Tratamento às mulheres com Câncer de Mama no município de Porto Velho - RO
Andrelize Schabo Ferreira de Assis
Juliana Mendes Wanderley²

RESUMO

A situação do tratamento do câncer de mama em Porto Velho não atinge suas metas. Muitas mulheres ainda deixam de fazer a mamografia, não podendo diagnosticar com antecipação o câncer e assim não dando início a um tratamento com eficácia, o que acaba gerando um alto índice de mortalidade. Uma das causas para esse fato é a falta de informações sobre a doença e o baixo número de hospitais para a realização da mamografia e de seu tratamento. É de fundamental importância que médicos, enfermeiros e o Estado em conjunto estejam preocupados com a atual situação, conhecendo os pontos mais alarmantes e assim estarem preparados para melhorar o sistema de saúde em orientação e ação, promovendo a saúde da mulher com freqüência, logo quanto à prevenção do câncer de mama.

PALAVRAS-CHAVES: Câncer de mama, saúde da mulher, prevenção e assistência.

ABSTRACT

The situation of cancer treatment in Porto Velho doesn?t achieve its goals. Many women still fail to make a mammography, and so it couldn?t diagnose cancer early and thus not starting a treatment effect, which eventually creates a high mortality rate. One of the cases for this fact is the lack of information about this disease and de lower number of hospitals to the realization the mammography and its treatment. Its really important that the doctors, nurses and the State all together become more worried about the situation, and knowing the most alarming points and so being prepared to improve the health system guidance and action, promoting women's health frequently, so as to prevent breast cancer.

KEY-WORDS: Breast cancer, women?s health, prevention e assistance.


INTRODUÇÃO

Esse Artigo Científico trata de um assunto de grande importância para toda a população: a saúde da mulher. Trata especificamente do tratamento do câncer de mama em Porto Velho e visa às condições da saúde pública (no campo determinado), o tratamento, e as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para se tratarem na cidade de Porto Velho, localizada no Estado de Rondônia.
Enfoca facilitar o processo de tratamento do câncer de mama no município de Porto Velho por meio das informações sobre os métodos preventivos e divulgação dos métodos de tratamento, bem como esclarecer a atual situação dos profissionais da área de enfermagem que tratam das pacientes. Já que na maioria dos casos os médicos possuem sua carga horária de trabalho congestionada e os profissionais da área de enfermagem assumem o papel dos médicos.
O objetivo geral é facilitar o processo de tratamento, sendo assim, também divulgaremos quais são os métodos de prevenção do câncer de mama e como tratá-lo caso seja diagnosticado. Mas cabe ainda esclarecer como vem sendo tratado o assunto por autoridades locais e principalmente a situação, o preparo, enfim, as condições dos profissionais da área de enfermagem que vem atendendo essas pacientes.
No trabalho, o desenvolvimento teórico nos trás sobre o que os principais autores pensam sobre o câncer de mama, sua história, fatores de risco e prevenção. Além, encontraremos a parte que trata sobre a jurisdição ligada ao nosso tema, fazendo nos entender um pouco mais sobre direitos nessa ocasião.
Seguindo uma metodologia de investigação in loco e bibliográfica no intuito de solucionar a problemática e levar às mulheres, acadêmicos, médicos e enfermeiros e até juristas uma perspectiva real da situação encontrada na capital.




