Atualmente um dos grandes problemas enfrentados por grandes centros urbanos, como Belo Horizonte, é; a situação da coleta e reciclagem de lixo. Em termos de definição segundo o dicionário Houaiss, lixo é: “1 – objeto sem valor ou utilidade, restos de trabalhos domésticos, industriais etc. que se joga fora”. Já a reciclagem é: “1- reaproveitamento de materiais.”

Esse relatório procura abordar o iminente aumento do lixo produzido pela população Belo Horizontina e associá-lo a falta de investimento no gerenciamento da coleta e reciclagem do lixo. Os responsáveis pela saúde pública do município têm como desafio ampliar a estruturação da coleta e reciclagem, como a conscientização dos moradores pouco instruídos.

Com a evolução da sociedade moderna o destino do lixo tende a traçar rumos diferentes dos habituais. No entanto, para um crescente desenvolvimento de ações é necessário um planejamento específico e um maior interesse político.

A falta de planejamento fica mais explícita em números, a capital mineira possui 489 bairros e a coleta seletiva funciona em apenas 30, todos na região centro-sul. São apenas 6,1% dos bairros com coleta seletiva em BH. Outro entrave é a falta de galpões para o destino do lixo coletado. Além da dificuldade em manter iniciativas simples, como os Locais de Entrega Voluntária.

O total de lixo reciclado em Belo Horizonte diariamente gira em torno de 30 toneladas. Toda essa parcela vai para as sete associações conveniadas com a Prefeitura. Nesses espaços, todo material reciclável como, papel, plástico, vidro, metais são separados, triturados ou compactados. Após esse processo, são colocados em fardos para serem revendidos a indústrias de reciclagem.

As associações de catadores da capital já trabalham em sua capacidade máxima. Para o diretor de Planejamento e Gestão da SLU, Lucas Paulo Gariglio, a maximização dessa capacidade só é possível através da criação de novas associações em BH. Segundo ele, há uma qualificação dos catadores, com a intenção de aumentar o fluxo de materiais e reduzir a densidade de lixo não aproveitável.

O não aproveitamento do lixo pode causar inúmeros prejuízos à sociedade, pois polui o solo, a água, o ar (através de reações químicas), além de atrair e possibilitar o desenvolvimento de insetos que transmitem doenças. Como exemplo o Aedes Aegypti, que é gerado em ambientes onde há acumulo de água, geralmente em diversos tipos de lixo. Fato que poderia ser simplesmente resolvido com o destino correto e eficiente do lixo produzido. 

Belo Horizonte têm uma população de aproximadamente dois milhões e meio de pessoas que produzem cerca de 3,8 mil toneladas de lixo doméstico. Todo esse resíduo vai para um único local o Centro de Tratamento de Resíduos Macaúbas em Sabará. Mensalmente o Centro de Resíduos Macaúbas recebe cerca de 98,8 mil toneladas de lixo e míseros 0,5% são destinados a reciclagem. E para agravar mais a situação esse Centro fica as margens do Rio das Velhas.

Segundo um estudo realizado pela organização mundial Price Water House Coopers entre as 14 cidades pesquisadas no Brasil e no mundo Belo Horizonte é a última colocada com o pior investimento no setor.  

Já a conscientização da importância da coleta seletiva e da reciclagem de lixo deve ser estimulada pelos órgãos públicos para a compreensão de cada cidadão. O lema sempre é e será; “Não jogue lixo no chão”. Tal, muitas vezes satirizado e ironizado por muitos cidadãos desinformados das consequências de suas ações.

A atual gestão possui um bom projeto de educação ambiental a UEA (Unidade de Educação Ambiental) em parceria com a SLU (Superintendência de Limpeza Urbana). Esse projeto visa à realização de atividades com enfoque na educação para limpeza urbana e reciclagem de resíduos.

A UEA trabalha com todas as classes sociais da população. Lá é estudado a importância do pensamento coletivo, da educação ambiental e da inclusão social para a questão do tratamento do lixo.

Esse tipo de ação e as demais informações fornecidas nesse relatório deveriam ser mais divulgadas para que uma grande quantidade de pessoas possam ter acesso a essas políticas educacionais. Inserir Tais informaçãoes na grade curricular dos alunos em formação. Assim não veriam apenas o teórico, mais se auto inseririam na prática, pois todos fazem parte dessa cadeia responsável pela situação atual do lixo na capital mineira.