1 – INTRODUÇÃO

A busca da qualidade da atenção dos serviços de saúde deixou de ser uma atitude isolada e tornou-se hoje um imperativo técnico e social. A sociedade está exigindo cada vez mais a qualidade dos serviços a ela prestados. Esta exigência torna fundamental a criação de normas e mecanismos de avaliação e controle da qualidade assistencial.Uma vez que a garantia da qualidade exige um maior nível de profissionalismo e, conseqüentemente, um melhor desenvolvimento técnico, a meta final de um programa de busca da qualidade deve ser a busca da satisfação do paciente, por intermédio de uma atenção competente, com um mínimo de complicações ou seqüelas.

A Acreditação Hospitalar é uma metodologia de consenso, racionalização e de ordenamento dos hospitais e, principalmente, de educação permanente do pessoal de serviço e de seus líderes. O primeiro passo para a sua viabilização é a existência do "Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar", que estabelece os itens que devem ser avaliados de forma explícita e objetiva. O segundo componente relaciona-se com a existência de uma "Organização Nacional de Acreditação", com representações dos diversos segmentos sociais relacionados com a saúde.

Na lógica do processo de acreditação, não se avalia um serviço ou departamento isoladamente. Mesmo que um serviço do hospital esteja plenamente montado, com excepcional qualidade e que tenha alcançado um grau de complexidade compatível com o nível 3, por exemplo, a instituição será acreditada no nível 1 se os outros serviços não conseguirem alcançar níveis superiores a este.

"O propósito deste enfoque é reforçar o fato de que as estruturas e processos do hospital são de tal ordem interligados, que o funcionamento de um componente interfere em todo o conjunto e no resultado final" (MS/ONA, 2001).

Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar (PBAH) visa ao amplo entendimento de um processo permanente de melhoria da qualidade assistencial, mediante a acreditação periódica da rede hospitalar pública e privada. Para tanto, instituiu no âmbito hospitalar mecanismos para auto-avaliação e aprimoramento contínuo da qualidade da atenção médico-hospitalar. Sua viabilização se dá através do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar (MBAH) e da Organização Nacional de Acreditação (ONA), (LIMA & ERDMANN, 2006).

Atualmente os vários hospitais estão preocupados, não somente em tratar, mas também em oferecer qualidade de tratamento, isto nos leva a aprofundar os estudos para atingir a qualidade da assistência prestada.

O enfermeiro é o profissional que tem sido responsável para coordenar muitas atividades assistenciais, organizando o ambiente, exercendo um trabalho coletivo que depende da coordenação de atividades que reúnem conhecimento e habilidades para alcançar os objetivos assistenciais desejáveis em concordância com os da organização.

A prática educativa é de fundamental importância na enfermagem, tanto para o paciente como para o profissional, assim, a instituição tem responsabilidade em propor programas apropriados às necessidades de qualificação em novas situações, reciclar seus trabalhadores, qualificando-os para as novas exigências assistenciais ou para as mudanças necessárias frente à assistência e qualidade (BOLLER, 2006).

É importante que se entenda que uma das formas de se criar uma nova mentalidade em qualidade dos serviços de saúde, seria desenvolver programas específicos de educação continuada para a enfermagem, a fim de que todos fossem informados dos critérios de qualidade, ao tempo em que o pessoal ficaria mais motivado e capacitado para programar novos métodos de qualidade em saúde, como a Acreditação. Esta pode ser uma das medidas que pode tornar os enfermeiros conscientes a produzir qualidade de cuidados, a fim de traçar novas perspectivas nas operações assistenciais.

Assim, espera-se que os profissionais prestem um atendimento eficiente e de qualidade com domínio de técnicas, sistematizado e uniforme a todos os que dele necessitem. Nestas condições é imprescindível que a enfermagem esteja atenta para as anotações, que são atividades que devem fazer parte da assistência de enfermagem e são normalizadas pela instituição.

Segundo Mezomo (2001), a qualidade possui três dimensões: a técnica, que se refere à aplicação de conhecimentos científicos e técnicos na solução de problemas de saúde do cliente; interpessoal, da relação entre o prestador de serviços e o cliente, e a ambiental, relativa ao conforto e ao bem-estar.

A qualidade em enfermagem é uma jornada contínua em busca do consenso possível, continuamente revisado, da normalização de procedimentos e adequação constante do seu uso, atendendo às necessidades dos clientes, conforme defendido por Lentz (1996).

