Tecnologia na Educação – um desafio para a escola e educadores.  

*Joquebede Santos de Jesus

Os jovens na atualidade estão cada vez mais conectados e atualizados acompanham a crescente evolução tecnológica associada ao crescimento econômico no mundo chamado de globalizado. A sua habilidade vai desde a  criação de  páginas na internet como  sites,  blogs,  a acessos  e participação em  redes sociais, fazem download e upload  de arquivos  e usam a  tecnologia computadorizada  cada vez mais avançadas.

O impacto que as TICs  tem  no mundo inteiro é visível com o aumento do contingente  dos usuários do mundo virtual. Toda essa modernidade tem provocado questionamento no âmbito educacional - a escola, sobre a  sua função social na atualidade. E questões relevantes como a formação do educador e de como operacionalizar as TICs a favor do ensino aprendizagem  constitui-se  um desafio ao trabalho do educador, como também tem persuadido a gestão escolar a assumir uma postura democrática  em relação a comunidade interna e externa e ao espaço onde acontece o ensino e aprendizagem.

É digno de  nota que   a expansão  da tecnologia conectada a internet tem proporcionado a oferta de  cursos técnicos e de formação profissional na modalidade EAD dando  condições   as  pessoas a exercerem também nesse campo o direito do  cidadão   a de capacitar e aperfeiçoar sua formação inicial.

Sette, enfatiza:

 [...] a  escola  é o lócus privilegiado para o desenvolvimento das capacidades cognitivas, sensitivas, afetivas e de sociabilidade das crianças e adolescentes, o qual, associado à utilização das TIC potencializa o processo de construção do conhecimento e de cidadania. ( 2005,p.2)

 

Neste sentido a escola é o espaço representativo  onde ocorre  o ensino sistematizado qual  deve contribuir para ascensão dos sujeitos  ao mercado de trabalho e a participação ativa na transformação da  sociedade nos aspectos culturais, políticos e econômicos.  

As TICs são ferramentas que faz  parte da revolução  e desenvolvimento econômico  e social, por isso a  escola não deve abrir mão  de  preparar os indivíduos  a descobrir as interfaces  da tecnologia, não deve  abdica-se  de  fornecer subsídios educativos para o acesso e uso dos recursos tecnológicos.

Para Sette

Além de apoiar as práticas pedagógicas, as TIC significam um importante instrumento que propicia a interação entre os atores do processo educacional (...) oportunizam ao estudante, não apenas o acesso ao conhecimento humano, disponibilizado em meio digital ou via interatividade (in)direta com autores e leitores, mas, principalmente, a produção e difusão de sua própria criação. ( 2005;p.2)

 

Por outro lado é preciso reinventar a educação  escolar criando estruturas  para assumir mais uma faceta de suas atribuições. A escola deve  planejar -se, propor condições e espaço para recepção das ferramentas tecnológicas que facilitam a interatividade por meio do mundo virtual e incluir  no seu projeto politico pedagógico. Além disso, a formação do educador é primordial para dirimir as dificuldades e favorecer a sensibilização.

Hoje por iniciativa do MEC, há cursos á distância online  de formação inicial  aos professores e gestores de escolas  pelo  PROINFO INTEGRADO ofertando  ‘Introdução à Educação digital’, curso básico para professores que não têm o domínio mínimo no  manejo de computadores/internet, com carga horária 40 .

Em sequência há  continuidade do mesmo programa  com   ‘Tecnologia na Educação’  com carga horária 100,  oferecendo  subsídios teórico-metodológicos práticos para que os professores e gestores escolares possam   articular  à distribuição dos equipamentos tecnológicos nas escolas e à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais.

Mesmo com a ampliação dos meios de acessibilidade a informatização ainda há dificuldades  de muitas  escola, devido a sua carência  administrativa e financeira em fazer uso dos meios tecnológicos  como ferramenta de ensino e aprendizagem.  Mesmo quando possui os meios, a escola muitas vezes é carente de um  espaço  para montar um laboratório organizado para o trabalho pedagógico e /ou não há profissional capacitado para mediar as ferramentas.

Sobre esse assunto Sette diz:

A fim de que as TIC não se tornem apenas um ornamento, ou um apêndice ou mesmo um estorvo na rede de ensino, é fundamental que sejam incorporadas na estrutura organizacional desta, criando-se espaços apropriados para o desenvolvimento de suas ações e para inserção no processo decisório da rede.(p.2)

O fosso de desigualdade é alarmante entre o que a escola deve oferecer e as condições reais oferecidas. Porém, há perspectivas, a partir dos investimentos educacionais projetados, segundo as politicas e programas educacionais que oferecem acessibilidade e universalização das TICs nas escolas, cabendo aos estados e municípios garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias.

Cabe ressaltar que  muitos estados e municípios  já foram contemplados com programas como ProInfo que objetiva  a promoção e  o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica, levando às escolas computadores, recursos digitais  e conteúdos educacionais.

Há de reconhecer que a escola deve inovar suas práticas pedagógicas, a sua percepção de mundo e preparar-se para   manejar  as  ferramentas  de informatização (TICs) no espaço escolar. Propondo mudança na figura da gestão escola, está deve “aprender a lidar com esse novo elemento, sem tratá-lo como ente estranho ao processo de aprendizagem, mas ao contrário, liderando um processo de debate participativo e procurando inseri-lo de forma contextualizada no projeto político pedagógico da escola”. –A Tecnologia  contribuindo para uma escola cidadã (p.3).

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SETTE, S.S.A. A Tecnologia Contribuindo para uma Escola Cidadã. MEC/SEED/TV ESCOLA - Salto para o Futuro. Série: Retratos da Escola. Boletim 11, p. 34, 2005.