Sobre a Expressão Artística

Sumário: 1. Introdução; 2. Três Ensaios Sobre a Arte: a) Uma Expressão Existe que não Chega a ser Arte; b) Uma Expressão Existe que transcende a Arte; c) Uma Expressão existe que tanto por Insuficiência como por Excesso Pretende e Não Consegue Atingir a Arte; 3. Crítica Pessoal; 4. Bibliografia.

1. Introdução

A Estética é uma ciência: recente na sua estruturação quanto ao método e ao objeto; antiquíssima quanto à sua etimologia. A História da Estética está ligada à História da Filosofia, enquanto que é compreensão hermenêutica da arte e, neste contexto, temos uma Filosofia da Arte, ou seja, uma Estética Filosófica, aquela que verdadeiramente interessa a este trabalho.

Etimologicamente e no seu sentido originário grego, a “aisthesis” é sinónimo de sensação e perceção no âmbito da cultura helénica. Ao nível da compreensão, verificam-se duas linhas: a dos filósofos e a dos poetas, consistindo a primeira numa capacidade de perceber, conhecimento inferior ao da razão, eminentemente epistemológico e inferior à lógica. Nesta estética o respectivo campo estético é inferior ao intelecto.

Quanto à segunda compreensão, a dos poetas, o seu sentido é fornecido pela perceção dos sentidos o que implica que o seu objecto tenha as mesmas características que o objecto da perceção, igual à assunção pelo sujeito, sendo necessário que, do ponto de vista do objecto, este seja dotado das características do sujeito, isto é, clareza, proporção, medida. Os poetas revalorizam assim o poder da perceção sensitiva nas pessoas que têm todas as faculdades.

Além dos níveis de compreensão na cultura grega que são o gnosiológico e o epistemológico, há, ainda, um nível existencial que significa que a Estética, como perceção sensível, é uma experiência racional integradora, completa e englobante, e é esta relação sujeito-objecto que resulta na harmonia estética, que evidencia o sentido do belo, da arte e do prazer estético.

A tarefa da Estética a nível histórico é procurar esclarecer os problemas relacionados com a Arte e a Beleza, ela representa o próprio desenvolvimento do pensamento humano, no entanto, como disciplina filosófica, o positivismo admitia-a como ciência positiva, contudo, teremos, hoje, de considerar que o positivismo terá, eventualmente, uma visão redutora da ciência e, portanto, nele não cabem os valores estéticos universais de Arte e da Beleza, por isso, não tem lugar a Estética Filosófica como ciência especulativa, que busca especular sobre certos valores, mas que não é uma axiologia, porque não são valores do agir, mas do fazer da Arte e da Beleza, logo a especulação estética não se identifica com a Ética.

A Arte tem por fim exprimir a beleza, e produzir na alma dos espectadores a emoção estética, que o artista sentiu e por meio desta emoção estética a Arte moraliza e inspira a virtude. Na verdade, a emoção estética desapega a alma de tudo o que é pequeno e mesquinho.

A Arte é um refúgio onde o homem encontra o repouso para as suas preocupações vitais, nascendo nele o sentimento da adoração e da admiração, desenvolvendo a simpatia, produzindo o respeito, contribuindo para uma melhor educação individual e coletiva, local, nacional, comunitária e universal.

A Arte, destinada por essência a elevar o homem, pode também produzir efeitos nocivos, mas cuja responsabilidade cabe, exclusivamente, ao espectador ou ao artista. A arte-pela-arte será sempre verdadeira quanto se pretende exprimir um fim próprio, orientada no sentido último do homem que é Deus, sem O qual o homem não pode viver, para O qual o homem procura convergir, precisamente pela Arte, que é cultura, síntese do que há de mais perfeito, numa época, num país, numa sociedade, por isso, país sem arte é país sem cultura, sem perspectivas, sem sentido último supremo.

2. Três Ensaios sobre a Arte

a) Uma Expressão Existe Que Não Chega a Ser Arte.

Toda a Arte é expressão, mas nem toda a expressão é Arte, porque, efetivamente, não há Arte no deficiente que é mudo, como não há Arte naquele que emotivamente se exprime de forma inarticulada. A Retórica no sentido depreciativo, deturpando a palavra, simulando expressão, também não é arte.