A acreditação hospitalar deverá ser meta principal de toda a instituição de saúde que busca a qualidade total dos serviços prestados. Diz-se que um estabelecimento hospitalar é acreditado quando seus recursos, processos e resultados possuem qualidade pelo menos satisfatória.

A problemática do estudo está permeada nos seguintes questionamentos: Como os enfermeiros percebem o processo de Acreditação Hospitalar?

Acredita-se que os enfermeiros podem desenvolver programas inovadores nas organizações, centrados em novas concepções de estrutura e propriedades dos seus serviços qualificados, visando melhores práticas em saúde e melhor qualidade do cuidado. Em uma Unidade de Terapia Intensiva passa a ser um desafio para as instituições de saúde, s hospitais têm-se transformado em centros especializados, o que os situa entre as mais complexas organizações e cuja qualidade de serviços precisa ser reconhecida pela sociedade. É comprometida com os serviços que oferece, possuindo conhecimentos específicos que podem conduzir suas ações administrativas em busca da excelência da assistência, por meio de uma prática planejada com vistas a um melhor trabalho.

Este estudo tem como objetivo discutir, apresentar e sistematizar os procedimentos realizados na Unidade de Terapia Intensiva, tendo em vista a melhoria técnica, controle de problemas de processos, minimização de riscos e efeitos colaterais conforme o Programa Nacional de Acreditação Hospitalar, Incentivar o Enfermeiro a Aprimorar seu sistema de análise crítica dos procedimentos da UTI. Visando à melhoria da técnica, controle de problemas, melhoria de processos, minimização de riscos e efeitos colaterais e descrever o quanto o cliente pode perceber a melhoria da qualidade do atendimento através da acreditação.

No propósito da acreditação a garantia de qualidade dos serviços prestado através de padrões pré-determinado e criação de vinculo associado à racionalização dos serviços de maneira a garantir a qualidade médico-hospitalar. Prevalece a intenção de garantir o cumprimento de normas de qualidades, favorecendo cada indivíduo como paciente e cidadão, a sociedade como um todo.

A melhoria dos processos da saúde, embora de maneira tardia, começa com uma boa base para trabalhar, e as expectativas e perspectivas para os resultados, justificam o esforço e a dedicação necessária à implantação na saúde. Estas normas estão sendo adaptadas ou criadas de acordo com a realidade das instituições do país, embora, certos hospitais ainda estejam extremamente distantes do que seja o sentido de qualidade, por desinteresse, ou apenas por ignorância do que os outros do mesmo setor estão fazendo.

2 – METODOLOGIA

Trata se de um estudo documental de caráter descritivo. A pesquisa documental assemelha-se a pesquisa bibliográfica. Segundo Gil (1991):

As fontes de pesquisa documental são mais diversificadas e dispersas do que as da pesquisa bibliográfica. Na pesquisa documental existem os documentos de primeira mão, ou seja, aqueles que não receberam nenhum tratamento analítico tais como os documentos conservados em órgãos públicos e instituições privadas, e os documentos de segunda mão que de alguma forma já foram analisados tais como: relatórios de pesquisa; relatórios de empresas; tabelas estatísticas e outros.

Para Lüdke (1986: 38), "a análise documental pode se constituir numa técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos, seja complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema."

Buscou-se, desta forma, como referência bibliográfica a Comissão Conjunta de Acreditação de Hospitais (The Joint Commission for the Accreditation of Health Care Organization - JCAHO), um órgão do governo americano para avaliação e credenciamento dos serviços de saúde, a Organização Nacional da Acreditação (ONA), e dados do Ministério da Saúde através do Manual Brasileiro de Acreditação hospitalar. Banco de Dados para pesquisa como Scielo, complementaram o levantamento bibliográfico.

Os descritores usados foram: cliente, qualidade, sistematização, acreditação hospitalar.

Varias instituições Hospitalares buscam o certificado de qualidade da assistência ao cliente mundialmente conhecida como Acreditação Hospitalar. O ambiente hospitalar, especialmente o de uma Unidade de Terapia intensiva devido à complexidade do atendimento prestado, bem como estrutura física, barulho, equipamentos que produzem ruídos sonoros e riscos de infecções, definiram-se como critérios de desenvolvimento as seqüelas, mas prováveis da Unidade de Terapia Intensiva, estabelecendo algumas variáveis clínicas como tempo prolongado de internação na terapia intensiva levando o cliente ao estresse e mensuração das Ulcera por Pressão por falta de mobilidade no leito, foram previamente padronizadas, segundo modelos internacionais.

