Resumo

Este artigo é um referencial de estudo sobre as teorias das representações sócias (TRS), que buscar fazer uma conexão com as diferentes vertentes com relação ao tema apresentado. O autor (Moscovici, 1978) e Jodelet (2005) foram os principais contribuintes na construção deste trabalho, pois seus pensamentos teóricos foram de fundamental importância para validar este trabalho. O argumento principal desse trabalho se encontra descrito através das Teorias das Representações Sociais em diferentes situações a qual a referida enunciação viveu e continua a se apresentar. De certa forma, as Teorias das Representações Sociais, é um campo de estudo e pesquisa que possibilita compreender melhor varias situações que ocorrem dentro de uma sociedade, as formação de interação do ser com um outro individuo, sua posição social. As teorias das representações sociais nada mais é uma filosofia que ganha seu espaço através dos pensamentos de importantes filósofos que dar vida a este campo de estudo.

Palavras-chave: Teorias das Representações Sociais. Conhecimento. Individuo

Introdução

            A história das representações sociais é entendida pelo simples fato que a mesma apresenta se como uma “modalidade de conhecimento particular que tem por função a elaboração de comportamentos e a comunicação entre indivíduos” (Moscovici, 1978).

            Voltamos ao passado e rever as teorias de representações sociais históricas, faz com que percebemos que as (TRS) não são e nunca foi estática, ou seja, única e pronta, ela com o passar do tempo se desenvolveu, se modificou mudando a concepção de ser de acordo com as transformações do individuo que aconteceram como agente principal de uma sociedade.

            Marková (2006) frisa que os escopos teóricos das representações sociais pressupõe que os conteúdos sejam estruturados, ou seja, que a mudanças que possam ocorrem no individuo na sua maneira de ser, seu comportamento aconteça sim, pois o homem está em constante mudança de conhecimento, mas que seja de forma de acordo com o momento, com a situação do momento. Assim dizia Reinhart

Koselleck (2006a), “espaço de experiência” e “horizonte de expectativa”, no pensamento do autor, identificou como duas categorias de conhecimento pelo o qual o individuo é promissor para realizar suas mudanças.

            Apresentar investigação sobre as teorias de representações sociais é enfatizar as ações da praticas do cotidiano com o estado atual e colocar em cheque como essas representações sociais se constituem e se desenvolve na sociedade.

            Jodelet (2005) ao fazer analise das teorias das representações sociais, realiza estudo com base em um individuo de uma comunidade rural da França na década de 70, ele observa um individuo que é doente mental e que vive livremente.

            A partir do momento que Jodelet (2005) analise a situação, ela relata que a historicidade da loucura como objeto representacional devido ao comportamento que o individuo mental apresenta no seu cotidiano.

Ressalvo que essa analise feita por Jodelet (2005) é um exemplo, mas que não se pretende desconsiderar os diferentes tipos de abordagens nas diferentes áreas de pesquisas que tem perguntas totalmente distintas que de forma interdisciplinar são relevantes e complementares para um bom entendimento.

Moscovici (1991) ele diferencia a história da psicologia da seguinte forma:

[...] destacam a produção das ideologias e se perguntam de onde proveem as ideias que temos sobre a sociedade e a política. Essas ideias são socialmente determinadas? Qual a validade que elas podem pretender? Contudo, não são estas as questões que me apaixonam e as quais, como psicólogo social, procurarei responder. Outras são as questões da minha disciplina: Como as ideias são transmitidas de geração para geração e comunicadas de um indivíduo a outro? Por que elas mudam o modo de pensar e de agir das pessoas até tornar-se parte integrante de suas vidas? (1991, p. 77)

            Com base no pensamento do autor Moscovici, fica claro que mesmos existindo diferenças de concepções de estudos que é possível concluir que existe a zona de fronteiras, ou seja, uma linha de pensamento está ligado de uma certa forma a outra área de conhecimento.

            Abordar os fatos da história só remete uma melhor compreensão das teorias das representações sociais.

Jodelet (2003) afirma que:

No que tange à definição dos objetos, ao caráter coletivo dos fenômenos estudados e à tomada de consciência da dimensão afetiva, sendo possível ainda acrescentar a preocupação com os tempos históricos: longa, média e curta duração.

