Amazônia: Alvo de Cobiça da Oligarquia Internacional


Dispondo de um quinto da água doce do planeta, além de ser detentora do maior banco genético e da maior floresta tropical do mundo, bem como sendo a possuidora de riquezas minerais incalculáveis, a Amazônia sempre foi objeto de cobiça de países estrangeiros. Entretanto, desde os anos oitenta do século passado, o que era cobiça, passou a ser os primeiros movimentos dos representantes da Oligarquia Financeira Internacional para tentar se apossar desse vastíssimo território. Os EUA têm se mostrado como os mais vorazes no ataque à nossa soberania sobre a Amazônia.
O general estadunidense Patrick Hughes afirmou acintosamente em 1998:

"Se o Brasil quiser fazer um uso da Amazônia que ponha em risco o meio ambiente dos Estados Unidos, precisamos interromper esse processo imediatamente".

Al Gore, também proferiu:

"ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós". Somando-se a esse vil coro, a ex-secretária de Estado americano, Madeleine Albright declarou: "Quando o meio ambiente está em perigo, não existem fronteiras".

Ora, que moral tem eles para falar de meio ambiente e preservação, se são os maiores poluidores mundiais, com 24,3%, enquanto o Brasil, ostenta apenas 1,3%.. Incluindo também o fato de que 95% das suas áreas florestais já desapareceram. (grifo meu). Tais declarações deixam patente que os ianques não nos consideram soberanos em relação à Amazônia. Conclui-se também que os estadunidenses estão usando o argumento da preservação do meio ambiente para tentar nos impedir de explorarmos os recursos daquela região, que se o fosse feito, nos poria em igualdade com as nações mais ricas. Se houvesse real interesse desse país, que comanda as Nações Unidas, sobre o equilíbrio e bem estar deste planeta, não teria se negado assinar o tratado de Kyoto, cujo objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, principalmente o CO2, proveniente da queima dos combustíveis fósseis (flexibilizando-se em 2007, por pressões internacionais); e nem tão pouco muita importância e apoio a ECO 92 realizada no Rio de Janeiro em 1992. A argumentação estadunidense de proteção ao meio ambiente é uma falácia, haja vista serem os países do hemisfério norte, os mais industrializados, os maiores agressores do meio ambiente. Querem nos impedir de usarmos os recursos que a natureza nos proporcionou para melhorarmos a qualidade de vida de nossa população. Os estadunidenses têm feito uso de uma maciça propaganda na mídia nacional e internacional, para apresentarem os brasileiros como destruidores da floresta amazônica e incapazes de administrá-la.

A Farsa Americana

A suposta intenção de preservar a Amazônia via internacionalização cai por terra quando se vê que os EUA são o país que mais consome energia do mundo, mais polui, se negou assinar o Protocolo de Kyoto e, assim como a China, se negou aos compromissos - quando 190 países se reuniram na Conferência de Copenhague no 1º semestre de 2010, no sentido de definir e formular ações políticas internacional em prol da Preservação Ambiental no Planeta. China e EUA são responsáveis por 40% das emissões mundiais de CO2.
Isto, sem falar no 11 de Setembro (O ataque das Torres Gêmeas: Assista ou pesquise o documentário Fahrenheit ? de Michael Moore, 2004) 2008, e comprove.

Lula critica pressão do Primeiro Mundo Sobre a Amazônia

Em discurso feito na abertura do 2º Encontro dos Povos das Florestas, o presidente Lula criticou os países desenvolvidos por terem destruído as florestas deles no passado e agora pretenderem ditar regras de como preservar a Amazônia. "A Amazônia tem dono. Tem gente que pensa que lá não mora ninguém. Lá moram 23 milhões. Aquilo não é terra de ninguém. Nós queremos assumir a responsabilidade de fazer o que tem que ser feito: extrair riquezas, cuidar da sustentabilidade. Tenho me recusado a aceitar lições de qualquer governante de como o Brasil tem de preservar a sua floresta", declarou o presidente.


SOBERANIA

A arma mais contundente que os ianques têm usado para impedir que exploremos a Amazônia é a ação das ONGs, Organizações Não Governamentais, as quais têm interferido em nossa soberania de modo aviltante. O então governador do estado de Roraima, Neudo Campos, certa vez declarou: " sou governador de apenas um terço do meu estado, porque os outros dois terços são terras indígenas ou de uso restrito" . Com o argumento de proteção aos índios, essas ONGs têm feito pressão junto a políticos sem sentimento patriótico, os quais apenas vislumbram o vil metal, logrando a aprovação de leis de lesa-pátria que num país mais esclarecido engendraria revolução armada. O retrocitado ex-governador também disse: "precisamos ficar atentos a esta ingerência, a esta quase intervenção não-declarada de organizações internacionais influentes em Brasília. Só na Amazônia ocidental, os noventa e quatro mil índios cadastrados ocupam vinte e cinco por cento da extensão territorial, área suficiente para abrigar a Áustria, a Bélgica, a Dinamarca, a Holanda, Portugal, a Irlanda e 74% do Reino Unido, onde vivem mais de 60 milhões de pessoas".
Para Leonardo Pool (05/05/2008), é "Um verdadeiro descalabro!!! Os povos indígenas estão sendo usados por interesses internacionais (...faz parte de uma jogada em articulação... grifo meu) não declaráveis para desestruturar a coesão nacional. Os povos indígenas necessitam da atenção e da proteção do estado brasileiro. As terras indígenas são patrimônio da nação brasileira. Os índios têm apenas o usufruto desta terra, conforme art. 231 da CF/88.
O ex-presidente Collor prestou um desserviço à nação Brasileira ao demarcar a reserva Ianomâmis naquela proporção. O Brasil tem abdicado de explorar a maior jazida de cassiterita do mundo (ali existente) porque está dentro do território ianomâmis ? ou seja, perdeu uma parcela de sua autonomia sobre uma enorme reserva de urânio - a 6ª maior do mundo, ouro e diamantes. Caso o faça, as ONGs e a mídia internacional, quiçá a nacional, insuflarão o mundo contra nós dizendo que estamos perpetrando um moderno holocausto, dando motivos para invadirem nosso país, "a fim de protegerem as minorias étnicas". Neudo Campos, de forma sarcástica, também declarou: " quem somos nós para dizer o que tem no subsolo de Roraima? Quem sabe de nossos minérios, onde estão e em que quantidade são os donos dos satélites que prospectam a Amazônia do espaço. Eles sabem exatamente onde estão e quanto valem as nossas riquezas minerais". Declaração interessante, pois neste dia em que estamos escrevendo este artigo, os Brasileiros que amam este país choram a morte de mais de vinte compatriotas que morreram em mais um "acidente" de nosso VLS- Veículo Lançador de Satélites que explodiu na Base de Alcântara, no Estado do Maranhão, sendo esse o terceiro "acidente", pois já em 1997 e 1999 o VLS também sofrera "acidentes". A Oligarquia Financeira Internacional e seus asseclas não querem permitir que o Brasil entre no seleto grupo dos Países que possuem capacidade de lançar satélites em órbita, porque então saberíamos o que eles sabem sobre nossa Amazônia.
Para piorar...

