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TDAH NA SALA DE AULA DO 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
SILVA, Ângela Maria Soares da
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orientadora: Marina Bicalho
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Resumo
Pretendeu-se com este trabalho refletir sobre as relações sócio-afetivas do TDAH entre aluno e professor em sala de aula do 5°ano do E.F. Os instrumentos utilizados para coleta de dados foram um roteiro de observação e um roteiro de entrevista. Observou-se que tanto a professora, quanto o aluno com TDAH e ainda os demais alunos possuem uma boa relação. Observou-se também que a professora se preocupa muito com o aprendizado e a interação do aluno com TDAH e os outros.
Palavras-chaves: Transtorno do déficit de atenção/hiperatividade. Inclusão. Educação especial. Afetividade.
INTRODUÇÃO
A realização desse trabalho refere-se sobre a questão das relações sócio-afetivas do aluno com TDAH presente dentro da sala de aula. Refere-se também à questão da Inclusão nas escolas regulares, sobre a Educação Especial e sobre a Importância da Afetividade no desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
O TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurológico de causas genéticas. Caracteriza-se por apresentar três sintomas: Desatenção, Impulsividade e Hiperatividade. É causado por meio da hereditariedade, substâncias ingeridas na gravidez, sofrimento fetal, exposição ao chumbo, problemas familiares e outras causas. Existem testes e questionários que auxiliam o diagnóstico clínico. O tratamento é feito por meio da terapia cognitiva comportamental e medicação, que por meio dela dependendo do grau do TDAH melhora a qualidade de vida da pessoa. (PARTEL, 2006).
Decidi falar sobre o TDAH por que tenho alguém bem próximo a mim que tem um filho com esta síndrome. Ele é bastante impulsivo não consegue ficar quieto, não consegue ficar calado, é agitado o tempo todo até mesmo quando está dormindo é inquieto, fica batendo os braços, as pernas e às vezes fala enquanto dorme. Quando está fazendo as atividades na escola sempre as deixa inacabadas, mas consegue compreender tudo com facilidade. Às vezes quando a mãe dele o leva para o trabalho, pois não têm com quem deixar em casa, é preciso deixar de realizar o trabalho, as atividades que lhe são de rotina para lhe dedicar atenção.
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Diante do exposto acima definiram-se os seguintes objetivos de pesquisa: OBETIVO GERAL: Refletir sobre as relações sócio-afetivas do TDAH entre aluno e professor em sala de aula do 5° ano do Ensino Fundamental. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Analisar se a relação sócio-afetiva entre professor e aluno pode influenciar na aprendizagem do aluno com TDAH; Levantar estratégias adotadas pelo professor para lidar com o aluno com TDAH em sala de aula.
Breve Histórico
Em meados do século XIX já se ouvia falar desse distúrbio ou transtorno como é chamado atualmente, mas foi no decorrer do século XX, que esse termo começou a se mais difundido e passou também a sofrer algumas alterações. O médico George Fredrick Still foi quem, em 1902, descreveu esse transtorno pela primeira vez em um jornal médico. Posteriormente na década de 40 falava-se em Lesão Cerebral Mínima. A partir de 1962, passou-se a utilizar o termo Disfunção Cerebral Mínima, esta expressão foi utilizada até 1980, quando a Associação Psiquiátrica Americana (APA) denominou um novo termo: Síndrome do Déficit de Atenção, envolvendo tanto a Hiperatividade quanto as funções que originam da falta de maturação do sistema nervoso. Em 1987 o DSM-IV, modificou o nome para Distúrbio de Hiperatividade com Déficit de Atenção. Em 1994, passou a ser designado de Distúrbio de Déficit de Atenção e Hiperatividade (DDAH). O termo atualmente denominado na 4ª edição no manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais DSM-IV da APA é o TDAH, foi trocado apenas o termo distúrbio pelo termo transtorno. (BRUNING, 2010).
Atualmente a história do TDAH, segundo o DSM-IV, informa que a Desatenção, a Impulsividade e Hiperatividade, cada um deles devem apresentar seis dos nove sintomas que cada um possui, ou seja, a desatenção deve apresentar seis dos nove sintomas da desatenção num período de no mínimo seis meses. Também a impulsividade/hiperatividade, devem apresentar seis dos nove sintomas da impulsividade e hiperatividade persistindo num período de no mínimo e meses. No decorrer desse período, passa-se a identificar o transtorno por meio dos sintomas eliminando-se assim a suspeita de outras doenças.
