Tema: Trasporte de Cargas em Perímetro Urbano

Estudo de Caso:
Av. 24 José Hermano – St. Campinas – Perimetral Norte (Goiânia II até Jardim Nova Esperança / Goiânia-Goiás.

Orlando Augusto Nunes – [email protected]
Acadêmico em Tecnologia de Transporte – Cefet-GO

INTRODUÇÃO

Hoje em dia, o transporte de cargas se tornou um grande problema dentro das cidades. Além de causar muito incômodo com seus altíssimos níveis de ruídos, causam intensa poluição atmosférica, e acima de tudo, grandes transtornos ao centros urbanos, tais como, congestionamentos, áreas para estacionar entre outros.

O trabalho tem como objetivo principal analisar e dar soluções práticas a estes possíveis empecilhos causados pelo tráfego de cargas no perímetro urbano.

A organização no trabalho acontece, primeiramente, com uma parte teórica onde explicamos a carga urbana, os tipos de cargas dentre outros, em segunda parte trouxemos uma parte prática em si, em analisar alguns dos transportes de cargas que encontramos dentro das cidades, tendo como base à cidade de Goiânia-Goiás. Por fim, analisamos dois pontos inversos da cidade, primeiramente a Rua José Hermano no Setor Campinas onde se encontram grandes atacadistas e os problemas causados pela falta de áreas para carga e descarga, e analisamos também a Av. Perimetral Norte onde esta traz o escoamento da cidade de uma região a outra. Analisando a todos esses parâmetros, algumas soluções práticas que podem ser tomadas em relação aos problemas encontrados.

Não tivemos a preocupação constante em analisar a atuação do Poder Público em cima desse transporte de cargas, porém tentamos sempre colocar em pauta se há fiscalização específica para cada área de atuação.

Além de fotografias como exemplificações, o trabalho traz gráficos referentes aos formulários e questionários aplicados às pessoas que passavam na Rua José Hermano para demonstrar o grau de satisfação da população em relação ao trânsito da região, além de entrevistas com moradores, empresários e motoristas. O questionário aplicado e as perguntas elaboradas para a entrevistas encontram-se no anexo deste trabalho.

1. CARGA URBANA

Quando nos referimos à carga urbana estamos na realidade enfocando a circulação das cargas dentro do tecido urbano, especialmente no sistema viário de superfície.

Muitas poderiam ser as definições, mas aqui estamos propondo a que consideramos a mais genérica:

“A movimentação de bens e haveres que são insumos ou produtos da vida da cidade”.

A caracterização pode assumir diversas conotações que trazem inerentes a natureza dos conflitos ou de sua lógica de circulação:

Os interesses dos atores envolvidos podem levar a conflitos, a não ser que haja maior consciência de todos fatores que participam do processo.

Por carga, entende-se tudo aquilo que é ou pode ser objeto de transporte. Quanto à forma de acondicionamento, a carga pode ser subdividida em carga a granel e carga embalada. Carga a granel pode ser compreendida como aquela transportada despida de qualquer embalagem, encerrada e mantida porém apenas pelas partes do próprio equipamento de transporte. Já a carga embalada pode ser definida como aquele objeto de manuseio com seu recipiente envoltório nas operações de carga, descarga ou transbordo, significando essa última operação a transferência de carga de um para outro veículo.

2. TIPOS DE CARGA

2.1 CARGA NÃO PERIGOSA

São cargas que não trazem e não oferecem risco a população urbana, ou diretamente ao meio ambiente. Os principais tipos que correspondem as essas cargas são:

Cargas a granel – que são cargas soltas em pó ou grãos (cereais, cimento, areia)

Cargas Embaladas – normalmente são cargas com produtos alimentícios, produtos de limpeza, dentre outros, e que são transportadas em caixas.

Cargas Diversas – qualquer outra carga que não ofereça risco ao meio ambiente, possuem vários tipos de produtos, como canos, telhas, pneus, móveis, eletrodomésticos, veículos, entre outros.

2.2 CARGA PERIGOSA

Produtos perigosos são os de origem química, biológica ou radiológica que apresentam um risco potencial à vida, à saúde e ao meio ambiente, em caso de vazamento.

O grande avanço tecnológico, cada vez mais rápido, tem aumentado a quantidade e a variedade de produtos químicos em uso o que, por sua vez, aumenta a possibilidade e a gravidade dos acidentes.

O derramamento acidental pode acontecer em decorrência de um acidente ou incêndio em instalações ou veículos; falha em processo ou equipamento industrial; ação deliberada. As conseqüências de um derramamento são a potencial contaminação do ambiente - ar, solo, águas - passando daí para os seres vivos - plantas, animais e pessoas.

Dentro das cidades o transporte de produtos perigosos exige-se um controle maior devido ao grande volume de pessoas. Deve-se destacar que existem produtos perigosos ou cargas perigosas, sendo, que esta última pode-se tornar perigosas devidos a fatores de mau acomodação das cargas ou falhas ocorridas durante o transporte.

