TRADUÇÃO e RESENHA: E-moderando - a chave para o futuro do ensino on-line*
Publicado em 20 de novembro de 2010 por Zeila Miranda Ferreira
Zeila Miranda Ferreira**
Gilly Salmon, autora inglesa, denomina de "E-moderadores", a nova geração de professores, instrutores, tutores, facilitadores e treinadores que trabalham com estudantes on-line, que podem operar num ambiente eletrônico ou junto com os estudantes ou participantes de um curso. Ou seja, são educadores mediadores virtuais.
A partir de aprendizagens e treinamentos específicos com recursos e eventos diversos, o "e-moderador" é a figura central para a qualidade e o sucesso do ensino on-line. Este livro, baseado nas experiências e pesquisas consideráveis de Gilly Salmon, discute as qualidades e competências que requerem essa possibilidade de ensino, com treinamentos, materiais elaborados para o trabalho on-line, e como as habilidades do "e-moderador" podem ser desenvolvidas.
O livro, também acompanhado por seu próprio website, apresenta-se como um guia do usuário que trabalha efetivamente no mundo virtual, apoiado em estudos de caso e informações específicas que ensinam como ser um "e-moderador" próspero. Traz também uma coleção de recursos para profissionais liberais, resultados de pesquisas e orientações para o estudante. Chama a atenção para a pessoa do mediador, ou o "e-moderador", em processos de aprendizagem on-line, que para ser próspera depende dos professores e dos treinadores que precisam adquirir novas competências na sua formação e devem atentar para o seu potencial de inspirar seus estudantes a explorá-las em lugar de apenas dominar a tecnologia.
De modo geral, os conteúdos procuram definir o que é, e como deve ser o "e-moderador"; como é a Conferência Mediada pelo Computador (CMC) em educação e em treinamentos; "E-moderando"- a chave para o futuro do ensino on-line e os recursos para profissionais liberais. "E-moderar" é para todos os professores, instrutores, tutores ou facilitadores que operam em qualquer ambiente eletrônico e é valiosa leitura para desenhistas de software e qualquer pessoa com responsabilidades de administração em educação ou treinamento.
A autora Gilly Salmon espera que seu livro seja como uma luz, que ajude o mundo on-line a ser mais criativo, produtivo e pertinente para uma aprendizagem de sucesso. Ela entende que o uso do computador pelo homem é vasto e crescente e que as tecnologias de networked como a Internet e o World Wide Web, chamadas aqui de transformacionais, são redes de comunicações que criam interações sem limites com outras culturas e promove a globalização. Os conceitos de espaço e tempo estão mudando: como, com quem e através de quê se pode colaborar com as pessoas, descobrir comunidades, explorar recursos, idéias e aprender. Gilly afirma que a Comunicação Mediada pelo Computador e a Conferência Mediada pelo Computador, de fato chegaram antes da Internet e o World Wide Web ficou extensamente disponível.
A CMC - tema de muitas facetas e diversos aspectos de compreensão, interpretação e investigação - encorajou os professores a desafiarem a prática sobre a aprendizagem on-line e refletir sobre as suas experiências. A autora utilizou a sua própria vivência em Conferência Mediada pelo Computador (CMC), como também de muitas outras pessoas. Selecionou estudos de caso em que o próprio acadêmico, professor ou "e-moderador" envolvido, implementou seu treinamento regular ou situação pedagógica, com avaliação e reflexão em sobre a sua prática.
Durante alguns anos a autora estudou e praticou e a arte de "e-moderar", particularmente dentro da Universidade Aberta (OU). Çomeçou a aprender on-line em 1988, quando era uma estudante no primeiro curso de OU para usar CMC em grande escala. Os softwares e sistemas que tiveram naquele momento eram primitivos, mas, revolucionários! Ela era entusiasmada com a experiência e pelo potencial da CMC. Naquele mesmo ano, usaram um sistema chamado ?CoSy' (para Sistema de Conferências) que trabalhavam com comandos do teclado. Leitores de Off-line, comandos, tabelas, gráficos e sofisticações crescentes de funções seguiram como os sistemas e softwares desenvolvidos. Cada nova função parecia adiante na ocasião como um grande passo.
