1 INTRODUÇÃO 

O policial, atualmente, ainda é visto com bastante medo pela sociedade em geral, segundo Balestreri (1998). Na maioria das vezes, essa relação apenas ocorre quando a população tem necessidade de acioná-lo, isto é, quando os indivíduos estão envolvidos em crimes.  Após sua atuação, inevitavelmente, serão apenas relembrados nos momentos de interrogatórios e depoimentos policiais ou judiciais. O estigma que essa classe carrega consigo origina-se, em grande parte do processo histórico ocorrido desde o descobrimento do território brasileiro e tem conseqüências marcantes até hoje em nossas vidas. 

O tema tortura encontra-se quase sempre ligada aos direitos humanos. Nesse contexto a atividade policial, como o braço de execução das ações de segurança do Estado e das elites dominantes foi durante a historia dos pais o instrumento para a institucionalização e manutenção primeiramente dos interesses político-econômicos das elites que, desde nosso descobrimento, ditam os destinos da nação. No entanto, percebe-se ,ainda hoje, que a policia ,como instituição, continua a praticar a tortura e outras formas de violência contra os cidadãos em seu trabalho como será descrito no curso desta pesquisa.

            Espera-se, neste artigo demonstrar as hipóteses que justificam essa visão demonstrando como a policia foi utilizada nos diversos momentos históricos nos pais, os conceitos de tortura correlacionados, a tipificação do crime de tortura após a promulgação da Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988; as ações do governo Brasileiro para a mudança desse perfil no cotidiano brasileiro que possam influir nos aparatos policias e de segurança pública.