Dentre os produtos que são transportados nas cidades que mais trazem riscos a população são os derivados dos combustíveis fosseis, produtos químicos e os lixos hospitalares. A fiscalização que ocorre nesses meios de transporte é bem severa com as empresas, mais ainda apresentam falhas devido à falta de funcionários qualificados e em quantidade suficiente. Hoje é bastante comum vermos o transporte do “botijão de gás”, ser feito em motos o que é proibido pela legislação de trânsito mas pouco fiscalizado pelos órgãos competentes.
Nesse sentido, a mínima falha, avaria, evento ou condição, notadamente os imprevistos, pode conduzir a situações onde os produtos transportados venham a desprender-se de seus recipientes ou invólucros, podendo inclusive acarretar alteração das características físico-químicas desses mesmos produtos, por fatores de diversa ordem.

Assim, durante as operações de transporte de cargas perigosas podem ocorrer inúmeras situações e incidentes, potencial e adversamente alteradores do meio ambiente (sentido lato), a partir do rompimento de recipientes, embalagens ou tanques de acondicionamento, como a seguir exemplificado: vazamentos; derrames; lançamentos; disposição; acúmulo ou empoçamento; infiltração; emissão de artigos, agentes, substâncias, gases ou vapores; incêndios; explosões, etc.

Os danos – representados pela alteração das características físicas, químicas, bióticas, culturais, artificiais e/ou antrópicas do meio ambiente – , independentemente de sua extensão, quantidade e gravidade, poderão atingir, de forma direta ou indireta: residências e moradias; as atividades humanas relacionadas ao trabalho e produção (comércio, indústria, institucional, agricultura, pecuária, etc.), ao ensino, ao transporte, ao lazer, etc. Não bastassem, os impactos negativos poderão afetar também postos de serviço, depósitos de alimentos, creches, hospitais, consultórios, escritórios, igrejas e templos, etc., assim como os cursos d’água, inclusive mananciais e suas respectivas áreas de proteção; as Unidades de Conservação e seu entorno; as áreas de preservação permanente; as áreas naturais tombadas e seu entorno e quaisquer bens ambientais de valor cultural, dentre outros.

Nesse passo, vale lembrar que, embora a água constitua a mais preciosa substância utilizada no combate ao fogo, no controle de vapores e no saneamento de locais palcos de derrames químicos, determinados produtos perigosos podem reagir de forma violenta e mesmo explodir quando em contato com a água, exigindo portanto a existência de informação ampla e rigorosamente adequada, além da participação de especialista.

- Controle e fiscalização da atividade

A competência para a exercício do controle e fiel cumprimento do Regulamento de que trata o Decreto Federal n° 96.044/88 e de suas instruções complementares está atribuída ao Ministério dos Transportes, sem prejuízo todavia da competência das autoridades das circunscrições por onde transitem os veículos transportadores de cargas perigosas.
Constitui dever do Poder Público, e não mera faculdade, a imposição de restrições ao uso do solo e das vias terrestres, urbanas e rurais e respectivos equipamentos às operações relacionadas ao transporte rodoviário de produtos perigosos.

As autoridades competentes circunscritas às vias terrestres deverão promover levantamentos, vistorias, diagnósticos, estudos e realizar simulações de acidentes envolvendo todas as operações com produtos perigosos, com a participação do Ministério dos Transportes; dos órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviários da União, do Estado e Município; da Polícia Militar, inclusive do Corpo de Bombeiros; da Defesa Civil e da Agência Ambiental.
É dever do Poder Público produzir informações e dados relacionados ao transporte de produtos perigosos, assim como sobre seus eventos, acidentes, veículos, cargas, produtos, substâncias, materiais, normas de regência, sinalização, etc., disponibilizando-as e divulgando-as à coletividade, com vistas inclusive à promoção da educação ambiental em todos os níveis, e da conscientização pública para a preservação do meio ambiente

3. VEÍCULOS URBANOS DE CARGA

A frota de carga deve receber atenção quanto à sua condição de trafegabilidade esta adequação pode ser normalizada ou não. Esta frota é diversificada e vai de caminhões a bicicletas.
Os caminhões de carga, com dimensões e funcionalidade adaptados ao tráfego urbano e adequação às normas ambientais, são uma tendência visando minimizar interferências no tráfego e condições de estacionamento de carga e descarga.

Embora possa variar de Estado para Estado, os VUCs no Brasil podem ser definidos como um caminhão com comprimento máximo de 5,50m de pára-choque a pára-choque e largura de até 2,20m. Além dos VUCs, existe também o VLC - veículo leve de carga, onde se encaixam os modelos com comprimento entre 5,50m e 6,30m e largura máxima de 2,20m.

A seguir apresentamos exemplos de veículos de carga onde se pode aferir uma diversidade de veículos que a cidade acaba legitimando pela lógica e pela imposição do fornecimento, independente de sua regulamentação.
Calçadas de pedestres com restrição de acesso, impõem a utilização de veículos alternativos com tração humana e aí se encaixam, por exemplo,os abastecedores de restaurantes e os coletores de papel e os entregadores de correspondência e documentos, que utilizam os pés, carriolas e bicicletas para suas entregas.

As motocicletas em São Paulo, são um caso a parte com importante papel na entrega de pequenas encomendas gerando um mercado de emprego significativo e uma grande interferência no trânsito geral com aumento de conflitos de circulação e acidentes.

