As formas de trabalho são um exemplo bem concreto desse fenômeno: das atividades do campo aos ofícios da cidade temos um povo que cria, recria e produz com muita intensidade. Para que esse quadro adquira mais qualidade, a educação como forma de preparo para a vida, precisa seguir uma linha na qual o olhar crítico esteja sempre presente. E nisso, a metodologia voltada para o trânsito deve ser pensada e repensada  com muito cuidado.

Sociedade, cultura, educação e trabalho... elementos que dão vida a um país.   A existência de um país depende de muitos elementos, desde a presença de um território às instituições que o legitimem. Mas, o que dá vida a esse elemento político é o seu povo (sociedade) com a sua cultura, a sua organização de trabalho e o modo como é desenvolvida a educação. No Brasil é fácil identificar um povo com grande diversidade cultural, cheio de desejos e esperanças e com características afetivas como nenhum outro. Isso originalmente, poderíamos afirmar ter vindo dos indígenas, portugueses e africanos (povos que nos formaram). Mas, nesse processo de 511 anos, recebemos outros elementos de fora, que assimilamos e que entraram para a nossa cultura tornando-a ainda mais dinâmica. As formas de trabalho são um exemplo bem concreto desse fenômeno: das atividades do campo aos ofícios da cidade temos um povo que cria, recria e produz com muita intensidade. Para que esse quadro adquira mais qualidade, a educação como forma de preparo para a vida, precisa seguir uma linha na qual o olhar crítico esteja sempre presente. E nisso, a metodologia voltada para o trânsito deve ser pensada e repensada  com muito cuidado.

A globalização é o cenário do desenvolvimento desigual. Ela é problemática e contraditória, dissolve espaços e tempos e impõe ao indivíduo padrões e valores desconhecidos. É a expansão avassaladora das relações, processos e estruturas de dominação em escala global, que em qualquer lugar e a todo instante provocam uma apropriação e desapropriação de conceitos, que transbordam fronteiras e levam ao declínio a sociedade tradicional.

É uma sucessiva incorporação de novos mundos, onde "(...) as organizações políticas, econômicas e culturais, prevalecem sobre os indivíduos, classes, grupos, partidos, Estados nacionais. Elas conseguem aliar-se com grupos locais, integram-se a setores sociais, partidos ou governos, mas organizam-se segundo razões próprias, de ordem global.". Dessa forma, prevalecem sobre os indivíduos, que passam a viver a crise da razão.

O caráter particularista das estruturas econômicas, aliado ao desconcerto social e cultural, tem colocado ao indivíduo as mais diversas formas de antagonismos, que dificultam-lhe a tomada de decisões e o inibe de participação política.

Somos escravos do nosso aperfeiçoamento técnico, "(...) modificamos tão radicalmente nosso meio ambiente que devemos agora modificar-nos a nós mesmos, para poder viver nesse novo ambiente."

Leandro Souza Rj, Diretor Geral e de Ensino CFC.