A expressão artística não pode ser deficiente, nem transcendente, nem insuficiente, nem excessiva, mas pode haver arte na introdução intencional do teatro, da pintura, da escultura, da arquitetura. No estudo sobre a arte, o autor destas três situações, José RÉGIO, destaca igual número de aspectos eliminatórios de arte.

Uma expressão existe que não chega a ser Arte, pela qual se pode imaginar uma pessoa que, visivelmente emocionada, não consegue exprimir-se com clareza e rigor, por mais compreensível que seja a mímica, por mais profunda que seja a sua dor, no entanto, tais manifestações são uma forma de expressão.

Toda e qualquer expressão vital: desde o silêncio ao grito angustiado; da tristeza à alegria; da alteração da fisionomia à descompostura do corpo; exprime a cada instante a infinita complexidade da vida psíquica do ser humano, mas tais expressões vitais não são expressão artística, porque lhes faltam a intencionalidade, porque revelam sinceridade, porque denotam espontaneidade, porque não há o compromisso de suscitar a admiração, nem a preocupação do receio da crítica.

A expressão artística é uma representação mediata, indireta, em relação à expressão vital, tendo, apesar disso, de comum o ser humano, daí que a reciprocidade entre as duas expressões seja uma realidade, na medida em que o artista precisa de ser uma pessoa superiormente dotada, em experiência humana, isto é, rica em sentimentos, emoções e ideias.

A arte vai beber à expressão vital quando um simples gesto humano é captado, descrito ou interpretado por um pintor, romancista ou ator, ela até complementa a expressão vital, tornando-se, por vezes, uma substituta da vida.

Com efeito: «muitas vezes a expressão artística se afirma suplente duma expressão vital frustrada ou incompleta (…) ganhando mais força e realidade, atingirem superior profundeza e superior subtileza (…) aqueles instintos, tendências, impressões, emoções, sentimentos, ideias a que o artista não soube, não pôde ou não quis dar expressão vital.» (RÉGIO, 1980:25). Apesar de tudo a expressão artística não substitui a expressão vital, nem tão pouco uma se reduz à outra.

A expressão artística é interessada, intencional, dirigida, ao contrário da expressão vital que é espontânea, reflexiva e imprevidente, todavia certas atitudes da expressão vital, como o rir, o chorar e o gritar, podem transformar-se em expressão artística se a intenção é efetivamente fixar e comunicar, dentro dos mais amplos limites, no espaço e no tempo, porém, a pura expressão vital, no seu aspecto mais rudimentar, espontâneo, não chega a ser expressão artística, precisamente por lhe faltar intencionalidade, premeditação, fixação e comunicação.

Naturalmente que tais limites definidores, são-no dentro de um relativismo mais ou menos dilatado e subjetivista.

b) Uma Expressão Existe que Transcende a Arte.

Podemos encontrá-la no misticismo, isto é, na atitude que conduz a pessoa ao êxtase, à profundeza dos seus sentimentos, ao elevar-se das suas aspirações, ao fervor com que defende as suas convicções.

O místico manifesta, também ele, uma expressão vital em todos os actos objecto da sua sinceridade, mas é uma expressão vital de tal forma profunda e concentrada que em nada se assemelha àquela outra expressão vital espontânea, desarticulada, irrefletida.

Assim e a título de exemplo, o autor de referência refere que «… pela sua intensidade e profundeza, pode o amor místico inspirar (…) acentos cuja vibração ultrapasse a da mais viva expressão do amor humano; da própria expressão ou paixão sensual.» (Ibid. 33). Um místico pode coexistir no artista e, nesta situação, poderia dar expressão artística às suas experiências místicas, mas é como artista que ele exprimirá o seu misticismo, mas nunca simultaneamente as duas atitudes, isto é, místico e artista.

A expressão mística transcende a expressão artística, porque o místico deixará de o ser quando tentar explicar e comunicar aos homens aquele estado tão íntimo em que se encontra, sempre que em silêncio, ou em oração muda perante Deus, ou num envolvimento de Graça com Deus, enfim, sempre que numa dádiva profunda e entrega total a Deus, porque tais expressões, profundamente íntimas, não são traduzíveis pela arte, não são explicáveis, nem comunicáveis para os vulgares humanos, por mais artísticas que sejam.

