Em mundo globalizado de intensa interação social em que vivemos, jamais poderíamos falar de desenvolvimento sem nos preocuparmos com a sustentabilidade responsável.

No ano de 1992 no Rio de Janeiro ocorreu uma Conferência organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas), com a preocupação  da conservação do meio ambiente e o desenvolvimento humano, chamada de agenda 21, assinada por mais de 170 países.

A preocupação maior desse Tratado era tentar solucionar os problemas atuais e futuros, a partir do século XXI.

Em nossa própria Constituição Federal  em seu capitulo VI, art. 225 no que diz respeito ao meio ambiente, impõem ao poder público e a coletividade a responsabilidade e o dever de defender e preservar o meio ambiente para  as presentes e futuras gerações.

Dentro desse contexto abordado não é somente para o Estado ou Poder Público de elaborar a agenda 21, mas também das sociedades de classes, das escolas, dos clubes, dos cidadãos e das empresas.

Recentemente o Ministério do Meio Ambiente fez uma exigência a uma concessionária de empresas que ganharam a concessão da Usina de Belo Monte no norte de nosso país, foi exigido além da preservação ambiental, a execução da infra-estrutura da população local, saneamento básico, casas dignas, escolas, hospitais, pois o intuito não é somente arrecadar financeiramente, mas também se preocupar com o que aquela obra trará de beneficio local e conseqüentemente  para o Município, para o Estado, para o Brasil e o para o mundo.

Nós não podemos enxergar este problema do desenvolvimento urbano de forma individualista, culpando somente o Estado, cobramos muito, mas esquecemos também de cumprir com o nosso papel de cidadão, de fiscalizar e  conservar, sempre com solidariedade, pensando um pouco mais no próximo.

Se continuarmos com o pensamento do egocentrismo, continuaremos destruindo e devastando sem medir as conseqüências. Vivemos demais para o capital financeiro, e abdicamos do principal, o mais relevante que é o capital social e humano. Se não houver uma conciliação de curto, médio e longo prazo, pensando em um crescimento econômico responsável, sem se esquecer da conservação ambiental e com justiça social, provavelmente as novas gerações não terão a mesma chance que as gerações atuais, de conhecer as belezas da natureza, passando a viver em uma grande selva de pedra.

Por fim, se houver a interação entre o poder público e as comunidades de uma forma geral, muito provável que teremos um desenvolvimento de forma sensata e consistente, pois esse vem a ser o significado de crescimento sustentável. Se for colocado em prática o que realmente se pretende na execução das obras, não se esquecendo da problemática da justiça social, talvez as futuras gerações poderão também gozar e admirar desses mesmos benefícios que estão sendo mantidos e preservados em nosso meio ambiente, no qual fazemos parte.