Logo após o ajuntamento dos quatro povos Ianomamis) em 2004 o governo Lula foi o único presidente da América do Sul que assinou o tratado da ONU, o qual aceita que povos indígenas declarem-se nações independentes, com apoio internacional. Se já fazem parte da nação brasileira e são contemplados na política do país... Isso corresponde abrir mãos de nossa soberania sobre aquela região (o que é propósito de forças políticas escusas atreladas a "ONU" ou de alguém bem esperto e estratégico, o que conseguiu.

Segundo Wiki repórter Auriverde em (24/04/2008), Lula entregou formalmente Roraima ? e quem sabe outras regiões da Amazônia ? em um curto prazo de tempo, quando a menor parcela da população (8,7%) se declarará independente através de meios legais, e obterá o óbvio apoio das ONGs estrangeiras ali atuantes, as mesmas que os reuniram sob as reservas minerais e são financiadas pelos governos estrangeiros.
(Fonte: A entrega da Amazônia começou por Roraima! Por Wiki reporte Auriverde, RJ. 24/04/2008) e htt://WWW.integralismo.org/auriverde
Para Herman Glanz, (30/05/2008) na coluna ao CMI Brasil:
Isso pode implicar na criação de territórios autônomos ou um país indígena, perdendo o Brasil o território das terras indígenas.

A reserva indígena Raposa Serra do Sol, uma área de 1 milhão e 700 mil hectares, em Roraima, na fronteira do Brasil com a Venezuela é onde se localizam as maiores jazidas de cassiterita e nióbio do país - além de muito ouro, urânio e até diamantes.
O relato abaixo, escrito pela jornalista Juliana Moreira foi extraído da edição de 16 de outubro de 2004 da revista "O Democrata". Trata-se de algo muito preocupante: áreas da Amazônia, particularmente no estado de Roraima, já são, de fato, controladas por grupos estrangeiros. Até onde o Governo Brasileiro é responsável por essa situação? Que interesses existem por traz dos fatos aqui relatados? Como dar um basta nesse "entreguismo", que se situa muito próximo da condição de lesa-pátria ou mesmo de traição? Questiona Tubixá Katú.

Durante a ditadura militar, entre os anos 1960 a 1970, após o grande crime cometido pelos EUA ? em Hiroshima e Nagasaki (em Japão) que resultou na morte de até hoje 300 mil pessoas - o território brasileiro foi inspecionado pelo próprio vilão que se intitulava capitão América, para se conhecer as áreas com maior concentração de urânio.

25% do território foi prospectado, colocando o Brasil na 6ª posição mundial deste minério. Foram identificados 8 reservas de urânio, a maioria fora da Amazônia (em território brasileiro). Será se foi apenas isso?

Você sabia que...

Segundo o informativo Quinto Poder, em São Gabriel da Cachoeira, na região de Cabeça do Cachorro, Norte da Amazônia, estão 95% do nióbio conhecido do mundo. "O nióbio é o metal do próximo século. É com ele que são construídos aviões supersônicos, trens sem trilho, sendo ainda, de fundamental importância para a indústria pesada, indústrias nucleares, indústria aeronáutica, na produção de motores de avião a jato e equipamentos de foguetes (na indústria espacial) e outros. O Brasil produz 95% de todo nióbio do mundo".


A INSIDIOSA OCUPAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA


Leiam atentamente o relato que se segue, feito por uma pessoa conhecida e séria, aprovada, recentemente, em um Concurso Público Federal e que foi trabalhar em Roraima:

"As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente mas, chegando em Boa Vista (RR), não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui. Conversei com algumas pessoas nesses três dias , desde engenheiros até gente com um mínimo de instrução.
Para começar, o mais difícil de se encontrar por aqui é roraimense. Para falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada dez pessoas é bem razoável: tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Na única rodovia que existe na região (liga Boa Vista a Manaus e tem cerca de 800 Km), existe um trecho de aproximadamente 200 Km (na reserva indígena de Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde. Nas outras 12 horas, a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos), para que os mesmos não sejam incomodados. Será que é só para isto mesmo?

DETALHE 1: Você não passa se for brasileiro, mas o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Dos 70% de território indígena, diria que, em 90% dele, ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

DETALHE 2: Americanos entram na hora que quiserem; se você não tem uma autorização da FUNAI, mas tem dos americanos, então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas quase ninguém fala português. É comum encontrar na entrada das reservas bandeiras americanas ou inglesas hasteadas. É também comum encontrar por aqui americanos tipo nerds, caçando borboletas e joaninhas para catalogá-las, mas, pasmem: se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu, etc., como medicinais ou componentes para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar royalties para empresas japonesas e americanas, que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia.
Pergunto às pessoas, porque os americanos falam tanto em proteger os índios. E a resposta é sempre a mesma:
- Porque as terras indígenas, além das riquezas animais e vegetais e da abundância de água, são extremamente ricas em ouro (encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, ...urânio e também porque as reservas ao norte de Roraima e do Amazonas são ricas em PETRÓLEO!!!!!!