O conceito de místico até agora discutido é, talvez, demasiado seletivo e por isso, se degradarmos um pouco tal conceito, então, poderemos admitir o artista místico, se ele realiza a sua obra a partir de uma vida intensa e profunda, de autêntica inspiração, encontrando-se tais estados envolvidos em algum mistério, deixando, porém, de o ser quando o artista se mistura à vida, e desta adquire uma experiência que vai permitir-lhe realizar uma obra, para cuja concretização se tem de especializar, ou seja, separar-se e elevar-se da vida, encerrar-se numa “torre de marfim”, e esquecer tudo o que não seja aquela realização.

Ora, o autor considera que: «sem torre de marfim não chegaria a haver expressão conseguida, obra de arte realizada. Sem a descida à vida, nem essa expressão seria expressão artística: pois seria o continente sem conteúdo, a expressão sem o expresso – expressão retórica em seu sentido pejorativo.» (Ibid. 43)

c) Uma Expressão Existe que, Tanto por Insuficiência como por Excesso, Pretende e Não Consegue Atingir a Arte.

O significado da retórica vai ser aqui utilizado: primeiro, no seu sentido pejorativo, mais corrupto e, portanto, pode ser usado pelo músico, pelo escultor, pelo escritor, quando as suas artes são menos sinceras, mais pretensiosas.

A Retórica é, portanto, uma forma de expressão, diferente da expressão vital e da expressão mística, a arte-pela-arte, segundo alguns, expressão retórica, defende RÉGIO, que considera: «Produto de um esforço e de um talento desacompanhados da necessária riqueza humana, vital, do sujeito.» (Ibid. 51)

Há quem pense que o cultor da retórica é complicado, enfático e falso, ao contrário do verdadeiro artista, por isso, dizem, a expressão retórica é tão excessiva quanto deficiente, facto que face às suas produções nos leva facilmente a distinguir o fundo e a forma, o poeta e o artista.

Qualquer obra de arte denota as suas insuficiências e desequilíbrios a partir da distinção entre fundo e forma, porque a obra de arte é exatamente uma síntese, uma unificação, uma solução do problema, posto por tal dualidade, isto é, uma solução que se baste e nos basta, ou seja, a arte-pela-arte, mas a expressão retórica não basta e por isso ela é insuficiente para ser arte, porque o que opõe a expressão artística à expressão retórica é que aquela basta-se e esta não, e o que permite aquela bastar-se é a sua dificuldade real de distinção entre fundo e forma, é ser ela uma unificação, uma síntese.

A dificuldade de distinção gera o equilíbrio, a correspondência profunda no criador de uma expressão vital e uma expressão artística. A Retórica resulta da aspiração a grande artista do homem médio, o qual vai gerar a expressão Retórica que, por sua vez, vai simular a expressão artística, afigurando-se pobre e banal a experiência destes homens, logo, o seu fundo será, necessariamente, insuficiente, o desequilíbrio interno evidente, nítida a distinção entre fundo e forma.

Não poderemos exigir arte a quem não tem uma expressão vital individual, não poderemos exigir romances épicos da vida coletiva a um psicólogo do individual, porque de contrário teremos a falsidade da arte, expressão retórica, simulação daquela arte humana que só a verdadeira arte pode dar.

Finalmente, a palavra retórica tomada no seu sentido mais puro, referir-se-á aos documentos que, não sendo arte, tão-pouco o pretendem ser, tais como compêndios de ensino, uma cópia fiel de qualquer quadro célebre, uma reprodução escultórica, poderão ser exemplos de expressão retórica no melhor sentido e alargado o significado do vocábulo a ramos de arte, que não só a palavra escrita ou falada.

Os três aspectos da expressão – vital, mística e retórica – todos coexistentes numa mesma sociedade, em nada se podem equiparar à expressão artística, porque: ou ficam aquém, ou além ou pretendem e não conseguem essa mesma expressão artística.

A expressão artística é então uma intenção profunda e jogo, imitação aparente e transfiguração do real. Sendo movimento, som, palavras, linhas, cores, volumes, a arte é um jogo que nos agrada enquanto desperta o bom gosto, o lindo, o formoso, enfim, o belo, segundo a formação íntima do recetor dessa obra de arte, ou seja, ser dotado de uma expressão vital profunda, embora o senso de obra de arte esteja reduzido ao mínimo, ou pelo contrário, ser o apreciador da obra de arte um intelectual, alheio às vivências da vida, mas profundamente culto nas questões do teatro, um fino especialista nessa arte.

