TEATRO – UMA FORMA DE VIDA

 

         Teatro é também denominado de “Artes cênicas”. Em Portugal não se sabe ao certo como surgiu, mas no Brasil temos conhecimento do seu início. Ele nasceu da igreja e veio à praça. Nasceu com os padres jesuítas: Nóbrega e Anchieta. Naquele tempo usaram o teatro para catequizar os índios com mais força e categoria. Era um teatro ainda bem rudimentar, não porque os dirigentes eram fracos. É que faltava o elemento humano preparado e o elemento técnico indispensável. Com o tempo ele foi progredindo na medida em que os homens se tornavam mais civilizados.

         No século XX o teatro tomou nova feição. O Modernismo trouxe um teatro mais vigoroso e renovado. Hoje em dia o teatro evoluiu muito, tomando as diversas formas e roupagens.

         Os autores costumam dividir as peças teatrais em três partes: drama, comédia e tragédia. O drama é rápido, curto e sempre mostra algum tipo de problema  ou risos; a comédia é mais longa, mais comovente, às vezes traz risos, outras são sentimentais, pequenas brigas; a tragédia traz, geralmente, um acontecimento muito forte e é por isto que as tragédias são apresentadas quase somente por adultos.

         Há vários tipos de teatro: teatro de bonecos (pantomima), teatros em mímica, teatro só com luzes, teatro ao ar livre, etc. do teatro gerou a novela, mais longa, onde se resume o aspecto de um povo, de uma família ou de uma cidade.

         Os elementos precisam ser escolhidos conforme as devidas aptidões na apresentação de uma peça. O diretor, geralmente, precisa manjar de uma boa psicologia para a escolha. A experiência e os ensaios vão decidir finalmente se a pessoa serve ou não para determinada apresentação.

         O teatro na escola de I grau vai ser diferente do outro. Este tem que ser baseado em pequenos dramas, pequenas comédias, arte de declamar, cantar e provocar risos, jograis, etc. O dirigente tem que possuir um pouco de garra, de técnica, baseado na experiência contínua e observação. Os alunos possuem um certo grau de medo, nervosismo de se apresentarem em público. Daí a dificuldade de dirigir este grupo.

         Teatro não é como todo mundo pensa, ir ao palco e fazer um bocado de palhaçada e gracejos para o público ver, ouvir. Teatro é vida e tal como esta, tem que ser vivida, tanto por quem apresenta como para quem assiste. O espectador precisa assimilar aquilo e levar uma mensagem construtiva. E provocar risos não é nada fácil, é mais fácil provocar choros, só dar um tapa na cara do outro. As peças grandes em nosso tempo já são bastante conhecidas o que se torna as coisas mais difíceis para o diretor de arte cênica. Ele tem que, na maioria das vezes, criar, construir, suas próprias peças usando muito a experiência e a improvisação.

         Já no II grau o teatro se torna bem mais fácil. O aluno já está mais desenvolvido, já adquiriu mais garra e malícia, já perdeu o medo e até mesmo a “vergonha”. Assim tudo se torna mais fácil, o aluno já depreendeu, já entende o drama da vida.

         No Superior ainda é mais fácil, o aluno já é bem mais firme e pode ser mais dirigível e controlado, além de aprender os atos com mais facilidades.

         Se a criança fosse ensinada desde pequena a depreender de si, a não ter medo, a apresentar-se em público, ter mais relacionamento entre as pessoas, não existiriam estas dificuldades mais tarde.

         Mas com o tempo e calma, paciência, ensinamentos e persistência aos poucos se consegue ter um bom grupo teatral em qualquer escola. Só não deve reinar o desinteresse, a preguiça, o desânimo em quem dirige um grupo teatral.