Transformações ocorridas em 1954, época em que foi publicado o conto Tempo de Espera de Ricardo Ramos

 

RESUMO

O conto Tempo de Espera de Ricardo Ramos, foi publicado em um período onde ocorriam várias transformações econômicas, sociais, política e cultural influenciadas ainda por mudanças fundadas em 1930 e que sofreu um avanço qualitativo em referência a Semana de Artes Moderna de 1922. Tempo de Espera é dividida em VI partes constituída por 56 páginas. Mesmo tendo uma quantidade de páginas considerada razoável, o mesmo se insere na tipologia conto por apresentar um número reduzido de personagens, por conter um único núcleo narrativo e uma trama que acontece em poucos espaços girando sempre em volta de um personagem principal. O objetivo principal deste artigo é destacar quais foram as transformações sociais e econômicas que aconteciam na época em que o conto Tempo de Espera foi publicado. O referido conto narra à história de Fernando, um rapaz que era dono de um armazém, herança que receberá após a morte de seu pai. No entanto, o rapaz perdeu o armazém após a crise financeira que aconteceu em 1929, quando em 21 de outubro o valor das ações negociadas na Bolsa de Valores em Nova York começou a cair. Dessa forma, se deu início ao crack na Bolsa que alcançou seu ponto mais baixo em apenas oito dias. Isso acarretou uma série de problemas porque 20 mil empresas norte-americanas fecharam deixando 13 milhões de pessoas desempregadas. Assim, faremos neste conto uma análise da narrativa e procuraremos saber o que estava acontecendo no mundo quando o conto Tempo de Espera foi publicado.

Palavras-chave: Tempo de Espera, Ricardo Ramos, Transformações sociais.

 

 

Uma leitura do conto "Tempo de Espera", de Ricardo Ramos

Ricardo Ramos, nascido em quatro de janeiro de 1929, em Palmeiras dos Índios/Alagoas, filho do escritor Graciliano Ramos, iniciou sua carreira literária em 1954 ao publicar o livro Tempo de Espera. De acordo com informações obtidas na obra Literatura Descalça: a narrativa “para jovens” de Ricardo Ramos (PINTO, 1999), Ricardo Ramos recebeu vários prêmios importantes durante sua carreira de escritor. Entre eles, o prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do livro, o prêmio Guimarães Rosa, no IV Concurso Nacional de Contos do Paraná, o prêmio Afonso Arinos, da Câmara Municipal de São Paulo, e o prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras. Ainda jovem, trabalhou na imprensa carioca, em jornais e agencias. Escreveu páginas literárias em revistas e jornais no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Também de acordo com Pinto (1999), “Ricardo Ramos mostra estilo próprio, linguagem concisa e capacidade de expressão forte e apurada”. (p. 34). Assim, podemos perceber a objetividade nas obras de Ramos e o quanto ele é duro ao mostrar o que acontece em nossa volta, ou seja, o cotidiano. “Em Tempo de Espera, perduraria uma leve melancolia, o reflexo de um drama e a sombra de uma angústia, tudo muito real” (PINTO apud SOLOMÓNOV (1999), p. 36).

Tendo em vista essas colocações iniciais, chamou-nos a atenção o conto "Tempo de Espera", que dá nome a esta primeira obra de Ricardo Ramos e, desse modo, tencionamos neste artigo levantar algumas características do conto em tela com o intuito de destacar o estilo do escritor.

No conto, percebemos que Fernando, um dos personagens, entra em uma melancolia muito grande após o falecimento de sua esposa e essa angústia fica pendurando toda a sua vida, pois ele vê seus filhos crescerem e não dá o devido amor que eles deveriam ter. Outra angústia é a espera de Fernando ao esperar seu filho sair da cadeia.

"Tempo de Espera", de Ricardo Ramos foi publicado em um período em que ocorriam várias transformações econômicas, sociais, políticas e culturais, inclusive por mudanças fundadas em 1930, com os desdobramentos da Semana de Artes Moderna de 1922.