1 SAÚDE DA MULHER

A saúde é um dos direitos fundamentais do ser humano. E esta é resultado de um processo onde atuam vários fatores, como, por exemplo, as condições sociais, culturais, econômicas e históricas.
Para definir saúde da mulher devemos levar em consideração as desigualdades sociais, econômicas e culturais que as mulheres se encontram, pois é a partir dessa análise que podemos compreender o processo de adoecer e morrer das mulheres brasileiras que não são tratadas. Comumente populações expostas a condições precárias de vida são mais vulneráveis e morrem mais cedo.
A saúde da mulher visa assistir a população feminina em todas as fases da vida, clínico-ginecológica, no campo da reprodução, nos casos de doenças crônicas ou agudas, assistência ao pré-natal, entre outros. No entanto, a presente pesquisa desenvolvida neste artigo está sintonizada com campo Câncer de Mama, que mesmo limitado no âmbito saúde da mulher, há muita informação importante e discussões úteis às mulheres. Segundo o INCA, no Brasil o câncer de mama é a neoplasia mais incidente na população feminina, com estimativa de 49 casos novos a cada 100 mil mulheres em 2010. O câncer de mama é também o primeiro em mortalidade por câncer em mulheres, com taxa bruta de 11,49 a cada 100 mil, em 2007. Uma doença que ataca as mulheres de forma violenta, tendo estas que passar por um tratamento envolvendo quimioterapia, que tem como contra, a queda de cabelo. E em alguns casos dessa doença há necessidade da retirada do seio. Esses fatos geram nessa mulher uma perda em grandes proporções tanto na esfera psicológica quanto no financeiro, pois a fila por um tratamento arcado pelo Estado pode demorar e a situação se agravar. Observa-se também a importância do Estado nessa luta, o município de Porto Velho está em processo de consolidação na saúde publica, encontrando muitas dificuldades. Este trabalho tem como prioridade investigar as causas que acabam prejudicando o tratamento dessa doença, mostrando sua realidade.


2 ESTADO DA ARTE

Segundo Sandra M. Nettina (2003, p.780): O câncer ou carcinoma da mama é a principal causa de câncer em mulheres Norte- Americana. Uma em cada oito mulheres desenvolverá o câncer de mama.
Por ser o câncer mais freqüente nas mulheres e pela sua alta taxa de mortalidade, cabe a equipe de saúde, como médicos e enfermeiros, estar prestando uma boa assistência quanto aos cuidados com essas pacientes com câncer de mama. Uma boa orientação é fundamental para o seu tratamento e sua recuperação.
Segundo Ceará apud Linard (2003) a sobrevida média das pacientes de câncer de mama não tratadas, obtida na literatura mundial é de 38,7 meses.
Por esse motivo é de fundamental importância que médicos, enfermeiros e o Estado em conjunto estejam preparados para dar orientação e promover campanhas com mais freqüentes quanto à prevenção do câncer de mama, e que essas mulheres busquem o atendimento especializado o mais rápido possível, pois quando diagnosticada no início a mulher possui altas chances de cura. Visto que a sobrevida depende do tamanho do tumor e do estágio em que se encontra.
Estudos demonstram que o câncer de mama tem sido diagnosticado com tumores localmente avançados ou metastáticos em cerca de 50 a 60% dos casos (FRISTACHI el al., 2005). Daí a importância de estar orientado e planejando campanhas mais freqüentes, pois quanto mais cedo diagnosticado, melhor é o tratamento, aumentando assim a chance de cura.






2.2 FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVER O CÂNCER DE MAMA

Potter e Perry (1998): Fator de risco é qualquer situação, hábitos, condição ambiental, fisiológica ou outra variável que aumente a vulnerabilidade de um individuo ou grupo, quanto à doença ou a um estado não saudável. Um indivíduo vulnerável, não quer dizer que necessariamente desenvolverá a doença, mas se torna uma pessoa susceptível a certa patologia.
Para o Ministério da Saúde (2004): publicado no "Documento de Consenso" são definidos como grupos populacionais com risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama.
? Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnostico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade;
? Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino;
? Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã, ou filha) com diagnostico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária;
? Idade acima de 50 anos;
? Nuliparidade ou gestação tardia;
? Não amamentação;
? Abortamento;
? Menarca precoce (antes dos 11 anos);
? Menopausa tardia;
? Dieta rica em gorduras e pobre em fibras;
? Sedentarismo;
? Estresse e sofrimento psicológico;
? Carcinógenos ambientais.
Apesar da prevenção primária não ser totalmente possível, pois há características genéticas envolvidas na etiologia dessa doença. O conhecimento dos fatores de risco por parte da população proporciona uma possibilidade de prevenção, através da educação das mulheres para este tipo de problema.

