FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS – FASB

COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO

 

 

 

 

                                                                                                                                      

 

 

Ana Vitoria da Silva Bomfim

Priscilla Gonçalves Souza

Railane dos Santos Souza

Glênio Pereira de Farias

Izau Nunes de Jesus Neto

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BARREIRAS

2013

SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO.. 3

2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.. 4

2.1DESIFETANTES.. 4

2.1.1FORMALDEÍDO.. 4

3.0 INSETICIDAS DOMÉSTICOS.. 5

3.1 PIRETRÓIDES.. 5

4.0 PRODUTOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS (SOLVENTES) 6

4.1 BENZENO.. 6

REFERÊNCIAS.. 8

1.0 INTRODUÇÃO

Trata-se a Toxicologia Ocupacional segundo Queiroz (2010, p. 45) da “(...) parte da fisiologia que estuda os efeitos sobre o organismo de agentes químicos patogênicos”.

Para Queiroz (2010, p. 45) “atentando-se aos estudos das substâncias nocivas à toxicologia divide-se em: I-profilática; II-industrial; III-clínica; IV-forense e V-analítica”.

Neste sentido, na análise de Queiroz (2010) a intoxicação consiste no ato de introduzir determinado agente tóxico no organismo.

Contudo, como aponta Queiroz (2010) o diagnóstico formal no indivíduo intoxicado deve atender ao seguinte: a) história clínica; b) exame clínico; c) exames de laboratório e clínico e toxicológico necessários.

No entanto, “a velocidade e a absorção dependem da via de penetração, como também os efeitos, a neutralização e a eliminação possível do tóxico” (QUEIROZ, 2010, p. 48). Consequentemente, para Queiroz (2010) a toxicidade consiste na capacidade que o agente químico tem para produzir efeitos deletérios ao organismo humano.

2.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1DESIFETANTES

2.1.1FORMALDEÍDO

Segundo Brasil [da. 2010] o formaldeído trata-se de composto líquido claro com várias aplicações, sendo utilizado normalmente como preservativo, desinfetante e antisséptico.

Para Brasil [da. 2010]  formol exerce sua toxicidade quando ingerido, inalado ou quando entra em contato com a pele por via intravenosa, intraperitoneal ou subcutânea. Para o autor, sob a forma de gás é mais nocivo do que em estado de vapor (BRASIL, [da. 2010]).

Segundo Rom apud Brasil [da. 2010] os sintomas mais freqüentes em caso de inalação são cefaléia forte, tosse, dificuldade de respirar, vertigem e edema pulmonar. Para o autor o formol em altas concentrações pode provocar bronquite, pneumonia ou laringite (BRETHERICK e GOSSELIN, HODGE e SMITH et al apud BRASIL [da. 2010].

Neste aspecto, é importante ressaltar que, conforme Brasil [da. 2010], o contato com o vapor ou com a solução tem a possibilidade de deixar a pele esbranquiçada, áspera e provocar forte sensação de anestesia e necrose na pele superficial.

Contudo, longos períodos de exposição causam dermatite e hipersensibilidade, rachaduras na pele e ulcerações principalmente entre os dedos, como apontam (Bretherick e Gosselin, Hodge e Smith et al apud Brasil [da. 2010]).

3.0 INSETICIDAS DOMÉSTICOS

3.1 PIRETRÓIDES

Para Cardoso (2011) um dos inseticidas (um tipo de pesticida) mais utilizados pela Agricultura são os piretroides, compostos químicos sintéticos, que têm origem da piretrina, um éster ácido crisantêmico produzido pela plantas do gênero Chrysanthemum.

Cardoso (2011) entende que são raros os casos de intoxicação aguda por piretroides, mas ainda que apresentem baixa toxicidade ao organismo humano, o contato desse composto com a pele, olhos e mucosas pode causar irritações e queimaduras.

É importante ressaltar que as vias de penetração dos piretróides podem ser através da pele, via inalatória ou ainda via digestiva.

