A Teoria do etiquetamento, a qual também denominada como teoria da estigmatização ou Labeling Approach, surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos e foi de grande influência na criminologia, pois alterou o modo que se estudava o criminoso, deixando-se de se falar em criminalidade e passando-se a falar em criminalização. Nessa nova teoria passou-se a se verificar o meio social, vendo quais os requisitos e os meios que a população se utiliza para intitular uma pessoa como delinquente, ou como a teoria prefere chamar desviante.

Essa teoria se utiliza de duas orientações sociológicas para o etiquetamento, sendo elas a etnometodologia e o interacionismo simbólico. A etnometodologia fala que a construção de uma sociedade, está relacionado a todos os momentos que ocorrem dentro dela e desta forma vai-se formando o conceito de tudo a partir dos acontecimentos cotidianos da sociedade, até mesmo o conceito do que é certo e do que é errado. Já o interacionismo simbólico trata da interação que os indivíduos da sociedade têm com o mundo e que assim vão se construindo sentidos e significados para com o que interage. Essas orientações nasceram também nos anos 60, época que houve uma grande carga modificadora para a sociologia e criminologia.