2.3 HISTÓRIA NATURAL DO CÂNCER DE MAMA

Segundo Fernandes Narchi (227, p.118): O câncer de Mama como doença tem sua origem na antiguidade, período em que foi inicialmente descrito pelos egípcios há quase três mil anos (2500 a 300 a.C) e posteriormente relatado por gregos e romanos, com registro desde a Idade Média até os tempos modernos.

Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer) é definido como um grupo de doenças que se caracterizam pela perda do controle da divisão celular e pela capacidade de invadir outras estruturas orgânicas. As células doentes costumam ser bastante agressivas e de difícil controle podendo espalhar-se através da corrente sanguínea para outras partes do corpo num processo conhecido por metástase dando origem a novos tumores.
Sabemos que o câncer de mama, apresenta-se como um tumor de consistência dura, de limites mal definido, podendo variar de um até vários centímetros de diâmetros.
A maioria dos carcinomas de glândulas mamária tem sua origem nas células de revestimento do ducto terminal da arvore mamaria, na transição entre a porção ductal e a acianar. As características de diferenciação para as células do revestimento ductal, ou células do componente acinar (lobular), ficam presentes mesmo nas células com transformação neoplásicas e dão origem ao carcinomas ductais, loburales e seus subtipos, respectivamente (FALZONI, 2000).
O câncer de mama pode ser detectado precocemente e as estratégias para a sua detecção são três:

2.3.1 Auto-exame da Mama (AEM)

É a técnica através da qual a mulher examina as suas próprias mamas. A recomendação é que ele seja feito mensalmente, após a menstruação. Para as mulheres que não menstruam, como por exemplo, aquelas que já se encontram na menopausa, ou as que se submeteram a histerectomia (retirada de útero), ou ainda aquelas que estão amamentando, devem-se escolher arbitrariamente um dia do mês e realizar o auto-exame todo mês neste dia. Este artifício serve para que a mulher crie o hábito e não se esqueça de realizar o auto-exame das mamas.
Este exame permite a descoberta de nódulos de mama tanto benignos quanto malignos. É imprescindível que a mulher sempre procure um médico para avaliação de qualquer alteração encontrada. Ressaltamos que, por meio do exame sistemático e periódico das mamas, feito pela própria mulher, é possível surpreender tumores malignos de pequenas dimensões permitindo um tratamento adequado e, conseqüentemente, um bom prognostico.
O auto-exame das mamas não deve substituir o exame clinico realizado por profissional de saúde treinado para essa atividade. Entretanto, o exame das mamas pela própria mulher ajuda no conhecimento do corpo e deve estar contemplado nas ações de educação para a saúde.

2.3.2 Exame Clínico das Mamas (ECM)

O exame clínico das mamas é o exame feito por um profissional de saúde treinado. Apresenta as mesmas vantagens que o auto-exame (ausência de efeitos colaterais, baixo custo e fácil realização) e deve ser instituído como rotina nos exames físicos e ginecológicos. A sua efetividade depende, no entanto, do grau de habilidade e da experiência desenvolvida pelo profissional que o realiza.
Para a sua correta realização deve-se seguir os seguintes passos: inspeção estática e dinâmica, palpação das axilas e palpação da mama com a paciente em decúbito dorsal. Ele é parte fundamental no desenvolvimento dos programas de rastreamento do câncer de mama e deve ser maciçamente empregado, principalmente nos países em desenvolvimento.

