TEORIAS DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

 

Podemos observar que as teorias de aprendizagem são inúmeras todas com uma única finalidade, mas com ideias diferentes dependo da visão de cada filósofo, mas todos eles têm o mesmo objetivo, de defender a educação. A aprendizagem se dá a partir de maneiras diferentes de perceber como se processam as informações na mente humana.

            A educação é algo que traz grandes influências na formação do sujeito no que se refere à personalidade, valores e conhecimento. Sendo que estamos sempre aprendendo seja onde estivermos, ainda mais se estivermos na escola, no entanto a aprendizagem é algo que vem desde o nosso nascimento e dura a vida toda.

São muitas as formas e métodos de ensino que se baseiam em diferentes teorias de aprendizagem, cada uma dessas teorias com suas particularidades.

Behaviorismo

Teve inicio em 1913, por uma manifesto criado por John B. Watson. Onde ele defendia a idéia de que a psicologia, não deveria estudar somente a mente, mas também os comportamentos, pois eles eram visíveis e de fácil observação para o estudo das ciências. Sendo que Watson ficou conhecido como o pai do Behaviorismo, Metodológico e Clássico.

O Behaviorismo se baseia na repetição como estímulos para que se tornem familiares às coisas em que se querem aprender, fazendo assim com que o organismo encontre um incentivo. Temos também a Associacionista/Behaviorista, essa teoria se baseia na igualdade das tarefas, onde se gravam as repostas corretas e eliminam as erradas. Segundo Barros (1998) os associacionistas têm como explicar que o comportamento complexo é a combinação de uma série de condutas simples. Já a Associacionista/Aprendizagem para Bill e Forisha (1978), consiste na agregação de laços associativos ou conexões que são os processos de ligação dos acontecimentos físicos. E a Behaviorista/Aprendizagem, Segundo Barros (1998), é a relação estimulo resposta, demonstrada através do esquema de comportamento E-R onde E significa estímulo e R resposta.

Construtivismo

Surgiu no século XX, em pesquisas feitas por Jean Piaget, que observava as pessoas desde seu nascimento, sendo que a partir daí ele percebeu que o conhecimento é formado na mente da pessoa quando ainda se é um bebê.

            No entanto a teoria da aprendizagem que parte do pressuposto de que todos nós construímos a nossa própria concepção do mundo em que vivemos a partir da reflexão sobre as nossas próprias experiências vemos que Segundo Mizukumi (1986), que se baseia na ideias de Piaget, o ensino numa visão cognitivista que procura desenvolver a inteligência, deverá em primeiro lugar priorizar as atividades do sujeito considerando-o inserido em uma situação social. A aprendizagem consiste em assimilar o objeto e com isso o ensino deve assumir várias formas.

            A Teoria sócio-cultural de Vygostky Desenvolvimento cognitivo é limitado a um determinado potencial para cada intervalo de idade, o indivíduo deve estar inserido em um grupo social e aprende o que seu grupo produz; o conhecimento surge primeiro no grupo, para só depois ser interiorizado. A aprendizagem ocorre no relacionamento do aluno com o professor e com outros alunos.

      A Epistemologia Genética de Piaget Ponto central: estrutura cognitiva do sujeito. As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. Níveis diferentes de desenvolvimento cognitivo.

A teoria construtivista segundo Piaget passa por algumas etapas que vem desde infantil ate a adolescência quando a capacidade plena de raciocínio é atingida, sendo que a criança atinge seus conhecimentos através de suas descobertas quando entra em contato com o mundo e com os objetos, então não adianta ensinar um aluno quando ele ainda não tem condições de absorver essas informações, ou seja, o trabalho de educar tem que favorecer a atividade mental do aluno, por isso que não é só importante assimilar conceitos, mas questionar ideias.

Já a teoria sócia construtivista para Vygotsky, o desenvolvimento é considerado como uma consequência das aprendizagens com que o sujeito é confrontado. Sendo que para segundo Gilly (1995) o desenvolvimento sócio construtivista é centrada na origem social da inteligência e no estudo dos processos sócio-cognitivos de seu desenvolvimento.

 Inteligências Múltiplas

Essa teoria foi desenvolvida 1980, por pesquisadores da Universidade de Harvard liderada pelo psicólogo Howard Garner, a fim de descobrir vários tipos de inteligência.

Nessa teoria, segundo Garner, num processo de ensino, deve-se procurar identificar as inteligências mais marcantes em cada aprendiz e tentar explorá-las para atingir o objetivo final, que é o aprendizado de determinado conteúdo.

Com base nas pesquisas, Garner, pode identificar que existem oito partes do cérebro com diferentes tipos de inteligência, que seriam: lingüística-verbal, lógica-matemática, espacial, musical, sinestésica corporal, naturalista e as inteligências pessoais. Com isso podemos identificar que essas partes precisam de estímulos para ser identificadas, em diferentes faixas etárias para poderem ter um desenvolvimento educacional e pessoal.

Diante disso podemos ter uma nova educação onde as pessoas possam desenvolver suas capacidades muito além do que elas imaginam terem ido algum dia.

Gestaltismo

Iniciou - se no século XIX na Áustria e na Alemanha, sendo uma teoria da psicologia e tem o cérebro como seu principal objeto de estudo.

É uma palavra que não tem uma tradução exata, mas o seu significado mais próximo é estrutura, sendo que eles partem das estruturas das formas, sendo conjuntos organizados em totalidades considerando a percepção como um todo, não a soma das partes, os elementos constitutivos de uma figura são agrupados espontaneamente.

O Gestaltismo é uma aprendizagem que enfatiza a percepção ao invés da resposta. A resposta é considerada como o sinal de que a aprendizagem ocorreu e não como parte integral do processo. Não enfatiza a sequencia estímulo-resposta, mas o contexto ou campo no qual o estímulo ocorre e o insight (compreensão repentina de uma situação) tem origem, quando a relação entre estímulo e o campo é percebida pelo aprendiz.

Bibliografia

PEREIRA, E. DA. C, FREITAS, S.N. Informática e Educação Inclusiva: desafios para a qualidade na educação. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2004/01/a4.htm>. Acesso em: 29/08/2010.

RAMOS,E.M.F. Introdução a Teorias de Aprendizagem. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/pef/estante/Aprendizagem_modelos.pdf>.  Acesso em: 28/08/2010.