Guinsburg (apud PINTO, 1999), destaca que:

Ricardo Ramos, em Tempo de Espera apresenta um firme manejo de algumas técnicas modernas, com um estilo que não tem as vacilações comuns a todo principiante, e considera que a maior parte das narrativas apresentadas pelo ficcionista desenrola-se no ambiente citadino, principalmente as camadas mais humildes e integrantes da classe média, na província ou no subúrbio” (p. 38).

Percebemos aqui o quanto Ricardo Ramos gostava de mostrar a realidade das pessoas, mas principalmente os da classe média. Na maioria dos seus contos podemos perceber uma angústia do ser humano em não poder fazer tudo o que tem vontade.

Guinsburg (apud PINTO, 1999), ainda relata que o conto Tempo de Espera está de acordo com o que acontece na época, que procura “um freio no desregramento, no vulcanismo, na volúpia experimental das buscas do modernismo vanguardista” (p.81).

Segundo Pinto (1999), os romances realistas do final do século XIX, procuravam traduzir em ternos de arte uma visão informativa da sociedade, cuja fidelidade só é possível avaliar tomando-se outros textos informativos que se apresentam como documentos de época.

Tempo de Espera é dividida em quatro partes constituída por 56 páginas. Mesmo tendo uma quantidade de páginas considerada razoável, o mesmo se insere na tipologia conto por apresentar um número reduzido de personagens, por conter um único núcleo narrativo e uma trama que acontece em poucos espaços, girando sempre em volta de um personagem principal.

O referido conto narra à história de Fernando, um rapaz que era dono de um armazém, herança que recebe após a morte de seu pai. No entanto, o rapaz perde o armazém após a crise financeira que aconteceu em 1929, quando em 21 de outubro o valor das ações negociadas na Bolsa de Valores em Nova York começou a cair.

Esse fato fica evidente no seguinte trecho:

Época difícil, ano de 29. O processo durou pouco, as autoridades judiciárias simplificavam as formalidades, que havia muitos casos parecidos a resolver. Tomaram-me tudo. Cortaram, retalharam, dividiram o armazém entre os credores. Não sobrou nada. Levaram o prédio, os estoques, os móveis, balanças, máquinas, relógio. (RAMOS, 1954, p. 137)

Em meio a tantas crises, Fernando conhece Cecília, “Morena, séria, um jeito manso na voz e nos olhos” e começam a namorar e mais tarde se casam. Algum tempo depois, Cecília fica grávida e tem um menino chamado Eduardo.

Durante esse tempo, Fernando recebeu a proposta de trabalhar em uma agência dos correios. A partir de então, começaram a acontecer as mudanças e as coisas voltaram ao normal:

Pouco a pouco levantamos a cabeça. A nova empregada, a conta do leiteiro, a padaria fiando novamente, outros cadernos e os cumprimentos dos caixeiros. Uma noite fomos ao cinema. E voltamos aos nossos hábitos, lentamente, como se acordássemos, notando a claridade, contornos, um pedaço de janela, folhas, nuvens, o céu afastado e nítido. (RAMOS, 1954, p. 139)

No entanto, Cecília ficou grávida novamente e teve complicações durante o parto, deixando órfã uma menina chamada Estela e um menino chamado Eduardo. O tempo foi passando e Eduardo e Estela foram crescendo. Depois da morte de Cecília Fernando ficou muito triste e quase não cuidava dos meninos deixando a mercê da empregada e da cunhada, foi uma época muito difícil.

Então foi o rebuliço constante, que Adélia não podia atenuar. Viera por alguns dias, tratar dos meninos... Demorou-se, põe em ordem uma série de atropelos, tornou-se indispensável. Arrastaram-se duas semanas, e ela partiu apressada com a notícia do marido doente (RAMOS, 1954, p. 144).

Mas o que acontece novamente é algo fúnebre, morre o marido de Adélia. Depois dessa morte ela passa a viver na casa de Eduardo e assim os meninos iam crescendo. Eduardo matriculou os meninos na escola. Estela não dava um pingo de trabalho, só tirava notas boas, já Eduardo, só dava trabalho, “brigas, malandragens, não queria estudar” (RAMOS, 1954, p. 146). O serviço de Fernando quase não dava tempo para ele ajudar os meninos, para dar a devida atenção de pai.