O que é o TDAH
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TDAH Significa transtorno do déficit de atenção com hiperatividade. Esse transtorno afeta toda a vida de uma pessoa, pois o seu desempenho em realizar qualquer atividade fica a desejar, relacionamentos com determinadas pessoas é uma tarefa difícil, mas são eles que normalmente encontram-se na lista das melhores qualificações de trabalhos ocupando os melhores cargos. É inteligente o suficiente para criar e entender as coisas. É um transtorno que apresenta três características que são os sintomas da Desatenção, Impulsividade e Hiperatividade. De acordo com o manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV) o TDAH é divido em três tipos: O TDAH com predomínio de desatenção, o TDAH com predomínio de hiperatividade/impulsividade e o TDAH combinado. Esse transtorno não tem cura, mas existem tratamentos para amenizar o quadro, como nos mostra Silva (2003).
O Distúrbio do Déficit de Atenção deriva de um funcionamento alterado no sistema neurobiológico cerebral, isto significa que substâncias químicas produzidas pelo cérebro, chamadas neurotransmissores, apresentam-se alteradas quantitativa e/ou qualitativamente no interior dos sistemas cerebrais que são responsáveis pelas funções da atenção, impulsividade e atividade física e mental no comportamento humano. (p. 176)
A autora descreve o que acontece e como é o funcionamento do cérebro daqueles que apresentam o TDAH, o que resulta prejudicando a atenção, a impulsividade e o comportamento físico e mental do indivíduo.
Causas, Diagnóstico, Tratamento e Comorbidades
Esse transtorno nem sempre está sozinho, em geral, vem acompanhado com outros fatores. O principal deles é a causa genética, problemas durante o período gestacional ou no parto como: (eclampsia, pós- maturidade fetal, toxemia, duração do parto, estresse fetal, hemorragia e baixo peso), o uso e o consumo de substâncias como álcool, tabaco e drogas no período gestacional, também danos cerebrais perinatais no lobo frontal e problemas familiares como (brigas entre os pais, baixo nível socioeconômico, pais com transtornos psiquiátricos, baixa instrução educacional), são causas contribuintes para ter esse transtorno. (Disponível em: <www.tdah.org.br> Acessado em: Acesso em 17 de março de 2012).
O diagnóstico deve ser feito apenas por um médico profissional psiquiatra junto com psicólogo ou terapeuta ambos especializados. Fonoaudiólogos, educadores ou psicopedagogos é que encaminham a criança para o diagnóstico.
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Segundo Silva (2003) o tratamento baseia-se além de informação e conhecimento sobre o que é o transtorno, também de apoio técnico, medicação e psicoterapia. Dependendo do grau do TDAH, a medicação melhora muito a qualidade de vida da pessoa. “Consideramos basicamente três categorias de medicamento que podem ser usada no tratamento do DDA: os estimulantes, os antidepressivos e os acessórios”. (SILVA, 2003, p. 197).
A comorbidade é quando o TDAH está associado a outros transtornos. Ou seja, é “Um ou mais transtornos psiquiátricos em coexistência com um transtorno primário (de base)”. Silva (2003, p. 125). A pessoa que tem o TDAH pode também possuir outro transtorno, como o transtorno de humor bipolar, o transtorno de condutas, a depressão ou o uso abusivo de substâncias, entre outros. Quando essas comorbidades aparecem em crianças e jovens piora ainda mais o quadro do TDAH (DDA), pois, acaba os levando a consequências desagradáveis.
A inclusão de educandos com necessidades educacionais especiais em escolas regulares.
O TDAH considerado um transtorno que engloba uma série de fatores e, por consequência desses fatores, torna difícil levar uma vida tranquila e normal como leva as pessoas que não possuem tal transtorno. Esse transtorno, dentro do contexto educacional, encaixa-se no quadro das dificuldades de aprendizagem (que resuta na incapacidade ou impedimento e também na aquisição das aptidões sociais para a aprendizagem seja, da leitura, da escrita ou cálculo) que por sua vez, são considerados pessoas com necessidades educacionais especiais. De acordo com o que coloca a Declaração de Salamanca (1994) “[...] no contexto desta Estrutura, o termo “necessidades educacionais especiais” refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem” (p.3).
