Situação atual da coleta e reciclagem de lixo em Belo Horizonte
Publicado em 24 de maio de 2012 por Bruno Henrique Maciel Barbosa
Atualmente um dos grandes problemas enfrentados por grandes centros urbanos, como Belo Horizonte, é; a situação da coleta e reciclagem de lixo. Em termos de definição segundo o dicionário Houaiss, lixo é: “1 – objeto sem valor ou utilidade, restos de trabalhos domésticos, industriais etc. que se joga fora”. Já a reciclagem é: “1- reaproveitamento de materiais.”
Esse relatório procura abordar o iminente aumento do lixo produzido pela população Belo Horizontina e associá-lo a falta de investimento no gerenciamento da coleta e reciclagem do lixo. Os responsáveis pela saúde pública do município têm como desafio ampliar a estruturação da coleta e reciclagem, como a conscientização dos moradores pouco instruídos.
Com a evolução da sociedade moderna o destino do lixo tende a traçar rumos diferentes dos habituais. No entanto, para um crescente desenvolvimento de ações é necessário um planejamento específico e um maior interesse político.
A falta de planejamento fica mais explícita em números, a capital mineira possui 489 bairros e a coleta seletiva funciona em apenas 30, todos na região centro-sul. São apenas 6,1% dos bairros com coleta seletiva em BH. Outro entrave é a falta de galpões para o destino do lixo coletado. Além da dificuldade em manter iniciativas simples, como os Locais de Entrega Voluntária.
O total de lixo reciclado em Belo Horizonte diariamente gira em torno de 30 toneladas. Toda essa parcela vai para as sete associações conveniadas com a Prefeitura. Nesses espaços, todo material reciclável como, papel, plástico, vidro, metais são separados, triturados ou compactados. Após esse processo, são colocados em fardos para serem revendidos a indústrias de reciclagem.
As associações de catadores da capital já trabalham em sua capacidade máxima. Para o diretor de Planejamento e Gestão da SLU, Lucas Paulo Gariglio, a maximização dessa capacidade só é possível através da criação de novas associações em BH. Segundo ele, há uma qualificação dos catadores, com a intenção de aumentar o fluxo de materiais e reduzir a densidade de lixo não aproveitável.
O não aproveitamento do lixo pode causar inúmeros prejuízos à sociedade, pois polui o solo, a água, o ar (através de reações químicas), além de atrair e possibilitar o desenvolvimento de insetos que transmitem doenças. Como exemplo o Aedes Aegypti, que é gerado em ambientes onde há acumulo de água, geralmente em diversos tipos de lixo. Fato que poderia ser simplesmente resolvido com o destino correto e eficiente do lixo produzido.
Belo Horizonte têm uma população de aproximadamente dois milhões e meio de pessoas que produzem cerca de 3,8 mil toneladas de lixo doméstico. Todo esse resíduo vai para um único local o Centro de Tratamento de Resíduos Macaúbas em Sabará. Mensalmente o Centro de Resíduos Macaúbas recebe cerca de 98,8 mil toneladas de lixo e míseros 0,5% são destinados a reciclagem. E para agravar mais a situação esse Centro fica as margens do Rio das Velhas.
Segundo um estudo realizado pela organização mundial Price Water House Coopers entre as 14 cidades pesquisadas no Brasil e no mundo Belo Horizonte é a última colocada com o pior investimento no setor.
Já a conscientização da importância da coleta seletiva e da reciclagem de lixo deve ser estimulada pelos órgãos públicos para a compreensão de cada cidadão. O lema sempre é e será; “Não jogue lixo no chão”. Tal, muitas vezes satirizado e ironizado por muitos cidadãos desinformados das consequências de suas ações.
A atual gestão possui um bom projeto de educação ambiental a UEA (Unidade de Educação Ambiental) em parceria com a SLU (Superintendência de Limpeza Urbana). Esse projeto visa à realização de atividades com enfoque na educação para limpeza urbana e reciclagem de resíduos.
A UEA trabalha com todas as classes sociais da população. Lá é estudado a importância do pensamento coletivo, da educação ambiental e da inclusão social para a questão do tratamento do lixo.
Esse tipo de ação e as demais informações fornecidas nesse relatório deveriam ser mais divulgadas para que uma grande quantidade de pessoas possam ter acesso a essas políticas educacionais. Inserir Tais informaçãoes na grade curricular dos alunos em formação. Assim não veriam apenas o teórico, mais se auto inseririam na prática, pois todos fazem parte dessa cadeia responsável pela situação atual do lixo na capital mineira.