UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CAMPUS JATAÍ

TEMPO HISTÓRICO, MEMÓRIA, IDENTIDADE: A REESCRITA/REINTERPRETAÇÃO DE CONCEITOS.

LIDDY MARIA VILELA RESENDE
OMAR SOARES TERRA
ROZENILDA EUGENIA DA SILVA SANTOS
SILVON ALVES GUIMARÃES

Jataí
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
3º PERÍODO
21 de junho de 2011

1 ? Introdução
O artigo presente tem como proposta a análise e o apontamento de perspectivas para os temas relacionados a tempo histórico, memória e às identidades, sob o viés da Reescrita/reinterpretação dos conceitos de tempo, espaço e movimento. Tivemos como preocupação apresentar um texto que proporcione a iminência das novas possibilidades historiográficas alicerçadas por um método hermenêutico de pesquisa.
Sobre o conceito "tempo histórico", José Carlos Reis, traz uma discussão em Ricoeur, Koselleck e nos Annales, onde ele nos mostra que o historiador tem interesse no temporal, na alteridade humana, não deseja conhecer o que está fora do tempo, o que não muda, deseja sim, conhecer a mudança, logo o tempo da história seria um terceiro tempo.
Abrangendo os conceitos "memória e identidade", Astor Antônio Diehl, aborda alguns dos condicionantes para a emersão das preocupações acerca desta temática, além de promovê-las a um patamar que fica indubitavelmente, acima da noção de exotismo ou folclore: podem ser a base para a compreensão dos processos históricos que o paradigma dominante até então não dava conta de explicar. De acordo com Diehl:
"Para a história, não são as memórias e identidades os pontos centrais, mas as suas respectivas representações nas experiências e expectativas de vida. São exatamente essas representações os elementos da compensação do déficit de critérios iluministas no mundo cultural, cujo processo de rememorização é trazido na ressubjetivação e repoetização de sentidos culturais do passado ". (p. 144)