Para nós, sabemos que o objetivo de toda escola é formar seus alunos para que sejam cidadãos livres de preconceitos e justos perante a sociedade. Por isso, não é tarefa fácil incluir educandos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. Refletindo sobre esse assunto, nos perguntamos: Será mesmo que os profissionais da educação estão preparados para lidar com esses educandos? Embora o ambiente escolar seja considerado um lugar em que se empregam valores, étnicas e conscientização, ainda encontram-se presente nelas o preconceito e a discriminação. Mesmo que as escolas recebam alunos com necessidades educacionais especiais não quer dizer que estas escolas estejam preparadas. Muitas vezes, por não contribuir conforme os outros alunos, esses educandos são excluídos
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das atividades propostas e muitas vezes, marginalizados pela escola. E não é esse o papel de uma escola inclusiva, não é excluir e sim incluir esses alunos.
O que é a Inclusão e como deve ser uma Escola Inclusiva?
Inclusão quer dizer incluir, aceitar, reconhecer e entender o outro. Implica mudanças no contexto educacional, questionando as políticas, a organização da educação especial e regular e também o próprio termo inclusão (Mantoan, 2006). A inclusão não se limita somente aos alunos com deficiências ou com dificuldades de aprendizagem e sim a todos os envolvidos no processo educativo. A inclusão seria a:
[...] inserção do aluno na classe regular onde, sempre que possível, deve receber todos os serviços educativos adequados, contando-se, para esse fim, com o apoio apropriado (d. g., Outros técnicos, pais...) às suas características e necessidades”. (CORREIA, 1997 apud CORREIA et al, 1997 p. 18).
Em primeiro lugar, para ser uma escola inclusiva, essa escola realizar uma grande reflexão, mudar toda a sua estrutura educacional, recriando o modelo educativo e reorganizando os aspectos pedagógicos e administrativos (Mantoan, 2006). A ideia de uma escola inclusiva é fazer com que os educandos com necessidades educacionais especiais tenham acesso à escola regular de ensino e este ensino seja passado de forma igualitária para todos, que asssim todos tenham acesso a um ensino igualitário e não um ensino diferenciado, uma vez que diferenciando o ensino, a escola não estar sendo inclusiva e sim excluindo esse aluno. Somente o atendimento a esses alunos é que passa a ser de acordo com as diferenças individuais de cada um. Salamanca (1994, p.5.) afirma que:
Princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder as necessidades diversa de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parceria com as comunidades.
A escola é considerada um estabelecimento que se emprega e se administra o ensino coletivo, seja privada ou pública. E a inclusão nas escolas dos que possuem necessidades educacionais especiais tem sido um fator preocupante, pois oferecer um ensino que promova a igualdade, a interação, o comprometimento dos profissionais da educação, uma escola que atenda as necessidades desses alunos, por meio de currículos, apoio instrucional, preparando e
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treinando professores é muito complicado, visto que nem todos os estabelecimentos estão preparados, principalmente os públicos. Além disso, nem todos os professores estão capacitados e, em muitas escolas, faltam recursos para apoiar e oferecer um ensino de qualidade para esses educandos. Para se obter sucesso no processo educativo, deve-se ter uma preocupação em ajudar a todos os envolvidos no ambiente de ensino como afirma Mantoan (1997 apud Sassaki 1997, p. 114) “[...] a inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral”.
Como ser um Professor Inclusivo?
Como já discutido, nem sempre os professores estão preparados e instruídos para ensinar alunos que apresentam necessidades especiais. Muitas vezes, por não conhecer, não saber como atuar diante de pessoas assim e, também, por saber que irão quebrar o seu esquema de trabalho prático em aplicar suas aulas no ambiente de ensino, muitos desses professores rejeitam esse tipo de ensino.
Muitos professores ao entrarem em ambiente escolar seguem por um padrão de ensino, uma formação pedagógica tradicionalista. Em determinado momento em que as situações exijam que desse profissional uma postura inclusiva no ambiente escolar, eles propõem suas experiências pedagógicas já ultrapassadas e excludentes, o que consequentemente, acarreta em um despreparo para um melhor desempenho com alunos que devem ser incluídos em sua sala de aula. Isso porque sua formação não foi aproveitada completamente, pois só foi vista como complemento e não como uma ferramenta para melhorar o ensino em sala de aula. Como diz a Declaração de Salamanca (1994), “Preparação apropriada de todos os educadores constitui-se um fator chave na promoção de progresso no sentido do estabelecimento de escolas inclusivas” (p.10). Então, de que adianta o profissional se preparar para atuar como professor inclusivo se ele próprio não faz a diferença como profissional da educação?