A observação participante foi importante para a pesquisa, porque permitiram a caracterização do contexto que a unidade de terapia intensiva, a apreensão do modo de organização técnica e social do trabalho, e a identificação dos fatores de riscos e de aspectos do relacionamento da equipe e usuário. Além disso, possibilitou interação contínua com a assistência, suas vivências e relacionamento com os profissionais são fundamentais para captar os problemas que dificultam no titulo da Acreditação Hospitalar.

O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, para a implantação da Acreditação Hospitalar no Brasil garantem a qualidade da assistência nos hospitais brasileiros.

O Serviço de Enfermagem dentro do macro sistema hospitalar, interage com todas as áreas sob sua responsabilidade, de forma autônoma e em co-responsabilidade, orientado por instrumentos da estrutura organizacional tais como: regimento interno, organograma, sistemas de comunicação, técnicas e rotinas e sistemas de controle. A enfermagem exercita uma prática do cuidado sempre em busca de subsídios para a excelência do fazer profissional levando em consideração que a enfermagem pode contribuir com o processo de Acreditação Hospitalar.

3 – ACREDITAÇÃO HOSPITALAR ATRAVÉS DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E NO CONTROLE DE QUALIDADE

A sistematização da assistência de enfermagem constitui um meio para o enfermeiro aplicar seus conhecimentos técnico-científicos, caracterizando sua prática profissional, administrar seu tempo realizando tarefas com qualidade. A prática assistencial deve ser apoiada por sistemas de informação clínica adequados, completos e disponíveis, que garantam a segurança do paciente, através do suporte à tomada de decisão diagnóstica e terapêutica durante o tratamento de pacientes prevenindo eventos e desfechos adversos, corrigir rumos e melhorar continuamente a qualidade da assistência e a obtenção de dados e indicadores que permitam medir, avaliar e comparar o grau da qualidade assistencial oferecida à população-alvo. Segundo Marquis, (1999):

Para que uma instituição Hospitalar supere suas expectativas de crescimento e produtividade, resultado da valorização do ser humano em busca pelo certificado de Acreditação Hospitalar torna-se necessário uma orientação e treinamento aos profissionais envolvidos, realizando cursos internos e externos, programa de educação continuada para as áreas de enfermagem e de administração, os treinamentos de Acreditação Hospitalar e Motivação para a Qualidade. O controle de qualidade envolve o estabelecimento de padrões baseados em um modelo de cuidado que deve ser utilizado como instrumento de medida necessitando ser passível de mensuração atingível e que sirva como guia aos profissionais.

Sendo assim, a melhoria da qualidade na assistência de enfermagem tem configurado uma necessidade de revisar e modificar a prática e o papel do profissional de enfermagem no sentido de imprimir uma nova característica à sua atuação.

Como prestadoras diretas do cuidado ao cliente/paciente, o profissional Enfermeiro apresenta como fundamento de seu papel, a busca da qualidade da sua prática, através, entre outros, da identificação de problemas e da implementação de ações corretivas ao paciente, buscando dessa forma a melhoria da assistência de enfermagem.

De acordo com a Associação Brasileira de Acreditação (2005), o Manual Internacional de Padrões de Acreditação Hospitalar estão organizados em onze capítulos que correspondem às funções mais importantes e comuns a todas as organizações hospitalares. Estas funções estão divididas em dois grandes grupos: Funções relacionadas aos cuidados prestados aos pacientes e funções relativas à gerência da organização.

No primeiro grupo estão cinco funções: Acesso e Continuidade do Cuidado – ACC, Direitos do Paciente e Familiar – DPF, Avaliação do Paciente – AP, Cuidados ao Paciente – CP e Educação dos Pacientes e Familiares – EPF. No segundo grupo estão seis funções: Melhoria da Qualidade e Segurança do Paciente – QSP, Prevenção e Controle de Infecções – PCI, Governo, Liderança e Direção – GLD, Gerenciamento do Ambiente Hospitalar e Segurança – GAS, Educação e Qualificação de Profissionais – EQP e Gerenciamento da Informação – GI.

3.1 – Qualidade, Segurança e Indicadores assistenciais.

Segundo Donabedian (1997), "antes de se pensar em avaliar a qualidade da assistência, tanto em termos gerais como em situações específicas, é necessário que haja um acordo sobre como esta qualidade é definida e quais os elementos que a constituem".