TEORIAS DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS

            Fazer definição das teorias das representações sociais nos remete inúmeros pensamentos filosóficos de vários autores. Representação social nada mais é um produto e um processo. Com base no pensamento de teorias das representações sociais ser um produto e um processo, segundo (Jodelet, 2003) é: “... é uma forma de conhecimento, socialmente elaborada e partilhada, com um objetivo prático, e que contribui para a construção de uma realidade comum a um conjunto social” (p. 22).

            Seguindo a linha de pensamento da autora, pode se perceber que as teorias de representações sociais é um processo público de criação, elaboração difusão e mudança de conhecimento compartilhado sendo que as representações sociais resulta em teoria do senso comum que são elaboradas e compartilhadas socialmente.

            Moscovici (2003) coloca que as representações sociais não são elementos mediadores entres as características ambientais e ações comportamentais, mas sim a realidade que se apresenta aos indivíduos sociais

Determinando tanto a natureza das características do ambiente quanto às ações a serem efetuadas.

            Assim, é importante pontuar neste artigo cientifico que as representações sociais não buscar deixar claro que as representação não é reprodução de acordo com as teorias das representações.

            Para se reconhecer as terias das representações sociais, existem critérios para reconhecimento das mesmas. Um dos primeiros pontos é o consenso funcional, ou seja, é o papel pelo o qual as representações desempenham para manter a unidade do grupo, orientando as relações do membro dos grupos.

            A relevância é o segundo critério, pois quer dizer que as representações sociais tem que tem importância para os indivíduos.

            Outro critério estabelecido se refere quanto a prática que os indivíduos tem que se manter com relação a comunicação, no qual é uma ação realizada nos grupos sociais para se socializarem.

            O quarto critério é a holomorfose que se refere a pertença de referencia de pertença grupal, ou seja, suas comunição são expostas mas de forma com pensamento de outras pessoas.

CONCEITO REPRESENTAÇÃO SOCIAL EM TEMPOS CONTEMPORANEOS

 

            Definir o conceito de representação social em tempo contemporâneos ou modernos nos remete a colocar entres linha para serem apreciadas colocações diferenciadas.

            Durkheim pontuou que o conceito de representação nas ciências sociais se diferencia do individualismo para o coletivo. Na sociologia o conceito apresentado não teve um lugar central, mas foi uma situação bem agraciada por Weber em suas teorias de estudo da ação social e somente no período contemporâneo que as ciências sociais colocam esta noção no núcleo de discussão sobre o objeto sociológico.

            Os tempos vão passando e a noção de representação social toma novo rumo a partir do momento que se tem a necessidade de explicar as crescentes importância da dimensão da dimensão cultural nos fenômenos sociais e a ordem da sociedade. Pode se perceber as mudanças contemporâneas da representação social na cultura, na economia e na política, pois esses três campos social são bem visíveis para se avaliar a realidade social.

            Com base no pensamento de (MUKHERJEE, 1998), essa três ordens sociais começam a se modificar a partir do século XIX que se inicia o processo de especialização que dar destaque na política e na economia, mas que de forma alguma a política e a economia não consegue revelar a realidade social de forma precisa e compreensível. E por volta da metade do século XX a ordem cultural ganha ênfase e passa ser uma dimensão de grande importância e nos anos 80 a cultura se destaca cada vez mais.

            A partir de então, os povos iniciam a ter uma nova vida tanto economicamente, politicamente e culturalmente, no qual com todos esses avanços que surgem nos tempo contemporâneos fazem com que os cientista sociais realizem observações sobre as novas forma em que a sociedade está se comportando, os grupos e os indivíduos pensam a si mesmos e aos outros e como, a partir disso, o consenso e o conflito, as identidades sociais e individuais são construídos, mantidos ou transformados.

            De fato as representações sociais são modificadas com novos conflitos vividos pela sociedade, uns optam a sobreviver no surgimento do modernismo pelo o desenvolvimento do poder e do conhecimento, no qual isso ainda hoje em pleno século XXI ainda prevalece à aquisição do conhecimento e do poder tem estrutura de vida diferenciada. Segundo (CARDOSO 2000) ele enfatiza que nessa nova sociedade contemporânea predomina “desconstrução” que é, na realidade, uma “demolição de categorias, objetos, teorias e opiniões”. Com base no pensamento do Cardoso 2000, essa nova sociedade contemporânea só remete a subdivisão de categorias de uma sociedade em alta, média e baixa.