Ser um professor inclusivo é ser um professor que participa que tem a preocupação na aprendizagem dos seus alunos, que segue o mesmo caminho juntamente com eles na mesma direção rumo ao saber. É ser um professor que procura se qualificar para o ensino inclusivo, que procura escutar, conversar com seus alunos e busca dar o melhor de si para que aquele aluno aprenda e o faça ver que todos são iguais perante a sociedade para que não haja a
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exclusão e todos acolham aquele aluno e o tratem como um ser humano normal. (MANTOAN, 2006)
EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO
O que é educação especial?
A educação especial é considerada uma das modalidades do ensino da educação que presta atendimento e educação as pessoas que apresentam necessidades educacionais especiais em instituições especializadas ou mesmo no ensino regular mediante a inclusão.
O artigo 58 da LDB diz que a educação especial é uma [...] “modalidade de educação escolar, oferecida de preferência na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais” (p. 41). A educação especial trata da aprendizagem de educandos com necessidades especiais seja física, sensorial, mental ou múltipla, seja de características como altas habilidades, superdotação ou talentos. No ensino regular ela tem perspectiva de educação inclusiva, pois é uma modalidade a qual é inserida no ensino não como um meio de individualizar os alunos que necessitam de uma educação especial, mas como forma de integrar esses alunos, aperfeiçoando, aproveitando e desenvolvendo suas habilidades para que sejam propostas como inclusão no ensino regular, uma vez que a própria educação especial no ensino regular é um processo de interação especial, da instituição, da família e do aluno. A educação especial constitui uma estrutura educacional no ensino regular e, portanto um complemento no ensino, visto que o ensino regular não pode oferecer a esses alunos a competência educativa necessária para o seu desenvolvimento cognitivo. A educação especial mostra essa adaptação e a inclusão desses alunos.
Em todos os níveis de ensino, a educação especial deve ser trabalhada e, além disso, deve-se respeitar a legislação vigente. Os alunos que possuem qualquer tipo de limitação e/ou deficiência devem ser acolhidos pela LDB. O artigo 58 §2°, por exemplo, diz que: “O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular”.
Qual a função da Educação Especial?
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A educação especial está dentre os ramos da educação cujo objetivo é orientar as instituições ao atendimento às pessoas com deficiências ou com determinadas necessidades especiais. No entanto, esse tipo de orientação ainda não é visto e aceito pela educação regular. A educação especial busca formas de educar independente do tipo ou grau de dificuldade da criança, ou adulto propondo ao indivíduo um melhor aperfeiçoamento e aproveitamento de suas capacidades cognitivas, do que o mesmo teria em um ensino de educação regular.
Porém, quando há uma necessidade em que o indivíduo não possa dar continuidade de ensino na mesma rede de ensino regular, a própria legislação orienta atendimento em classes, escolas ou serviços especializados. A LDB afirma no art. 59 que diz “Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I- currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender as suas necessidades”. O que faz da educação especial, além de suplementação, um complemento à formação dos alunos com deficiência, propondo acesso, participação e inclusão nas atividades do ensino regular.
Vale ressaltar ainda que a proposta de educação especial na rede de ensino regular é de focalizar nas necessidades de educação especial e não nos aspectos e clínicos de deficiência, o que cabe a essa necessidade á instituições, escolas especializados nessa área. A educação especial é um dos caminhos para integração, inclusão e aproveitamento dos alunos com necessidades educacionais especiais. É uma forma de se propor o condicionamento do ensino regular com o ensino de educação especial, uma vez que envolve não apenas o ambiente, mas o preparo profissional dos educadores, a relação com a família, às relações de apoio e a articulação com as demais políticas. A educação especial no ensino regular precisa antes de tudo passar por um processo de organização para o seu atendimento educacional. Conforme colocado na Declaração de Salamanca (1994):
[...] mudanças em todos os seguintes aspectos da escolarização, assim como em muitos outros, são necessárias para a contribuição de escolas inclusivas bem-sucedidas: currículo, prédios, organização escolar, pedagogia, avaliação, pessoal, filosofia da escola e atividades extra-curriculares. (p.8).