- Classificação dos Veículos

Os caminhões são classificados quanto ao chassi em:

¾ Três Quartos – Têm capacidade para 3 toneladas de carga útil

Toco – é o nome dado ao caminhão que possui apenas um eixo traseiro, com rodagem simples, isto é, dois pneus por eixo, ou de rodagem dupla, ou seja, quatro pneus por eixo.- Tem capacidade para até 6 t

Truck – é o nome dado ao caminhão que possui dois eixos traseiros, sendo um deles o de tração motriz, e rodagem dupla. O eixo de tração motriz é aquele que recebe a força do motor e a transmite as rodas. Têm capacidade entre 10 e 14 toneladas.

Carreta – é o veículo formado por um cavalo mecânico que puxa um semi-reboque. O cavalo mecânico é à parte da frente onde ficam o motor e a cabina. O semi-reboque é um veículo que se movimenta articulado e apoiado no cavalo mecânico. O número de eixos é variado e sua capacidade é variada de acordo com a configuração de eixos. O número de eixos é variado e sua capacidade é variada de acordo com a configuração de eixos.

4. ROTEIRIZAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO PARA USO E RODAGEM

Uma abordagem abrangente deve discutir o impacto sobre o trânsito veicular geral, a eficiência energética e o impacto das emissões e ruídos das frotas utilizadas, bem como alternativas de uso da infra-estrutura disponível para minimizar conflitos e criar uma perspectiva de melhoria do ambiente urbano, conciliando os interesses da carga com os da qualidade de vida urbana do cidadão.

A postura passiva de adaptação dos operadores logísticos às proibições e limitações a suas operações, em nome da interferência no trânsito e do interesse social, sem maiores considerações de seus “interesses econômicos”, começa a ser questionada.

- Logística de Cargas Urbanas

Os principais objetivos da logística de cargas urbanas são:
- Atender ao cliente com um nível de serviço desejado buscando alcançar elevado índice de satisfação;

- Reduzir os custos de transporte tanto quanto possível, escolhendo os trajetos mais adequados de forma a aproveitar eficientemente a frota e a mão-de-obra operacional disponível.

A roteirização consiste em determinar o conjunto de rotas que deverão ser feitas pelos veículos que fazem distribuição (entrega) e coleta de mercadorias, buscando minimizar os custos de transporte, atender ao cliente com rapidez e satisfação levando-se em conta a distância, o trajeto com base nas seguintes condições:

- Cada rota começa e termina no deposito;

- Todo bairro ou cliente é visitado somente uma vez por somente um veículo;

- A demanda total de qualquer rota não deve superar a capacidade de um determinado veiculo.

Normalmente as empresas utilizam um sistema parecido com um viaduto, que consiste em dividir a praça em 4 (quatro) rotas e distribuir os veículos nas rotas fazendo um desenho parecido com um viaduto com quatro acessos.

As empresas utilizam táticas diferentes de entrega e coleta de acordo com sua demanda. Algumas utilizam apenas um veículo fazendo uma rota duas vezes ao dia, uma pela manhã e outra pela tarde, no mesmo sentido, entregando e coletando. Outras, utilizam dois veículos da mesma forma, porém, em sentido contrário.

Os veículos mais indicados para o transporte de cargas nos centros urbanos são os 3/4 (três quartos) que tem capacidade de carga útil para 3 toneladas e são dotados de baús. Usa-se também o caminhão “toco” com capacidade para até 6 toneladas, também dotados de baús.

A diversidade de cargas exige diferentes tipos de veículos para acomodar e transportar de forma apropriada e dentro de padrões que garantam suas propriedades, características físicas e qualidade.

 Documentação Necessária no Transporte de Cargas

Como qualquer outro meio de transporte, o transporte de cargas terrestres necessitam de uma documentação que mostre e resuma todo o material que venha a ser transportado, e isso não deve constar e ser exigido apenas nas rodovias, mas também dentro das cidades. Além de mostrar toda a informação da carga transportada, peso, altura, volume, nela se tem a confiança necessária de que a mercadoria transportada não se trata de uma carga “fria”.
A figura a seguir, mostramos esse documento, parecido com uma nota fiscal, essa documentação conceitua-se em “Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga”. Nele estão contidas todas as informações de remetente e destinatário, frete a pagar ou frete pago, valores de ICMS, entre outros, não mostra o tipo do produto, item a item, tem a finalidade de mostrar o volume e o peso a ser transportado.


Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga: Emitida pela empresa Sólida Transporte

5. CONSEQUÊNCIAS DO USO DO TRANSPORTE URBANO DE CARGAS

5.1 ASPECTOS FÍSICOS

Algumas das conseqüências que se analisa com o uso de transporte de cargas em vias urbanas, seria no dimensionamento da via, estas são, normalmente, projetadas para veículos automotores, deixando a frota pesada de veículos de cargas a ver navios, pois, as vias, na maioria das vezes, possuem dimensões estreitas, e com curvas de raio de giro muito fechadas, aonde caminhões de maior porte, que chegam de rodovias para descarregar em armazéns, galpões, entre outros, nas grandes cidades precisam se desvencilhar deles ou simplesmente não conseguem trafegar.

Outro agravante físico, seria a fiação elétrica das cidades, a altura de certos veículos de cargas, como por exemplo, as cegonhas (transporte de veículos), por serem muito altas, podem trazer prejuízos de grande relevância dentro das cidades, como por exemplos, quedas de postes públicos, rede de alta-tensão em contato com a população, entre vários outros problemas públicos.