A definição de qualidade é complexa, pois deve fazer referência a todas as suas dimensões e dependerá do ponto de vista de quem a define. Mas parece haver o consenso de que a qualidade assistencial. É um conceito complexo e amplo, cujos componentes estão registrados no quadro abaixo:

·Eficácia: é a habilidade da ciência médica em oferecer melhorias na saúde e no bem-estar dos indivíduos.

·Efetividade: é a relação entre o benefício real oferecido pelo sistema de saúde ou assistência e o resultado potencial de um "sistema ideal".

·Eficiência: é a habilidade de obter ao melhor resultado ao menor custo, isto é, a relação entre o benefício oferecido pelo sistema de saúde ou assistência médica e seu custo econômico.

·Otimização: é o balanço mais vantajoso entre custo e benefício, ou seja, é o estabelecimento do ponto de equilíbrio relativo, em que o benefício é elevado ao máximo em relação ao seu custo econômico.

·Aceitabilidade: é a adaptação dos cuidados médicos e da assistência à saúde às expectativas, desejos e valores dos pacientes e suas famílias. Este atributo é composto por 5 conceitos: acessibilidade, relação médico-paciente, hotelaria, preferências do paciente quanto aos efeitos da assistência, preferências do paciente quanto aos custos da assistência.

·Legitimidade: é a conformidade às preferências sociais relativas aos aspectos acima, isto é, a possibilidade de adaptar satisfatoriamente um serviço à comunidade ou à sociedade como um todo. Implica conformidade individual, satisfação e bem estar da coletividade.

·Equidade: é a determinação da adequada e justa distribuição dos serviços e benefícios para todos os membros da comunidade, população ou sociedade.

Quadro 1: Atributos relacionados à qualidade (DONABEDIAN, 1990).

Nessa mesma perspectiva, Juran & Gryna (1991) definem a qualidade segundo dois aspectos: os custos e os resultados. Em relação aos custos a qualidade é encarada como ausência de defeitos. No que tange aos resultados a qualidade consiste nas características do produto que satisfazem às necessidades do cliente, o que determina a aceitação do produto no mercado gerando lucro. A gestão da qualidade foi dividida em três pontos fundamentais: planejamento da qualidade; controle da qualidade e melhoria da qualidade.

"No processo produtivo em saúde, a em assistência em saúde não se refere à produção de produtos e sim à produção de serviços" (JURAN & GRYNA, 1991).

Entretanto, a mesma não pode ser desvinculada dos processos em desenvolvimento no seio da sociedade, especialmente, o movimento da qualidade. Assim, no setor saúde foram desenvolvidos importantes conceitos a respeito da qualidade da assistência nas instituições e atividades de saúde. Não se descarta a importância da realização de novos estudos, pois no presente pôde se identificar as principais causas de comprometimento do cuidado e propor um plano de ação, o que corresponde apenas ao primeiro passo para a melhoria do cuidado.

3.2 – Qualidade e Organização na assistência a saúde.

No Brasil, com a criação do Sistema Único de Saúde, em 1998 foi assegurada a garantia da saúde como direito do cidadão. Fez-se necessário o desenvolvimento de instrumentos gerenciais capazes de avaliar os serviços de saúde prestados a população.

Neste contexto, o Ministério da Saúde considera, então, [...] a gestão da qualidade uma possibilidade de minimizar, ou até mesmo solucionar os problemas apresentados pelo sistema de saúde e seus prestadores de serviço, pois, através da gestão da qualidade poder-se-ia resolver os problemas pertinentes à estrutura, aumentando a qualidade da assistência. (IDEC, 2003).

Segundo Holanda (1991), o termo acreditar significa "conceder reputação a; tornar digno de confiança". É neste sentido que se utilizam os termos acreditado (que merece ou inspira confiança), acreditador (que ou aquele que acredita) e acreditação (procedimento que viabiliza alguém ou algo ser acreditado). Conseqüentemente, um hospital que se submete ao processo de acreditação poderá ser acreditado por uma instituição acreditadora.

A Federação Latino-Americana de Hospitais, preocupada com a qualidade da Assistência Médico Hospitalar, escreveu um Manual incentivando a Criação de um Sistema de Acreditação Hospitalar (OPAS, 1992).

Neste manual foram citadas experiências bem sucedidas de alguns países pioneiros em processos de acreditação, dentre os quais se destacam os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália.