Percebemos que Fernando ficava sempre na mesma situação, não procurava melhorar: “A casa é minha, uma herança, escapou à liquidação do armazém e fica próxima da agência” (RAMOS, 1954, p. 147), nesse caso ele não queria mudar porque a casa trazia boas recordações e era uma herança que ele não queria se desfazer.

Estela crescia sempre mais parecida com a mãe “Onde a menina fora buscar tamanha sensibilidade? Enquanto a música se derramava nas cadeiras pensava em Cecília, os mesmos olhos, o mesmo gesto...” (RAMOS, 1954, p. 151).

Fernando só pensava em ganhar na loteria sempre jogava, achando que assim ele podia melhorar de vida, e acabou ganhando. Pintou a casa e guardou um pouco de dinheiro no banco para os estudos dos meninos e o restante empregou numa vila de oito casinhas, anunciadas pelos jornais. Os vizinhos o olhavam com inquietação, mas não perceberam nada. Depois disso Eduardo passa a se interessar por livros, e começa a ler: “Começou nas brochuras que Adélia trouxe, encardidas, religiosas, de pouco interesse, depois volumes de expedições, aventuras...” (RAMOS, 1954, p. 153). De repente, Fernando percebe que Adélia não está boa, suas idéias estão um pouco embaralhadas, ela se contradizia. Nesse meio termo, Eduardo foi crescendo e mudando seu jeito de ser.

Eduardo estava freqüentando o curso secundário, esquecera as maluquices de criança. Andava até muito sério, sério demais. As roupas compridas ajudavam. Vivia calado, fazendo os trabalhos do colégio, lendo, divertia-se a desenhar, indo ao cinema (RAMOS, 1954, p. 156).

Adélia estava cada vez pior, até que ficou muito doente e Eduardo mandou chamar o médico até que constatou que ela estava com câncer, foram duas semanas e morreu. Outro funeral.

Eduardo terminou os preparatórios e entrou para a faculdade, mas seu pai entrou em choque quando ele escolheu o curso, pediu a ele que escolhesse outro curso, mas nada conseguiu e, assim, Fernando teve que aceitar. Mas não durou muito tempo ele se tornou parte do centro acadêmico e saiu, mas não voltou logo e acabou sendo preso.

O personagem principal do conto é Fernando, um homem simples que se acomoda com todas as circunstâncias da vida e os secundários são Eduardo, Estela, Cecília, Adélia, Seu Fernandes, Tenório, Sinhá Maura, Jacinta, D. Eugênia, Dr. Alcides Ferreira. Mas os secundários que mais se destacam são: Estela, Eduardo e Adélia.

 (...) No inicio éramos uma espécie de aristocracia na rua (...). Tudo novo, bem cuidado, pintura uma vez por ano. (...) Depois chegaram os acontecimentos a que me referi (...). E passamos a desfiar uma existência comum, nivelando-nos, vida igual à dos vizinhos (...)(RAMOS, 1954, p. 149)

Diante de tal trecho podemos perceber que Fernando é um personagem que retrata toda a época, ou seja, não reage diante de tais situações tendo um comodismo e, ao mesmo tempo, a uma tensão sobre os fatos que o cerca.

Com relação à Estela, é uma menina que cresceu sem dar preocupações ao pai, pois sempre foi uma aluna dedicada: “(...) Estela foi à primeira do terceiro ano. Recebeu presentes, muitos abraços, um grande livro de histórias, com figuras coloridas. (...)”(RAMOS, 1954, p. 151).

Todavia, Eduardo que era irmão de Estela, era mais calado, inquieto e tinha um mau comportamento na escola, o que causava no pai uma certa preocupação e culpa.

