Suposto Questionamento de Camus a Sartre.

 

Vou dizer a você.

 Meu amigo Sartre.

 Disse Camus certa vez.

A vida é em si absurda.

O absurdo senhor Sartre origina-se.

Quando queremos dar sentido.

A um mundo sem sentido.

O absurdo nasce quando confrontamos.

A necessidade humana, com a falta de razoabilidade.

Do mundo em que vivemos.

 

É como empurrar uma pedra a baixo.

Indefinidamente só para ver a mesma descer.

E quando descer levá-la novamente até ao topo.

E emproá-la outra vez, dessa forma consecutivamente.

Qual o significado de tudo isso, nenhum sentido.

Diária a mais perfeita loucura.

Sartre respondeu a Camus, perfeitamente.

Em um suposto dialogo.

O que falas é a única lógica, corretamente, eternamente.

Relata então Camus a Sísifo, a grande loucura nesse mundo racionalizado.

É vivermos a futilidade na grande esperança de atingirmos.

O que seria maior o significado de nossos sonhos.

A vida não tem nenhum sentido.

Porque tudo que realizamos perdemos.

Não fazemos nada mais, a não sermos a ilusão da poesia.

A poesia é tão romântica que leva ao homem a infidelidade.  

Refletiu Sartre, falta rumo ao universo, quem são eles?

 

A poética devocional de Russel, quem é que não gosta.

O sol que brilha ao meio dia, depois dessa ondulação.

Todos os gênios se apagam.

Porque estão destinados à extinção da matéria.

Russel então replica melancolicamente, o ser humano está à disposição da extinção.

Não só o homem, mas a morte de todo o sistema solar.

Entende então o filósofo, tudo isso vai acabar e reiniciará uma prolongada noite.

Trilhões e trilhões de outros anos não contáveis.

Porque acabou a luz do sol.

É apenas mais um buraco negro.

 

Nem mesmo o céu poderá ter teto ao infinito, tudo vai exaurir.

É o destino comum da matéria, de qualquer forma das suas manifestações.

Entendo que é melhor senhor Sartre, que o mundo não tenha nenhuma razão para ser.

 Tudo isso aqui é um sinal sem direção, tenho até mesmo medo de tudo que vai acontecer.

Poucos homens poderão saber.

Inteligências rasas incomuns as percepções.

Sei apenas que restará um imenso vazio.

 Cada  um de nós soçobrara como se fosse a escuridão.

  

A sabedoria não aproximará daqueles que desejam construir a verdade como mentira.

Poucos são os que sonham o desejo da intuição exata.

 O mundo é fragmento  da parcela do desejo sentido.

 

Então perguntou Camus.

 O universo humano deverá inevitavelmente, ser soterrado sob os escombros de uma grande ilusão.

Quem é que não deseja o obvio nesse caminho, cuja perspectiva é apenas a indignação.

Dado a uma existência sem sentido, Camus perguntou o porquê eu não deveria me matar? Uma filosofia existencial, cuja natureza de qualquer coisa, deve responder, pensou Camus.

 

É uma consequência absurda, do necessário encontro, entre o homem racional e um mundo completamente irracional. Nesse sentido não se deve imitar nenhum deles, que tentaram solucionar o conflito.

Ele não tem solução, é fútil qualquer tentativa, causa espanto  só de imaginar essa possibilidade.

Explico disse Camus, espero que Sartre entenda, o meu  espírito epistemológico.

É insolúvel porque pertence à natureza humana, tudo isso aqui é da essência da diferença, o que não é igual, tem que ser administrado.

Resolver o conflito disse Camus, seria como negar o princípio da origem.

Camus coloca o homem num cerco sem perspectiva, pode ter certeza disso. Aceitar o Absurdo, é  aceitar a morte, recusar o mesmo  é como colocar a vida em um precipício, no qual   não se pode encontrar conforto.

Não sei se Sartre teria entendido a vida, o que significa alienar é viver um vertiginoso  cume, preso a lama e distante da luz do sol.

Fugir da integridade senhor Sartre, é aceitar como normal o subterfúgio.  A vida é a não misericórdia do destino comum, preso apenas, as sombras da ignorância.

O cume vertiginoso que Camus descreve, sabedoria para genialidade, consiste diante da morte, o grande significado,  a falta de sentido que se faz diante da vida.

Então explica Camus, diante do absurdo metaforicamente, a revolta é a consciência de um destino esmagador, ainda mais para aqueles que são excluído diante  tudo e de todos.

 A  eterna repetição, a crueldade dela, não existe  caminho, não podemos chegar a lugar nenhum,  a lucidez consiste apenas em viver o grau máximo da possibilidade.

O absurdo é uma condição fundamental de confrontação entre o homem e o mundo. A derrota é própria negação da existência humana. O mundo é em sua essência essa negação.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.