Essa relação envolve o discursivo, mas também elementos não-discursivos, o dito e não-dito que se articulam nos dispositivos ou aparatos que, para Foucault, por exemplo, constituem um corpo social como conjunto heterogêneo – discurso, instituições, formas artísticas, regulamentos repressivos, medidas administrativas, elaborações científicas, proposições morais ou filosóficas, etc. (CARDOSO, 2000, p. 31; grifos do autor).

O FIM DA REPRESENTAÇÃO

 

            A sociedade com o modernismo se reestrutura e os indivíduos que fazem parte dela começam adquirir novos comportamento e novos hábitos de vida. A tecnologia começa a surgir tornando o homem dependente dos objetos existências para seu consumo.

            As pessoas então passam a apresentar comportamento diferenciado com o uso de objetos de consumo, adquirindo valor moral no uso de objetos. O uso de objetos assim como até hoje no inicio do seu surgimento tinha e tem uma relação ao individuo segundo (BAUDRILLARD, 1968) “conformidade”, ou seja, as pessoas adquiriam tal objetos para se auto satisfazer além de adquirir posição social dentro da sociedade de diferencias ordens sociais. E assim por diante, inúmeras tecnologias surgem para dar uma conformidade cada vez maior ao consumidor e ao mesmo tempo tornando o individuo dependente de objetos, que hoje em pleno século XXI são indispensáveis para nossa sobrevivência.

            De acordo com (BAUDRILLARD, 1968 p.77)  

Funcional não qualifica absolutamente o que é adaptado a um objetivo, mas o que é adaptado a uma ordem ou a um sistema: a funcionalidade é a faculdade de se integrar a um conjunto. Para o objeto, é a possibilidade de ultrapassar precisamente sua ‘função’ em direção a uma função segunda, de tornar-se um elemento de jogo, de combinação, de cálculo num sistema universal de signos.

            Observando o pensamento critico do autor Baudrillard, nota-se que o homem perde com o surgimento de tantas tecnologias inovadoras para a máquina.

            Dessa forma, podemos perceber os tempos da sociedade como uma fruta em relação a árvore a qual faz parte. Pois essa comparação é observado no que se refere a relação de tempo que a fruta leva para amadurecer enquanto a sociedade demorou tempo e muitos tempos para que ocorrem mudanças importantes para que até então as representações sócias deixam de serem vistas e inicia se o ciclo do modernismo/tecnológico.

O QUE É REPRESENTAÇÃO SOCIAL NA ABORDAGEM PSICOSSOCIAL

 

            Jodelet (1985) ela define as representações sociais como uma modalidade de conhecimento prático orientada para a comunicação e para a compreensão do contexto social em que vivemos. Então, a representação social na abordagem psicossocial nada mais é a formas de conhecimento que vem constituir uma vertente teórica da Psicologia Social que faz contraponto com a Filosofia, Sociologia, História e a Psicologia Cognitiva, no qual todas essas áreas se debruçam na busca do conhecimento.

            De certa forma a psicologia social ela compartilha seu conhecimento com as demais disciplinas de modo transdisciplinar. Jodelet (1985) expõe seu pensamento colocando que todas as disciplinas deveriam se interessar pela a transversalidade.

 A transdisciplinaridade se enquadraria nesse momento para explicar as múltiplas dimensões do campo de estudo das representações sociais. Pois ao assumir esse método da transdisciplinaridade tem como perspectiva fazer o abandono da divisão das disciplinas assinalar a importância da definição precisa do aspecto a ser abordado no estudo das representações sociais.

            Observando todas as vertentes sobre das teorias das representações sociais, nota-se de que todas as representações são formas de conhecimentos. O dicionários Aurélio (Ferreira, 1975) apresenta duas definições a respeito do assunto. No primeiro conceito representação é: “conteúdo concreto apreendido pelos sentidos, pela imaginação, pela memória ou pelo pensamento”; é, em síntese, a “reprodução daquilo que se pensa” (Ferreira, 1975). Analisando essa definição o teor se caracteriza na natureza do conhecimento. Outra corrente observável nesse pensamento é que as representações sociais mostra especificamente o estudo do senso comum que epistemologicamente constitui um conjunto de enunciados que definem normas de verificação e coerência.

