Só depende de você!

 

            Certa vez, um mestre lançou uma pergunta ao seu discípulo: ”se alguém tentar lhe entregar um presente, mas você não o aceitar, de quem é o presente?” Rapidamente o discípulo respondeu que o presente era de quem tentou entregar. Sabiamente, o mestre respondeu: “assim é com a sua vida, meu discípulo. Se você não aceitar o que as pessoas querem lhe entregar, eles continuam sendo de quem tentou lhe entregar”. Intrigado o discípulo quis saber o real ensinamento do mestre, que lhe desferiu uma sábia resposta: “meu filho, se alguém lhe sacudir a mente com a inveja, o rancor, o ódio, a desmotivação, o desânimo, tentando entregar essas coisas a você, esses “presentes” serão seus, somente se você permitir, se você os aceitar”. Inteligentemente o discípulo compreendeu o que seu mestre lhe ensinou.

            Tenho visto pessoas imergindo num oceano de lamentações, gravitando na órbita do que os outros lhe fazem, ou seja, dos “presentes” que as pessoas tentam lhe entregar. Se formos capazes de golpear ousadamente nossa mente com excelentes pensamentos, com registros profícuos, se tivermos órbita própria, não seremos surpreendidos pelo que outros farão para tentar nos derrubar. Se o mundo nos abandona, ainda assim poderemos vencer na batalha da vida, mas, se nós nos abandonamos, nossa existência já estará derrotada.

            Nós, escritores, palestrantes, consultores, fazemos um tremendo esforço para estimular pessoas a assumirem as rédeas da sua vida pessoal e profissional. Sabemos que embora a motivação surja do mais íntimo do indivíduo, para que ela aflore, precisa de estímulos. Nenhum evento motivacional é capaz de mudar a trajetória de uma pessoa, mas, sem dúvidas, é capaz de mostrar que ela pode reeditar sua história, parar de reclamar do passado e agir no presente, para promover um espetacular futuro.

            Contudo, poucos promovem uma verdadeira reflexão nos bastidores da mente das pessoas que participam dos eventos. Não conhecem o essencial do registro dos pensamentos nem comentam que, a partir deles, é que surgem os comportamentos, as atitudes e as ações. Por isso, muitos descrêem do poder dos treinamentos motivacionais, comportamentais.

            Verdadeiramente, o ser humano que não é instruído a tomar posse da sua existência, reconhecer que será por meio de registros produtivos em sua mente que poderá mudar o curso da sua História, frustrar-se-á não somente com as palestras, cursos, mas, será eternamente frustrado com seus resultados, sem saber que o grande responsável é ele próprio, e não o mundo que culpa.

            É fundamental que provoquemos o ser humano para uma grande reflexão, na qual ele seja capaz de fazer uma das perguntas mais devastadoras que revela respostas que, de fato, propiciarão resultados extraordinários, sem forem seguidas de ações. Que pergunta é essa? “Onde foi que eu errei?”, essa é a pergunta.

            Enquanto aceitarmos passivamente a ideia de que nossos pais, amigos, irmãos, chefes, Deus, são os responsáveis pela colheita que estamos tendo, não seremos capazes de nos regozijarmos no aroma inconfundível do entusiasmo, nas mansas águas da superação e determinação. Ficaremos enlodados no lamaçal das desculpas para péssimos resultados.

            Tenho mais de duas mil páginas escritas. Jamais seriam publicadas se eu aceitasse os conselhos e os “presentes” que algumas pessoas me ofertam. Porém, procuro gravitar em órbita própria, reconhecendo que terei cem por cento de chances de insucesso, caso eu nem tente publicá-las. Todavia, se eu publicar cem dessas páginas, já terei rompido a íngreme barreira dos que se julgam limitados e impedidos a agir, por que valorizam mais as críticas desagradáveis que recebem, àquilo que acreditam, que amam fazer.

            Precisamos entender que a trajetória dos que procuram realizar seus sonhos, normalmente, é repleta de pedras, espinhos. Entretanto, eles não desistem. Juntam as pedras, constroem castelos e cicatrizam as feridas deixadas pelos espinhos com altas doses de superação, garra, entusiasmo e fé. Fazem das suas tristezas raios para iluminar os caminhos que os levarão às alegrias. Se errarem, recomeçam, se perderem, continuam e recuperam. Sofrem, choram, mas vão em frente. Não se lastimam pelo passado. Entendem que a maneira mais rápida para o fracasso é encontrar culpados, arranjar desculpas e não soluções.

            Não sou melhor que nenhum ser humano. Sou comum, como milhões de pessoas que, neste exato momento, estão fazendo aquilo que tantos outros julgam impossível. Procuro fazer das incertezas uma força propulsora, pois a inércia já é a certeza do fracasso.

            Dizer que “só depende de você” parece insanidade. Mas, temos visto que a maior loucura do ser humano de hoje é acreditar que fazendo as mesmas coisas sempre, terá resultados diferentes.

            Peça ao Autor da existência para que lhe apoie, mas procure refletir se Ele agirá apenas depois que o que depender de você, for feito.

            Um abraço e felicidades sempre!

 

            Professor Paulo Sérgio

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