''Todo mundo faz!''
Publicado em 30 de agosto de 2012 por AlbanìsioRibeiro
“Todo mundo faz!”
AlbanísioRibeiro
Com certeza, você já ouviu alguém usar esta espressão para justificar alguma atitude errada, ou no mínimo polêmica. Esta é a filosofia que paira na mente do povão: Se todo mundo - a grande maioria - está fazendo algo, independente do que seja, torna-se padrão aceitável por que é comum a todos, se autentica como verdade moral. Muitas vezes não é nem a maioria, mas um grupo considerável, mas generaliza-se, arredonda-se para “todo mundo”. Mas será mesmo? “A voz do povo é a voz de Deus”? O grande poder do povo, das massas, da maioria é suficiente para legitimar comportamentos de qualquer natureza em verdades absolutas? Até o que era dado como imoral pode vir a ser certo, moral? Não existem mais absolutos? Tudo é relativo?
Preocupa-me quando vejo alguém dar início a uma fala com estas palavras: “Todo mundo...”, fico logo de orelhaem pé. Sópela lei natural da própria consciência, que não devemos fazer para os outros o que não queríamos que fizessem a nós, já se estabelece muitos padrões imutáveis. Não é o simples fato de todos estarem fazendo que justifica-se qualquer comportamento.
Expressivo é o poder que tem a opinião das multidões, os conceitos massificados. Ir de encontro à imensa maioria, é como nadar contra uma forte maré com ondas bravias. Alto é o preço em obedecer à consciência, de seguir valores morais dignos. Muitas vezes somos taxados como conservadores, puritanos, fundamentalistas. Temos que fazer o certo por amor ao próximo e a Deus. Deitar a cabeça no travesseiro e dormir o sono do justo não tem preço.
Estava no meio de uma grande roda de colegas e veio à tona o assunto abstinência sexual pré-nupcial. Falei que sou a favor e o quanto considero importante. Logo alguém citou: “99,9 % da população não se abstém para o casamento”. Nas entrelinhas deixava claro que é algo ridículo e alienado esse conceito, ao passo que por séculos não era. Não fui tão a fundo à discussão, mas é óbvio que num país de mais de 20% de evangélicos, e uma outra grande parte de católicos praticantes, mesmo que muitos não sejam fiéis a este princípio, e outras religiões ou simplesmente pessoas com esse valor, 99,9% é um exagero. Mais o que estamos discutindo aqui é que não importa o que a maioria faz ou pensa, mesmo que seja 100%, isso não valida um conceito. Muito pelo contrário, se a grande maioria está indo em uma só direção é bem provável que seja equivocada. É a história do caminho largo e o estreito. Também era nas entrelinhas que se dizia que se todo mundo faz não há o que se discutir.
Adquirir produtos piratas, suborno, mentir, levar vantagem, sexo livre, homossexualismo, faltar com a palavra, são uns dentre vários assuntos que se relativizaram ancorados no “todo mundo”. A voz do povo fala mais alto que a razão, a justiça, e até mesmo Deus. O homem encontra subterfúgio para suas práticas equivocadas na grande massa. Na cumplicidade com o povão achou-se o meio para legalizar o imoral.
Mas frente ao “todo mundo” temos como encontrar um porto seguro? A fonte da verdade? O Criador é resposta. Ele nos fez e sabe o que é o melhor, e revelou-se para o homem através de seu Filho que dizia ser a própria verdade: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Jo 14:6.
“A voz do povo é a voz do Diabo”, parece mais adequado. A partir de agora rechace essa voz de seu vocabulário: “Todo mundo...”
Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Jo 8:32