O monitoramento das atividades hospitalares é expresso e valorizado por meio de indicadores assistenciais – instrumentos que retratam a realidade. O trabalho desenvolvido discorre sobre uma experiência bem sucedida, mesmo com recursos material, humano e tecnológico modestos; desenvolvidos a partir dos recursos existentes, pois as autoras acreditam que a gestão da assistência inclui a informação da clínica e a gestão de leitos como alimentadores das boas práticas na atenção à saúde individual e da população. A garantia de acesso aos serviços de saúde é proporcional a adequada organização das centrais de regulação (CR): regional e local, de forma a dar respostas à população – elo entre as demandas existentes e os recursos disponíveis, de modo a ofertar melhor resposta assistencial: equânime, de qualidade e em tempo oportuno. Nessa perspectiva, nasce em um Hospital Maternidade do Município do Rio de Janeiro a iniciativa de implementação do NIR com a utilização de ferramentas úteis pela sua praticidade e exequibilidade à gestão de leitos e da clínica; minimizando elementos desfavoráveis que interfiram negativamente na internação, permanência e alta da clientela obstétrica e neonatal. O impacto positivo da aplicação desse processo de trabalho se relaciona a sua capacidade de agilizar o acesso aos serviços hospitalares, corrigir distorções da assistência quanto ao uso de serviços – humanizando e cumprindo os princípios do SUS: universalidade de direitos, equidade de acesso e a integralidade na atenção à saúde. A Intensa dinâmica do atendimento obstétrico e neonatal nos obriga a sermos igualmente ágeis em busca da solução de problemas que interferem negativamente na ocupação de leitos. A articulação inter setorial também é um ponto a ser considerado. Somente com o esforço coletivo e o entendimento do corpo clínico quanto a otimização de leitos conseguiremos avançar na atenção à Saúde reprodutiva e neonatal desejáveis. A construção de protocolos clínicos e assistenciais pactuados pelos profissionais parece ser o maior desafio – considerando a gama de correntes científicas e as diretrizes propostas pela SMS- RJ /Ministério da Saúde que se justapõem. O modelo que hoje adotamos faz parte de um progressivo processo em construção e que pode ser comprometido pelo número enxuto de profissionais que o elaborou e executa. A Unidade de Saúde para preservar a iniciativa em andamento deve prover os meios necessários à qualificação e das boas práticas, não somente obstétricas como também administrativas e gerenciais.