Quando se juntou à OU Business School (OUBS) como conferencista em 1989, pôde experimentar a CMC para cursos de administração pedagógica a distância. Nos últimos anos foi responsável por treinar centenas de "e-moderadores?? para diversas escolas. Considera os leitores de seu livro, seus colaboradores potenciais em uma experiência on-line: acadêmicos, professores, gerentes de curso, assistentes pedagógicos, tutores, instrutores, moderadores e treinadores de qualquer disciplina e nível de ensino, em qualquer meio, urbano ou rural, planejamento de ensino convencional, on-line ou que estão trabalhando com uma aprendizagem aberta e distância, treinando departamentos de grandes companhias, corretores e agentes para treinamento on-line, entre outros.
O livro "E-moderando": a chave para o ensino e a aprendizagem on-line, foi estruturado em duas partes. A Parte 1, divide-se em seis capítulos, que tratam de conceitos e estudos de casos.
No Primeiro capítulo, Gilly Salmon explica O que é "e-moderador"; O "e-moderador" como uma nova forma de ensinar; Ensinando e aprendendo on-line; Estudos de caso da OUBS em Wales; Sistema CMC; Software CMC e CMC para educação e treinamento.
O Segundo capítulo, oferece um modelo de estudo para o treinamento, compreensão e desenvolvimento por CMC: Metodologia; Estágio 1 ? Acesso e motivação; Estágio 2 - Socialização on-line; Estágio 3 ? Mudanças na informação; Estágio 4 ? Construção do conhecimento e Estágio 5 ? Desenvolvimento.
O Terceiro capítulo, explora o papel, as competências e o "quê-fazer" dos "e-moderadores" com exemplos de alguns estudos de casos: Quem pode trabalhar com "e-moderando"? A chave para emitir "E-moderando"; "E-moderando" em sincronia com CMC; Três Estudos de casos: Qantas College Online, Abacus Virtual College e OU Centre for Modern Languages.
O Quarto capítulo, trata dos aspectos fundamentais do treinamento de "e-moderadores": Treinando "e-moderadores" em OUBS; Treinando programas e designs; Avaliação: Nível 1 ? Bem vindo; Nível 2 ? Introdução; Nível 3 ? Ensinando; Nível 4 ? Construção de conhecimentos; Nível 5 ? Desenvolvimento.
O Quinto capítulo apresenta as experiências dos "E-moderadores" estudantes que experimentam o acesso, a participação e a aprendizagem dos diversos estilos, assim como as suas dificuldades: Universidade de CMC de Maryland; Estudo de caso do Centro Universitário de Treinamento Incorporado; Gênero de desenvolvimento e "E-moderação"; "E-moderando" e Mestres observadores dos cursos OU; Estudo de caso e indução.
O Sexto capítulo, discute os temas sobre os participantes que "E-moderam": a chave para o futuro do ensino e aprendizagem on-line; A variável ambiente educacional e os estudantes variáveis; Aprendendo a mudar com CMC; Desenvolvendo a avaliação de processos, enquanto combinando e convergindo tecnologias; Os desafios que separam as conclusões de fomentadores de software
Na Parte 2 do livro "E-moderando: a chave para o ensino e a aprendizagem on-line", Gilly Salmon explora os Recursos Práticos para Profissionais Liberais com uma listas de atividades práticas, exercícios e idéias para os "e-moderadores" e seus estudantes e um jogo de recursos práticos em grande parte baseados na prática da própria autora como "e-moderadora" e "e-treinadora": 1) A escolha de um sistema de software para CMC; 2) Você está pronto para trabalhar on-line? 3) "E-moderando" e o baixo custo; 4) Dificuldade de usuários de CMC; 5) Indução; 6) CMC e os novos desenvolvimentos; 7) O uso do modelo de cinco-fases; 8) Avaliando o acesso e a participação em CMC; 9) Treinamento de "E-moderadores"; 10) Princípios produtivo de "E-moderação" para conferência; 11) Técnicas de Estruturação para CMC; 12) Conferências de Administração Doméstica; 13) Observadores e Compreensão; 14) Impulsionando a participação em CMC; 15) Construção de conhecimento compartilhada; 16) Análise de textos de conferência; 17) Monitoramento de "e-moderando"; 18) As diversidades; 19) Avaliando e comunicando on-line no futuro e 20) Web e CMCs locais.
