Termina a crise financeira, mas fica a crise de caráter.

 

Ao diminuir e acabar com a dívida externa o Brasil “esqueceu” de diminuir e acabar com a “crise de caráter” que atropela o país desde anos atrás.

 Foi no ex-governo Lula que foi alardeado aos quatro cantos do país a afirmação de que o Brasil havia pagado a tão temida e sofrida dívida externa. Dívida esta que foi arrolada e enrolada por vários anos junto aos credores internacionais (diga-se FMI).

 

Aquele governo dizia através de propagandas que: “O país que pegava dinheiro emprestado, agora emprestava dinheiro”. É muito bom o brasileiro ouvir esta noticia. Agora, este cidadão brasileiro quer ouvir uma outra noticia, talvez a mais importante do século.

 O brasileiro quer ouvir a noticia de que o país acabou com a corrupção que o assola também há várias décadas e que prejudica tanto ou mais como prejudicou a dívida externa, porque enquanto a dívida externa consumia nossas reservas cambiais, nosso dinheiro e orgulho de patriota, a corrupção constante e crescente consome algo bem mais precioso que dinheiro.

 A corrupção brasileira consume a força do brasileiro e o deixa desanimado a tal ponto que ele está se cansando de correr atrás do queijo roubado sem conseguir exterminar o “rato” que está roubando este queijo. Logo é preciso exterminar o “rato”, no nosso caso, “os inúmeros ratos” Porque correr atrás do queijo quando o problema é o rato é assinar atestado de incompetência e ficar desmoralizado frente aos demais paises.

 A corrupção no Brasil deveria ser combatida de todas as formas, com todas as forças, não só por governos, mas principalmente pela população brasileira. Capitalismo nenhum sobrevive sem corrupção, mas corrupção desenfreada, crescente e alarmante como acontece aqui precisa ser erradicada rapidamente como se combate um câncer. Sem dó, sem piedade, sem misericórdia, sem sentimentalismos e sem nenhum apadrinhamento de quem quer que seja para o corruptor e o corrompido.

 A corrupção parece mesmo um vírus dos tempos modernos, há uma crise mundial na qual, governos e entidades estão sendo desacreditadas publicamente por causa de escândalos que vêm a publico manchar o nome de pessoas e organizações que até então pareciam ilibadas e dignas de total confiança.

 Governos estão desmoronando em face de crise econômica, política e moral. Pessoas públicas estão vendo seus nomes estampados nas manchetes dos jornais de grande circulação, não como pessoas promotoras do bem, do bom exemplo e boa moral. Pelo contrario, seus nomes estão lá, estampados, como símbolo de um exemplo a não ser seguido por pessoas de boa índole, consciência e boa moral, pois são maus exemplos para a sociedade.

 Mas começo a crer e a temer justamente uma coisa: No Brasil Está ficando escassas pessoas de boa índole e boa moral principalmente entre a classe política.

 Pululam por todo país denúncias sobre políticos corruptos aprendizes dos “sete anões” discípulos de “juízes lalaus” e herdeiros do “mensalão”.

 Neste país chamado Brasil é assim mesmo. Quando a gente pensa que conseguiu prender um ou dez corruptos, vem mais uma Leva e leva toda a nossa esperança (desculpe o trocadilho infame). Aí, temos que voltar a estaca zero e começar tudo de novo.

 

 

Geraldo Goulart.