Desapareceu entre as crianças que passavam. E começaram as reclamações. Brigas, malandragens. Não queria estudar. Todos os dias uma complicação. As notas do boletim desciam em progressão firme, os telefonemas amiudavam, fui à escola várias vezes conversar com a diretora. (RAMOS, 1954, p. 146)

No entanto, Eduardo não era visto como mau, mas, como alguém que precisava de atenção, de carinho, pois perdeu a mãe muito cedo e tinha pela irmã uma admiração muito grande. O personagem de Eduardo é descrito ainda no conto como um rapaz que lutava pelos seus ideais e, por isso, foi preso ao envolver-se em uma manifestação que era contra o aumento das passagens dos transportes.

Era uma reportagem longa, ilustrada com fotografias. Um bonde incendiado, flagrante de ajuntamentos, cartazes, manifestações. (...) Cerca de vinte nomes, seguidos da profissão e residência. E paramos. Eduardo encerrava a lista. (RAMOS, 1954, p. 183)

Com relação ao espaço do conto, todo o desenrolar acontece em uma área urbana, descrita com muitos morros o que transmite a ideia dos sobe e desce da vida: “Quando chegamos aqui, isso era uma rua sem importância (...). Nos dias de chuva a lama subia pelas calçadas, entrava na casa adentro. A enxurrada matou gente, descia do morro com fúria.” (RAMOS, 1954, p. 148)

Outra descrição de espaço que repassa a sensação de comodismo, de uma vida pura e simples é o seguinte trecho: "É a mesma rua. Pobre, cinzenta, encardida. As novas construções não fazem diferença, esfumaram-se, volta à paisagem uniforme. Os mesmos rostos. Magros, parados, inexpressivos (...).(RAMOS, 1954, p. 150)

Toda essa caracterização do espaço nos remete a uma ambientação muito triste, amarela, sem graça e sem ânimo nenhum, pois o espaço também é descrito como “uma rua anêmica de subúrbio

O narrador é onisciente, pois sabe tudo sobre os fatos narrados e permite as colocações em 1º e em 3ª pessoa. O narrador também transmite ao leitor as sensações de comodismo, de simplicidade e uma sensação de tensão, pois desde o inicio são narrados fatos de angústia como a morte de Cecília e a prisão de Eduardo.

A linguagem utilizada é bastante simples, o que facilita a compreensão das informações e dos fatos apresentados. Percebemos também que há pouco diálogo.

Quanto ao tempo a narrativa é lenta, apresenta poucas ações, pelo fato do personagem principal ficar sempre na mesmice. O tempo é cronológico porque passa dias da semana, meses, anos, como podemos notar nos seguintes trechos: “Domino-me, procuro agarrar-me à realidade, pensar nos vinte anos de Eduardo” (RAMOS, 1954, p. 149) e em “Leram as notas dos outros alunos, das séries anteriores. Estela foi a primeira do terceiro ano” (RAMOS, 1954, p. 151). E ainda em: “Entrei em casa e o relógio batia às dez horas, Adélia acordada (...) (RAMOS, 1954, p. 155).

Em História Concisa da Literatura Brasileira, Bosi (2006) afirma que a literatura brasileira nos anos de 1930 e 1940 caracterizava-se pelo regionalismo, mas tendendo para uma exploração psicológica. O crítico enumera autores como Graciliano Ramos, José Geraldo Vieira e Cyro dos Anjos.  Já no tópico “As trilhas de romance: uma hipótese de trabalho”, Bosi (2006) relata algumas considerações sobre o romance, pois a trilogia romance-social-regional/romance psicológico, segundo ele, não consegue desvendar as diferenças internas.

Bosi (2006) relata que o ano de 1930 nasce das contradições da República Velha, seus abalos foram: “a crise cafeeira, a Revolução, o acelerado declínio do Nordeste, as fendas nas estruturas locais, ou seja, uma retomada do naturalismo” (p.385), já os anos (1937-1945) foi o período do Estado Novo e da Segunda Guerra Mundial que exasperaram as tensões ideológicas.

