dr. Rabim Saize Chiria

[email protected]
Licenciado em Filosofia pela Universidade Eduardo Mondlane; Moçambique

 

1.Teoria científica de tomada de decisão e a sua aplicação no quotidiano
É do domínio público que o homem no dia-a-dia é obrigado a tomar decisões de diferentes formas a fim de resolver alguns problemas. Pois, em cada momento surgem situações que exigem a tomada de decisão. Por um lado alguns problemas são habituais, por outro lado não são habituais, portanto, outras decisões exigem raciocínios muito sérios, fundamentadas na base científica, visto que alguns problemas não são habituais, pois surgem pela primeira vez. Para falar como Cureva, as mesmas podem ser determinantes na continuidade ou descontinuidade na vida de um ser humano, alias, podem determinar o destino de um homem.
Sobre esta matéria Cureva (2014) levanta algumas questões: o que são decisões boas? Quais são os critérios de comparação entre os diferentes variantes de decisões? Qual deverá ser a relação entre a ciência e a arte em uma Teoria de Tomada de Decisão? Pode-se ensinar ao homem a tomar Decisão correcta? Essas são algumas das questões que o Lógico Moçambicano levanta sobre este assunto.
As resposta sobre estas questões aparentam ser simples, mas na verdade são complexas, visto que exigem uma pesquisa séria. Ora, como a firma Cureva, o papel do processo de tomada de decisão na vida da sociedade em geral e nas pessoas singulares em particular foram considerados e desenvolvidos em certa medida já a muito tempo pela humanidade. Ou seja, o homem tomou a consciência da necessidade de uma Teoria de Tomada de Decisão que aplicasse o método científico, omitindo o recurso ao “senso comum” que não passa duma metodologia precária inerente ao homem vulgar, ou seja, avulso e não embalado de conhecimento científico.
De acordo com cureva (2014) a Teoria científica de Tomada de decisão usa os métodos filosóficos, muitas vezes sem consciência disso, métodos matemáticos, psicológicos, informáticos e de outros domínios de conhecimento. Trata-se de uma área do saber com um carácter declaradamente abrangente e aplicabilístico ou muito prático, podendo ser alicerce orientador para a reconstrução de nova teoria de tomada de Decisão válido para tudo e para todos.
 Neste contexto pode se inferir que a tomada de decisão tem um carácter interdisciplinar, e mais o carácter interdisciplinar da teoria da tomada de decisão permite resolver o problema de desentendimento no uso dos termos característicos na análise do processo fenomenal com vista a tomada de uma decisão. Ou ainda, os especialistas envolvidos deverão ter o mesmo modelo representativo na descrição do fenómeno. Pois, esses factores exigem a omissão da fenomenologia e optar pela “essenciologia”.
Portanto, a tomada de decisão pressupõe uma noção completa do problema, ou do fenómeno, o que requer um domínio de bases gnoseológicas, ou seja de conhecimentos metodológicos aos decisores. No entanto, é do domínio público que umas das condições diária do homem é a “indefinição”, então na tomada de decisão este factor não pode ser esquecido.