Ao nos depararmos com o insucesso de um aluno, tanto a família quanto a escola passam a trocar desnecessárias acusações em busca dos culpados. Acredito que o problema dos malsucedidos, deve ser diagnosticado e tratado pela escola, família e especialistas no decorrer do processo educacional a fim de que ações preventivas sejam colocadas em prática em busca de um redirecionamento de posturas entre envolvidos. Porém, o que é causa de surpresa nesse universo todo, são pais que em meados de novembro (somente agora) demonstram inédita estranheza com a atual situação dos seus filhos que, nesse instante, já acumulam excesso de faltas associado a médias capazes de promover a indesejada retenção escolar. A pergunta então é automática: “___ Só agora pais? Onde estavam desde o princípio?” Atitudes de responsabilidade precisam ser frequentes e permeiam caminhos de promoção da coletividade e da integração entre as partes. Espantar-se tardiamente, pode ser o rascunho da ausência das responsabilidades inerentes aos pais, além é claro, da gravidade da situação, pois outros problemas podem estar nas suas entrelinhas, como por exemplo, violências de todas as espécies. Inquietar-se apenas agora mediante uma situação fruto do que a organização escolar sinaliza desde o princípio por meio de boletins, reuniões, bilhetes, telefonemas, etc. é, no mínimo, incoerente com a imagem de “família comprometida” preocupada em encaminhar filhos ao sucesso desejado por todos. Se não há tempo para irem à escola (o que eu acredito ser um descaso total), pelo menos, observem o que a escola está fazendo com seus filhos analisando atitudes, materiais, trabalhos, amizades, relações que se formam e aprendizados obtidos. Por fim, participem de maneira preventiva e não somente com posturas tardias desprovidas da parceria ativa esperada pela paisagem escolar desde o início do processo educacional. E então? Todos para a escola ou a educação dos seus filhos não é prioridade?