RESUMO :
Este artigo busca retratar uma relação dialógica entre educação ambiental e capital social. Sem estes artifícios ou tema não podemos partir para a formação de sujeitos ecológicos quando não podemos debater com nossos pares o futuro do planeta e mesmo o futuro de nossos filhos pois a cada dia que passa esse planeta segue em uma marcha insana para a destruição de seres que se dizem inteligentes. O planeta pede sujeitos ecológicos e não sujeitos alheios ao mundo um processo de extinção.
Tema : O Capital Social e a Educação Ambiental.

Palavras chaves: capital social, política educacional, meio ambiente

HENRIQUE CARDOSO LEMOS
LEMOS,H.C.

Estamos diante da necessidade de discutir seriamente com a sociedade em formação ou nosso povo em geral a necessidade de conservação da vida em nosso planeta, para que estes não cresçam e os adultos não permaneçam alheios a quase tudo que diz respeito a natureza como se o amanhã não nos pertencesse. Precisamos de atitude, mudança de comportamento e ação.
Segundo Carvalho(2008). A formação de uma atitude ecológica pode ser considerado um dos objetivos mais perseguidos e reafirmados pela educação ambiental critica. Essa atitude poderia ser definida, em seu sentido mais amplo, como a adoção de um sistema de crenças, valores e sensibilidades éticas e estéticas orientado segundo os ideais de vida de um sujeito ecológico.
A politica nacional de educação ambiental lei n°9795 de 27 de abril de 1999 regulamentada pelo decreto de n°4281, de 25 de junho de 2002 assim nos diz:
Art.5º- na inclusão da educação ambiental e todos os níveis e modalidades de ensino, recomenda-se como referência os parâmetros e diretrizes curriculares nacionais, observando ?se:
I.a integração a educação ambiental as disciplinas de modo transversal, continuo permanente e
II.a adequação dos programas já vigentes de formação continuada de educadores.

Art.6º- para o cumprimento do estabelecido neste decreto, deverão ser criados, mantidos e implantados, sem prejuízos de outras ações, programas de educação ambiental integrados:

I-a todos os níveis modalidades de ensino.

Vemos como o governo vem se preocupando legislativamente com a educação ambiental mas isto não vem bastando os exemplos da ineficácia são inúmeros.

Carvalho (2008) nos loca em seu livro educação ambiental e a formação do sujeito ecológico os princípios da educação para as sociedades sustentáveis e responsabilidade global.
São estes:

1-A educação e um direito de todos, somos todos aprendizes e educadores.

2-A educação ambiental deve ter como base o pensamento critico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus modos formal, ,não formal, e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade.

3-A educação ambiental e individual e coletiva, tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, que respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações.

4-A educação ambiental não e neutra, mas ideológica. E um ato político, baseado em valores para a transformação social.

5-A educação ambiental deve estimular a solidariedade, a igualdade e o respeito aos direitos humanos,valendo ?se de estratégias democráticas e interação entre as culturas.

6- A educação ambiental deve facilitar a cooperação mutua e equitativa nos processos de decisão, em todos os níveis e modalidades.

7-A educação ambiental deve recuperar, reconhecer, respeitar, refletir e utilizar a historia indígena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, lingüística e ecológica. isto implica uma revisão da historia dos povos nativos, para modificar os enfoques etnocêntricos , alem de estimular a educação bilíngüe.
8-A educação ambiental deve ser planejada para capacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana.
9- A educação ambiental deve integrar conhecimentos, aptidões, valores, atitudes e ações. deve converter cada oportunidade em experiências educativas de sociedades sustentáveis.
10- A educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites importantes a exploração dessas formas de vida pelos seres humanos.

Diante do que queremos para o nosso planeta pois sem ele não teremos um pais no futuro, devemos superar nossos atos pequenos, em relação a educação ambiental onde devemos nos esforçar mais na exploração do capital social de nossos alunos e mesmo de nossos cidadãos. Os princípios acima são um norte para que nossas atitudes e comportamentos enquanto cidadãos deste mundo, s preocupemos como devir com um futuro de dor sede e profunda miséria e degradação da raça humana, somente as redes sociais podem nos levar a um aprendizado mais eficaz de nossa situação, por isso não podemos nos refutar a importância do capital social.
Normalmente, o capital social refere-se ao valor implícito das conexões internas e externas de uma rede social. No entanto, é comum encontrarmos uma grande variedade de definições inter-relacionadas do termo. Tais definições tendem a partilhar a idéia central de "que as redes sociais têm valor econômico". Da mesma maneira que uma chave de fenda (que é um exemplo de capital físico) ou a educação escolar (que é formadora de capital humano) podem aumentar a produtividade de indivíduos e organizações, os contatos sociais e a maneira como estes se relacionam também são fatores de desenvolvimento econômico .
Cada ponto colocado nestes principios toma de nos uma responsabilidade enquanto educadores, pois estamos a cada dia que passa produzindo conhecimento erudito, sendo que quem deve saber como ajudar a resolver problemas sociais é o povo, são os cidadaos de nosso Brasil, aqueles que poluem por falta de educação, responsabilidade, ignorância. Relações como: boa vontade, amizade, solidariedade, interação social entre os indivíduos e as famílias que compõem uma unidade social , estas redes sociais são a saida para uma educação ambiental cada vez mais responsável e popular, para que cada cidadão saiba que meio ambiente é coisa dele e não somente do governo. Enquanto isso a ajuda que nós poderiamos dar ao povo e o conhecimento, afinal ja nao e mais segredo que o futuro é algo incerto e o povo tem responsabilidade por cada sacola que joga nas ruas, por cada área que destrói, pelo combustível que usa. Efim devemos tambem preparar não somente o cidadadão mais o consumidor exigente em relaçao ao meio ambiente.
Para Hanifan, capital social refere-se a:
...às coisas intangíveis [que] são importantes para o cotidiano das pessoas: boa vontade, amizade, solidariedade, interação social entre os indivíduos e as famílias que compõem uma unidade social .... Uma pessoa apenas existe socialmente, se deixada a si próprio... Mas se ela entrar em contato com o seu vizinho, e estes com outros vizinhos, haverá uma acumulação de capital social, que pode imediatamente satisfazer suas necessidades sociais e que podem ostentar uma potencialidade social suficiente para a melhoria substancial da comunidade, para as condições de vida de toda a comunidade. A comunidade como um todo se beneficiará pela cooperação de todas as suas partes, enquanto que o indivíduo vai encontrar nas suas associações as vantagens da ajuda, da solidariedade... bem como seu vizinho no clube."
Embora vários aspectos do conceito tenham sido abordados por todas as áreas das ciências sociais, alguns traçam o uso moderno do termo até Jane Jacobs, na década de 1960. No entanto, ela não explicitamente definia capital social em seu uso do termo em um artigo em que tratava do valor das redes.

