A Escócia está realizando um programa que visa dar um novo tratamento a questão do bullying, na escola, e adotam uma terapia em que bebês são colocados nas salas de aula, para que as crianças interajam com eles; com isto esperam diminuir os comportamentos agressivos e a própria hostilidade  presente no âmbito educacional.

Com certeza, bebês sempre são bem-vindos, mas até que ponto eles poderão resolver problemas no âmbito escolar, numa sociedade doente mentalmente cujas raízes já estão desenvolvidas desde os primeiros anos de vida?

 Educar é muito mais complexo, problemas comportamentais precisam ser pesquisados e analisados desde a raiz, tratamentos paliativos não resolverão o problema instalado, caso ele exista, eles não devem ser maquiados,  mas encarados com auxílio de profissionais especializados no contexto.

O bebê inserido na sala de aula, como um bonequinho, vai contribuir para o desenvolvimento da afetividade entre os participantes, despertará a solidariedade e outros substantivos que abrirão novas possibilidades para a criança fazer a leitura do mundo, mas nos casos mais graves, se houver algum desvio comportamental, outras alternativas deverão ser apresentadas, mesmo porque os pais, geralmente não aceitam a hipótese de que seus filhos precisam de tratamento para saúde mental.

O mesmo ocorre com as famílias que têm animais em casa, eles participam ativamente do cotidiano de seus donos, mas quando vivem em lares de pessoas desequilibradas, muitas vezes recebem tratamento violento, embora seus criadores, assumam sempre a possibilidade de amá-los, o mesmo ocorre com muitas crianças, cujos pais hostilizam sem piedade.

Portanto, a escola que optar por este tratamento, deve considerar que o problema dentro do seu lócus poderá ser amenizado, mas algumas crianças poderão apenas estar ocultando sua personalidade agressiva e doentia.Portanto, não deve descartar esta possibilidade.

                                             Irene Fonseca