É interessante notar que na proposta sobre avaliação, Gilly Salmon sugere questões aos "e-moderadores" que queiram coletar dados de suas conferências para propósitos de investigação, que respeitam a privacidade das mensagens de conferência. Propõe uma lista com algumas questões que podem ser exploradas, como por exemplo:
1. Quantos dos participantes anotam pelo menos uma vez o que leram das CMCs e de que modo isso contribui com o grupo?
2. O que ajuda a motivar os participantes on-line, o que desfrutam e beneficiam-se dos cursos? O que os encorajam a contribuir? Pode-se desenvolver um grupo de controle para comparações? (Quando se fizer alguma mudança em CMC, pode-se tentar medir o impacto da mudanças e se foram significativas.)
3. Aqueles que fazem parte de CMC participam menos no curso global ou eles estão escolhendo outros meios de comunicação alternativos?
4. Quem está relativo a quem e de que modo? Que pedidos existem para montar novas conferências ou outras atividades on-line?
5. As conferências promovem aprendizagem a esses participantes para quem são planejadas? Os benefícios são esparramados para todos os estudantes? Alguns grupos beneficiam-se mais que outros? (Confira se há melhorias dos estudante em aprendizagem, ao invés de entusiasmo sobre a o trabalho com mídia novas.)
6. O que é o comércio-offs em conferência?
7. Os custos são divididos entre os estudantes de CMC? Este valor é o mesmo para eles e para o "e-moderador"?
8. Há diferenças em resultados "e-moderados" em conferências entre grupos bem estruturados e menos estruturados?
9. Quanto tempo gastam os participantes em CMC? Como comparam a CMC e os modos tradicionais de aprendizagem e interação?
A autora propõe aos "e-moderadores" que reflitam sobre a necessidade de vivenciarem a conferência eletrônica. Sugere que usem em seminários, discussões on-line e explorem o seu papel no contexto, adotando os seguintes termos:
1. E-moderator - [E-moderador]: foi escolhido esse termo para se referir ao profissional que trabalha especificamente com o ensino on-line e ao seu papel de moderador, mediador, facilitador. Adicionou antes do termo - moderador - o "e" para eletrônico, que pediu "emprestado" de e-comércio e e-mail, para indicar as responsabilidades específicas que o contexto on-line acrescenta ao papel.
O termo moderador cresceu com CMC e foi usado anteriormente por facilitadores de conferência on-line. O termo moderating - [moderando], é usado para se referir ao programa / curso de treinamento como um todo, inclusive reunião ou discussão on-line.
Zane Berge na América do Norte e Gilly Salmon na Europa parecem ter começado a usa o termo "e-moderador" há muito e ao mesmo tempo. Zane Berge e Mauri Collins mantêm páginas úteis e populares para e-moderadores, que podem ser encontradas em:
http://www.emoderators.com/moderators.shtml.
2. Online host - [Negociador on-line]: o papel fundamental para o e-moderador é de um negociar do significado das atividades e informações para discussão e construção de conhecimento desejados on-line.
3. Personal learning trainer - [Treinador on-line]: Como o papel social de funcionamento on-line para o ensino e aprendizagem por conferências é importante, o participante e os "e-moderadores" podem necessitar de um treinador social.
4. Personal learning trainer - [Treinador pessoal de aprendizagem]: esta é uma sugestão de Robin Mason. Estudantes podem precisar de um treinador pessoal para orientá-los no uso dos materiais impressos e trabalhos de rede, identificando situações pertinentes e aconselhando nos caminhos a seguir.
5.Convenor - [Convocador]: é um termo adotado no OUBS e especialmente usado para conferências on-lines e cursos que tem grande uma audiência. As conferências de Cafés Empresariais associaram-se com uma rede de televisão que mantém um programa que serve como exemplo: http://oubs.open.ac.uk/businesscafe
6. Online conductor - [Condutor on-line]: isto sugestiona a reunião de uma variedade de recursos, como pessoas, que promovem conferências com energia, excitação e mais poder, como quem rege uma orquestra para produzir um som bonito e integrado.