Assim, para o primeiro espectador impõem-se os aspectos referentes à expressão vital, que se relaciona com a intenção profunda da arte, de fixação e comunicação, enquanto que, ao segundo espectador, pelo contrário, impõem-se os pormenores que, sendo jogo, opera sobre a realidade imitada, uma transfiguração do real, portanto, a arte é: intenção profunda e jogo; imitação e transfiguração do real; premeditação; logo na sua criação.

A arte não é um bloco hermético, uno e individual, mas pelo contrário, é uma multiplicidade de combinações, que no seu conjunto formam a totalidade do ser interior, cada ramo de arte há-de contribuir para o todo que é a arte segundo o fim que o artista se propõe focar e comunicar.

Mas a arte tanto serve para enaltecer e divulgar a dignidade humana, pois ela é um produto do homem; como também é utilizada para fins específicos doutras atividades e: «seriam simplesmente ridículos a não serem perigosos por usarem de todos os meios, incluindo a violência e a difamação, quaisquer pretensões à imposição de qualquer vontade externa a vontade involuntária do artista criador.» (Ibid. 72)

A expressão artística é mediata, indireta, joga com elementos de vária ordem, implica escolha e é profundamente tendenciosa, porque se propõe fixar e comunicar; pelo contrário, a expressão mística é constituída pelas experiências incomunicáveis, inexprimíveis, silêncio e passividade, êxtase e inibição; por fim, existe uma outra expressão, a retórica, que pretende ser arte, mas que devido à distinção que opera entre estilo e ideia, forma e fundo, não chega a ser arte por insuficiente, nem chega a ser arte por excessiva fragmentação do ser total e interior.

A verdadeira arte está na coadjuvação entre a expressão e o expresso, em que o estilo é o homem, em que o grande artista é aquele que tem uma vida interior profunda, rica e intensa. Toda a arte começa por ser imitação da vida.

A terminar poder-se-á afirmar com RÉGIO que a arte é: «Uma expressão transfiguradora da mera expressão vital, um jogo em que se revelam todas as fundas intenções do homem» mais: «Toda a arte subentende comunicação (…) visa ao universal e ao eterno (…) a expressão vital e as intenções profundas (…) pertencem a todos os homens, de todos os tempos e lugares. Eis como toda a verdadeira arte é humana.» (Ibid.77-78)

3. Crítica Pessoal

Se a expressão vital, na sua manifestação mais originária e espontânea não chega a ser arte, por lhe faltar a intencionalidade, a fixação e a comunicação; então, a expressão mística ultra-humana, enquanto atitude sincera de diálogo em silêncio, oração sem palavras, êxtase perante Deus, recolhimento profundo, fé sublime e esperança numa outra vida, também não é arte porque a transcende.

Igualmente, a expressão retórica no seu significado mais pejorativo e corrupto de verbalidade fútil, de jogo de palavras, cores, linhas, planos e volumes, pretende ser arte mas não o sendo por insuficiente e desequilibrada.

Tomando para a expressão retórica um outro significado para o seu vocábulo, no sentido mais puro e lato, em que se manifesta pelos vários ramos da arte, também aqui a mesma expressão pretende ser arte, não o sendo por excesso de formas numa multiplicidade que desunifica o ser, que distingue o fundo da forma, o homem do estilo, enfim, que não é a totalidade do ser interior, todo em si mesmo.

Então o que é a arte? Intenção profunda e jogo, transfiguração do real, fixação e comunicação! Creio que arte pode ser, também, algo de supremo na simplicidade da expressão multifacetada da natureza, enquanto criação perfeita, primordial e originária, espontânea, intencional e comunicativa.

Nesta simplicidade multifacetada da natureza encontramos a expressão artística do Criador, obviamente a Arte em si, desde a concepção, desenvolvimento e morte da simples planta ao mais complexo dos seres animais – o Homem –, encontramos uma arte, beleza perfeita, porque originária do Criador incriado, intencional e comunicativa, porque Ele ao colocar no mundo tudo o que à nossa volta encontramos, fê-lo com a intenção de propiciar a todos os entes as melhores condições de existência, num círculo eterno hierarquizado segundo a Sua Vontade.