Parece que as pessoas contam essas coisas como se emitissem um grito de socorro destinado a alguém do sul, para que sejam repassadas ao presidente do Brasil ou a alguma autoridade que possa fazer alguma coisa.
Propostas de internacionalização da Amazônia

Não são recentes estas tentativas de internacionalizar a Amazônia. Infelizmente, em vários momentos os interesses imperialistas contam apoio do governo brasileiro. Em 1824 fundou-se em Nova Iorque uma empresa para explorar a navegação e as riquezas amazônicas o que levou ao incidente diplomático entre os dois países. A empresa não conseguiu seu objetivo. Em 1862 o presidente Abraham Lincoln propôs que os negros libertos dos EUA viessem para a Amazônia fundar uma República dos Negros Americanos. Eles não aceitaram, pois queriam continuar no país que eles haviam construído.
A partir de 1945 iniciou-se uma campanha pela fundação do Instituto Internacional da Hiléia Amazônica, que seria parte da ONU e definiria as políticas para esta região. Apesar dos protocolos a favor assinados pelos representantes do governo brasileiro, abriu-se forte debate entre intelectuais e no Congresso Nacional definindo-se posição contrária ao mesmo.

Nos anos 1960, a Academia de Ciências de Washington elaborou a proposta de criação do Centro do Trópico Úmido que seria uma fundação com poder de intervenção direta na Amazônia, mas sem se submeter aos governos amazônicos. A proposta foi rejeitada pelo governo brasileiro. Pouco tempo depois o centro estadunidense de pesquisas estratégicas Hudson Institute elaborou um projeto que construiria uma barragem no Rio Amazonas, formando um imenso lago. Inundar-se-ia as terras baixas de modo que se teria mais facilidade de acesso às áreas firmes de maior riqueza agrícola, mineral e florestal. Além disso, este lago se interligaria a outros, como o do Pantanal, Prata e Orinoco, formando um mega-lago internacional que interligaria a América do Sul aos EUA. O projeto contou com apoio de setores da ditadura militar (Jarbas Passarinho e Roberto Campos, por exemplo), mas foi rechaçado pela linha mais nacionalista.
Em 1989 por proposta do presidente francês François Miterrand na Cúpula de Haia tentou-se criar uma entidade supranacional para administrar a Amazônia e sancionar os países apresentassem "má conduta" em relação ao meio ambiente. Os países amazônicos foram contra.


Reportagem - TV Cultura

O programa "Expedições" apresentado em 15 de junho à TV Cultura apresentou parte de uma entrevista feita com um grande brasileiro, sertanista e patriota Orlando Villas Boas, falecido em dezembro de 2002.
Na reportagem ele falou: "Os americanos levaram para os Estados Unidos 15 chefes ianomâmis, tanto brasileiros como venezuelanos, para lá aprenderem inglês e serem treinados ?politicamente? para que, ao retornarem, criar um contencioso internacional com o objetivo e fazer com que a ?comunidade internacional? declare a criação de um Estado "indígena", tutelado pelos EUA, cujo território seria delimitado pelas áreas das atuais reservas ianomâmis no Brasil e na Venezuela.
"Vocês pensam que eles fazem isto por amor aos ianomâmis? Não, é porque em Roraima estão as maiores reservas de urânio do mundo". Afirmou.
Os governos amazônicos têm que dar mais atenção, cuidado e assistência a seus índios, para que a pseuda preocupação com os "indígenas" não funcione como estratégias política de "fachada" e façam um acompanhamento e fiscalização dessas "ONGs" internacionais que estão a "SERVIÇO" dos indígenas ? ou como eles queiram nomear: dos POVOS INDÍGENAS.

Alerta do Presidente do Clube Militar:

Governos ignoram Amazônia

Para o general Lessa, há verdadeiro abandono dos reais interesses do Brasil naquela riquíssima região.
"Os últimos governos brasileiros não dão a importância e a prioridade que ela merece, daí a descontinuidade das políticas públicas para a região, a falta de planejamento estratégico e o verdadeiro abandono dos reaias interesses do Brasil, permitindo na prática avanço da cobiça internacional sobre o maior banco de biodiversidade do planeta e da maior reserva de água doce do mundo ? correspondendo a 1/3, origem das futuras guerras segundo análise do pentágono". Seu subsolo é rico em todos os minerais conhecidos e a maior parte de suas jazidas continua intocada, embora haja várias frentes de exploração para se ter idéia, da grandeza dessas riquezas, em São Gabriel da Cachoeira, região da Cabeça do Cachorro, Norte da Amazônia, estão 95% do nióbio conhecido no mundo. A afirmação é do general Luiz Gonzaga Schroeder Lessa, presidente do Clube Militar, que nos anos 1998 e 1999 foi o comandante militar da Amazônia.
O nióbio é empregado na indústria aeronáutica e na produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes (na indústria espacial), devido sua alta resistência a combustão. É empregado também em ligas supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lentes para câmeras, e trem-bala, de armamentos, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de precisão. O Brasil detém 96,43% das reservas mundiais desse minério. Só em São Gabriel da Cachoeira, na Amazônia, se localiza 2,9 bilhões de toneladas desse minério.