7. Online concierge - [Recepcionista on-line]: é a pessoa que dá apoio e informações diversas.
8. Online Manager - [Gerente Online]: muito de "e-moderar" também envolve administração e gestão que dá suporte e conduz todo o programa de aprendizagem. Esse papel administrativo em conferência, inclui desenvolvimento objetivo, programas de trabalho, horários, regras e normas de grupo, administrar as interações e capacidade do grupo, que é fundamental para o sucesso "e-moderando".
9. E-Police - [E-polícia]: espera-se que não seja necessário chamá-la, nem para fazer as leis e nem para obrigar o cumprimento dessas. Existe um Código de Prática e protocolos claros que orienta os "e-moderadores".
10. Online Chair - [Cadeira on-line]: uma "E-cadeira" é útil quando se precisa de uma reunião estruturada com resultados de ações claros. As "habilidades" da cadeira on-line são semelhantes aos encontros "cara a cara", somando-se com a complexidade e assincronicidade que deveriam resultar em decisão mais democrática que consequentemente, leva mais tempo que o habitual.
11. Online leader - [Líder on-line]: este é um termo que é muito usado, mas a CMC tende a ser um meio altamente democrático e de liderança, que pode não ser visto como apropriado. Porém, "e-moderadores" são verdadeiros líderes - eles precisam fixar objetivos, processos, prover e manter ótimas condições on-line para o realização desses.
12. E-teacher - [E-professor]: os termos "professor", "treinador" e "tutor" são genéricos e têm a vantagem de serem usados de modo comum. Somando então "e -" antes deles, indicam o elemento eletrônico que provavelmente os fazem aceitáveis na maioria dos cursos e processos on-line. Então o termo sugere mais um facilitador e de desenvolvimento do que o papel do professor no ensino tradicional.
13. E-Master - [E-mestre]: O termo mestre entrou em uso nos últimos anos em termos de "Web?Master"? alguém que tem uma responsabilidade particular sobre o desígnio técnico e talvez o conteúdo editorial de um local de Web.
14. Faceless Facilitator - [Facilitador]: é aquela pessoa que ajuda a promover mudança de habilidade, considerável e necessária em instrutores experientes em facilitação "cara a cara" para promover a ordem e a colaboração on-line.
15. Tele-coach or tele-tutor - [Tele-treinador ou tele-tutor]: da Alemanha vem uma lembrança que a aprendizagem livre num espaço e tempo, precisa de um tele-treinador, capaz de apoiar os estudantes nos novos paradigmas dos treinadores, como se estivessem fisicamente ao lado de aprendizes.
16. Online Gardener - [Jardineiro on-line]: esta é uma idéia do setor de treinamento incorporado. "E-moderadores" não só precisam de "cultivar o jardim", ajudando os estudantes adquirirem conhecimento, mas também fazem o jardim crescer, aumentando o conhecimento disponível.
Entendemos que as propostas de "e-moderadores" e o trabalho com CMC são formas importantes de aproximação de novas aprendizagens on-line que consideram cuidadosamente os objetivos que se quer atingir e a avaliação do processo para conseguí-los.
Desde o início, os objetivos devem ser explícitos, assim como as estratégias instrutivas, os ideais e valores para o uso de CMC. Parece fornecer diferentes caminhos para os participantes, colaboraram com atividades autênticas e pertinentes por CMC, encorajando-os para usar dados e mensagens de conferência como ilustração em tarefas. Explora o impacto da conferência em habilidades como reflexão na prática, meta-cognição e resultados práticos, integrando atividades de curso e tarefas com o uso de CMC.
Portanto, esse livro proporciona apoio e reflexão para o ensino on-line, os tópicos, os temas, a organização, o programa, como promover a prática de ensino e de aprendizagem de seus estudantes. Este é o modo encontrado pela autora, de divulgar parte do seu conhecimento sobre "e-moderador" e harmonizar o futuro de ensinar e aprender on-line através das ações dos "e-moderadores" ou educadores que mediadores virtuais .
* SALMON, Gilly. 2000. E-moderating: the key to teaching and learning online. Routledge Farmer, London: Paperback. Tradução e Resenha de FERREIRA, Zeila Miranda. In: Portal WebArtigos. Educação. 20/08/2010. Disponível em <http://www.webartigosos.com>
** Doutora em Educação pela USP, pedagoga, psicóloga, pesquisadora e professora de cursos de Graduação e Pós-Graduação presencial e a distância da Faculdade Pitágoras e Faculdade ESAMC de Uberlândia, MG.