5.2 ASPECTOS NO TRÁFEGO

Podemos dizer, que os aspectos no tráfego são os mais incomodantes relacionados com os veículos de transporte de cargas, tanto de porte pesado, quanto de porte leve. Os inúmeros veículos de carga urbana, como fora mencionado, se torna cada vez maior nas cidades de médio e grande porte, e assim, acarreta em três problemas conjuntos, que seria os congestionamentos, as vagas para estacionar e as áreas de carga e descargas das mercadorias.

Esses aspectos têm tanta importância, que já vem sendo criadas medidas para que ocorra uma diminuição do trânsito desses veículos em horários comerciais, isso acontece pois o número excessivo de veículos automotores vem crescendo a cada dia, e sem contar, que inúmeros comércios, inúmeras empresas se aglomeram nos centros urbanos, e assim, acabam por esquecer de criar vagas de carga e descargas para os produtos desejados, ficando esses veículos disputando vagas e espaços no trânsito comum, juntamente com os veículos particulares, isso acarreta congestionamentos, paradas excessivas, trânsito lento e além disso, acidentes, o que ocorre, por exemplo, em pólos atacadistas, como o da Rua José Hermano em Goiânia.

6. TIPOS DE VEÍCULOS E CARGAS TRANSPORTADAS EM VIA URBANA

6.1 MOTOCICLETAS

Além de pequenos produtos como documentos, encomendas de tamanho pequeno, outros produtos estão sendo transportados, também. carregamentos de botijão de gás.

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Conselho Nacional de Trânsito (Cotran), estão estudando a possibilidade de adotar normas para o transporte de cargas em motos, pois este tipo de transporte de cargas ainda não tem uma legislação específica, o que causa uma fusão jurídica além de dificultar a fiscalização. O coordenador da Câmara temática de assuntos veiculares do Denatran, Carlos Leitão, afirma que: “Em princípio, não há condições de que haja transporte de cargas em motos devido à periculosidade.”

Embora tenha um custo x beneficio muito bom, este serviço normalmente tem um custo mais elevado que uma transportadora convencional, devido à quantidade de carga, ou melhor, a capacidade do veículo de transporte x quantidade de volume ou mercadorias. Um exemplo disso é o valor transportado por volume, enquanto uma encomenda de pequeno porte tem um valor para ser transportado de um ponto “x” ao ponto “y” de R$ 10.00, esta mesma encomenda transportada pelo mesmo percurso, em um transporte de grandes quantidades de volumes, como um caminhão, teria um valor menor para ser transportado, porém o tempo para entrega deste produto demandaria mais tempo, pois o mesmo veículo transportador tem características diferentes.

Então chegamos a conclusão que a maior vantagem alcançada, depende-se da necessidade do momento, pois se precisa do produto com urgência, compensa-se ter um custo maior, pois o benefício será mais rápido que a entrega do produto em um sistema convencional.

A palavra “Express” diz tudo sobre este transporte, pois a rapidez é o diferencial da modalidade. Hoje, em um mundo em que todos querem um atendimento rápido, as empresas de transporte rápido ganham o cliente, pois os motociclistas ganham tempo no trânsito para este tipo de entregas, garantindo uma pontualidade e uma rapidez nas entregas em metrópoles. Com trânsito congestionado e caótico das cidades, este serviço surpreende as outras modais.


6.2 TRANSPORTE DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

Transportar combustível é uma atividade que exige além de grande segurança (produto inflamável), é necessário agilidade na entrega. Por isso, as empresas desse segmento optam por produtos e serviços que ajudem a manter melhor eficiência no trabalho. As questões ligadas a esse tipo de transporte interessam não só, aos fabricantes, mas a todas organizações públicas e privadas que de alguma forma estão ligadas à segurança no trânsito em redes viárias. As conseqüências de quaisquer acidentes envolvendo um veículo transportando combustível, podem ser sentidas não só pelos usuários das vias, mas por comunidades próximas ao local da ocorrência, principalmente em casos de acidentes.

Por ser um veículo de grande porte e de grande periculosidade, sua velocidade dentro das cidades são muito baixas, além disso, precisa ser conduzido com muita flexibilidade devido aos pequenos raios de giro que as cidades possuem. Ao chegar ao destino de entrega, o veículo necessita de uma área restrita para o descarregamento do combustível, que é feito através de mangueiras que se acoplam entre o caminhão e os tanque de estocagem dos postos de combustíveis. O risco de acidentes pode ser muito grande, se esse descarregamento seja efetuado de maneira incorreta, o que pode causar danos irreversíveis à população próxima a área. Por isso deve ser bem sinalizados com placas indicativas mostrando os riscos existentes no transporte deste material

6.3 TRANSPORTE DE BOTIJÃO DE GÁS

O transporte de botijões de gás são feitos por caminhões estilo gaiola, e possui um grande contato com a população, sendo feita até mesma vendas de porta-a-porta. Os caminhões que transportam esse tipo de mercadoria, devem ser sinalizados com placas contendo as informações necessárias e visíveis que são produtos do tipo inflamáveis. Por ser um produto perigoso, deve se ter um cuidado excessivo no transporte da mercadoria. Os locais de cargas e descargas de botijões vazios ou carregados, ou seja, as indústrias que alimentam as cidades, devem ser instaladas em locais mais afastados, para que não ocorram acidentes e nem avarias à população.