É inadmissível abrir mão da Amazônia

"É inadmissível, até pelo fato da Amazônia totalizar 56% do território brasileiro, sob qualquer aspecto, abrir mão da soberania do Brasil sobre aquela região" ? Segundo o mesmo, a Amazônia é compartilhada por oito países e sua maior parte pertence ao Brasil. Condenou ainda, o projeto de lei 4.776/05, do Ministério de Meio Ambiente, que prevê a exploração dos recursos naturais da floresta através de concessões a ONGs e, inclusive a multinacionais.
Imagine, de todo ouro que retirarem, só pagarão, de acordo com a legislação, as alíquotas de 1% (ouro), e 0,2% (pedras preciosas e coradas lapidáveis; carbono e metais nobres). (Site de Parauapebas, 12/2008).
A Base de Alcântara
Em 2003, o governo brasileiro decidiu suspender a votação na Câmara dos Deputados sobre o acordo que permitiria o uso da Base de Alcântara pelos Estados Unidos. Essa decisão foi resultado de uma grande mobilização em nível nacional e continental, através da Campanha contra a ALCA, e da resistência das comunidades remanescentes de quilombos em Alcântara. O plebiscito popular sobre a ALCA incluiu uma pergunta sobre o controle da Base de Alcântara pelos Estados Unidos, que obteve a rejeição de mais de 10 milhões de eleitores.
O acordo sobre a Base de Alcântara estabelecia diversas obrigações para o Brasil e nenhuma para os Estados Unidos, além de ferir a soberania nacional em diversos aspectos. Por exemplo, os EUA poderiam delimitar áreas restritas, onde só haveria acesso livre para oficiais norte-americanos; o governo brasileiro seria proibido de verificar o conteúdo dos materiais recebidos ou enviados pelos EUA e, em caso de acidente, o governo brasileiro não poderia inspecionar o material recolhido.
Cepis, São Paulo, Brasil, Escola Nacional Florestan Fernandes, setembro/2005.

VEJA COMO É VISTA A SITUAÇÃO POR POLÍTICOS DA REGIÃO NO SENADO FEDERAL

Pronunciamento Completo pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PFL - Partido da Frente Liberal /RR) em 27/10/2000:

"Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, hoje eu pretendia falar sobre a educação no Brasil. No entanto, tendo em vista a IV Conferência de Ministros da Defesa das Américas, realizada recentemente em Manaus, resolvi, hoje, voltar a esse tema que havia abordado há alguns dias, justamente alertando sobre o Plano Colômbia, que nada mais é do que uma intervenção dos Estados Unidos num país da América Latina, num país da Amazônia. A Amazônia não é só a nossa Amazônia brasileira, mas compreende também a Amazônia colombiana, a venezuelana, a peruana, a guianense. Enfim, a antiga e já tão desgastada denúncia de que a cobiça internacional sobre Amazônia não é mais uma ameaça, mas um fato concreto, está agora devidamente concretizada, ou começando a concretizar-se, com a intervenção na Colômbia.
Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu gostaria, até para não dizer que são minhas todas as palavras sobre o alerta que se faz a respeito da questão do Plano Colômbia, de ler um trecho do artigo publicado na revista Isto É, com o seguinte teor:
Financiador do Plano Colômbia, uma bilionária operação que tem como pretexto o combate ao narcotráfico naquele país.
Sr. Presidente, a cobiça internacional sobre a Amazônia não é mais apenas cobiça. É de fato uma apropriação da Amazônia..
Os países do Primeiro Mundo falharam em educar os seus jovens para não usarem drogas e falharam ao combater o narcotráfico, e querem agora utilizar esse argumento para fazer a intervenção.
Lamentavelmente, a Amazônia brasileira é vulnerável quando se trata desse problema. Esse mesmo artigo da Isto É diz que: "Roraima é passagem para "exportação" de duas mil toneladas de cocaína escondidas na Venezuela", provindas da Colômbia. É preciso, urgentemente, que o Governo brasileiro e nós, os Senadores, consideremos a gravidade da situação. Não podemos apenas dar uma olhada nessas reportagens, deixando-as passar em branco, sem nenhuma providência.
Sr. Presidente, Srs. Senadores, quero ler um trecho da entrevista dada à mesma revista pelo General-de-Brigada Carlos Eduardo Jansen, ex-Comandante da Brigada de Infantaria de Selva (BIS), de Tefé, no Amazonas:
A Operação Colômbia "envolve riscos para a soberania brasileira" e os EUA têm dois objetivos bem distintos com ela: o tático, relacionado com o combate ao narcotráfico, "o grande vilão da sociedade moderna", e o estratégico, que é o fundamental, voltado para o estabelecimento de uma base militar, uma presença física na Amazônia.
Jansen afirma que "os interesses de americanos e europeus pelos recursos da Amazônia já motivaram a defesa da tese da 'soberania relativa', que, obviamente, não é aceita pelo Brasil". Ele diz que o Calha Norte - um projeto de fortalecimento das fronteiras do Norte do País - foi um dos mais importantes sob o ponto de vista da defesa dos interesses nacionais. Mas ele lamenta que o projeto tenha sido "prejudicado pelo equívoco infantil de que se tratava de uma militarização da Amazônia". O general, cujos colegas de turma ainda estão na ativa, sustenta que o Calha Norte foi motivado pela intenção de ampliar a presença de diversos segmentos da sociedade na região. "O segmento militar era apenas um deles", diz. Na época em que foi concebido (1986), o projeto representou, também, uma tentativa de resposta brasileira à influência de Cuba no Suriname.
Para Jansen, "o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) tem vulnerabilidades, porque o fornecedor dos seus equipamentos conhece as características do material, as suas assinaturas eletrônicas", mas ele acredita que a alternativa seria ficar cego em relação à região. As providências imediatas de alcance estratégico recomendadas pelo general Jansen para o reforço da soberania brasileira na Amazônia devem ser a plena operação do Sivam, a reativação urgente do Calha Norte e uma efetiva prioridade para a vocação econômica da Amazônia.
O SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PFL - RR) - Agradeço a V. Exª, Senador Tião Viana, que é um homem conhecedor da Amazônia e que tem abordado aqui no Senado, com muita seriedade, os problemas da região.
V. Exª disse que os americanos vão aprender sobre a Amazônia na Colômbia, mas, na verdade, eles já estão aprendendo na Guiana, porque já estão lá, em um acordo de cooperação com aquele país, treinando os militares guianenses. Assim, se já estão ao norte da Amazônia e, agora, vão para a Colômbia, os próximos passos serão facilmente previsíveis se nós, brasileiros, adotarmos uma postura omissa e passiva diante dessa situação. Embora ressalte o general que o Governo brasileiro tem adotado uma postura adequada no que se refere à questão diplomática e a certos cuidados que devem ser tomados, penso que o Governo precisa ser menos tímido e mais arrojado no cuidado com a Amazônia.
Hoje li em uma manchete, no jornal Folha de S.Paulo: "Amazônia. Índios se opõem à construção de quartéis em áreas próximas às reservas". Surpreendentemente, Senador Tião Viana, um dos lugares onde se diz que os índios estão se opondo é a região do Uiramutã, no meu Estado. E o que é mais engraçado, Senador Tião Viana, é que um dos índios da região do Uiramutã é Vice-Prefeito, vários são Vereadores, outros são funcionários públicos; enfim, eles vivem muito mais na capital, Boa Vista, do que em aldeamento.