Gilly Salmon, autora inglesa, denomina de "E-moderadores", a nova geração de professores, instrutores, tutores, facilitadores e treinadores que trabalham com estudantes on-line, que podem operar num ambiente eletrônico ou junto com os estudantes ou participantes de um curso. Ou seja, são educadores mediadores virtuais.
A partir de aprendizagens e treinamentos específicos com recursos e eventos diversos, o "e-moderador" é a figura central para a qualidade e o sucesso do ensino on-line. Este livro, baseado nas experiências e pesquisas consideráveis de Gilly Salmon, discute as qualidades e competências que requerem essa possibilidade de ensino, com treinamentos, materiais elaborados para o trabalho on-line, e como as habilidades do "e-moderador" podem ser desenvolvidas.
O livro, também acompanhado por seu próprio website, apresenta-se como um guia do usuário que trabalha efetivamente no mundo virtual, apoiado em estudos de caso e informações específicas que ensinam como ser um "e-moderador" próspero. Traz também uma coleção de recursos para profissionais liberais, resultados de pesquisas e orientações para o estudante. Chama a atenção para a pessoa do mediador, ou o "e-moderador", em processos de aprendizagem on-line, que para ser próspera depende dos professores e dos treinadores que precisam adquirir novas competências na sua formação e devem atentar para o seu potencial de inspirar seus estudantes a explorá-las em lugar de apenas dominar a tecnologia.
De modo geral, os conteúdos procuram definir o que é, e como deve ser o "e-moderador"; como é a Conferência Mediada pelo Computador (CMC) em educação e em treinamentos; "E-moderando"- a chave para o futuro do ensino on-line e os recursos para profissionais liberais. "E-moderar" é para todos os professores, instrutores, tutores ou facilitadores que operam em qualquer ambiente eletrônico e é valiosa leitura para desenhistas de software e qualquer pessoa com responsabilidades de administração em educação ou treinamento.
A autora Gilly Salmon espera que seu livro seja como uma luz, que ajude o mundo on-line a ser mais criativo, produtivo e pertinente para uma aprendizagem de sucesso. Ela entende que o uso do computador pelo homem é vasto e crescente e que as tecnologias de networked como a Internet e o World Wide Web, chamadas aqui de transformacionais, são redes de comunicações que criam interações sem limites com outras culturas e promove a globalização. Os conceitos de espaço e tempo estão mudando: como, com quem e através de quê se pode colaborar com as pessoas, descobrir comunidades, explorar recursos, idéias e aprender. Gilly afirma que a Comunicação Mediada pelo Computador e a Conferência Mediada pelo Computador, de fato chegaram antes da Internet e o World Wide Web ficou extensamente disponível.
A CMC - tema de muitas facetas e diversos aspectos de compreensão, interpretação e investigação - encorajou os professores a desafiarem a prática sobre a aprendizagem on-line e refletir sobre as suas experiências. A autora utilizou a sua própria vivência em Conferência Mediada pelo Computador (CMC), como também de muitas outras pessoas. Selecionou estudos de caso em que o próprio acadêmico, professor ou "e-moderador" envolvido, implementou seu treinamento regular ou situação pedagógica, com avaliação e reflexão em sobre a sua prática.
Durante alguns anos a autora estudou e praticou e a arte de "e-moderar", particularmente dentro da Universidade Aberta (OU). Çomeçou a aprender on-line em 1988, quando era uma estudante no primeiro curso de OU para usar CMC em grande escala. Os softwares e sistemas que tiveram naquele momento eram primitivos, mas, revolucionários! Ela era entusiasmada com a experiência e pelo potencial da CMC. Naquele mesmo ano, usaram um sistema chamado ?CoSy' (para Sistema de Conferências) que trabalhavam com comandos do teclado. Leitores de Off-line, comandos, tabelas, gráficos e sofisticações crescentes de funções seguiram como os sistemas e softwares desenvolvidos. Cada nova função parecia adiante na ocasião como um grande passo.