Para Coleman o capital social deve ser entendido como um recurso para as pessoas e, sendo assim, ele é produzido a partir das mudanças das relações interpessoais que facilitam determinadas ações; dessa forma, o capital social depende da ação individual para a produção de um bem coletivo e é sustentado por dois pilares, a confiança e a reciprocidade. O mais interessante nesta perspectiva é que aqueles que geram capital social beneficiam-se apenas de uma pequena parte do todo que foi produzido (COLEMAN, 1999: 39).
O conceito de capital social apresenta-se como um componente primordial na produção de laços de reciprocidade dentro de grupos ou comunidades, sendo que sua passagem do nível micro para o macro ainda não é identificável pelos instrumentos e análises da ciência social atual. Esta é uma questão que merece uma discussão aprofundada, tendo em vista o fato que estudos como o de Putnam (1997) sustentam este argumento. Apesar da identificação do capital social em eventos descritos por Coleman, é necessário identificar, por meio do tratamento conceitual, quem são os possuidores de capital social, quais são as fontes de capital social e quais são os recursos de capital social(Portes, 2001: 47). Além disso, é preciso analisar se a constituição de laços sociais pode levar à criação de estruturas sociais em que o resultado das suas dinâmicas possa ser a corrosão do próprio capital social em relação a grupos externos.
O cientista político Robert Salisbury avançou o termo como um componente crítico de interesse grupo formação em 1969 seu artigo "An Exchange Theory of Interest Groups" no Midwest Oficial de Ciências Políticas. Pierre Bourdieu usou o termo em 1972, no seu Esboço de uma Teoria da Prática, e clarificou a expressão alguns anos mais tarde, em contraste com o cultural, econômico e simbólico capital. Em finais dos anos 1990, o conceito ganhou popularidade, servindo como o foco de um programa de investigação do Banco Mundial e do principal tema de vários livros mainstream, incluindo Robert Putnam's Bowling Alone.

Com base nos conceitos dos autores cima elencados podemos perceber que mesmo pessoas comuns de nosso cotidiano podem participar deste processo educacional que leve ao debate cada vez mais popularidado da degradação ambiental e mesmo da formação de nossos filhos para a criação de um planeta melhor de onde começaremos pelo nosso bairro, depois na cidade depois em nosso estado e em nosso pais como responsaveis pelo nosso meio ambiente, e que isto deixe de ser algo individual onde este e um caso para o governo e não para mim que pago meus impostos, para resolverem isto por mim. A grande verdade e que se explorarmos o capital social de nossos cidadãos teremos que dizer a eles que meio ambiente não é palavra bonita para se ver na tv ou livros é algo, que é responsabilidade de todos nós ou não teremos o amanhã. Nosso planeta esta sendo destruido pelo simples fato de que todos nós não cuidamos da educação ambiental de nossos filhos e isto começa na escola que acha que tema transversal resolve. Este começo deve vir com a criaçao de uma disciplina, pois temas transversais não atende nossos interesses enquanto seres humanos. O futuro depende do que nós plantarmos hoje e pelo visto as sementes estão secando, pois a cada dia que passa meio ambiente esta se relacionando ao apocalipise, e tornou-se cenas de jornal e mesmo de discursos acadêmicos bonitos e de pouca utilidade para o povo. Devemos explorar o capital social e as redes sociais como meios de propagação desta popularizaçao onde temas ambientais sejam debatidos e como cada um pode ajudar a resolver. Chega de conversa! o planeta a cada dia mostra que pode a qualquer momento não suportar, ai então ficará dificil falar em futuro.
Para concluir temos carvalho(2008) parafrasenado Selma Garrido Pimenta in docência no ensino superior, que diz que a educação é um processo de humanização, que ocorre na sociedade humana com a finalidade explicita de tornar os individuos em participantes do processo civilizatorio e responsáveis por leva- lo adiante.
Fica com cada um a responsabilidade com nossa existência e de nossos filhos pois se não começarmos logo amanhã pode ser muito tarde. Afinal para muitos que acham que nossos rios nunca vão cecar não faltam adimiração para os amazonidas ao ver o maior rio do mundo mostar suas entranhas por diversas vezes ...

Referencias bibliográficas
Carvalho ,Izabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. Sao Paulo , Cortez , 2008.
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_social"
Categorias: Sociologia | Economia social
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O Capital Social: discussão em torno da construção de um conceito por JOSÉ Deocleciano de Siqueira Silva Júnior.Disponivel EM:http://www.espacoacademico.com.br - Copyright © 2001-2007 - Todos os direitos reservados.