Espiões dos Estados Unidos atuam livres no Brasil

Constatou a insuspeita - Folha de S. Paulo:

"Órgãos de segurança dos Estados Unidos mantêm no Brasil - principalmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Amazonas- uma rede formada por pelo menos 60 agentes que têm como função principal cooptar informantes para abastecer setores de inteligência norte-americanos em investigações de crimes como o narcotráfico e a lavagem de dinheiro. Será só isto?
Agentes do DEA (Drug Enforcement Administration), CIA (Central Intelligence Agency), FBI (Federal Bureau of Investigation) e nas (Narcotics Affairs Section) - respectivameete a agência de combate às drogas, a central de inteligência, a polícia federal e a outra instituição contra o narcotráfico dos EUA- atuam no território brasileiro travestidos de `adidos consulares´.
A informação foi confirmada à Folha por membros da Fenapep (Federação Nacional dos Policiais Federais), por diretores do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo e até mesmo por um ex-diretor do FBI no Brasil, o português com cidadania norte-americana e brasileira Carlos Alberto Costa.
A função dos `adidos consulares´ do setor de inteligência do governo de George W. Bush, na maior parte das vezes, é cooptar policiais e delegados brasileiros (federais e estaduais), policiais militares, empresários, advogados e até jornalistas para que esses profissionais forneçam dados para que ações de interesse dos EUA ocorram no nosso país.
A denúncia envergonha o Brasil. Esses agentes atuaram na ditadura militar, até o momento que o presidente Geisel deu um basta.

'De quem é a Amazônia, afinal?', diz 'New York Times'

O Jornal Americano "New York Times" publicou em 18 de maio, uma reportagem com o título "De quem é a Amazônia afinal", colocando em xeque a soberania brasileira sobre a floresta. Três dias antes do New York Times, o diário inglês " The Independent" escreveu: "... essa parte (a Amazônia) é muito importante para ser deixada com os brasileiros".
Dias depois, o Jornal espanhol El País deixou claro quais as intenções: "O mundo tem os olhos postos nas riquezas da floresta". E não é por outro motivo que algumas escolas dos EUA já apresentam o mapa do Brasil sem a Amazônia e o Pantanal. Só para se ter uma ideia, a Amazônia Legal brasileira com 9 estados ocupa 61% do território brasileiro, o que equivale a metade da Europa.

http://wwwmensageiro.com.br/html/index_biodiversidade: Veja mapa do território brasileiro (sem a Amazônia) na concepção ideológica do interesse americano ? segundo o citado livro.

Segundo a Revista Galileu (03/2004, pág. 26), a informação do referido mapa é boato, e que mereceu até desmetido oficial americano. Segundo a revista, é tudo mentira. E como explicar a tentativa de internacionalização ao longo da história (ver pág. 116) ? Bem como as notícias vinculadas no New York Times?

A reportagem (de New York Times) afirma que a sugestão feita por líderes globais de que a Amazônia não é patrimônio exclusivo de nenhum país está causando preocupação no Brasil. O jornal diz que "um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território". O jornal cita o ex-vice-presidente americano Al Gore, que em 1989 disse que "ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós". "Esses comentários não são bem-aceitos aqui (no Brasil)", diz o jornal. "Aliás, eles reacenderam velhas atitudes de protecionismo territorial e observação de invasores estrangeiros escondidos."
Fonte: Folha Online, 2008.

Frente à reportagem, veja o que diz o presidente Lula:

"O dono da Amazônia é o povo brasileiro. São os índios, os seringueiros, os pescadores, mas também, somos nós. Temos consciência de que é preciso diminuir o desmatamento, as queimadas. Mas também temos consciência de que é preciso desenvolver a Amazônia",

Você sabia que...

95% das áreas florestais dos Estados Unidos já desapareceram? Não é isso que queremos para a Amazônia. E mais: ...No ranking dos países poluidores, está Estados Unidos com 24,3% e o Brasil com apenas 1,3%..

Com base nos dados do Sistema Nacional de Cadastro Rural entre novembro de 2007 e maio de 2008, a imprensa calculou que, por dia, 12 quilômetros quadrados de nosso território passam legalmente para as mãos de pessoas de outras nacionalidades. Esses dados levam em conta apenas os proprietários que se declaram estrangeiros; ficam de fora as empresas nacionais de capital estrangeiro e, é claro, quem se vale de "laranjas" para comprar uma terra.
Veja o que diz internautas sobre o assunto:

"Chega, já estamos cansados de ouvir essa história das ONGS que não permitem que os brasileiros entrem em parte do Estado Amazônico... Quero uma atitude das autoridades já sobre o assunto....O Brasil vai ficar deitado em berço esplêndido assistindo os americanos e europeus levarem a floresta e não vamos fazer nada? Temos que tomar uma atitude. Se for preciso usem a força para deportarem esses estrangeiros. Assim como fazem com os brasileiros nos aeroportos da Espanha, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal e etc. 26-05-2008.