            O segundo sentido de representação Segundo o Dicionário Aurélio (Ferreira, 1975), representação é também o “ato ou efeito de representar (- se)”, é uma “interpretação”. Pode perceber que nesse segundo entendimento de representação, já nos torna visível que representação já não se relaciona com a natureza do conhecimento, mas sim pelas as implicações práticas, ou seja, é através da construção social que os indivíduos constroem numa sociedade que permitirá a negociação das relações sociais, mas vidente. Ainda enfatizando esse conceito, a estrutura linguística ou os conteúdos cognitivos caem de uma certa forma para uma organização social do discurso no qual se apresentação com mais exatidão e eficácia. Dessa forma, há a separação de linguagem e ação passando a ser um ato.

            Analisando as duas posições de representação segundo o dicionário Aurélio (1975), ficou claro que no primeiro momento o campo do estudo na busca polo conhecimento é de grande importância, enquanto na segunda posição apresenta como a funcionalidade. Pois pode se perceber através dessas duas vertentes que todo conhecimento que é estudo via representação social é sempre um conhecimento prático é sempre uma forma comprometida e/ou negociada de interpretar a realidade. Além da expressão através das práticas discursivas.

CONCLUSÃO

            As contribuições das Teorias das Representações Sociais são e foram muito relevantes para que houvesse e haja melhor interpretação dos fatos ocorridos em uma sociedade.

            A historicidade das representações sociais vem apresentar a dimensão dessas teorias representativas de forma estável e dinâmica, pois esse conteúdo torna visível o conteúdo histórico de uma sociedade que se expressa na atualização de elementos passados presenciais nas representações sociais contemporâneas.

            Estudar a historia das representações sociais só nos possibilitar a conhecer como é que foi a base de conhecimento constituída em uma outra época em um fato inerente à própria natureza da representação.

            Já nas teorias das representações sociais contemporâneas pode se perceber uma formação de sociedade constituída por valores bem pouco diferentes das do passado. Nota-se que na contemporaneidade, os indivíduos que são atores de suas próprias histórias dramatúrgica apresentam se em uma sociedade de forma isolada, o qual o que vem prevalecer nesse momento como teoria das representações sociais é o conhecimento e o poder.

            Quando se usa o termo conhecimento como uma teoria das representações sociais é por que em pleno modernismo, o homem ele se torna sobrevivente do seu próprio conhecimento, ou seja, o ser agente de uma sociedade busca o conhecimento através de uma faculdade e a partir de então ele torna o seu conhecimento como um ganha-pão. Enquanto o termo mencionado de poder, apresenta-se como uma representação social do modernismo por que a sociedade de hoje é dividida em poderes aquisitivos, uns tens, outros tem mais, outros nem tantos dinheiros para se enquadrar em uma posição social que a própria sociedade exige.

            Dessa forma, as teorias das representações sociais apresentam-se com múltiplas dimensões de campo de estudo e pesquisa, ora nesse artigo compareceu se como um conhecimento ligado ao poder, ora assisti-se como a relação do individuo numa sociedade.

REFERÊNCIAS

BAUDRILLARD, J. Le système des objéts – la consommation des signes. Paris: Gallimard, 1968.

CARDOSO, C. F. Introdução: uma opinião sobre as representações sociais. In: CARDOSO, C. F.; MALERBA, J. (Org.). Representações: contribuições para um debate transdisciplinar. Campinas: Papirus, 2000. (Textos do tempo)

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CARDOSO, M. H. C. A.; GOMES, R. Representações sociais e história: referenciais teóricometodológicos para o campo da saúde coletiva. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, n. 16, v. 2, abr./jun. 2000.

FERREIRA, A. B. H., 1975. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira

JODELET, D. Loucuras e representações sociais. Petrópolis: Vozes, 2005.

________. Pensamiento social e historicidad. Relaciones, México, v. 24, n. 93, 2003.

KOSELLECK, R. Estructuras de repetición en el lenguaje y en la historia. Revista de Estudios Políticos, Madrid, n. 134, oct./dez. 2006.

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Moscovici, S. La représentation sociale de la psychanalyse. Paris: PUF, 1961.

MOSCOVICI, S., 1978. A Representação Social da Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar.

Moscovici, S. (2003). O fenômeno das representações sociais. In S. Moscovici (Ed.), Representações sociais: investigações em psicologia social (pp. 29-109). Petrópolis: Vozes.

MUKHERJEE, R. Social reality and culture. Current Sociology, London, v.46, n.2, 1998.