguá (riacho que passa ao sul da cidade e seus afluentes. É um município brasileiro do estado do Ceará.

Ubaúna: O topônimo Ubaúna significa “Ubá” canoa e “uma” preta nome indígena chamado “canoa preta”. O distrito de Ubaúna esta localizado ao sul do município de Coreaú na região noroeste do estado do Ceara, na microrregião de Sobral

REFERÊNCIAS

ALENCAR, José Martiniano, Iracema, Coleção grandes mestres da Literatura Brasileira, Ed. Ática; São Paulo, 2008.

¹ Cf. ALENCAR, José Martiniano.Obra citada, p. 11.

² Cf. ALENCAR, José Martiniano.Obra citada, p. 22. ³

Cf. ALENCAR, José Martiniano.Obra citada, p. 23.

CARRASCO, Walcyr, Iracema em cena; Ilustrações Fabiana Shizue.- 1 ed.- são Paulo: Ática- 1951.

FARIAS, José Airton de. Uma breve história do índio no Brasil- 1. Ed.- revista e atualizada- Fortaleza, 2015

NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena; a clássica do Brasil. São Paulo. 2013.

Sites: 1. http:// www.brasil viagens.com/potur/.Brasil Viagem.com - Atrações Turísticas - Chapada Diamantina - Cachoeira da Fumaça. Acesso em 03 de abril de 2015.

2 http://www.Ibge.gov.br /home./geociencia/cartografia/terrt –area2013-. p. 565.IBGE (05 abril 2015) . Área territorial oficial Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Visitado em 5 de abril 2015.

3. http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.phpcodmun. Acesso em 04.de abril de 2015.

4 .http:// www.ibge.gov.br/cidadesat/.../historico. Acesso em 04 de abril de 2015. 5 http://

www.biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/ceara/ubajara. Acesso em 04 de abril de 2015.

http://www.livrariacultura.com.br/dicionáriotupi-antigo. Acesso em 05 de abril de 2015. http:// www.wikipedia.org/wiki. Acesso em 06 de abril de 2015.