 Sendo assim, o autor mostra que, após os anos 1930 os romances deixaram de lado a concepção mimética, ou seja, a imitação da natureza e adquiriram uma visão critica das relações sociais, por meio da vida e da História, dando sentido aos enredos e personagens.

Para abordar essas diferenças internas, Bosi (2006) apresenta uma hipótese de trabalho, tomada, por sua vez, de Lucien Goldman, que pressupõe que o momento inicial do autor é a “tensão entre o escritor e a sociedade”. Dessa forma, há uma relação entre a estrutura da obra e a estrutura social que se insere o autor.

Bosi (2006) relata que os romances da literatura ocidental dos últimos dois séculos possuem uma tipologia que aborda um “herói problemático” em tensão com as estruturas dos valores da sociedade como a liberdade, a justiça e o amor.

O autor ainda relata que:

(1) o herói pode empreender a busca de valores pessoais que subordinem a si a hostilidade do meio; (2) o herói pode fechar-se na memória ou na análise dos próprios estados de alma; (3) enfim, ele pode autolimitar-se e “aprender a viver” com madura virilidade no mundo difícil aonde foi lançado. (BOSI, 2006, p.391).

      A partir da hipótese de Lucien Goldmann, Bosi descreve o romance brasileiro moderno depois de 1930 do século passado em quatro tendências de acordo com a tensão entre o “herói” e o mundo que ele se insere. São elas: romance de tensão mínima, romance de tensão critica romance de tensão interiorizada e romance de tensão transfigurada.

De acordo com o crítico, nos romances de tensão mínima ocorrem fatos tanto espaciais quanto históricos, com contestação verbal e com cor local, levando a uma verossimilhança e também a uma hesitação neo-realista. Nesses romances, os gêneros aproximam da reportagem e do documentário.

Já nos romances de tensão critica, o “herói” se encontra com as pressões da vida social, que “servem para revelar as graves lesões que a vida em sociedade produz no tecido da pessoa humana” (BOSI, 2006, p. 393). Neste tipo de tensão, o “herói” expressa seus sentimentos diante da natureza e do meio social e, assim, há um embate entre o homem e o mundo.

Quanto aos romances de tensão interiorizada, Bosi relata que o “herói” não enfrenta o seu mundo social em suas ações, ou seja, deixa o objetivo e enfrenta o subjetivo, isto é, a si mesmo. Os personagens voltam-se para o seu próprio ego, como diz a psicanálise, ou seja, para regressões, simbolizações, onde há flashes e, assim, partindo para a literatura visionária. Dessa forma, há uma separação entre o homem e o mundo.

Por último, temos os romances de tensão transfigurada, quando “herói” ultrapassa o conflito transformando-o em mito da sua realidade. Esta última se difere das anteriores, pois não há uma ultrapassagem da realidade social e psíquica, mas sim uma mudança de realidade. Portanto, as pressões da vida, ou seja, o meio social interfere nas ações do “herói”, que deixa de enfrentar seus conflitos, voltando para o subjetivo.

Isso, portanto, fica claro no conto Tempo de Espera, pois o narrador retoma a mesma sensação de espera, pois terá que aguardar a liberdade do Eduardo e, por isso, Fernando se senta em uma poltrona e começa a retratar todas as suas lembranças.

Enfim, neste artigo pudemos observar os acontecimentos sociais que ocorreram na época em que esse conto foi publicado. Observamos também o modo de escrita do autor uma linguagem bastante simples onde nos mostra a realidade do mundo, o que acontece no dia-a-dia das pessoas, que vai chegando um ponto que todo ser humano se acomoda e esse conto nos deixa isso bem claro. Bosi nos mostra alguns tipos de romance moderno no qual este nosso conto está inserido.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. 43 ed. São Paulo: Cultrix, 2006.

PINTO, A. J. A. Literatura descalça: a narrativa “para jovens” de Ricardo Ramos. São Paulo: Arte & Ciência; Assis: Núcleo Editorial Proleitura, 1999.

PINTO, Aroldo José Abreu. Ricardo Ramos: Mestre do silêncio. São Paulo: Arte e Ciência, 2010.