TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO – COMPULSIVO

T P O C P



DEFINIÇÃO

O T P O C P – cujo significado é Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsivo (anancástica) se caracteriza como um transtorno de personalidade, caracterizado por um constante sentimento de dúvida, perfeccionismo, escrupulosidade, verificações, e preocupação com pormenores, obstinação, prudência e rigidez excessivas com raizes na infância e que persiste na idade adulta.

Esse transtorno pode ser acompanhando de pensamentos ou de impulsos repetitivos e intrusivos. Às vezes pode ser confundido com um outro tipo de transtorno (TOC – Transtorno Obsessivo – Compulsivo) mais duradouro, porém menos grave.

 

 

 

 

 

 

 

CAUSAS

As causas do Transtorno de Personalidade Obsessivo – Compulsivo inicia-se com a preocupação com organização, perfeccionismo e controle mental e interpessoal, às custas da flexibilidade, abertura e eficiência.

Este padrão começa geralmente no tempo de criança persistindo na fase adulta, estando presente em uma variedade de contextos.

São extremamente perfeccionistas, cobram-se a perfeição o tempo inteiro.

Os fatores temperamentais têm sido identificados na infância e podem estar associados com transtornos da personalidade na idade adulta. Por exemplo, as crianças com temperamento medroso podem desenvolver personalidades esquivas.
Disfunções do sistema nervoso central na infância, associadas com sinais neurológicos leves, são mais comuns em transtornos da personalidade anti-social e borderline. As crianças com lesão cerebral mínima estão em risco para transtornos da personalidade, particularmente dos tipos antissociais.

Certos transtornos da personalidade podem surgir de um fraco ajuste parental - isto é, um fraco ajuste entre temperamento e práticas de criação infantil. Por exemplo, uma criança ansiosa criada por uma mãe igualmente ansiosa está mais vulnerável a um transtorno da personalidade do que se fosse criada por uma mãe calma.

 

 

 

 

 

QUADRO CLÍNICO

Segue abaixo alguns critérios que o paciente precisa apresentar para ser constatado, ou seja, diagnosticado de fato que o mesmo sofre do T P O C P, vale lembrar ainda que precisa ser pelo menos três critérios para se configurar o transtorno.

São esses critérios:

ü  Sentimentos de dúvida constante e cautela excessiva;

ü  Preocupação com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou programa;

ü  Perfeccionismo que interfere com a conclusão da tarefa;

ü  Excessiva conscienciosidade, escrúpulos e preocupação excessiva com a produtividade a ponto de prejudicar relacionamentos interpessoais;

ü  Pedantismo excessivo e adesão às convenções sociais;

ü  Rigidez e teimosia;

ü  Insistência irracional pelo indivíduo em fazer os outros seguirem exatamente o seu jeito de fazer as coisas ou relutância irracional em permitir que outros façam as coisas do seu próprio jeito;

ü  Intrusão de pensamentos repetitivos e intrusivos ou impulsos.

O transtorno também pode ser diagnosticado aplicando o teste de personalidade patológica de Young ou o teste projetivo de manchas Rorschach usando o sistema compreensivo de Exner, segundo alguns especialistas.

Os transtornos de personalidade são diagnosticados com base em uma avaliação psicológica e no histórico e na gravidade dos sintomas apresentados pelo paciente.

 

 

 

 

TRATAMENTO

Segundo algumas pesquisas, o diagnóstico do Transtorno aqui trabalhando, ainda é complexo, tendo em vista que se observa na prática clínica psiquiátrica uma grande dificuldade em se diferenciar os dois tipos de transtornos (TOC e o T P O C P).

As pessoas que apresentam esses transtornos geralmente não buscam tratamento por iniciativa própria. Elas tendem a procurar ajuda depois que o comportamento já causou grandes problemas em seus empregos ou relacionamentos ou quando elas são diagnosticadas com outro problema psiquiátrico, como transtorno de humor ou de abuso de substâncias.

Embora os transtornos de personalidade sejam demorados para se tratar, existem cada vez mais evidências de que algumas formas de psicoterapia podem ajudar muitas pessoas. Em alguns casos, medicamentos podem ser um complemento útil para a terapia.

Vale ressaltar que cada individuo possui uma subjetividade, por isso, um tratamento para uns pode alcançar resultados significativos, enquanto que para outros não tenha nenhum resultado. Cada caso é um caso.

Por isso são indicados como tratamento: a psicoterapia e a farmacoterapia com pequenas doses de antipsicóticos, antidepressivos e psicoestimulantes tem sido eficaz, em alguns pacientes.

EPIDEMIOLOGIA

As pessoas que sofrem do T P O C P sofrem no convívio com a sociedade tendo em vista que se cobram muito e automaticamente cobram das pessoas que estão ao seu redor também, ou até mesmo começam enfrentando problemas com o convívio com os familiares, pessoas do setor profissional e demais pessoas em geral.

Essas pessoas também sofrem por não procurarem por si mesmas o tratamento ou por não saberem que estão sofrendo desse transtorno específico, que como já vimos anteriormente, pode ser confundido com o TOC.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABREU, Paulo Roberto; PRADA, Cynthia Granja. Transtorno de ansiedade obsessivo-compulsivo (TOC) e transtorno da personalidade obsessivo-compulsivo (TPOC): um “diagnóstico” analítico-comportamental. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo, v. 6, n. 2, dez. 2004 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452004000200007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 11 jun. 2013.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_obsessivo-compulsiva

HOLANDA, Aurélio. B. de. Dicionário Básico da língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1985.