Desde 2006 e por baixo dos panos, um empresário sueco vem soprando no ouvido de parceiros internacionais uma idéia bastante vistosa: comprar terras e mais terras na Amazônia. Segundo um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revelado pelo jornal O Globo, Johan Eliasch ? consultor do primeiro-ministro inglês Gordon Brown ? espalhou para o empresariado estrangeiro que "seriam necessários apenas US$ 50 bilhões para adquirir toda a floresta". Apesar de não estarem esclarecidas, as intenções do sueco arrepiaram muita gente por aqui. Eliasch é co-fundador da ONG Cool Earth, que desde o ano passado integra a listinha negra do Ministério da Justiça, por suspeitas de irregularidades na região amazônica.

Fonte: site O eco, 2008. Mensageiro Jornal.


No dia 24/5 o jornal "Estadão" publicou sem destaque nenhum, e em três minúsculas linhas, a denúncia gravíssima de uma brasileira residente nos EUA.

"Os livros de geografia de lá, estão mostrando o mapa do Brasil amputado, sem o Amazonas e o Pantanal. Eles estão ensinando nas escolas, que estas áreas são internacionais, ou seja, em outras palavras, eles estão preparando a opinião pública deles, para dentro de alguns anos se apoderarem de nosso território com legitimidade. Nós somos brasileiros e, no mínimo, temos de nos indignar com esta afronta.
Srs., já mandei para vários Senadores da República esta denúncia com o texto abaixo e a foto da página de um livro "didático"... Divulguem e cobrem dos Ministros, Presidente, Senadores para que tomem alguma atitude.
Para ter acesso aos nossos senadores, acessem o site www.senado.gov.br/web/senador/senanome.cfm

O texto enviado é o seguinte:

Senador Maguito Vilela,
Houve quem duvidasse de que nos Estados Unidos havia mapas do Brasil sem a Amazônia. Pois vejam a página deste livro, no anexo, onde a Amazônia é dita como da responsabilidade dos Estados Unidos e das Nações Unidas, pois ela está localizada na "... América do Sul, uma das regiões mais pobres do mundo", é parte de "... oito países diferentes e "estranhos"... irresponsáveis, cruéis e autoritários...", povos cruéis, tráfico de drogas, e o "... povo é inculto, ignorante"...", podendo..." causar a morte do mundo todo dentro de poucos anos..."".
É só conferir na página 76 do livro DIDÁTICO norte-americano "Introdução à Geografia", do autor David Norman, utilizado na Junior HIGHSCHOOL (equivalente à 6ª série do 1º grau brasileira) anexo a esta.
Esclarecer, conscientizar o povo e promover plebiscito popular é a melhor arma para nosso país. Isso sim, é proteção, segurança nacional e cidadania. E ser modelo de democracia para o resto do mundo que também precisa. É deixar o povo ser protagonista de seus caminhos, de sua história. Fugir a essas regras é corrupção. E a infâmia da corrupção apodrecerá a memória dos ímpios, além de um severo julgamento Divino que os aguarda, a quem foi confiado o poder.


REPORTAGEM: O ESPIÃO - FRANCISCO AMBRÓSIO


Revista Isto é - 10 de Setembro de 2008 - Edição n. 2027, O Espião


Os olhos por trás do grampo. Como o agente Francisco Ambrósio do Nascimento, da ABIN, coordenou na Polícia Federal a equipe que fez a escuta de 18 senadores, 26 deputados, ministros do governo e das mais altas autoridades do Judiciário.
Levado para dentro da Polícia Federal pelo delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha, Nascimento tinha trânsito livre e todos os recursos da PF para suas arapongagens. E ainda diz a amigos, conta a revista, que o delegado tem material ilegal suficiente para destruir a República.



Saiu no Fantástico!
A Amazônia à venda
Edição o1/06/2008

O descontrole sobre compra de terras por estrangeiros realmente existe. A pedido do Fantástico, um suíço se apresentou como interessado em adquirir terras na floresta. Pela conversa dele com um corretor, que anuncia seus serviços no jornal, parece que o negócio é fácil.
O anúncio do jornal do Tocantins dizia: áreas de reserva por R$ 1 mil o alqueire. A pedido do Fantástico, um cidadão suíço, com forte sotaque, aceitou simular a compra da terra, mas preferiu não se identificar.

Peter: O meu nome é Peter, estou interessado em terras.

Marcelo: O que você precisa, Peter?

Eu estou interessado em Floresta Amazônica mesmo. Sou suíço e queria saber se posso comprar Floresta Amazônica?

Marcelo: Pode.

Peter: Que tamanho você tem para vender?]

Marcelo: Tem mil hectares, três mil hectares, tem o tamanho que você quiser.

Peter: Com vocês é tudo documentado, né?

Marcelo: Tudo documentado.

Peter: Sendo o comprador, quais os documentos que preciso apresentar?


Marcelo: Em que lugar você mora?

Peter: Eu moro aqui no Rio.

Marcelo: Faz tempo que você mora aqui?

Peter: Moro aqui a três anos. Eu casei com uma brasileira.

Marcelo: Ah, então beleza. Você pode mostrar a identidade, o CPF, a identidade de estrangeiro.

Peter: Aí eu posso comprar quanta terra eu quiser?
Marcelo: Pode.

Quem é e o que pensa o empresário sueco Johan Eliasch, apontado como o maior comprador de terras na Amazônia e diretor da ONG investigada pela Abin?

Patricícia Poeta foi a Londres obter essas respostas.

Johan Eliash é milionário, dono de uma das maiores marcas de material esportivo do mundo. É sueco e tem cidadania britânica. Na Inglaterra, foi um dos financiadores do Partido Conservador, de oposição. Mas, em 2007, mudou de lado. Agora, apóia os trabalhistas e é consultor do primeiro-ministro Gordon Brown para assuntos ambientais. No Brasil, seu nome só era citado como marido da socialite paulista Ana Paula Junqueira. Mas, esta semana, Eliasch virou manchete dos jornais. As terras que comprou na Amazônia e a ONG que ele comanda estão sendo investigadas pelo governo brasileiro. Em Londres, Patrícia Poeta entrevistou Johan Eliasch.
Fantástico: Porque o senhor se interessou pelo pela questão da Floresta Amazônica?