6.4 TRANSPORTE DE LIXO HOSPITALAR

Os Resíduos Sólidos Hospitalares ou como são mais comumente denominados “lixos hospitalares”, sempre constituiu um problema bastante sério para os administradores Hospitalar, devido principalmente à falta de informações a seu respeito.

O desconhecimento e a falta de informações sobre o assunto faz com que, em muitos casos, os resíduos sejam ignorados ou recebam um tratamento sem requisitos adequados.

O lixo hospitalar, geralmente, é acondicionado em sacos plásticos e alimentados manualmente em pequenos incineradores, valas sépticas, autoclavagem (esterelização por vapor de água).

O transporte desse material deve ser levado em consideração devido ao seu alto grau de periculosidade para a população urbana, normalmente as áreas de lixo hospitalar são assinaladas e não possuem contato com a população em si, possuindo áreas restritas a funcionários e ao transporte competente.

A coleta dos resíduos dos serviços de saúde é feita e forma diferenciada, portanto não deve Ter o mesmo processo de outros tipos de lixo e é de responsabilidade do gerador. Objetivando o manejo seguro de resíduos infectantes, evitando a contaminação de resíduos perigosos, tratamento adequado e destinação final apropriada, os resíduos devem ser coletados em todos os estabelecimentos que prestam serviços na área da saúde.

Em 1993, a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas editou a norma NBR-12.808 que orienta a separação dos resíduos de saúde em: sépticos (infectantes) e assépticos (não contaminados). Deve-se segregar resíduos em que a prevenção de contaminação do ambiente e a vantagem econômica justificam a recuperação de materiais, tais como filmes de radiografia e produtos de revelação, termômetros papéis e papelões.

Os resíduos infectantes são armazenados em container's específicos, metálicos, com tampa na cor branca, acondicionados no abrigo externo em sacos de plástico branco leitoso e transportados em caminhões apropriados para o seu destino. Os resíduos não-contaminantes são acondicionados em sacos de plástico na cor preta e disponibilizados em local apropriado para a devida coleta em caminhão prensa coletor.

Para o gerador, a utilização de sacos plásticos tem a vantagem de evitar o furto do recipiente rígido. Para o serviço de coleta, as vantagens são: menor esforço dos coletores, redução do tempo de coleta, impedimento da absorção de água da chuva e diminuição da poluição sonora.

6.5 TRANSPORTE DE MERCADORIAS

Considerada como tráfego de cargas não-perigosas, o transporte de mercadorias é o mais habitual dentro dos centros urbanos, normalmente abastecem os centros comerciais como supermercados, têxteis, drogarias, eletrodomésticos, móveis, entre outros. O veículo de utilização seria o caminhão tipo Baú, tanto baús em alumínios, como baús lonados, inclui-se no transporte de mercadorias, as cargas de refrigerantes, cervejas, entre outros, onde os caminhões utilizados são adequados para o produto transportado, onde as portas são laterais, dando maior mobilidade e agilidade na entrega. Em locais de muita concentração de veículos, por não terem locais adequados para descarregarem, acabam tumultuando o trânsito, agravando os níveis de congestionamentos.

6.6 TRANSPORTE DE VEÍCULOS – AS CEGONHA

São veículos muito pesados e com tamanhos diferenciados dos demais transportes de cargas. As cegonhas transportam uma carga diferenciada e com um valor agregado muito alto, no caso, além de automóveis, podem trafegar com ônibus, caminhões, e outro veículos. Por serem muito longos e pela carga que trazem, trafegam com velocidades muito baixas, assim necessitam de vias mais largas e com raios de giro acessíveis. Em rodovias, trafegam somente em períodos diurnos, nas cidades é recomendado a entrega e o tráfego fora dos horários comerciais, ou seja, em períodos noturnos, isso para que não aconteça problemas expressivos no trânsito, pois por serem veículos de grandes dimensões, necessitam de áreas maiores para a descarga, e dependendo do local onde vão entregar, fecham-se, até mesmo, ruas para maior tranqüilidade do trânsito.

6.7 TRANSPORTE DE CARGA FRIGORIFICADA

O transporte de cargas frigorificadas diz respeito aos produtos alimentares perecíveis, ou seja, todo o alimento alterável ou não estável a temperatura ambiente, ou seja, sorvetes, carnes, frutas, entre outros, que precisam ser refrigeradas no seu transporte. Normalmente, são utilizados caminhões do tipo baú, onde neles são acoplados um sistema de refrigeração, dando maior segurança e qualidade para o transporte de frios. É muito comum, encontrar esse tipo de caminhão em vias urbanas, pois abastecem supermercados, açougues e entre outros.

Esse tipo de transporte precisa ser bem fiscalizado, pois, qualquer dano à carga pode trazer inúmeros problemas sociais, como por exemplo, perca total da validade do produto.

6.8 TRANSPORTE DE VALORES

O caminhão especialmente destinado ao transporte de valores, devendo estar identificado na forma estabelecida pela legislação federal ou disposições específicas e portando obrigatoriamente Certificado de Vistoria fornecido pelo Departamento de Polícia Federal, afixado no canto inferior direito do pára-brisa dianteiro.