Em 1995 o Ministério da Saúde criou o Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde (PGAQS) que envolveu a criação da Comissão Nacional de Qualidade e Produtividade. Participaram representantes de provedores de serviços, da classe médica, órgãos técnicos relacionados ao controle de qualidade e representantes dos usuários dos serviços de saúde. Essa comissão iniciou o levantamento de Manuais de Acreditação utilizados no exterior Estados Unidos, Canadá, Catalunha/Espanha, Inglaterra e outros, além de manuais que começavam a ser utilizados no Brasil.

O Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade (PBQP) foi elaborado definindo diretrizes para a implantação de um processo de certificação de hospitais identificado como Acreditação Hospitalar.

O movimento de Acreditação de Serviços de Saúde se justifica pelo fato de que o programa de garantia da qualidade demonstra o interesse em investir na qualidade dos seus serviços. É essencial que um programa de acreditação inclua o país como um todo e que seja institucionalizado como parte do processo de avaliação, que se implante um mecanismo de garantia da qualidade.

É importante salientar que as principais vantagens dos programas de acreditação de Serviços de Saúde não são aqueles advindos da acreditação propriamente dita, mas, sobretudo dos períodos preparatório e posterior à avaliação. Durante este processo os profissionais envolvidos na instituição são mobilizados, criando a possibilidade de desenvolvimento de uma auto-avaliação e rigorosa revisão interna.

"Na Acreditação Hospitalar é obrigatório à existência de comissões em exercício para o controle de atividades do grupo de profissionais dentro do hospital, criando uma responsabilidade organizacional nas instituições de saúde e renovando o interesse acadêmico no hospital e na qualidade da assistência" (OPAS, 1992).

A enfermagem, como organização, tem possibilidade de inovação no seu trabalho. É comprometida com os serviços que oferece, possuindo conhecimentos específicos que podem conduzir suas ações administrativas em busca da excelência da assistência, por meio de uma prática planejada com vistas a um melhor trabalho.

É importante destacar que, para gerar uma nova mentalidade em qualidade dos serviços de saúde, devem-se incrementar os programas de educação continuada para conhecimento e reflexão sobre os conceitos de qualidade, os critérios de qualidade, a Acreditação e os demais aspectos relativos à gestão da qualidade.

3.3 – Acreditação Hospitalar como forma de atender as necessidades dos clientes na Unidade de Terapia intensiva.

A acreditação hospitalar é uma espécie de ramificação do programa de qualidade total, porém direcionado a instituições da área da saúde.

Para Fitzsimmons (2000, p.249), "a satisfação do cliente com a qualidade do serviço pode ser definida pela comparação entre a percepção do serviço prestado com a expectativa do serviço desejado".

Para atender as necessidades do cliente, satisfazendo-o e procurando superar suas expectativas, é necessário identificar, fundamentalmente, quais são as exigências desse consumidor do produto ou serviço. Quando a qualidade excede a expectativa dos clientes o serviço é percebido como excepcional.

Todos os padrões são organizados por graus de satisfação ou complexidade crescentes e correlacionados, de maneira que, para alcançar um nível de qualidade superior, os níveis anteriores obrigatoriamente devem ter sido satisfeitos. Para estabelecer o nível determinado por cada item deve-se iniciar a avaliação pelos níveis inferiores, até encontrar o nível cujas exigências não estão totalmente satisfeitas.

As exigências são indivisíveis quando se referem a mais de um padrão de qualidade e, se uma dessas exigências não estiver satisfeita considerar se apenas o nível imediatamente anterior atendido.

A intenção de cada padrão explica a importância deste. O padrão enuncia as expectativas que devam ser cumpridas para fins de acreditação hospitalar. O enunciado do padrão oferece sua intenção explicando a justificativa, o significado e a importância da norma. Segundo o Ministério da Saúde (1998):

A Unidade de Terapia Intensiva Constitui-se de um conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinados ao atendimento de pacientes graves ou de riscos que exijam assistências medicas e de enfermagem ininterruptas alem de equipamentos e recursos humanos especializados, podendo estar ligada a uma Unidade de Terapia Semi-intensiva.

3.4 – O processo de Acreditação Hospitalar.

O Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar é o instrumento de avaliação da qualidade institucional, o qual é composto de seções e subseções. Nas subseções existem os padrões definidos segundo três níveis, do mais simples ao mais complexo, do inicial ao mais desenvolvido e sempre com um processo de incorporação dos requisitos anteriores de menor complexidade.

Para cada nível são definidos itens de verificação que orientam a visita e preparação do hospital, para a acreditação hospital.

Cada padrão apresenta uma definição e uma lista de itens de verificação que permitem a identificação precisa do que se busca avaliar e a concordância com o padrão estabelecido.