Johan Eliash: Eu sou uma pessoa que adora árvores e que sempre se preocupou com desmatamento. Foi assim que me interessei.

Fantástico: É certo dizer que o senhor está comprando a Amazônia, um pedaçinho de cada vez?

Johan Eliash: Não, de jeito nenhum. Eu tenho alguma terra no Amazonas através de uma empresa que comprei. Esse é o meu envolvimento e é para a proteção dessas terras.

Fantástico: Quando o senhor comprou essas terras?

Johan Eliash: Foi em 2005.

Fantástico: Quantos hectares?

Johan Eliash: No total, cerca de 160 mil hectares.

Fantástico: Esses 160 mil hectares* equivalem a uma área maior do que a cidade de São Paulo, que tem 1.523 quilômetros quadrados. O senhor pode nos dizer quanto pagou?

Johan Eliash: Isso eu não posso dizer porque, no contrato de compra, o preço é uma informação confidencial.

Fantástico: O que pretende fazer com essas terras?

Johan Eliash: Garantir que não haverá extração ilegal de madeira, que as áreas ficarão livres disso e também para desenvolver o local de maneira sustentável. Eu quero permitir à comunidade local fazer coleta de castanhas de graça. Eu criei meios de subsistência nessas áreas.

Fantástico: O senhor Pretende comprar mais terras na Amazônia?

Johan Eliash: Eu não pretendo comprar mais terras do que eu já tenho.

Fantástico: A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) acredita eu o senhor esteja incentivando a compra de terras na Amazônia por estrangeiros por causa de uma declaração feita por você em 2006. O senhor sugeriu que a Amazônia poderia ser comprada por US$ 50 bilhões?

Johan Eliash: O que falei foi em uma conferência para empresas de seguros, em 2006. E o que eu disse é que o valor hipotético da Amazônia era pequeno comparado ao que as seguradoras gastaram com os prejuízos do furacão Katrina. E que elas deveriam incentivar ações antidesmatamento. Foi isso que eu disse.

Fantástico: De onde foi tirado esse valor?

Johan Eliash: Com base em um preço hipotético do valor das terras naquela época. Mas disse apenas com a intenção de incentivar as seguradoras a patrocinar a proteção da floresta.
Fantástico: O senhor não acha que a maneira como a Cool Earth atua no Brasil pode ser chamada de um novo tipo de colonialismo?

Johan Eliash: Não existe colonialismo nisso. Existe apenas um apoio financeiro para pessoas pobres.
Projetos sociais apenas no discurso

Na entrevista, o sueco Johan Eliash afirma que numa de suas propriedades, num lugar chamado Democracia, no Amazonas, ele financia um projeto social. O repórter Yano Sérgio foi até o local conferir essa e outras afirmações do milionário sueco.
Para chegar a Democracia, saindo de Manaus, é preciso viajar 1h 30 de avião mais meia hora de voadeira. A nossa primeira parada é em Manicoré, uma cidade na margem direita do rio Madeira. Democracia, um distrito de Manicoré, fica do outro lado do rio. É uma das comunidades que estão dentro da propriedade do milionário sueco Johan Eliash.

