Daquela suspeita que tenho e  falta coragem para assumi-la

É que nascem esses vícios de cigarros, álcool, sexo solitário

E outras coisas assim degradantes e entorpecentes...

Ali da solidão de amigos, da solidão de amor

E dos sonhos não concretizados é que nasce essa baixa estima.

Os vícios estão conosco quando estamos sós,

Eles nos acompanham na solidão,

Interagimos com eles, afinal eles são tudo que temos,

O saciamos e continuamos insaciáveis,

Até que eles voltam outras vezes para nos acompanhar,

Depois os saciaremos e continuaremos insaciáveis...

Fica aquele sentimento de que não estamos no domínio,

Estão prometemos para eles e para nos moemos que é a última vez.

A última vez é semelhante ao amanhã que sempre haverá.

Os vícios nos dão o prazer que surgi da imaginação,

 Da sensação física e solitária e do pensamento

É como se nós supríssemos de nós mesmos.

Contudo nos falta o outro:

Sua pele, sua carne, sua textura, seu olhar, seu tato,

Seu beijo, sua língua, sua voz, a pele quente e o sorriso doce...

Falta tudo...

 Tudo que sinto agora é frio e medo da noite que não chega.

Murilo Santiago

J.Nunez

 O IMPARCIALISMO


Murilo Santiago poeta da revelação do que está oculto em nosso interior, poeta que arranca à força nossos pensamentos e sentimentos mais secretos, poeta que não se interessa pelo que você demonstra ser, e sim pelo que você esconde, poeta que se interessa pelo que você é no mundo dos sonhos e em seu mundo particular, poeta das profundezas mentais, poeta que revela o que é mais repugnante em nós, poetas sem sutilezas e delicadezas interior, poeta dos conflitos íntimos e das coisas não reveladas. Os poetas imparcialista buscam a literatura para o novo contexto, e certamente a traição virtual e sua consequancias não poderia ficar de fora. Observe que a poesia imparcialista trabalha com o campo semântico e lexical e a temática atualizada. Ainda seus poetas, como é o caso de Murilo Santiago, possui caracteristicas singulares.