O método de coleta de dados é a observação no local e contatos com os profissionais dos diversos serviços.

Todos os padrões são organizados por graus de satisfação ou complexidade crescentes e correlacionados, de maneira que, para alcançar um nível de qualidade superior, os níveis anteriores obrigatoriamente devem ter sido satisfeitos.

Para estabelecer o nível determinado por cada item deve-se iniciar a avaliação pelos níveis inferiores, até encontrar o nível cujas exigências não estão totalmente satisfeitas. As exigências são indivisíveis quando se referem a mais de um padrão de qualidade e, se uma dessas exigências não estiver satisfeita; considerar se apenas o nível imediatamente anterior atendido.

A intenção de cada padrão explica a importância deste. O padrão enuncia as expectativas que devam ser cumpridas para fins de acreditação hospitalar. O enunciado do padrão oferece sua explicando a justificativa, o significado e a importância da norma.

Segundo a Organização Nacional de Acreditação (ONA, 2003), "os níveis de qualidade de tratamento numa Unidade de Terapia Intensiva devem atender aos requisitos básicos da qualidade na assistência prestada ao cliente".

O serviço possui coordenação médica que articula as diferentes especialidades, com base no plano terapêutico e na atuação da equipe multiprofissional; dispõem de recursos humanos e materiais, equipamentos e medicamentos necessários aos procedimentos de diagnose e terapêutica.

Os itens de orientação estão descritos no quadro abaixo:

·Responsável Técnico habilitado.

·Equipe multiprofissional habilitada.

·Equipe médica da UTI conta com quadro de especialistas dimensionados conforme o modelo assistencial e o perfil de demanda.

·Equipe médica e de enfermagem exclusiva nas 24h e distribuição em escalas de plantão de acordo com o perfil de demanda e modelo assistencial.

·Equipe de enfermagem sob supervisão sistemática.

·Sistema de documentação e registros correspondentes aos procedimentos da assistência realizada na UTI.

·Distribuição dos leitos com condições de visualização constante dos clientes/pacientes.

·Sistemática para preservar o ciclo dia/noite dos clientes/pacientes internados.

·Respeito à privacidade do paciente.

·Procedimentos para garantir informações aos familiares e aos responsáveis pelo cliente/paciente.

·Horário ou política definida para as visitas externas aos pacientes.

·Material, instrumental, medicamentos e correlatos para a execução dos procedimentos, de acordo com o perfil de demanda e o modelo assistencial. Condições técnicas para o atendimento às emergências (materiais, medicamentos e equipamentos).

·Oxigênio, ar comprimido e aspiração com saídas individuais para cada leito.

·Disponibilidade imediata e nas 24 horas de recursos relacionados à diagnose e terapêutica, de acordo com o modelo assistencial e o perfil de demanda.

·Estrutura da UTI intermediária e unidade pós-operatória, se houver, similar ao da UTI principal.

·Serviços de apoio disponíveis nas 24 horas.

·Condições de lavagem simples e anti-sepsia das mãos, acessível inclusive aos visitantes externos (na entrada e saída).

·Programa de manutenção preventiva dos equipamentos.

·Precauções padronizadas e rotina para isolamento do cliente/paciente.

·Cumprimento das normas de controle de infecção.

Quadro 2 – Níveis de qualidade de tratamento de numa Unidade de Terapia Intensiva. Tratamento Intensivo – Nível 1. (Organização Nacional de Acreditação Hospitalar – ONA. Data de emissão: 01/12/2003. Data de revisão 06/03/2006).

O serviço dispõe de manuais e normas, rotinas e procedimentos documentados, atualizados e disponíveis, bem como protocolos clínicos e estatísticos básicas; o registro de atividades e controles periódicos consta do prontuário e subsidia a avaliação da assistência e as práticas de auditoria interna; a equipe recebe treinamento periódico conforme relacionado no quadro abaixo:

·Manuais de normas, rotinas e procedimentos documentados, atualizados.

·Programa de educação e treinamento continuado.

·Processo de assistência contempla medidas específicas de prevenção de infecções hospitalares, supervisionada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.

·Procedimentos voltados para a continuidade de cuidados ao cliente/paciente e seguimento de casos.

Quadro 3 – Níveis de manuais e normas, rotinas e procedimentos de numa Unidade de Terapia Intensiva. Tratamento Intensivo –Tratamento Intensivo – Nível 2. (Organização Nacional de Acreditação Hospitalar – ONA. Data de emissão: 01/12/2003. Data de revisão 06/03/2006).