Quando se juntou à OU Business School (OUBS) como conferencista em 1989, pôde experimentar a CMC para cursos de administração pedagógica a distância. Nos últimos anos foi responsável por treinar centenas de "e-moderadores?? para diversas escolas. Considera os leitores de seu livro, seus colaboradores potenciais em uma experiência on-line: acadêmicos, professores, gerentes de curso, assistentes pedagógicos, tutores, instrutores, moderadores e treinadores de qualquer disciplina e nível de ensino, em qualquer meio, urbano ou rural, planejamento de ensino convencional, on-line ou que estão trabalhando com uma aprendizagem aberta e distância, treinando departamentos de grandes companhias, corretores e agentes para treinamento on-line, entre outros.
O livro "E-moderando": a chave para o ensino e a aprendizagem on-line, foi estruturado em duas partes. A Parte 1, divide-se em seis capítulos, que tratam de conceitos e estudos de casos.
No Primeiro capítulo, Gilly Salmon explica O que é "e-moderador"; O "e-moderador" como uma nova forma de ensinar; Ensinando e aprendendo on-line; Estudos de caso da OUBS em Wales; Sistema CMC; Software CMC e CMC para educação e treinamento.
O Segundo capítulo, oferece um modelo de estudo para o treinamento, compreensão e desenvolvimento por CMC: Metodologia; Estágio 1 ? Acesso e motivação; Estágio 2 - Socialização on-line; Estágio 3 ? Mudanças na informação; Estágio 4 ? Construção do conhecimento e Estágio 5 ? Desenvolvimento.
O Terceiro capítulo, explora o papel, as competências e o "quê-fazer" dos "e-moderadores" com exemplos de alguns estudos de casos: Quem pode trabalhar com "e-moderando"? A chave para emitir "E-moderando"; "E-moderando" em sincronia com CMC; Três Estudos de casos: Qantas College Online, Abacus Virtual College e OU Centre for Modern Languages.
O Quarto capítulo, trata dos aspectos fundamentais do treinamento de "e-moderadores": Treinando "e-moderadores" em OUBS; Treinando programas e designs; Avaliação: Nível 1 ? Bem vindo; Nível 2 ? Introdução; Nível 3 ? Ensinando; Nível 4 ? Construção de conhecimentos; Nível 5 ? Desenvolvimento.
O Quinto capítulo apresenta as experiências dos "E-moderadores" estudantes que experimentam o acesso, a participação e a aprendizagem dos diversos estilos, assim como as suas dificuldades: Universidade de CMC de Maryland; Estudo de caso do Centro Universitário de Treinamento Incorporado; Gênero de desenvolvimento e "E-moderação"; "E-moderando" e Mestres observadores dos cursos OU; Estudo de caso e indução.
O Sexto capítulo, discute os temas sobre os participantes que "E-moderam": a chave para o futuro do ensino e aprendizagem on-line; A variável ambiente educacional e os estudantes variáveis; Aprendendo a mudar com CMC; Desenvolvendo a avaliação de processos, enquanto combinando e convergindo tecnologias; Os desafios que separam as conclusões de fomentadores de software
Na Parte 2 do livro "E-moderando: a chave para o ensino e a aprendizagem on-line", Gilly Salmon explora os Recursos Práticos para Profissionais Liberais com uma listas de atividades práticas, exercícios e idéias para os "e-moderadores" e seus estudantes e um jogo de recursos práticos em grande parte baseados na prática da própria autora como "e-moderadora" e "e-treinadora": 1) A escolha de um sistema de software para CMC; 2) Você está pronto para trabalhar on-line? 3) "E-moderando" e o baixo custo; 4) Dificuldade de usuários de CMC; 5) Indução; 6) CMC e os novos desenvolvimentos; 7) O uso do modelo de cinco-fases; 8) Avaliando o acesso e a participação em CMC; 9) Treinamento de "E-moderadores"; 10) Princípios produtivo de "E-moderação" para conferência; 11) Técnicas de Estruturação para CMC; 12) Conferências de Administração Doméstica; 13) Observadores e Compreensão; 14) Impulsionando a participação em CMC; 15) Construção de conhecimento compartilhada; 16) Análise de textos de conferência; 17) Monitoramento de "e-moderando"; 18) As diversidades; 19) Avaliando e comunicando on-line no futuro e 20) Web e CMCs locais.
