Autor: José Patrocínio de Souza

 

SOS SECA DO NORDESTE

Volto a abordar o tema da seca, embora possa parecer repetitivo para alguns, por tê-lo analisado já por varias vezes. Mas a ele retorno porque sua emergência permanece.

Adentrando o sexto mês do ano, constatamos com preocupação que a maior parte do território paraibano e outros estados vizinhos, não recebeu chuvas em seu tempo esperado, comprometendo assim a agricultura e a pecuária e atividades primarias destas regiões.

É sabido que o Brasil, País de grande extensão territorial, tem varias realidades geográficas e climáticas entre elas temos em linhas gerais, as condições de terreno de clima da região litorânea em contraste com aquelas existentes no interior. No nordeste, particularmente, distancias relativamente pequenas separam regiões com enormes diferenças de solo e clima.

Isso contribui para diferenciar muito aqueles que moram no litoral dos que vivem em cidades do interior de cada estado do nordeste.

Agora mesmo, quantos de nós residentes no litoral, podemos avaliar  em toda sua extensão  as reais dificuldades que afligem os moradores do agreste e do sertão ?

A natureza continua sendo benéfica com o litoral com relação ao clima (e Deus queira que assim continue), mais tem sido incremente com nossos irmãos do agreste e sertanejo e outras regiões, sertão, cariri, curimataú e brejo.

Preocupa-me o efeito da seca sobre a sobrevivência de nossos irmãos dessa larga faixa de nosso território. Nunca é demais repetir que a agricultura e a pecuária são o primeiro elo da corrente produtiva.

Geram produtos, alem de renda e salários com o que movimentam o comercio e o setor de serviços.

São inúmeros os municípios afetados pela seca, e sem duvidas estão em estados de emergência e eu como sertanejo não posso me calar diante deste problema. Lembrando que somos prisioneiros da falta de políticas pública e corretas e provenientes que resolva este problema da seca.

Lembrando que a seca é tão velha quanto à colonização do Brasil. A reunião de representantes do poder, ao tocante a questão “dizem que os gritos dos flagelados da seca são constantes”, e do jeito que vai eu vejo que esses gritos vão acabar, de tal forma: Cale-se para sempre! Já começou pelos animais que a maioria já chegou a óbito. Quem duvidar reveja nos teles- jornais, ou então faça uma visita a estas regiões afetadas pelo efeito da estiagem...