Portanto, a educação especial trabalha para que as escolas regulares acolham e ofereçam um ensino apropriado aos educando com necessidades educacionais especiais acabando assim com a exclusão desses alunos, os quais devem ter seus direitos garantidos como qualqur outro aluno.
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA APRENDIZAGEM DO ALUNO
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Como tornar o ensino significativo e como deve ser a relação professor/aluno por meio da afetividade?
Afetividade significa ter afeição, amizade. Está relacionada com o desenvolvimento emocional do ser humano nas interações com o meio social e afetivo. A criança ao entrar em uma escola precisa, em um primeiro momento, entrar em um processo de adaptação, seja com os colegas, com os professores ou mesmo com o próprio ambiente escolar. Partindo desse pressuposto, precisa-se trabalhar o seu desenvolvimento, na aprendizagem, na socialização e na interação com o outro. A afetividade nesse momento é importante, visto que é por meio dela que a aprendizagem torna-se significativa, é por meio dela que a criança tem o prazer em aprender determinado conteúdo resultando assim no estímulo da inteligência do aluno. A afetividade é a nossa companheira de todos os tempos, precisamos dela para levar uma vida melhor, em todos os momentos da nossa vida. E, se tratando do desenvolvimento da criança no lado afetivo, a escola deve criar ambientes agradáveis em que elas possam se expor livremente, dar ideias, que resolvam e que façam suas sugestões espontaneamente.
Segundo Piaget, a afetividade a respeito do domínio dos afetos é vista como uma energia, algo impulsivo para alguma ação o que torna nessa linha de raciocínio a razão um fato que acompanha a afetividade. (La Taille, 1992).
Por meio da afetividade o desenvolvimento cognitivo, torna-se mais natural, pois ao ter controle sobre o impulso que irá decorrer a uma ação previamente esperada pelo educador, o direcionamento dos seus recursos pedagógicos tornam-se preciso, pois o educando irá responder ao aprendizado que foi proposto de maneira satisfatória e espontânea. Para que o professor obtenha resultado esperado em relação ao aluno, é preciso que ele faça o “diferencial” na sala de aula. Se o aluno ao entrar em uma sala de aula se depara com um professor que impõe regras, que é autoritário, não se preocupa no desenvolvimento do seu aprendizado e desempenho, não se interessa em ajudar aquele aluno tirando as suas dúvidas, nem se preocupa em envolvê-lo de forma prazerosa e harmoniosa, certamente esse aluno não terá bons resultados. De início, este aluno criará uma imagem desse professor, imagem essa que ficará marcada em sua percepção, resultando então, na insatisfação em aprender determinados conteúdos. Fica bem claro que a ação em obter determinados resultados, seja ele bom ou ruim, está movida pela afetividade. Em um exemplo, em que um sujeito toma decisões que são contrária a do seu grupo pode-se verificar que a energia que o impulsionou para possibilita-lo
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foi inserida pela afetividade onde a mesma não segue a moral nesta, a qual se faz impreterivelmente pela razão, o que o torna a moral de um determinado grupo contrário ou diferente. (La Taille, 1992). A relação professor/aluno baseia-se, então inteiramente na boa interação entre ambos, pois o que vai determinar todo o desenvolvimento do aluno em sala é a forma com que essa relação é feita, pois ao propor ao aluno uma postura positiva o professor deve primeiro ser o motivador desse aluno. Buscando meio pelos quais o aluno tenha interesse em aceitar determinada atividade, sem que isso seja contrário a seus interesses.
Como o professor usa a afetividade para ensinar um aluno com TDAH?
A afetividade realiza uma ação eficaz no funcionamento da inteligência da criança. Sem ela não existiria a importância, nem a precisão e nem a motivação em aprender. Em uma prática escolar o qual o professor usa a afetividade para que o aluno tenha um bom desenvolvimento seja na conduta ou autonomia moral, essa afetividade é essencial porque como diz La Taille (1992, p. 65) “A afetividade é comumente interpretada como uma “energia”, portanto algo que impulsiona as ações”. Assim, se o aluno é orientado antes da ação a qual a razão foi impulsionada, sua conduta moral terá um resultado bastante antecipado o que pode acarretar de maneira trabalhada o controle sobre determinadas ações no qual o domínio afetivo se faz preciso. Quando se trata de uma criança com TDAH, o professor deve em primeiro lugar conhecer o transtorno. Uma vez conhecido, deve-se trabalhar atividades que favoreçam o aprendizado do aluno em sala de aula, como por exemplo, o uso dos “jogos pedagógicos” e também trabalhar atividades diferenciadas, mas não muito para não constrangê-lo perante aos outros. Entra aí a afetividade como um trampolim para o seu desenvolvimento cognitivo e os profissionais que atuam no ambiente escolar devem acima de tudo serem pacientes e dedicados de forma carinhosa. Se a escola, os profissionais da educação não transmitirem influências positivas ao aluno com TDAH, certamente este aluno não terá bons resultados, não terá mais ânimo e interesse em frequentar a escola o que lhe causará insatisfação e traumas no seu dia-a-dia.
