Em meio à febre de individualismo que nos acomete dia -a- dia, parece que a insensibilidade passou a fazer parte do nosso sistema digestivo. Nos tornamos um bando de máquinas movidas pela vaidade. Um bando de gente caminhando ser saber para onde. Animais racionais agindo com a fúria que um irracional não possui.

As imagens não mais nos chocam? Quão cruel nos tornamos? Será que ainda somos humanos?

Passamos por semelhante ferido, mas não temos tempo para socorrê-lo, nos deparamos todos os dias com cenas cruéis e chocantes, entretanto parecem normais diante da anormalidade que vivemos.

Oras então o que é anormal aos nossos olhos e sistema digestivo?

O ser – humano - que não se importa com seu semelhante por certo não se importará com uma grotesca cena de desmatamento ou queimada. Afinal, o sangue não resta explicitado em um desmatamento ou em uma queimada. Entretanto, nem sempre o sangue está exposto em uma morte... Acaso vemos sangue em uma vitima fatal de infarto?

Pois é, então é bom que passemos a valorizar e respeitar a vida em todas as suas formas e passemos ainda a enxergar a morte em nossas ações ou omissões.