Teotonio Vilela, o pedido de socorro ao governo federal e o crime em Alagoas

Os pedidos de socorro do governador Teotonio Vilela Filho em relação à segurança pública vem sendo atendidos, na forma do possível pelo governo federal.

A questão da violência é vista e tida como a mais delicada de seu governo, estando o governador sem condições de atender e de dar a resposta aos clamores da sociedade e diminuir os índices de violência que assombram o governo e assustam a população. O crescimento da criminalidade é algo assustador.

Existe em Alagoas o que já se sabe uma impunidade histórica, com índices alarmantes de violência e a falta de políticas públicas e ações sociais por parte das administrações municipais que seria realizado em parceria com o Estado em um planejamento integrado.

Como se sabe, muitas prefeituras deveriam voltar à condição de meros distritos, em face de sua única renda vir do Fundo de Participação dos Municípios.

Some-se a esse problema da violência a falta de infraestrutura nos órgãos, sobretudo, em relação às estruturas físicas das delegacias de Alagoas e com o Instituto Médico Legal deficitário, embora já exista um projeto de um novo IML já acabado.

É em razão desses problemas que Teotonio Vilela Filho solicitou uma audiência urgente com a presidente Dilma Rousseff (PT) para debater sobre a violência no Estado.

O governador tucano vai solicitar da presidente Dilma Rousseff que Alagoas seja tratado como o Estado do Rio de Janeiro, em face da urgência da situação.

Recentemente uma comissão de representantes do Ministério da Justiça esteve presente a Alagoas, entre elas a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e o diretor-geral do Departamento de Força Nacional, major Aragon.

O grupo foi recebido pelo governador Teotonio Vilela Filho no Palácio República dos Palmares, onde foi discutida uma maior parceria entre Alagoas e a União na área da Segurança. Na sexta-feira passada (06.01.12), houve um debate sobre o assunto entre as autoridades da segurança pública do Estado.

Um estudo divulgado no ano passado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça aponta que Alagoas lidera o ranking dos Estados brasileiros mais violentos, com uma taxa de 60,3 homicídios para cada 100 mil habitantes.

A pesquisa Mapa da Violência informou, ainda, que o Espírito Santo ficou em segundo lugar na lista dos mais violentos, com 56,4 homicídios por 100 mil habitantes, seguido por Pernambuco, com uma taxa de 50,7 por 100 mil.

Ainda segundo o estudo, o Piauí é o Estado com menor número de homicídios, com 12,4 casos para cada 100 mil habitantes. A pesquisa foi elaborada com dados de 2008.

Os números representam um salto de Alagoas no ranking da violência: em 1998, o Estado nordestino era o 11º colocado.

Agora, mais recentemente, em outra pesquisa do referido Instituto, aponta o Estado de Alagoas como campeão em homicídios.

Um dado estarrecedor é que em 30 anos, o Brasil ultrapassou a marca de 1 milhão de vítimas de homicídio.

Dados do Mapa da Violência 2012, divulgado pelo Instituto Sangari, apontam que o número de homicídios passou de 13,9 mil em 1980 para 49,9 mil em 2010, o que representa um aumento de 259%.

Com o crescimento da população nesses 30 anos, a taxa de homicídios passou de 11,7 em cada grupo de 100 mil habitantes em 1980 para 26,2 em 2010.

De acordo ainda com os dados do Mapa da Violência  os estados que lideravam as estatísticas no início da década, como o vizinho Pernambuco, o Rio de Janeiro, o Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso, Roraima e Distrito Federal, todos apresentaram quedas do índice de homicídios.

Os estados que mais reduziram a criminalidade no Brasil, oram justamente os maiores. São Paulo e o Rio de Janeiro apresentam reduções de 63,2% e 42,9%, respectivamente.

Por sua vez, os 17 estados com as menores taxas do país no ano 2000 apresentam taxas crescentes de violência.

Segundo o estudo, em vários locais, esse aumento teve uma grande magnitude que levou os estados a ocupar um lugar de destaque no contexto nacional no final da década.

Dessa foma, mais uma vez Alagoas passou a ocupar o primeiro lugar no Mapa da Violência. O Pará passou da 21ª posição para a terceira; a Paraíba, da 20ª para a sexta, e a Bahia, da 23ª para sétima posição.

O ranking do Mapa da Violência 2012 é liderado por Alagoas, seguido pelo Espírito Santo, Pará, Pernambuco e Amapá.

Só existe uma saída para Alagoas: e a sua renuncia, governador Teotonio Brandão Vilela Filho, e a de seu Vice-governador Thomaz Nonô.

E sabem por que digo isso: porque ambos não têm coragem de combater o crime organizado, a criminalidade, e o tráfico de drogas com  determinação e disciplina.

Tenho muitas idéias boas para dizer, mais elas jamais seriam ouvidas e acatadas. Não sou melhor de quem ninguém, mais tenho estudo, formação e conhecimento sobre o assunto.