"Os moradores vivem espalhados pela floresta. Nas seis escolas da região, não há sinal das melhorias que o empresário diz estar sendo feitas.
"Nada foi feito na escola", diz o extrativista Raimundo Ferreira.
Fantástico: O governo brasileiro está investigando ONGs internacionais que atuam na Amazônia e a Cool Earth, que o senhor fundou, está entre elas.
Johan Eliash: Eu nunca fui notificado sobre qualquer investigação. Tenho certeza que a Cool Earth operou e atua de acordo com todas as leis, brasileiras, inglesas ou quaisquer outras leis.
Fantástico: Então, porque o senhor acha que existe esta suspeita?
Johan Eliash: Eu não sei.
Fantástico: Ao fazer uma doação, o dinheiro vai para um projeto, mas também vai para a compra de terras?
Johan Eliash: A Cool Earth não é dona de terra alguma. O que ela faz é apoiar projetos junto às comunidades locais para proteger a floresta.
Fantástico: Em sua opinião, a quem pertence a Floresta Amazônica?
Johan Eliasch: Pertence aos brasileiros e é assim que tem que ser.
Fantástico: Algumas pessoas no Brasil o vêem como um invasor, alguém que veio de fora, comprou terras e quer tirar lucro delas. O que acha disso?
Johan Eliasch: Acho que é uma invenção da imprensa brasileira, talvez inspirada por razões políticas. Mas minhas intenções são apenas... Eu gosto do Brasil, acho que é um lugar maravilhoso. Eu também gosto de árvores, florestas. Estou apenas tentando ajudar a proteger a Floresta Amazônica. É isso.
"Foi prometido que vinham dois a três computadores para ensino médio, aqui, no ginásio, mas até agora eles não chegaram. Tô achando até difícil", contou a estudante Elidiane da Cruz.
Segundo os moradores de Democracia, muitas promessas foram feitas quando as terras foram compradas, em 2005. Passados quase três anos, eles reclamam que nenhuma benfeitoria foi realizada pelos donos da área. Em Democracia, não tem nenhum posto de saúde para atender à comunidade.
Por meio da página da Cool Earth na internet, o Fantástico pediu informações sobre a atuação da ONG em Democracia. Na resposta, a afirmação de que duas escolas e uma clínica teriam sido construídas e que os projetos estariam dando emprego a 100 pessoas. Mas, em Democracia, apenas Ivanildo diz estar empregado. Ele é o vigilante da área.
"Eu fico olhando as áreas. Se eu ver algum desmatamento, faço a comunicação e o pessoal vem imediatamente ao local. É o sueco que me paga", diz o vigilante Ivanildo Rodrigues.
A Cool Earth afirma ainda que construiu seis depósitos para secar e armazenar castanha. Nossa equipe não encontrou esses depósitos. Apenas o que já existia antes da chegada da organização na região. Em seu material de divulgação, a ONG mostra um homem que estaria sendo beneficiado pelo projeto. Nós localizamos o extrativista Alfredo Ferreira, de 60 anos, que ficou surpreso ao ver sua foto sendo usada pela ONG.
"Eu nunca recebi nenhum benefício da organização, desse pessoal do sueco, não. Nunca recebi nada", afirma ele.
Segundo a Agência de Inteligência do Governo Federal, o empresário comprou as terras em 2005. Elas pertenciam à Gethal, que, na época, era a maior madeireira estrangeira do Amazonas. Quando adquiriu as terras, o milionário foi pessoalmente à região. E disse em entrevista, que cuidaria das comunidades, mandando a elas, todo ano, R$ 150 mil. E acrescentou: "Vamos dar madeira aos moradores para que construam casas e não desmatem a floresta".
O líder comunitário João da Silva lembra que, na época, a equipe da ONG se reuniu com a população local para falar dos planos do empresário sueco para as comunidades. Segundo João, eles teriam prometido apoio à educação e à saúde e até a reconstrução de uma ponte, que até hoje é um risco para os moradores.
Johan Eliasch também disse que ajudaria no transporte da castanha e do açaí coletados da floresta.
"Até o momento, não foi feito nenhum benefício na comunidade. Isso aí é uma coisa que deixa a gente um pouco revoltado, até pelo fato da gente não estar sendo enganado, mas da gente estar sendo usado", lamenta João Wilson.
Incra quer limite para esse tipo de aquisição.
"Não se trata de xenofobia contra estrangeiros, mas sim, de estabelecer regras para as empresas nacionais, com capital estrangeiro, que adquirem imóveis rurais no Brasil. Essa é uma questão de soberania nacional, ainda mais no momento em que nós estamos discutindo uma nova matriz energética, a produção de alimentos, a proteção do meio ambiente. Esse assunto torna-se cada vez 0ais importante", explica Rolf Hacbart, presidente do Incra.
Uma lei de 1971 estabelecia que a compra de grandes extensões de terra por estrangeiro deveria ser submetida ao Congresso Nacional. Um parecer da Advocacia Geral da União, de 1998, aprovado pelo então presidente Fernando Henrique, derrubou a lei. Agora, a AGU prepara um novo parecer, sugerindo a revalidação da lei de 37 anos atrás.
"Vários países do mundo estabelecem regramento de suas terras por estrangeiros. É evidentemente um controle do estado, que o estado tem competência e tem autorização da constituição para fazer", explica José Antônio Toffoli, advogado geral da União.
Coelho Neto, (apud Leandro, 2007) alertando contra esses "ataques ao CORAÇÃO DA PÁTRIA" no malefício da política do entreguísmo cita a:
"Se nos não importarmos com o território, cedendo-o, aos pedaços, ao estrangeiro, tempo virá em que, debalde procuraremos um palmo de chão onde possamos chantar o mastro da nossa bandeira, porque tudo estará tomado por pavilhões alheios".


As declarações polêmicas de Stallone

O ator norte americano Sylvester Stalone, que em abril de 2009 filmou no Brasil seu longa metragem "Os mercenários", durante a Comic-Con 2010, a maior feira de cultura pop do mundo, realizada na Califórnia, nos EUA disse:
"Filmamos no Brasil porque lá você pode machucar as pessoas enquanto filma", disse o ator. "Você pode explodir o país inteiro e eles ainda dizem para você, obrigado e tome aqui um macaco para você levar para casa". (Fonte: http://www.caras.com.br, 23/07/2010)


Algumas Frases Importantes Encontradas na Internet

"O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazonia aos organismos internacionais competentes"
( Mikhail Gorbachev, 1992, ex-ditador da extinta União Soviética).
"A Amazônia deve ser intocável, pois constitui-se no banco de reservas florestais da humanidade". (Congresso de ecologistas alemães, Berlim, 1990);

"O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazonia"
( François Mitterrand, 1989, então presidente da França).

"Os países em desenvolvimento com imensas dívidas externas devem pagá-las em terras, em riquezas. Vendam suas florestas tropicais". (George W. Bush, candidato à presidência dos Estados Unidos, em debate com Al Gore, Washington, 2000).
"Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas externas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas"
(Margareth Tatcher, 1983, então primeira-ministra da Inglaterra).

* Hectare: unidade de medida agrária, equivalente a cem ares ou um hectômetro (medida de comprimento equivalente a 100 metros).

"Só a internacionalização pode salvar a Amazônia"
(grupo dos Cem, 1989, Cidade do México).

"A Amazônia é patrimônio da humanidade. A posse desse imenso território pelo Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador é meramente circunstancial". (Conselho Mundial das Igrejas Cristãs, Genebra, 1992);
Texto:
Durante um debate recente numa Universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque do PT, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu a sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiros. 27/08/2007


Desde a muito tempo, empresas estrangeiras e governos sondam nossas riquezas, nossos minério, nosso petróleo e incutiram e incutem ações através de governos "entreguistas" que promovem ações "privatizadoras" entregando a eles ( que representam o grande capital internacional), o direito de explorar nossas riquezas naturais: ferro, ouro, pedras preciosas, petróleo e outros minérios. A título de confirmação, não é a toa, Carajás, tida como a maior concentração de minério de ferro de alto teor do mundo foi descoberto nos anos 60 por Breno, um geólogo a serviço da United States Steel (americana). E nas décadas de 60, surgiu nos Estados Unidos a proposta de "internacionalizar" a Amazônia. Segundo o Jornal Brasil de Fato, com a privatização da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) ocorrida em 1997, os acionistas estrangeiros detém 64,9% das ações da empresa (sendo fabuloso o lucro que evade por remessa de lucro para o exterior).