As operações de carga e descarga deverão respeitar a sinalização local de estacionamento.

O tipo de cargas transportado é dinheiro, cheques, documentos, guias bancários, dentre outros.

Realizado em carros-fortes blindados e na maioria dos casos não são escoltados. Necessitariam de agilidade no trânsito, porém como nas grandes cidades o fluxo de carros é intenso e pelo o próprio veículo possuir um forte sistema de segurança, permanecem na mesma velocidade dos outros veículos que trafegam nas vias.

Em relação à fiscalização, eles têm prioridade, por exemplo, como não podem ficar longe do banco onde serão retirados os malotes a serem transportados, eles podem usar até a faixa de pedestre sem tempo determinado.

6.9 TRANSPORTE DE LIXO URBANO

O transporte de lixo urbano tem como intuito fazer limpeza das cidades. A coleta é feita por caminhões especiais e acontecem basicamente em períodos noturnos. Em bairros de baixa densidade demográfica alternam-se os dias de passagem dos veículos.

A escolha do período noturno é uma estratégia para os transportes de lixo urbano não causarem tumultos no trânsito, pois estes funcionam quase que em um sistema porta a porta.

Mesmo atuando em sistemas mais tranqüilos de trânsito, podem proporcionar certos acidentes, devido à má-iluminação de certas ruas e da precariedade do caminhão, com falta de sinalização. Por ter uma grande malha viária para se percorrer, a velocidade do serviço é feita em processo rápido e assim os garis fazem a limpeza e a coleta na maioria das vezes correndo, o que pode acontecer acidentes.

Um outro problema do transporte de lixo urbano é o barulho que causa nas vias, que podem trazer problemas aos moradores.

O transporte de lixo urbano é feito até o aterro sanitário, estes são locais onde o lixo é depositado permitindo mantê-lo confinado sem causar maiores danos ao meio ambiente. É um método em que o lixo é comprimido através de máquinas que diminuem seu volume. Com o trabalho do trator, o lixo é empurrado, espalhado e amassado sobre o solo (compactação), sendo posteriormente coberto pôr uma camada de areia, minimizando odores, evitando incêndios e impedindo a proliferação de insetos e roedores.

A compactação tem como objetivo reduzir a área disponível prolongando a vida útil do aterro, ao mesmo tempo em que o propicia a firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. A distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de 400m.

O mau cheiro causado pelas descargas no aterro sanitário também é um grande problema, quando situados próximos ao perímetro urbano, por isso devem ser feitos dimensionamentos e estudos para analisar onde devem ser inseridos os aterros e claro não podem esquecer do uso do solo também, pois um projeto mal feito de um aterro pode trazer sérios problemas para a cidade, como por exemplo, o lençol freático que podem ser atingidos por substancias inadequadas à população.

6.10 TRANSPORTE INFORMAL (Catadores de Lixos Recicláveis)

Veículos tracionados a força animal ou força humana, transportam papéis, papelão, plásticos, latinhas, cobre, alumínio e em geral tudo que pode ser reciclado. Por ser um trabalho informal não seguem rotas certas e definidas.
Realizado sem nenhuma fiscalização e não recebem salários fixos, mesmo desenvolvendo uma grande função social, pois se os catadores de papel parassem os seus trabalhos a prefeitura não conseguiria recolher todo o lixo da cidade.

Os preços referentes ao que eles recolhem nas ruas são variáveis, hoje o quilograma (KG) do papel gira em torno de R$ 0.05 / Kg, o plástico R$ 0.15 / Kg, latinhas a R$ 2.50 / Kg e alumínio entre R$ 2.00 e 2.60. É o que garante o sustento de várias famílias que dependem deste trabalho, que por um lado causam tumulto no trânsito, e por outro, correm risco de agressão verbal, de agressão física e até mesmo de perderem a vida, ocasionada por acidentes, pois não há sinalização em seus veículos e a prefeitura e os órgãos responsáveis não tomam nenhuma providencia para projetos e melhorias para resolver a problemática.

7. PESQUISA DE CAMPO

7.1 RUA JOSÉ HERMANO – CAMPINAS

Para analisar o transporte de cargas em perímetro urbano, o grupo teve como idéia analisar um dos locais mais críticos da cidade de Goiânia, o Pólo Atacadista da Rua José Hermano em Campinas.

A abordagem feita no local teve como método aplicativo uma pesquisa com empresários dos atacadistas, moradores e os próprios transportadores das cargas na região, isso com o intuito de avaliar os problemas da carga e descarga (as perguntas elaboradas para as entrevistas “in loco”, estão nos anexos deste trabalho). Outro método aplicativo utilizado foi à elaboração de um questionário que foi aplicado a 30 pessoas que circulavam pela rua José Hermano dando suas opiniões, a respeito do trânsito local (o questionário elaborado encontra-se nos anexos do trabalho).

Logo ao chegar no local, o grupo já encontrou problemas, a falta de estacionamento, tendo que deixar seus veículos a duas quadras do local de pesquisa.

