Transporte Coletivo de Passageiros

Quando a Empresa tem como funcionário o seu algoz

Nós que pensamos em coletividade enxergamos nas situações menos visíveis uma possibilidade. Criamos expectativas e por vezes extrapolamos em nossos anseios. Tudo por uma causa que não é somente de um ou outro setor, mas em beneficio de todos! Se, ao falarmos em trânsito, mais especificamente no transporte de massas, nos envolvemos com temas já debatidos, é sinal de que a lacuna ainda existe e precisa ser sanada. Se pertencermos a uma comunidade carente de um transporte coletivo com qualidade, acabamos por tomar nossos automóveis e  consequentemente  tomamos as ruas e avenidas. Se em nosso município as empresas de transporte coletivo de passageiros ainda possui em seu quadro de funcionários motoristas mal preparados para o exercício da função, também iremos optar pelos nossos veículos para percorrermos nosso trajeto, assim evitamos contato com postura inadequada e por vezes inconveniente destes funcionários, em parte insatisfeitos até pelo fato de estar vivo, quem dirá do resto. Quando o motorista conhece o sistema mecânico do ônibus por ele guiado, e ainda assim arranca com violência, ele ignora por completo a “carga de seres” que carrega, mesmo quando está composta de senhores e senhoras com, ou mais de sessenta anos de idade.    Com esse tipo de comportamento o suposto profissional que hora ocupa o banco do motorista, sabe perfeitamente das consequências que poderá ocasionar com sua atitude irresponsável, como ferir alguém com suas manobras defeituosas! Do mesmo modo, quando o motorista , conhecedor do veículo sob sua responsabilidade, ao usar o freio, o faz de forma brusca, expõe os passageiros a um grande e perigoso mal estar. Se dentre os usuários estiverem mães com filhos pequenos ou de colo, que se dane! A desculpa é sempre – ou quase- a mesma para justificar sua irresponsabilidade. Com certeza esse motorista não deve estar plenamente satisfeito com alguma área de sua vida. Talvez em casa? Quem sabe afastou-se de Deus achando que poderia fazer tudo sozinho? Ou, com a empresa a qual ele representa pessimamente. Se o problema dele for com a empresa então caberá a esta rever conceitos e parar este que ocupa o lugar que poderia ser de outro, tratando, ou demitindo, pelo bem dela, empresa, e de toda comunidade que não tem culpa da instabilidade emocional enrustida no individuo e que ao eclodir afeta o bem viver de quem quer e sabe viver bem. Todo cidadão portador de CNH seja profissional ou amador sabe, ou espera-se que saiba das leis de trânsito e de sua responsabilidade como motorista, bem como pedestre. O motorista que faz do seu veiculo um aliado à  conquistas diárias, não usará o mesmo como se uma arma fosse. O bom profissional , quando erra no trânsito, geralmente erra sem a intenção de errar, e se chamada à atenção, saberá aceitar. Já, o mesmo, não podemos esperar daquele que, sem ter razão, prefere agir com deselegância, fazendo com o dedo médio, o sinal evidente da sua ignorância e do indicio revelador do seu desequilíbrio. Esse tipo de atitude, além de baixa, não faz nada bem para a saúde da empresa, infelizmente representada por ele.  Diretores de empresa privada devem abrir os olhos da sabedoria e estancar ruídos rompendo com fruta podre e comprometendo-se com quem quer comprometer-se! Tomada de decisão bem executada é garantia de credibilidade perante a sociedade, basta respeitar o usuário para que a harmonia se estabeleça, suplantando essa imagem feia e pobre de alguns profissionais do volante, profissão linda e essencial  quando bem desempenhada.

José Berton

Jornalista