O serviço realiza avaliações periódicas da sua eficácia; dispõe de sistema de aferição da satisfação dos clientes (internos e externos); dispõe de um sistema de informação e indicadores que permitem a avaliação do setor e comparações com referenciais adequados e integrados ao programa institucional então listado no quadro abaixo:

·Sistema de planejamento e melhoria contínua em termos de estrutura, novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais e ciclos de melhoria com impacto sistêmico.

·Sistema de informação baseado em taxas e indicadores específicos do serviço que permitem análises e comparações.

·Sistema de aferição da satisfação dos clientes (internos e externos).

Quadro 4 – Níveis de avaliações periódicas da sua eficácia; do sistema de aferição da satisfação dos clientes numa Unidade de Terapia Intensiva. Tratamento Intensivo – Tratamento Intensivo – Nível 3. (Organização Nacional de Acreditação Hospitalar – ONA. Data de emissão: 01/12/2003. Data de revisão 06/03/2006).

Os itens de verificação apontam as fontes onde os avaliadores podem procurar as provas, ou o que o hospital puder apresentar para indicar que cumpre com um determinado padrão e em que nível. Estas fontes podem ser: qualquer documento do hospital, entrevista com as chefias de serviço, funcionários, clientes e familiares, prontuários médicos, registros dos pacientes e outros.

·Não acreditado: não atendido aos padrões e níveis mínimos exigidos;

·Acreditado: conformidade com os padrões definidos no nível 1;

·Acreditado pleno: conformidade com os padrões definidos no nível 2;

·Acreditado com excelência: conformidade com os padrões definidos no nível 3.

Quadro 5 – Itens de verificação Quanto aos resultados, poderão ser apresentados em quatro situações. (ONA – Organizações Nacional de Acreditação. Emissão 01/12/2003. Revisada em 06/03/2006).

A Unidade de Terapia Intensiva dentro de uma instituição hospitalar possui grandes avanços tecnológicos que contribuem para o tratamento e cuidados com pacientes hospitalizados, o que implica em uma melhor qualidade da assistência. A busca pela melhoria da qualidade depende não somente dos avanços tecnológicos e científicos, mas principalmente da utilização desse conhecimento pelos profissionais.

Quando falamos em melhoria da qualidade da assistência pela utilização do conhecimento produzido, incorporamos a noção de que devemos também visualizar o ser humano de forma global para alcançarmos o processo de cuidar, é importante que as condições fisiológicas assim como as psicossociais estejam em equilíbrio e que o profissional compreenda o processo saúde-doença.

Mello & Camargo (1998) sugerem uma grande série de indicadores que abranja todas as áreas, desde a internação até a alta hospitalar. Dentre eles, por exemplo, os serviços médicos propriamente ditos submetem o paciente à infecção, ulcera por pressão e hematoma da ferida operatória, ate mesmo a morte. Em vista disso um dos grandes focos para que uma instituição receba o titulo de Acreditação, esta na redução do índice de Ulcera por Pressão dentro de uma unidade de terapia intensiva.

Segundo Maklebust e Magnan (1994) relatam que, em 1987, "Comissão Conjunta de Acreditação de Hospitais (The Joint Commission for the Accreditation of Health Care Organization - JCAHO), um órgão do governo americano para avaliação e credenciamento dos serviços de saúde, estabeleceu a Ulcera por Pressão, como um dos indicadores de qualidade do cuidado e a partir daí, diversas organizações de saúde americanas passaram a enfocar o problema mais de perto".

Naquele mesmo ano, um painel nacional de aconselhamento em Ulcera por Pressão (National Pressure Ulcer Adivisory Panel - NPUAP) foi formado nos Estados Unidos por profissionais da saúde e especialistas, com a missão de melhorar os resultados da prevenção e tratamento por meio da educação, pesquisa e políticas públicas.

Em 1989, esse painel promoveu a primeira Conferência Nacional de Consenso para alertar sobre a gravidade do problema da Ulcera por Pressão e despertar a necessidade de atenção nacional, principalmente dos órgãos do governo americano (CUDDIGAN et aI. 2001).

De acordo com Bergstrom et aI. (1995) destacou essa questão, enfatizando, no entanto, que muitas medidas preventivas têm custos elevados, sendo necessária à identificação dos pacientes com risco para Ulcera por Pressão de forma que as intervenções sejam realizadas adequadamente [...] Uma simples orientação de mobilização adequada no leito proporcionaria a minimização das lesões.