A primeira preocupação do grupo em si, foi em saber a própria opinião das pessoas que cuidam e necessitam do transporte de cargas, ou seja, empresários e motoristas. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, os próprios empresários admitem que o sistema de carga e descarga de produtos, nessa região, é falho. Tanto motoristas quanto os empresários concordaram que trafegar pela rua José Hermano se torna algo muito complicado a cada dia que passa. Com as entrevistas feitas, podemos salientar e comprovar que o local não possui nenhuma infra-estrutura para suportar o transporte de cargas em suas vias, ou seja:

- Falta de Estacionamento

- A falta de estacionamento faz os veículos estacionarem nas próprias calçadas

- Carga e Descarga em Calçadas

- Demora na liberação para a Carga e Descarga de Mercadorias

- Falta de Fiscalização Coerente

- Fiscalização ineficiente na região: Cargas na calçadas impede passagem de pedestre
- Dificuldade de trafegar na via


Na entrevista a ambos, foi perguntado se teriam alguma forma de melhoria para o problema enfrentado, aí houve um raciocínio inverso nas opiniões, os empresários não querem sair da região, pelo simples motivo de perca de clientes para o seu produto, e pedem o auxílio do Poder Público para a criação, no local, de áreas para estacionamentos e para a carga e descarga, já os motoristas disseram que deveria retirar o pólo do centro urbano e colocá-los em locais mais afastados, como por exemplo, próximos a Av. Perimetral Norte, local mais afastado da cidade, lembrando até de um projeto que já foi colocado em pauta pelos Governantes, mas que nunca saiu do papel.

Outra preocupação do grupo foi em saber a opinião dos moradores próximos a região, e então fizemos entrevistas com alguns que estão ali tão próximos. Eles nos disseram que o maior problema causado pelo transporte de carga seria os níveis de poluição, tanto atmosférica e tanto sonora. Além desses problemas, disseram também que a fiscalização não existe, e quando acontece, os empresários, para não se verem multados, acabam por “molhar” as mãos dos fiscais.

Após a entrevista a empresários, motoristas e moradores, o grupo teve o intuito de saber da população, que estava presente no local, as suas opiniões a respeito da situação que a Rua e a região enfrenta. Para isso, o grupo criou um formulário com cinco perguntas, e podemos analisar e ver o resultados criados. Foram aplicados cerca de 30 formulários, com as seguintes perguntas e resultados:

Vimos que a maioria das pessoas entrevistadas trabalham na região (cerca de 54%), e assim, concluímos na pesquisa que realmente a maioria das pessoas desaprovam a maneira como é tratado e gerido o transporte de cargas na Rua José Hermano (Cerca de 84% dos entrevistados acham Péssimo ou Ruim o trânsito). Devemos salientar, que essa questão deve ser tratada com maior interesse pelo Poder Público, pois é visível o descaso das autoridades para esse problema. Queremos ressaltar, um dado interessante encontrado no questionário, cerca de 20% dos entrevistados manteriam o sistema local, isso acontece pelo motivo trabalhista, ou seja, quem trabalha depende daquilo para sobreviver, depende dos clientes que possuem, e assim acabam por aceitar as precárias condições oferecidas pelo transporte da região.

7.2 AV PERIMETRAL NORTE

A análise feita na Av. Perimetral Norte na cidade de Goiânia teve o intuito de constatar o grande número de veículos de cargas de médio e grande porte que trafegam por ela. Esse grande número de veículos pesados acontecem pelo motivo simples da avenida funcionar como um “anel viário”, ou seja, ela circunscreve a cidade de Goiânia, no sentido Noroeste a Sudoeste, onde os veículos não precisam transitar no centro urbano da cidade, dando uma grande mobilidade, agilidade e tranqüilidade aos motoristas.

A Perimetral Norte funciona como uma solução para descarregar o centro urbano de Goiânia de Veículos de Cargas, ela foi projetada para atender essa preocupação existente na cidade. Porém quando projetada, o local da via era pouquíssimo habitada pela população, havendo ali próximo, apenas as grandes indústrias e os grandes atacadistas. Hoje já se vê uma população muito concentrada em quase toda sua extensão, isso acaba por trazer prejuízos a cidade, desde o envolvimento de cidadãos com acidentes até o barulho proporcionado pelo tipo de veículos que nela transita.

A avenida possui uma extensão de, aproximadamente, 17 km, composta basicamente de 03 (três) pistas em cada sentido, sendo a pista da direita reservada basicamente aos veículos pesados. A largura da pista e a rapidez que ela proporciona fizeram que as autoridades tomassem conhecimento do número de acidentes que começaram a existir no seu trecho, e hoje, contornada com sistemas de semaforização em alguns trechos (Antigo “Gato-Preto”) e radares eletrônicos que reduzem e inibem atitudes de velocidades excessivas.

Como é uma via de trânsito rápido, a avenida serve de escoamento do transporte de cargas, as fábricas que se alojam ao longo de todo o trecho possuem locares específicos em suas dependências para o estacionamento dos veículos que chegam, sendo totalmente proibido a carga e descarga na via. Existem até mesmo projetos desenvolvidos pelo próprio poder público de transferir os grandes atacadistas da Rua José Hermano em Campinas para o trecho da Perimetral, o que poderia ser uma solução para a região de Campinas que é tão conturbada, porém o projeto não teve ares de implementação e está parado.