METODOLOGIA
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Esse trabalho utilizou um método qualitativo para desenvolvimento da pesquisa. Neste tipo de pesquisa a preocupação do pesquisador não é com a representatividade numérica do grupo pesquisado, mas com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, de uma instituição, de uma trajetória, entre outros. Nessa perspectiva, os cientistas sociais se interessam por pesquisar aquilo que valorizam. Eles buscam compreender os valores, crenças, motivações e sentimentos humanos, compreensão que só pode ocorrer se a ação é colocada dentro de um contexto de significado. (GOLDENBERG, 2001).
A pesquisa foi realizada em uma escola pública da Região Administrativa Ceilândia. Esta intuição abriga a educação básica: Educação Infantil e Ensino Fundamental de nove anos. É frequentada por alunos dessa mesma população e por circunvizinhos. Com turmas inclusivas de alunos ANEES (alunos com necessidades educacionais especiais), atendidos pelo SOE e uma sala de recursos para o atendimento dos diagnosticados. O alvo da pesquisa são alunos com TDAH presentes na sala de aula do 5° ano do Ensino Fundamental.
Para realização desta pesquisa, foram escolhidas duas técnicas de pesquisa para coleta de dados. A primeira delas é a observação a qual, segundo Moroz (p.65) “Ocorre diariamente, no entanto, para que possa ser considerado um instrumento metodológico, é necessário que seja planejada, registrada adequadamente e submetida a controles de precisão”. Teve como estratégias analisar se a relação sócio-afetiva entre professor e aluno pode influenciar na aprendizagem do aluno com TDAH.
A segunda técnica utilizada foi a entrevista, a qual exige a presença do pesquisador a fim de obter dos sujeitos as informações importantes para responder ao problema. A entrevista tem a vantagem de envolver uma relação pessoal entre pesquisador/sujeito, o que facilita um maior esclarecimento de pontos rebulosos. (MOROZ, 2002). Essa entrevista foi para levantar estratégias adotadas pelo professor para lidar com o aluno com TDAH em sala de aula.
A escola possui um total de 32 professores sendo que deste total, 22 atuam em sala de aula. Possui ainda dois diretores, dois professores readaptados e três coordenadores, dois professores para a sala de recurso, além de uma pedagoga. São ao todo 22 turmas, sendo que 16 delas possuem alunos diagnosticados com NEES e as 8 turmas restantes existem alunos que estão em processo de avaliação. São onze professores em sala no turno matutino e onze no turno vespertino. A Escola possui um total de 498 alunos e 14 deles são diagnosticados TDAH.
Minha coleta de dados foi bem tranquila, fui bem recebida pela diretora da escola, pela psicóloga e pela professora do aluno com TDAH. A observação foi realizada no período de
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quatro dias, durante a observação a professora comportou-se adequadamente perante a minha presença, sempre mostrando interesse em ajudar o aluno diagnosticado em meios as suas dúvidas.
A observação foi realizada com um aluno que possui o déficit de atenção, é um adolescente de 14 anos de idade, mas que não tem conhecimento do seu transtorno, apenas sabe que tem que tomar um remédio todos os dias. Encontra-se no 5° ano do ensino fundamental devido a várias reprovações anteriores, pois a faixa etária para 5° ano é de dez anos.
Aparentemente parece ser um aluno normal como qualquer outro, possui um comportamento igual aos outros, mas tem uma mentalidade bem infantil e um raciocínio bem lento em acompanhar determinados conteúdos (problemas na escrita, produção de textos, interpretar textos, etc.), tem dificuldades em compreendê-los. É um menino extrovertido e anda sempre sorrindo.
O nome do aluno é um nome fictício.
