Trabalho Infantil versus Interesses Políticos
Publicado em 28 de maio de 2010 por Douglas Nascimento
O Brasil é um país onde, infelizmente, o trabalho infantil ainda é muito comum, principalmente naquelas regiões mais pobres. Este tipo de trabalho ocorre mesmo existindo legislações especificas que o proíbam.
Apesar de no Brasil, trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade mostra que esta legislação só funciona no papel. Nosso país é uma nação, como já diria Cristovam Buarque, "de crianças com varizes provocadas pelo trabalho, carregando peso em pedreiras, canaviais ou supermercados. Estas varizes nas pernas curtas de nossas crianças são como varizes sociais nas pernas de todo o país".
A questão do trabalho infantil é complexa. Este problema pode estar associado a questões sociais, bem como a relações culturais, econômicas, entre outros fatores que possam gerar e/ou agravar o problema em questão.
Segundo Cristovam Buarque, "as varizes não atingem apenas as pernas das crianças, atingem seu desenvolvimento,...". Ao abandonarem a escola, ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é péssimo, e serão sérios candidatos ao abandono escolar, e conseqüentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar empregos de baixo reconhecimento, continuando o ciclo de pobreza no Brasil.
Admitindo o problema do trabalho infantil e suas conseqüências para todo o país, que por sinal são desastrosos, o governo tenta erradicar com esse problema através de vários programas sociais e incentivando a educação. Pois bem, o governo apenas tenta, e muitas vezes não passa de uma mera tentativa sem sucesso. Um bom exemplo seria o PETI (Programa de erradicação do trabalho infantil). Dizem que é um ótimo programa para tentar acabar com esse problema que tanto incomoda o Brasil. Mas o que não se pode deixar de indagar é o seguinte: se é tão bom esse programa, por que apenas menos de 1/3 de crianças e adolescentes trabalhadores são contemplados? O Brasil não tem capital o suficiente para investir em programas tipo o PETI? Cujo intuito seja acabar com o trabalho infantil. Como diria Cristovam: "as piores de todas as varizes são aquelas nos corações dos governantes insensíveis, que não vêem as varizes nas pernas das crianças, ou as vêem, mas nada sentes. Não se consideram responsáveis por elas".
Mesmo sabendo de todo o problema acerca do trabalho infantil, o que se faz a respeito de modificar a situação, é simplesmente ridículo. O Brasil tem condições sim de tentar e conseguir acabar com quase toda a exploração infantil. E quem disser que o Brasil não tem condições nem capital suficiente para investir em projetos para acabar com o trabalho infantil, então responda: como o Brasil vai sediar uma copa do mundo de futebol e uma olimpíada? Ou pensam que construir estádios e mais estádios e investir em infra-estrutura para "agradar" ao comitê responsável pela organização desses eventos vão ser baratos? Pois pelo o que parece, esses eventos são mais importantes ou mais lucrativos (para aqueles que estão no poder) do que nossas crianças trabalhadoras.
Por: DOUGLAS HENRIQUE DA SILVA NASCIMENTO.
Apesar de no Brasil, trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade mostra que esta legislação só funciona no papel. Nosso país é uma nação, como já diria Cristovam Buarque, "de crianças com varizes provocadas pelo trabalho, carregando peso em pedreiras, canaviais ou supermercados. Estas varizes nas pernas curtas de nossas crianças são como varizes sociais nas pernas de todo o país".
A questão do trabalho infantil é complexa. Este problema pode estar associado a questões sociais, bem como a relações culturais, econômicas, entre outros fatores que possam gerar e/ou agravar o problema em questão.
Segundo Cristovam Buarque, "as varizes não atingem apenas as pernas das crianças, atingem seu desenvolvimento,...". Ao abandonarem a escola, ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é péssimo, e serão sérios candidatos ao abandono escolar, e conseqüentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar empregos de baixo reconhecimento, continuando o ciclo de pobreza no Brasil.
Admitindo o problema do trabalho infantil e suas conseqüências para todo o país, que por sinal são desastrosos, o governo tenta erradicar com esse problema através de vários programas sociais e incentivando a educação. Pois bem, o governo apenas tenta, e muitas vezes não passa de uma mera tentativa sem sucesso. Um bom exemplo seria o PETI (Programa de erradicação do trabalho infantil). Dizem que é um ótimo programa para tentar acabar com esse problema que tanto incomoda o Brasil. Mas o que não se pode deixar de indagar é o seguinte: se é tão bom esse programa, por que apenas menos de 1/3 de crianças e adolescentes trabalhadores são contemplados? O Brasil não tem capital o suficiente para investir em programas tipo o PETI? Cujo intuito seja acabar com o trabalho infantil. Como diria Cristovam: "as piores de todas as varizes são aquelas nos corações dos governantes insensíveis, que não vêem as varizes nas pernas das crianças, ou as vêem, mas nada sentes. Não se consideram responsáveis por elas".
Mesmo sabendo de todo o problema acerca do trabalho infantil, o que se faz a respeito de modificar a situação, é simplesmente ridículo. O Brasil tem condições sim de tentar e conseguir acabar com quase toda a exploração infantil. E quem disser que o Brasil não tem condições nem capital suficiente para investir em projetos para acabar com o trabalho infantil, então responda: como o Brasil vai sediar uma copa do mundo de futebol e uma olimpíada? Ou pensam que construir estádios e mais estádios e investir em infra-estrutura para "agradar" ao comitê responsável pela organização desses eventos vão ser baratos? Pois pelo o que parece, esses eventos são mais importantes ou mais lucrativos (para aqueles que estão no poder) do que nossas crianças trabalhadoras.
Por: DOUGLAS HENRIQUE DA SILVA NASCIMENTO.