2.3.3 Mamografia

A mamografia, senografia ou mastografia é a radiografia simples das mamas e é considerada por muitos o procedimento mais importante para o rastreamento do câncer de mama.
Segundo o Ministério da Saúde, a mamografia tem sensibilidade entre 88% e 93,1% e especificidade entre 85% e 94,2%, e a utilização desse exame como método de rastreamento reduz a mortalidade em 25%. Esta sensibilidade, no entanto, está diretamente relacionada à idade da mulher, sendo muito menor nas mulheres jovens, que apresentam uma alta densidade de tecido mamário. Devido a isto e ao fato de a radiação ionizante (utilizada na mamografia) ser considerado um fator de risco para o câncer de mama, a mamografia não deve ser feita em mulheres muito jovens e nem praticada de forma indiscriminada.

2.3.3.1 Oferta de Serviço

2.3.3.1.1 Mulheres de 35 anos de idade ou mais, com risco elevado para câncer da mama
De acordo com o Controle do Câncer de Mama: Documento de Consenso (INCA, 2004), a história familiar de câncer da mama em parentes de primeiro grau só é considerada um critério para risco elevado se o caso de câncer ocorreu antes dos 50 anos.
Estima-se que 1% das mulheres acima dos 35 anos de idade apresentaria critérios para serem considerados como de risco elevado, necessitando de exames com maior freqüência.

2.3.3.1.2 Mulheres de 40 a 49 anos de idade
De acordo com o Controle do Câncer de Mama: Documento de Consenso (INCA, 2004), as mulheres nessa faixa etária devem realizar anualmente exame clínico das mamas (ECM). As medidas de sensibilidade e especificidade desse exame são bastante variadas nos estudos e tendem a ser menores entre mulheres mais jovens.

2.3.3.1.3 Mulheres de 50 a 69 anos de idade
As mulheres nessa faixa etária devem realizar ECM anual e mamografia bianual.


3 A REALIDADE DO TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA EM PORTO VELHO

No município de Porto Velho, a coordenação de oncologia se localiza no Hospital de Base, logo, os pacientes com câncer obrigatoriamente passam neste local. assim sendo, todos os pacientes tem que passar por ele. Os exames de mamografia são realizados no Hospital de Base, Santa Marcelina, Hospital de Base, Rondoclin, Samuel Castiel e Simone Araújo. Abaixo encontra-se um quadro com seus endereços:
Bairro Rua Número
Hospital de Base Industrial Av. Jorge Teixeira 3766
Santa Marcelina Zona Rural BR 364 ? KM 17
Rondoclin Caiari Gonçalves Dias 438
Samuel Castiel Centro Paulo Leal 143
Simone Araújo Olaria Júlio de Castilho 1100

O tratamento é realizado no São Peregrino. Onde todas modalidades terapêuticas disponíveis atualmente são aplicadas, como a cirúrgica e a radioterapia para o tratamento loco-regional e a hormonioterapia e a quimioterapia para o tratamento sistêmico. Todo o tratamento é realizado na capital, tendo as mulheres que vir ao município para fazê-lo. O que causa um grande transtorno psicológico e financeiro, já que essas mulheres geralmente não têm condições de pagar essas despesas e deixam suas casas para começar o tratamento ou até mesmo para diagnosticar o câncer de mama, já que em muitos municípios não são realizados a mamografia.
Com o tratamento centrado no município de Porto Velho, os problemas se agravam, pois a oferta não é suficiente para tanta busca. A falta de centros especializados no Estado gera a superlotação e até mesmo fila de espera para realização de exames, prejudicando a população. Outro problema é a falta de profissionais da área. E a negligencia de médicos que deixam de fazer o auto exame, deixando esta tarefa para os enfermeiros.
O preenchimento incorreto da solicitação da mamografia, também se evidencia, pois dificulta a atuação do Estado, já que os formulários vão gerar informações importantes para a constatação da situação da saúde publica de Rondônia. Isso porque o sistema que os órgãos responsáveis utilizavam mudou a quase dois anos, tendo que os Hospitais, UBS e profissionais da área se capacitar e entrar em seus conformes. O Fluxograma de atendimento a mulher funciona da seguinte forma: Na Unidade Básica de Saúde, o profissional identifica qual mamografia o paciente deve fazer, se é o de Rastreamento ou Diagnóstica. Com o formulário de requisição da mamografia o paciente é encaminhado para a capital ou município que possui uma unidade radiológica, as informações tanto da unidade requisitante quanto da unidade radiológica serão digitadas e enviadas ao órgão responsável para sua análise. Esse sistema foi instituído pelo Ministério da Saúde para o monitoriamente das ações de detecção precoce do câncer de mama (Portaria nº 779/SAS, dezembro de 2008). O sistema é chamado Sistema de Informação Ambulatorial (SIA)/SUS e o SISMAMA é o subsistema de informação deste, especifico para o monitoramento do Câncer de Mama.
Segundo o INCA, o Sistema é composto pelo módulo do prestador de serviço, utilizado pelos serviços de radiologia mamária e patologia para cadastro dos exames, emissão de laudos e avaliação de desempenho dos serviços; e pelo módulo de coordenação, utilizado pelos gestores estadual, regional e municipal para gerenciamento das ações de detecção precoce do câncer de mama e seguimento das mulheres com exames alterados. Por isso, é tão importante o correto preenchimento dos formulários, pois são eles que irão ajudar na detecção das deficiências do tratamento do Câncer de Mama no município de Porto Velho e em outras regiões do Brasil.