ANÁLISE DE DADOS
De acordo com as observações realizadas, percebeu-se que as relações estabelecidas entre aluno/aluno parecem ser bastante tranquilas. O Eliel costuma sentar-se sempre de um mesmo lado da sala e, no fundo. A professora sabe que ele deveria sentar-se a frente, mas como ele se sente envergonhado por conta da idade, pois ele omite a sua idade perante seus colegas, senta-se atrás. Em sala de aula costuma fazer brincadeiras com seus colegas pequenos, é bem brincalhão em sala, mas tem um coleguinha que não entende suas brincadeiras e revida. Como é só ele que tem o transtorno na sala, à relação entre ele e os outros alunos parece ser bastante normal e tranquila. Somente quando ele não toma o remédio é que ele fica um pouco agitado e alterado, passa a mexer com todo mundo. No entanto, mesmo sem o remédio, não se vê nenhum tipo de agressividade nele com os outros. É um adolescente que costuma brincar normalmente com crianças de seis, sete, oito anos de idade são com os pequeninos que ele se identifica melhor talvez por ter uma mentalidade infantil.
Ainda de acordo com os dados encontrados a partir das observações, percebi que a relação professor/aluno acontece de forma prazerosa, demonstrando ser uma boa relação. A professora sempre tem a preocupação e a paciência de ajudá-lo a esclarecer suas dúvidas. Quando passa alguma tarefa, sempre dispõe a ele um número de atividades reduzido, devido ao seu raciocínio lento que não o permite acompanhar como os demais alunos. Muitas vezes,
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passam horas resolvendo, escrevendo, raciocinando, chega até ser agoniante para ele, pois percebo que ele fica impaciente, fica balançando as pernas e muitas vezes, para de fazer as atividades para prestar atenção em outras coisas, pois tudo desvia sua atenção. A professora vez ou outra vai a sua mesa para ensiná-lo, explica tudo com todos os detalhes o que tem que ser feito, uma vez percebido as suas dificuldades. Ela sempre procura ajudá-lo, pois percebo que não quer vê-lo ficar para trás e sim igual aos outros alunos. Somente quando a professora passa alguma atividade diferenciada para ele, e ele percebe que aquela atividade é diferente das demais, ele não aceita e tenta esconder a atividade, mas é bem disfarçadamente.
A professora trabalha a interação entre ele e os outros alunos de forma a permitir que haja a cooperação de todos, tanto dele com os outros alunos como também de todos juntos com a professora. Por exemplo, quando é passada uma atividade de português, ela pede para os alunos responderem fazendo perguntas uns para os outros e eles respondem. Quando um erra ela pergunta para os outros alunos o porquê daquele aluno ter errado. Quando é passada uma atividade de matemática ela pede para que os alunos resolvam as questões no quadro – inclusive Eliel resolve com certa facilidade. Talvez seja porque é a disciplina que ele mais gosta. No entanto, quando tenta resolver e não consegue, ele pára e fica prestando atenção na correção. Vez ou outra a professora pede pra ele sentar-se ao lado dela na mesa e lá ela o ensina com toda a paciência. É assim que ela trabalha a interação de todos os alunos sem exceções.
Inicialmente foi questionado à professora quais estratégias ela utiliza para trabalhar com alunos que possuem TDAH. A professora relatou que tenta ao máximo dar uma atenção diferenciada ao aluno. Segundo ela, esta atenção especial é um tanto quanto complicada devido à atenção que também deve destinar aos outros alunos. Mas, sempre que pode, destina seu tempo para ajudar o Eliel.
Percebeu-se que é um aluno que possui certa dificuldade em se prender a uma tarefa por muito tempo, principalmente quando não está medicado, pois quando ele está é bem mais tranquilo e Silva (2003, p.62) afirma que “dificuldades maiores começam a surgir no âmbito escolar quando a criança é solicitada a cumprir metas e seguir rotinas, executar tarefas e ser recompensada ou punida de acordo com a eficiência com que são cumpridas”. Talvez seja por isso, o motivo de suas reprovações, por exigirem muito do seu potencial.
Ainda de acordo com as falas da professora o Eliel “é um aluno que interage normalmente, não tem nenhuma dificuldade, ele só é um pouco mais imaturo que os outros, ele gosta muito mais de brincar que os outros” afirma a professora.
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Apesar do seu transtorno, o Eliel em sala de aula, não sofre nenhuma forma de exclusão, pelo contrário, interage com todo mundo e ele não se importa com as brincadeiras. Os outros alunos pensam apenas que ele é um repetente normal até porque também existem outros alunos fora da faixa, mas ninguém sabe que ele é um TDAH.