8. SOLUÇÕES TECNOLOGICAS

8.1 A SEGREGAÇÃO DE HORÁRIOS

A restrição de horários, para realização de cargas e descargas, consiste na proibição da circulação, em áreas da cidade, em horários determinados.
A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, alterou as restrições para operações de carga e descarga, nos estabelecimentos de grande porte com área construída acima de determinado limite (de 500 a 25.000 m²). As operações são permitidas: entre 22h00 (vinte e duas horas) e 6h00 (seis horas), de segunda a sexta-feira; entre 0h00 (zero hora) e 6h00 (seis horas); entre 14h00 (catorze horas) e 24h00 (vinte e quatro horas) aos sábados; em qualquer horário, aos domingos e feriados.

8.2 INFORMAÇÃO, SINALIZAÇÃO E COORDENAÇÃO

Além da fiscalização eficiente, se deve buscar a melhoria da sinalização de indicação e da regulamentária, dirigida aos condutores de veículos de carga nas cidades, bem como o acesso facilitado a regulamentos e informações relevantes, seja em meio tradicional, seja pela Internet.
A coordenação de esforços entre autoridades de diversas agências, Municipais, Metropolitanas, Estaduais e Federais, deve ser mencionada como importante, face à diversidade de origens e destinos da carga por todo o país e que acabam transitando, de algum modo, pelas cidades.

8.3 A SEGREGAÇÃO DE FLUXOS

Os veículos rodoviários de carga por não terem a exclusividade quanto ao direito de via, como é o caso do transporte ferroviário ou dutoviário, requerem adaptações que lhe garantam algum privilégio de tráfego.
Propostas de pistas exclusivas ou segregadas para cargas estão sendo colocadas em algumas vias de São Paulo como por exemplo a Av. Bandeirantes. Os leitos ferroviários urbanos e suas estações estão sendo considerados, por estudiosos, como potenciais vetores de fluxo de carga urbana multimodal em São Paulo.

8.4 SISTEMA SUBTRANS

O conceito, ainda não bem desenvolvido, do SUBTRANS é o de fazer o transporte de cargas a longa distância, em pallets ou cápsulas, dentro de tubos de dois metros de diâmetro, com propulsão através de motores lineares de indução. (Patenteado em 1984 por William Vandersteel).
A Universidade de Tókio propôs 300 Km de rede subterrânea de tubos com propulsão por indução linear, diâmetro de 5,5 metros, transportando contêineres em rede de distribuição de cargas. Um trecho experimental está sendo cogitado pelo Ministério da Construção.

A IMC Global, mineradora de fosfato na Florida, construiu e testa um trecho experimental de 275m e 0,61m de diâmetro, utilizando indução linear sincronizada, com módulos de carga e descarga para veículos de 2,4 metros de comprimento, 270 Kg de capacidade e atingindo velocidade de 18 m/s ou 64 Km/h

8.5 ANEL VIÁRIO

Como já fora mencionado, o anel viário funciona como uma solução tecnológica para a retirada do transporte de cargas dos centros urbanos. Pois o anel consegue sair de um ponto da cidade até outro sem que esse passe pelo centro, e isso diminui os agravamentos de congestionamentos, tumultos, acidentes, e ainda, a utilização das vias urbanas, pois estas na maioria das vezes são projetadas para veículos automotores leves, onde o piso asfáltico é bem mais simples do que as rodovias.

Na figura a seguir, o grupo mostra um exemplo teórico de como funcionaria o anel viário ideal. O grupo sugere uma via alternativa para que os motoristas não precisem cortar a cidade para acessar outro ponto de saída dela, existindo uma via alternativa em forma de anel que circunscreve toda a cidade, isso tiraria os barulhos causados pelos caminhões em geral, além de diminuir os estragos nas pistas causadas por eles. Caso o motorista opte por passar pelo centro urbano será cobrado deste, através de um posto de parada, um imposto em forma de pedágio correspondente ao prejuízo que este cause a cidade ou município.

CONCLUSÃO:

Portanto, vimos as principais dificuldades encontradas pelo transporte de cargas em perímetros urbanos, além disso, o grau que afetam as vias trazendo tanto desconforto ao trânsito municipal, citando como principais, os níveis de ruídos e os congestionamentos.

A análise e pesquisa feita em campo mostrou que locais como a Rua José Hermano, devem ser tomadas medidas urgentes, pois o trânsito local já não suporta a quantidades de veículos que trafegam por elas, deixando o sistema travado em horários comerciais.

Vimos também a importância que se deve ter com o transporte de certos produtos, tipos combustíveis fósseis, pois podem trazer grandes problemas para a população urbana. Assim, deve-se sempre capacitar os transportadores desses materiais, além de sempre possuírem a documentação necessária para o seu transporte.

Por fim, existem várias soluções que podem se tomar para que flua e que o transporte de cargas no perímetro urbano aconteça mais tranqüilamente, sendo competência do Poder Público analisá-las e colocá-las em prática, não com a finalidade de ganhar votos, mas sim, na finalidade de conseguir resolver os problemas sociais.

BIBLIOGRAFIA

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 COMPACTAÇÃO do lixo hospitalar – Disponível em: Acesso em: 13/02/2007

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 TRÂNSITO urbano – Disponível em: Aceso em: 10/02/2007

 LEGISLAÇÃO de trânsito – Disponível em: Acesso em: 23/01/2007

 PRODUTOS perigosos – Disponível em: Acesso em: 13/02/2007