METODOLOGIA

Para o presente artigo realizou-se uma pesquisa exploratória, tanto explicativa como descritiva. Descritiva, pois buscou analisar e registrar a situação da saúde pública e de fatores que condicionam a desistência do tratamento do câncer de mama. Explicativa, pois buscou esclarecer o que ocasiona as deficiências na prestação de serviço público.


ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

A presente pesquisa foi realizada para investigar a situação do tratamento de Câncer de Mama no município de Porto Velho/RO, para melhor entendermos a realidade dessa doença na cidade, evidenciando possíveis problemas no processo e, dessa forma, melhorando a situação das mulheres em tratamento.








? Sobre a orientação das informações necessárias às pacientes sobre a prevenção e o tratamento do Câncer de Mama:

Gráfico 1 ? Qualidade da orientação às pacientes sobre prevenção e tratamento do Câncer de Mama

A pesquisa constatou que: 6 (seis) das usuárias consideram boa a orientação dada sobre a prevenção e o tratamento do Câncer de Mama, 2 (duas) ótimo e 1 (uma) ruim. No entanto, a maioria que marcou a opção boa se referia ao São Peregrino e especificou que no Hospital de Base há muitos problemas.

? Sobre já ter ficado em lista de espera para iniciar algum tratamento ou exame relacionado ao Câncer de Mama:

Gráfico 2 ? Iniciação em lista de espera ao tratamento ou exame relacionado ao Câncer de Mama

Das entrevistadas, 4 (quadro) já ficaram em lista de espera para fazer algum exame relacionado ao tratamento. Geralmente fica-se na lista de espera para realizar a cirurgia, esta realizada no Hospital de Base. E 5 (cinco) disseram que não.
? Sobre o tempo esperado nas listas para iniciar tratamento ou realizar um exame:

Gráfico 3 ? Tempo em espera nas listas de tratamento ou exame de Câncer de Mama

No tempo esperado nas listas para realização de algum exame referente ao tratamento, 2 (duas) pacientes disseram ter esperado de 3 a 5 meses,1 (uma) de 1 a 2 meses e 1 (uma) menos de 1 mês.

? Sobre o programa SUS oferecer medicamentos necessários para os tratamentos:

Gráfico 4 ? Assistência do SUS no oferecimento de medicamentos às pacientes com Câncer de Mama

A pesquisa constata que entre as usuárias do serviço público: 1 (uma) não recebe os medicamentos, 2 (duas) recebem todos os medicamentos e 6 (seis) recebem uma parte dele.