O professor ao ter um aluno que tenha esse tipo de transtorno, deve não só dar uma atenção diferenciada, como também oferecer a este aluno um trabalho diferenciado com tarefas diferenciadas e dar também uma atenção dobrada a este aluno. Mas, o Eliel às vezes, ao perceber em sala que a sua tarefa é diferenciada dos demais alunos, ele não aceita. “Sempre tem que dar um reforço ao aluno”, relata a professora.
Como diz a LDB (1996) em seu artigo 59 – I: que “os currículos, métodos e técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender as suas necessidades”, deve-se existir em uma escola uma adaptação curricular para com os alunos NEES e com o Eliel não foi diferente, existe essa adaptação curricular, que é feito com o pessoal da equipe, tem todo o currículo dele na sala de aula geral, o dele é um pouco menor, sempre é cobrado menos conteúdo pra ele. E, realmente diante das observações, percebi que as atividades que eram passadas aos alunos para ele o número de tarefas era reduzido, justamente para ele não ficar preso muito tempo às tarefas.
Também dentro do Projeto Político Pedagógico da Escola, existem estratégias que garante um trabalho diferenciado, e dentro desse projeto há esse atendimento com a equipe.
Há atividades extracurriculares que também se encaixam ao Eliel, e toda segunda tem um horário com a pedagoga, quando somente os dois estão presentes, e aí são realizadas atividades como: “brincadeiras, tarefas diferenciadas só pra ele, conversa mesmo, vê como ele tá”, afirma a professora.
“O uso de medicamentos no DDA costuma produzir resultados eficazes na grande maioria dos casos, contribuindo para uma mudança radical na vida dessas pessoas [...]”. (Silva, 2003, p.197). Para o Eliel, é a receita médica mesmo, todos os dias antes de ir para a escola ele tem que tomar a Ritalina, que é pra acalmar mesmo e prender mais a atenção. Durante os dias que o observei, ele estava medicado, pois, agia normalmente como os outros alunos e segundo a professora, quando ele não está medicado é bem mais nítido, percebe-se logo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Percebeu-se ao longo da pesquisa que as relações sócio-afetivas do aluno com TDAH e a professora é bastante harmoniosa, pois há grande dedicação por parte dela, ela se preocupa e muito com o seu aprendizado, é uma relação que se manifesta de forma acolhedora.
Também percebi que se a professora não se dedicasse em ajudá-lo, se ela não atendesse às suas dificuldades perante as suas dúvidas ao resolver as atividades em sala, talvez esse aluno não conseguiria desenvolver seu aprendizado, pois era por meio da ajuda da professora que ele conseguia chegar ao resultado. A afetividade é uma ferramenta indispensável na aprendizagem do aluno. Então, se a professora conhece o aluno especial, se tem a informação do seu problema, se conhece esse problema e se tem o prazer de ensiná-lo, certamente irá saber lidar com o desenvolvimento desse aluno, e o aluno passa ter então, o prazer e o gosto em aprender.
A professora utiliza estratégias para lidar com o aluno TDAH fazendo com que todos realizem atividades cooperando um com o outro. Sempre perguntando o porquê que o colega errou ou mesmo fazendo com que os alunos resolvam questões matemáticas no quadro inclusive o aluno TDAH, agindo assim, todos os alunos compartilham uns com os outros a forma de aprender e o que lhe são passados.
A realização dessa pesquisa foi importante por que a realidade encontrada hoje nas escolas brasileiras é de que muitas crianças que frequentam as salas de aula apresentam algum tipo de necessidades educacionais especiais. É importante que os profissionais da educação conheçam esses diferentes tipos, pois a partir desse conhecimento, ele passa a oferecer um ensino apropriado aos alunos que apresentam essas necessidades como é o caso por exemplo do TDAH que o professor deve sempre utilizar meios de chamar a sua atenção.
Com isso, o profissional que atua em sala de aula vai perceber que embora tenha que ensinar todos os alunos de certa forma, deve também oferecer um ensino mais apropriado para os que apresentam necessidades educacionais especiais. Uma vez conhecendo a necessidade do seu aluno e trabalhando mais especificamente para que ele aprenda, o profissional estará ganhando e adquirindo mais experiências para lidar com as necessidades especiais que cada um apresenta.
REFERÊNCIAS
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