Traição Virtual
Publicado em 10 de fevereiro de 2010 por José Nunez
Daquela suspeita que tenho e falta coragem para assumi-la
É que nascem esses vícios de cigarros, álcool, sexo solitário
E outras coisas assim degradantes e entorpecentes...
Ali da solidão de amigos, da solidão de amor
E dos sonhos não concretizados é que nasce essa baixa estima.
Os vícios estão conosco quando estamos sós,
Eles nos acompanham na solidão,
Interagimos com eles, afinal eles são tudo que temos,
O saciamos e continuamos insaciáveis,
Até que eles voltam outras vezes para nos acompanhar,
Depois os saciaremos e continuaremos insaciáveis...
Fica aquele sentimento de que não estamos no domínio,
Estão prometemos para eles e para nos moemos que é a última vez.
A última vez é semelhante ao amanhã que sempre haverá.
Os vícios nos dão o prazer que surgi da imaginação,
Da sensação física e solitária e do pensamento
É como se nós supríssemos de nós mesmos.
Contudo nos falta o outro:
Sua pele, sua carne, sua textura, seu olhar, seu tato,
Seu beijo, sua língua, sua voz, a pele quente e o sorriso doce...
Falta tudo...
Tudo que sinto agora é frio e medo da noite que não chega.
Murilo Santiago
J.Nunez
O IMPARCIALISMO
Murilo Santiago poeta da revelação do que está oculto em nosso interior, poeta que arranca à força nossos pensamentos e sentimentos mais secretos, poeta que não se interessa pelo que você demonstra ser, e sim pelo que você esconde, poeta que se interessa pelo que você é no mundo dos sonhos e em seu mundo particular, poeta das profundezas mentais, poeta que revela o que é mais repugnante em nós, poetas sem sutilezas e delicadezas interior, poeta dos conflitos íntimos e das coisas não reveladas. Os poetas imparcialista buscam a literatura para o novo contexto, e certamente a traição virtual e sua consequancias não poderia ficar de fora. Observe que a poesia imparcialista trabalha com o campo semântico e lexical e a temática atualizada. Ainda seus poetas, como é o caso de Murilo Santiago, possui caracteristicas singulares.