Disposição dos astros, da terra, da água, da fauna e da flora, são a cabal prova da arte que preexistiu à criação do mundo, não olvidando a comunicabilidade entre cada uma das espécies e entre estas e o Mundo, nas suas mais diversificadas formas, desde o contacto do vento com a terra, as coisas, as plantas e os animais, à convivência entre os homens, qualquer que seja a sua situação, posição geográfica, existe sempre uma possibilidade de comunicação. Não será isto arte? Creio que sim. E tanto mais creio quanto é certo que a arte humaniza a vida concreta porque ela é expressão universal aplicada ao condensado da existência ecuménica.

É claro que não se pode descurar a intervenção da ciência e da técnica na explicação de inúmeros fenómenos que hoje explicam, de forma verificável o funcionamento físico do mundo, todavia, ainda parece estarmos muito longe de uma explicação cabal de alegados acontecimentos, se realmente existem, como alguns afirmam: Extraterrestres: OVNI’s. Alguns “mistérios” da antiguidade, deixaram-no de o ser, justamente graças à inteligência e capacidades humanas.

A arte é, efetivamente, expressão vital porque ao fabricar a beleza e provocar a emoção estética ela atinge o homem todo, em corpo e alma, possibilitando-lhe a experiência de vida.

Por outro lado, a arte, a expressão perfeita, dá um gozo espiritual tão profundo que o homem, portador deste privilégio, bem pode considerar-se a caminho da sua realização plena, porque ao sentir o êxtase de tal gozo, ele dá-se conta que um maior deleite o espera se, lógica e esperançadamente acreditar no Artista que idealizou e realizou obra tão maravilhosa, como é a própria Natureza, da qual aquele mesmo homem é uma peça importantíssima.

A Arte, expressão vital; a Arte, expressão mística; a Arte expressão retórica, não é mais, nem menos, do que uma ínfima parte da Arte que nos transporta ao gozo de um mundo melhor, à plenitude inefável duma companhia eterna, infinitamente bela, prodigiosamente perfeita. A Arte que assim nos pode conduzir a uma vida plena e puramente realizada é a Arte Espiritual, pela qual o homem se concretiza à imagem e perfeição do seu próprio Criador.

A espiritualidade das vivências vitais, concretas e sinceras, mas também intencionadas, orientadas, interessadas num supra-humano é, decididamente, a Arte de hoje, de amanhã, do agora e sempre. Em suma, a expressão artística é a síntese da alma e corpo, espiritualização de imagens, jogo puro da vida.

É, portanto, indispensável viver a vida com arte, aperfeiçoando a nossa humildade, aprofundando a nossa espiritualidade, até que possamos ser uma verdadeira obra de arte que Deus pôs no Mundo à sua própria imagem. Pela Arte de sermos Pessoas e com a Arte da nossa expressão vital e espiritual, aproximamo-nos da Arte-em-si, para com Ela unificarmos a Arte-Final, a identidade homem-Deus.

Bibliografia:

BÁRTOLO, Diamantino Lourenço Rodrigues de, (2002). “Silvestre Pinheiro Ferreira: Paladino dos Direitos Humanos no Espaço Luso-Brasileiro” Dissertação de Mestrado, Braga: Universidade do Minho, Lisboa: Biblioteca Nacional, CDU: 1Ferreira, Silvestre Pinheiro (043), 342.7 (043).

BARTOLO, Diamantino Lourenço Rodrigues de, (2009). Filosofia Social e Política, Especialização: Cidadania Luso-Brasileira, Direitos Humanos e Relações Interpessoais, Tese de Doutoramento, Bahia/Brasil: FATECTA – Faculdade Teológica e Cultural da Bahia.

CHÂTELLET, F., (1983). História da Filosofia. Lisboa: D. Quixote.

HUISMAN, D., (1981). A Estética. Biblioteca Básica de Filosofia. Lisboa: Edições 70

MENDES, J., (1982). Estética Literária. Lisboa: Editorial Verbo

PETERS, F. E., (1974). Termos Filosóficos Gregos. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian

RÉGIO, José, (1980). Três Ensaios sobre a Arte. Em Torno da Expressão Artística. 2ª Ed. Porto: Brasília Editora.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo 

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