É interessante notar que na proposta sobre avaliação, Gilly Salmon sugere questões aos "e-moderadores" que queiram coletar dados de suas conferências para propósitos de investigação, que respeitam a privacidade das mensagens de conferência. Propõe uma lista com algumas questões que podem ser exploradas, como por exemplo:
1. Quantos dos participantes anotam pelo menos uma vez o que leram das CMCs e de que modo isso contribui com o grupo?
2. O que ajuda a motivar os participantes on-line, o que desfrutam e beneficiam-se dos cursos? O que os encorajam a contribuir? Pode-se desenvolver um grupo de controle para comparações? (Quando se fizer alguma mudança em CMC, pode-se tentar medir o impacto da mudanças e se foram significativas.)
3. Aqueles que fazem parte de CMC participam menos no curso global ou eles estão escolhendo outros meios de comunicação alternativos?
4. Quem está relativo a quem e de que modo? Que pedidos existem para montar novas conferências ou outras atividades on-line?
5. As conferências promovem aprendizagem a esses participantes para quem são planejadas? Os benefícios são esparramados para todos os estudantes? Alguns grupos beneficiam-se mais que outros? (Confira se há melhorias dos estudante em aprendizagem, ao invés de entusiasmo sobre a o trabalho com mídia novas.)
6. O que é o comércio-offs em conferência?
7. Os custos são divididos entre os estudantes de CMC? Este valor é o mesmo para eles e para o "e-moderador"?
8. Há diferenças em resultados "e-moderados" em conferências entre grupos bem estruturados e menos estruturados?
9. Quanto tempo gastam os participantes em CMC? Como comparam a CMC e os modos tradicionais de aprendizagem e interação?
A autora propõe aos "e-moderadores" que reflitam sobre a necessidade de vivenciarem a conferência eletrônica. Sugere que usem em seminários, discussões on-line e explorem o seu papel no contexto, adotando os seguintes termos:
1. E-moderator - [E-moderador]: foi escolhido esse termo para se referir ao profissional que trabalha especificamente com o ensino on-line e ao seu papel de moderador, mediador, facilitador. Adicionou antes do termo - moderador - o "e" para eletrônico, que pediu "emprestado" de e-comércio e e-mail, para indicar as responsabilidades específicas que o contexto on-line acrescenta ao papel.
O termo moderador cresceu com CMC e foi usado anteriormente por facilitadores de conferência on-line. O termo moderating - [moderando], é usado para se referir ao programa / curso de treinamento como um todo, inclusive reunião ou discussão on-line.
Zane Berge na América do Norte e Gilly Salmon na Europa parecem ter começado a usa o termo "e-moderador" há muito e ao mesmo tempo. Zane Berge e Mauri Collins mantêm páginas úteis e populares para e-moderadores, que podem ser encontradas em:
http://www.emoderators.com/moderators.shtml.
2. Online host - [Negociador on-line]: o papel fundamental para o e-moderador é de um negociar do significado das atividades e informações para discussão e construção de conhecimento desejados on-line.
3. Personal learning trainer - [Treinador on-line]: Como o papel social de funcionamento on-line para o ensino e aprendizagem por conferências é importante, o participante e os "e-moderadores" podem necessitar de um treinador social.
4. Personal learning trainer - [Treinador pessoal de aprendizagem]: esta é uma sugestão de Robin Mason. Estudantes podem precisar de um treinador pessoal para orientá-los no uso dos materiais impressos e trabalhos de rede, identificando situações pertinentes e aconselhando nos caminhos a seguir.
5.Convenor - [Convocador]: é um termo adotado no OUBS e especialmente usado para conferências on-lines e cursos que tem grande uma audiência. As conferências de Cafés Empresariais associaram-se com uma rede de televisão que mantém um programa que serve como exemplo: http://oubs.open.ac.uk/businesscafe
6. Online conductor - [Condutor on-line]: isto sugestiona a reunião de uma variedade de recursos, como pessoas, que promovem conferências com energia, excitação e mais poder, como quem rege uma orquestra para produzir um som bonito e integrado.
7. Online concierge - [Recepcionista on-line]: é a pessoa que dá apoio e informações diversas.
8. Online Manager - [Gerente Online]: muito de "e-moderar" também envolve administração e gestão que dá suporte e conduz todo o programa de aprendizagem. Esse papel administrativo em conferência, inclui desenvolvimento objetivo, programas de trabalho, horários, regras e normas de grupo, administrar as interações e capacidade do grupo, que é fundamental para o sucesso "e-moderando".
