SUSTENTABILIDADE: é possível conciliar o desenvolvimento local e econômico, preservando o Meio Ambiente com justiça social?
Publicado em 26 de janeiro de 2014 por Arnaldo Caetano da Rocha
Em mundo globalizado de intensa interação social em que vivemos, jamais poderíamos falar de desenvolvimento sem nos preocuparmos com a sustentabilidade responsável.
No ano de 1992 no Rio de Janeiro ocorreu uma Conferência organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas), com a preocupação da conservação do meio ambiente e o desenvolvimento humano, chamada de agenda 21, assinada por mais de 170 países.
A preocupação maior desse Tratado era tentar solucionar os problemas atuais e futuros, a partir do século XXI.
Em nossa própria Constituição Federal em seu capitulo VI, art. 225 no que diz respeito ao meio ambiente, impõem ao poder público e a coletividade a responsabilidade e o dever de defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações.
Dentro desse contexto abordado não é somente para o Estado ou Poder Público de elaborar a agenda 21, mas também das sociedades de classes, das escolas, dos clubes, dos cidadãos e das empresas.
Recentemente o Ministério do Meio Ambiente fez uma exigência a uma concessionária de empresas que ganharam a concessão da Usina de Belo Monte no norte de nosso país, foi exigido além da preservação ambiental, a execução da infra-estrutura da população local, saneamento básico, casas dignas, escolas, hospitais, pois o intuito não é somente arrecadar financeiramente, mas também se preocupar com o que aquela obra trará de beneficio local e conseqüentemente para o Município, para o Estado, para o Brasil e o para o mundo.
Nós não podemos enxergar este problema do desenvolvimento urbano de forma individualista, culpando somente o Estado, cobramos muito, mas esquecemos também de cumprir com o nosso papel de cidadão, de fiscalizar e conservar, sempre com solidariedade, pensando um pouco mais no próximo.
Se continuarmos com o pensamento do egocentrismo, continuaremos destruindo e devastando sem medir as conseqüências. Vivemos demais para o capital financeiro, e abdicamos do principal, o mais relevante que é o capital social e humano. Se não houver uma conciliação de curto, médio e longo prazo, pensando em um crescimento econômico responsável, sem se esquecer da conservação ambiental e com justiça social, provavelmente as novas gerações não terão a mesma chance que as gerações atuais, de conhecer as belezas da natureza, passando a viver em uma grande selva de pedra.
Por fim, se houver a interação entre o poder público e as comunidades de uma forma geral, muito provável que teremos um desenvolvimento de forma sensata e consistente, pois esse vem a ser o significado de crescimento sustentável. Se for colocado em prática o que realmente se pretende na execução das obras, não se esquecendo da problemática da justiça social, talvez as futuras gerações poderão também gozar e admirar desses mesmos benefícios que estão sendo mantidos e preservados em nosso meio ambiente, no qual fazemos parte.