Programas preventivos, baseados em pesquisa guiados pela avaliação do risco do paciente, podem simultaneamente reduzir a incidência em até 60% e diminuir os custos da prevenção, buscando a qualidade do cuidado de enfermagem, orientando e participando a equipe a busca da Acreditação Hospitalar, com vista à melhoria da qualidade da assistência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A acreditação é fundamental para a qualidade dos serviços prestados à população. A acreditação é uma estratégia educativa e que busca levar de uma forma acessível e prática a lógica da qualidade e da melhoria contínua para as organizações de saúde e com isso garantir uma assistência mais qualificada para a população. Enfim, que os serviços no Brasil, pelo menos nos próximos anos, não sejam tão desiguais. Temos hoje no país serviços de excelente qualidade, comparáveis ao que existe de melhor no mundo, e por outro lado nós temos serviços de baixíssima qualidade e pouca segurança para o paciente. A idéia é construir um sistema mais harmônico de saúde para a população.

Como pode ser observado na pesquisa, há diversos níveis que precisam ser passados para atingir a certificação. Para chegar ao nível 3, é preciso cumprir todos os requisitos dos outros estágios. É sempre cumulativo. O nível de exigência e de complexidade aumenta. Pelo critério de pontuação média, poderíamos ter áreas de altíssimo desempenho e outras com níveis baixos, mas que resultaria em uma boa média. Não adianta ter uma Unidade de Terapia Intensiva sofisticada e altamente qualificada, mas, por exemplo, ter altos índices de Ulcera por Pressão. A orientação quanto a Mobilidade adequada no leito, é importante no setor onde existem pacientes críticos, pois há os riscos de infecção hospitalar e outros riscos para a segurança do paciente, que sempre precisam ser analisados.

Um Programa de Acreditação Hospitalar deve ter a efetiva responsabilidade em medir o desempenho, em promover melhorias de qualidade facilitando estímulos externos e o necessário esforço interno, e que também tenha uma simples responsabilidade perante os usuários. É imprescindível, saber se a instituição de saúde está realmente cumprindo com as exigências de sua clientela.

O esforço no sentido de integrar o Programa de Qualidade com o Programa de Acreditação Hospitalar não só se constitui numa iniciativa produtiva, como inovadora, que podem contribuir decisivamente para a elevação da qualidade dos serviços de saúde, redução de custos e legitimidade social das organizações.

O grande desafio, em termos de fator humano, relacionados à acreditação hospitalar é integrar o lado humano através da motivação de seus funcionários, de tal forma que a organização obtenha ganhos desenvolvendo e sendo desenvolvida por profissionais que fazem parte de todo o conjunto organizacional.

Acreditamos que os enfermeiros podem desenvolver programas inovadores nas organizações centrados em novas concepções de estrutura e propriedades dos seus serviços. Este com vistas a melhores pratica em saúde e melhor qualidade do cuidado para a sociedade.

Enfim, a instituição necessita conhecer e participar da rede de saúde de sua região ou localidade, colaborando com estas instancia de cuidado, garantindo o melhor e mais adequado nível de assistência aos pacientes sob seus cuidados.

SYSTEMATIZATION OF ASSISTANCE IN THE CONTEXT OF ACCREDITATION IN HOSPITAL IN ICU

ABSTRACT

The quest for quality in the care of health services is no longer an isolated and attitude has become today a technical and social imperative, where society is increasingly demanding the quality of services provided.The objective of this study was the creation of standards and assessment mechanisms and control of quality care by the nurse. The aim was to thus reference literature as the Joint Commission on Accreditation of Hospitals - JCAHO, a body of American government for evaluation and accreditation of health services, the National Organization of Accreditation (NOA),and data from the Ministry of Health through the Manual of Accreditation Brazilian hospital. Data Bank to search as Scielo.As the quality assurance requires a greater level of professionalism and therefore a better technical development.The results show that the goal of a quality program should be the satisfaction of the patient, offering a competent assistance, with a minimum of complications or sequels.The nursing can innovate their work, offering quality services, with specific knowledge that their actions can lead to excellence in administrative assistance, through the planning.In the latter, preventive programs, can reduce both the incidence and reduce the costs of prevention, seeking the quality of nursing care, directing and helping the team to search for the Accreditation Hospital, aimed at improving quality of care.

Keywords: Customer, Quality, Systematization, Hospital accreditation, ICU.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Associação Brasileira de Acreditação

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