9. E-Police - [E-polícia]: espera-se que não seja necessário chamá-la, nem para fazer as leis e nem para obrigar o cumprimento dessas. Existe um Código de Prática e protocolos claros que orienta os "e-moderadores".
10. Online Chair - [Cadeira on-line]: uma "E-cadeira" é útil quando se precisa de uma reunião estruturada com resultados de ações claros. As "habilidades" da cadeira on-line são semelhantes aos encontros "cara a cara", somando-se com a complexidade e assincronicidade que deveriam resultar em decisão mais democrática que consequentemente, leva mais tempo que o habitual.
11. Online leader - [Líder on-line]: este é um termo que é muito usado, mas a CMC tende a ser um meio altamente democrático e de liderança, que pode não ser visto como apropriado. Porém, "e-moderadores" são verdadeiros líderes - eles precisam fixar objetivos, processos, prover e manter ótimas condições on-line para o realização desses.
12. E-teacher - [E-professor]: os termos "professor", "treinador" e "tutor" são genéricos e têm a vantagem de serem usados de modo comum. Somando então "e -" antes deles, indicam o elemento eletrônico que provavelmente os fazem aceitáveis na maioria dos cursos e processos on-line. Então o termo sugere mais um facilitador e de desenvolvimento do que o papel do professor no ensino tradicional.
13. E-Master - [E-mestre]: O termo mestre entrou em uso nos últimos anos em termos de "Web?Master"? alguém que tem uma responsabilidade particular sobre o desígnio técnico e talvez o conteúdo editorial de um local de Web.
14. Faceless Facilitator - [Facilitador]: é aquela pessoa que ajuda a promover mudança de habilidade, considerável e necessária em instrutores experientes em facilitação "cara a cara" para promover a ordem e a colaboração on-line.
15. Tele-coach or tele-tutor - [Tele-treinador ou tele-tutor]: da Alemanha vem uma lembrança que a aprendizagem livre num espaço e tempo, precisa de um tele-treinador, capaz de apoiar os estudantes nos novos paradigmas dos treinadores, como se estivessem fisicamente ao lado de aprendizes.
16. Online Gardener - [Jardineiro on-line]: esta é uma idéia do setor de treinamento incorporado. "E-moderadores" não só precisam de "cultivar o jardim", ajudando os estudantes adquirirem conhecimento, mas também fazem o jardim crescer, aumentando o conhecimento disponível.
Entendemos que as propostas de "e-moderadores" e o trabalho com CMC são formas importantes de aproximação de novas aprendizagens on-line que consideram cuidadosamente os objetivos que se quer atingir e a avaliação do processo para conseguí-los.
Desde o início, os objetivos devem ser explícitos, assim como as estratégias instrutivas, os ideais e valores para o uso de CMC. Parece fornecer diferentes caminhos para os participantes, colaboraram com atividades autênticas e pertinentes por CMC, encorajando-os para usar dados e mensagens de conferência como ilustração em tarefas. Explora o impacto da conferência em habilidades como reflexão na prática, meta-cognição e resultados práticos, integrando atividades de curso e tarefas com o uso de CMC.
Portanto, esse livro proporciona apoio e reflexão para o ensino on-line, os tópicos, os temas, a organização, o programa, como promover a prática de ensino e de aprendizagem de seus estudantes. Este é o modo encontrado pela autora, de divulgar parte do seu conhecimento sobre "e-moderador" e harmonizar o futuro de ensinar e aprender on-line através das ações dos "e-moderadores" ou educadores que mediadores virtuais .
* SALMON, Gilly. 2000. E-moderating: the key to teaching and learning online. Routledge Farmer, London: Paperback. Tradução e Resenha de FERREIRA, Zeila Miranda. In: Portal WebArtigos. Educação. 20/08/2010. Disponível em <http://www.webartigosos.com>
** Doutora em Educação pela USP, pedagoga, psicóloga, pesquisadora e professora de cursos de Graduação e Pós-Graduação presencial e a distância da Faculdade Pitágoras e Faculdade ESAMC de Uberlândia, MG.