Conforme Itho [da. 2011], os piretróides são bem absorvidos pelo sistema gastrointestinal; pela via dérmica ocorre absorção em menor grau que a via oral; a exposição por inalação pode causar irritação de vias áreas e reações de hipersensibilidade.

Neste sentido, para Cardoso (2011) quando ingeridos causam reações alérgicas e distúrbios neurológicos, apresentando sintomatologia como cefaléias, tontura, crises convulsivas, náuseas, vômitos, etc.. Para a autora, se inalado causa irritação do aparelho respiratório, dando origem posteriormente à hipersensibilidade, asma e pneumonite (CARDOSO, 2011).

Portanto, na análise de Cardoso (2011) os piretróides não possuem efeito cumulativo ao longo da cadeia alimentar, sendo metabolizados de forma rápida por mamíferos e os resíduos desse metabolismo são excretados por meio da urina.

 4.0 PRODUTOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS (SOLVENTES)

4.1 BENZENO

Para Bruckner e Warren apud Moraes [da. 2011] o termo solvente diz respeito à classe de químicos orgânicos de variável lipofilicidade e volatilidade. Segundo os autores, estas propriedades aliadas ao baixo peso molecular fazem da via inalatória a principal forma de exposição e promove uma pronta absorção pulmonar, gastrintestinal e pele (BRUCKNER e WARREN apud MORAES, [da. 2011]).

Assim, Bruckner e Warren apud Moraes [da. 2011] entendem que os solventes são utilizados de forma freqüente para dissolver, diluir ou dispersar materiais que são insolúveis em água.

Segundo Moreaes [da. 2011] o benzeno é rápida, mas incompletamente absorvido pelo ser humano e por animais após exposição por via respiratória. Para a autora, no que se refere à absorção por via oral não existem dados em humanos, porém estudos em animais demonstram que é extensivamente absorvido por esta via, cerca de 90%; já a absorção através da pele é baixa em humanos e animais (MORAES, [da. 2011]).

É importante mencionar o fato de que, na análise de Moraes [da. 2011], a metabolização principal do benzeno ocorre no órgão hepático. Para a autora, a biotransformação do benzeno é fundamental para o desenvolvimento de efeito tóxico sobre a medula óssea, relacionada aos seus metabólitos (MORAES, [da. 2011]).

De acordo Thomson e Brasil apud Moraes [da. 2011] o benzeno irrita de forma moderada as mucosas e sua aspiração em altas concentrações pode provocar edema pulmonar.

Na análise de Thomson e Brasil apud Moraes [da. 2011] a absorção do benzeno causa efeitos tóxicos para o Sistema Nervoso Central, de acordo com a quantidade absorvida, como narcose e excitação, tonturas, cefaléias, náuseas, vômitos, taquicardia, arritmias, dificuldade respiratória, tremores, crises convulsivas, perda da consciência e morte.

Contudo, segundo Brasil apud Moraes [da. 2011] vários tipos de alterações sanguíneas, isolada ou associadas, estão relacionadas após exposição ao benzeno. Para o autor, devidas à lesão do tecido da medula óssea, essas alterações correspondem, principalmente a Hipoplasia, Displasia e Aplasia (BRASIL apud MORAES [da. 2011] ).

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. INCA – Instituto Nacional de Câncer. Formol ou Formaldeído. Disponível em: <http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=795>. Acesso em: 04 dez. 2012.

CARDOSO, Mayara Lopes. Piretroides. Disponível em: <http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/piretroides/>. Acesso em: 04 dez. 2012.

ITHO, Sony de Freitas. Inseticidas piretróides. Disponível em: <http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mXII.piret.htm>. Acesso em: 04 dez. 2012.

MORAES, Ana Cláudia Lopes de. Solventes. Disponível em: <http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mIX.solv.htm>. Acesso em: 04 dez. 2012.

QUEIROZ, Suelen. Tratado de Toxicologia Ocupacional. Disponível em: <http://archive.org/details/TratadoDeToxicologiaOcupacional>. Acesso em: 04 dez. 2012.