? Sobre o pensamento de desistência aos tratamentos das pacientes:

Gráfico 5 ? Pensamento de desistência das pacientes aos tratamentos contra o Câncer de Mama
Nenhuma das entrevistadas relatou que já haviam pensado em desistir do tratamento. Assim, obtivemos o total de 100%.

? Sobre a descoberta do Câncer de Mama em estado avançado:

Gráfico 6 ? Descoberta em estado avançado do Câncer de Mama

Constatamos que 7 (sete) das 9 entrevistadas descobriram o câncer de mama a tempo de bom tratamento e 2 (duas) já descobriram em estado avançado.



? Sobre a dificuldade dos meios de transportes disponíveis para locomoção das pacientes até os pontos de referência:

Gráfico 7 ? Dificuldade de locomoção até os centros de referência de tratamento ao Câncer de Mama

Na questão de locomoção aos centros de referência de tratamento ao Câncer de Mama, 6 (seis) pacientes com a doença relataram que passam por dificuldades com o transporte e 3 (três) que não. Isso porque as últimas possuem carro próprio e uma condição financeira melhor do que as outras.












CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base no presente artigo, sabemos que o câncer de mama é o desenvolvimento anormal das células do seio. É uma doença tratável e a descoberta precoce é de suma importância para o tratamento e para a sobrevivência da paciente. Sabendo da necessidade do tratamento adequado, resolvemos investigar como vem sendo o processo de tratamento de câncer de mama à mulheres do município de Porto Velho- RO.
Detectamos que as mulheres em geral, consideram o tratamento a elas oferecido adequado e suficiente, mas de acordo com médicos e outros profissionais da área da saúde que atuam no município de Porto Velho, faltam investimentos e profissionalização adequada.
É importante ressaltar que o tratamento do câncer de mama é um tratamento difícil e doloroso, portanto, além de hospitais bem equipados as mulheres necessitam de um acompanhamento psicológico e de mais casas de apoio. É um absurdo o Hospital do Câncer de Porto Velho estar totalmente construído e parcialmente equipado e ainda assim, estar de portas fechadas. Sem falsas pretensões políticas deixamos um alerta à população em geral, que ? infelizmente - um dia pode precisar deste hospital especializado.
Por fim, deixamos nosso alerta: A causa do câncer de mama não é conhecida. Qualquer mulher pode desenvolver câncer de mama e apesar de muito menos comum, homens também podem, por isso é sempre importante consultar um médico periodicamente. Todas as mulheres acima de quarenta anos devem fazer um auto-exame mensalmente.





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LAKATOS, Eva Maria; Marconi, Marina de Andrade. Metodologia Cientifica, 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2004.
POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Grande tratado e enfermagem prática: Conceitos básicos, teoria e prática hospitalar. 3°Ed. São Paulo, 1998.
WWW.inca.gov.br, acessado em 22 de abril de 2011.
WWW.sbmastologia.com, acessado em 24 de abril de 2011.
http://www.inca.gov.br/publicacoes/Consensointegra.pdf, acessado em 03/05/2011.









APÊNDICES

Questionário referente ao Instituto de Oncologia e Radioterapia São Pelegrino:
1) Você considera a qualidade da orientação dada pelos profissionais sobre prevenção e tratamento do Câncer de Mama:
( ) Excelente
( ) Ótimo
( ) Bom
( ) Regular
( ) Ruim

2) Você ficou em lista de espera para iniciar algum tratamento ou exame relacionado ao Câncer de Mama:
( ) Sim
( ) Não

3) Se a resposta for sim, qual foi o tempo de espera?



4) O SUS oferece os medicamentos necessários para os tratamentos?
( ) Não
( ) Sim, uma parte.
( ) Sim, todos.

5) Você já pensou em desistir do tratamento?
( ) Sim
( ) Não

6) Você descobriu o Câncer precocemente?
( ) Sim
( ) Não

7) Você sente dificuldade para locomover-se até os centros de tratamento e diagnostico?
( ) Sim
( ) Não