SÍNDROME HEPATOPULMONAR EM PACIENTES PORTADORES DE CIRROSE HEPÁTICA ALCOÓLICA: UMA REVISÃO.

Graciele Cruz de Almeida Santos¹; Jéssica de Oliveira Santos2; Josemira Pereira3; Josuela Maia Diogenes4; Marislene Soares da Silva Coutinho5; Juliane Vilela Salomão 6 

RESUMO: A cirrose hepática alcoólica é uma inflamação do fígado que ocorre pelo uso excessivo do álcool, tendo como complicação dessa patologia a síndrome hepatopulmonar, a qual se refere na redução exacerbada da oxigenação e dilatação vasculares intrapulmonares. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, com o objetivo geral em analisar a síndrome hepatopulmonar em pacientes portadores de cirrose hepática alcoólica. Portanto, a SHP em cirróticos é de suma importância uma vez que manifesta varias complicações fisiopatológicos que se não tratadas adequadamente podem progredir e evoluir para o óbito.

PALAVRAS-CHAVE: Síndrome hepatopulmonar ; Cirrose hepática alcoólica;

1Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado – Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB

2Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado – Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB

3Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado – Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB

4Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado – Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB

5Discente do Curso de Enfermagem Bacharelado – Faculdade São Francisco de Barreiras - FASB

6Enfermeira, Pós-Graduada em Enfermagem do Trabalho, Docente na Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB






1 - INTRODUÇÃO

O Brasil vem ocupando a 4º posição na lista de países que mais consomem álcool nas Américas (1).  O consumo excessivo dessa droga lícita leva ao desenvolvimento de diversas alterações no organismo, dentre essas se destaca a cirrose hepática, que é uma doença crônica do fígado, caracterizada pela inflamação e fibrose difusa do que resultam alterações estruturais drásticas e uma significativa perda da função hepática (2).  

O desenvolvimento da cirrose, só ocorre devido as respostas do fígado a determinado agente agressor. Portando, essas respostas passam a ser limitadas, sendo que as mais importantes é a formação de fibrose difusa dos septos, o colapso dos lóbulos e a regeneração hepatocitária, assim levará a formação de nódulos (3). O consumo de álcool se configura como um complexo problema de saúde pública do Brasil, pois se apresenta como o fator predominante de mais de 10% de toda morbimortalidade ocorrida no país (4).

Mesmo sendo necessário estudos mas específicos e abrangentes, para determinar uma caracterização mais objetiva dos custos sociais e de saúde relacionados ao álcool no Brasil, as evidências existentes são suficientes para indicar como prioritária uma agenda de políticas públicas que considerem a elaboração de intervenções de controle social desse produto, 2008 (4).

A epidemiologia da cirrose hepática nos países em desenvolvimento não é muito conhecida, porém o Ministério da Saúde afirma que essa patologia está entre as dez primeiras causas de morte no Brasil, sendo o fator de maior prevalência o uso exagerado do álcool enquanto em cirroses por outras etiologias, a mortalidade é mais tardia (5). Por esse motivo essa doença é mais frequente no sexo masculino (5,6).

Essa patologia pode-se manifestar tanto na forma sintomática como assintomática, quando sintomáticas as alterações mais frequentes são: anorexia, redução do fluxo sanguíneo pulmonar, fraqueza e osteoporose que pode resultar na síndrome hepatopulmonar (SHP), a qual se refere na redução exacerbada da oxigenação e dilatação vasculares intrapulmonares.

 As complicações existentes em paciente cirróticos alteram função normal dos pulmões. Como exemplo tem-se a ascite tensa, a qual procede da elevação de liquido na cavidade peritoneal (7), diminuindo a ventilação e prejudicando as trocas gasosas pela elevação e limitação dos movimentos do diafragma (8). Sabe-se que doenças pulmonares, como bronquite crônica, são normalmente frequentes em pacientes cirróticos, principalmente entre alcoólatras, que habitualmente fumam e exibem episódios de infecção pulmonar (8,9).

A síndrome hepatopulmonar atinge 10% dos portadores de cirrose hepática alcoólica (10) e é considerada uma fase terminal em portadores dessa doença crônica, caracterizada como sendo uma complicada relação entre pulmão e fígado (11). Tem-se então com essas informações a seguinte problemática, quais os fatores que contribuem para o desenvolvimento da hepatopulmonar em pacientes portadores de cirrose hepática alcoólica?

 A síndrome hepatopulmonar (SHP), é uma complicação importante da doença hepática alcoólica (DHA), sendo tal fato preocupante pelas suas implicações prognosticas e terapêuticas. (12). Diante dessas informações partiu o interesse do grupo em realizar esse estudo, buscando conscientizar a população em geral que o uso excessivo do álcool pode favorecer a varias complicações hepáticas, sendo uma delas, a cirrose hepática alcoólica, podendo evoluir para uma síndrome hepatopulmonar e consequentemente ao óbito. 

    

Baseado nessa realidade, este estudo tem por objetivo principal analisar a síndrome hepatopulmonar em pacientes portadores de cirrose hepática alcoólica. Sendo mencionados também os objetivos específicos, buscando identificar as classificações da doença em portadores da síndrome hepatopulmonar; descrever as complicações da síndrome hepatopulmonar em pacientes com cirrose hepática alcoólica; apontar as principais manifestações da síndrome hepatopulmonar em pacientes portadores de cirrose hepática e mostrar a relação da síndrome hepatopulmonar com a cirrose hepática alcoólica.

 

2 – METODOLOGIA

Baseia-se no método de revisão de literatura acerca da Sindrome Hepatopulmonar em pacientes portadores de cirrose hepática alcoólica. Foram selecionados artigos acerca do tema, disponível em meios eletrônicos Bireme, Scielo e Google acadêmico.

Utilizou-se 16 artigos voltados especificamente para o assunto aqui investigado, estabelecendo-se os seguintes critérios de inclusão para o desenvolvimento do trabalho cientifico: artigos científicos redigidos em português completo, publicados entre os períodos de 1995 e 2010.

 

3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

3.1  Classificação da doença em portadores da Síndrome Hepatopulmonar

A síndrome hepatopulmonar (SHP) ocorre em portadores de doença hepática alcoólica, que desenvolvem dilatações vasculares intrapulmonares, resultando em concentrações arteriais de oxigênio inferior a quantidade normal necessária (13).

Diante dos resultados encontrados com a pesquisa feita em um total de 20  literaturas, foi mencionado em 4 dessas que a SHP é classificado em dois tipos. Essa classificação dá-se de acordo com a PaO2 e com achados angiográficos(14,15). O primeiro tipo foi caracterizado pela presença de dilatações pré-capilares longas que exibem resposta semelhante a normal de oxigênio a 100% (PaO2 > 400mmHg). Nesse tipo, a hipoxemia poderia ser esclarecida pelo dano da capacidade de resposta vasoconstritora dos pulmões a classes hipóxicas. No segundo tipo são situadas pequenas e localizadas vasodilatações e malformações arteriovenosas, que oferecem pobre retorno à administração de oxigênio a 100%. Esse tipo é menos comum do que o primeiro (16).No entanto Rodriguez-Roisin et al (17) classificaram a SHP em quatro tipos: leve, moderada, grave e muito grave, associada as alterações hemogasométricas, especificamente a PaO2.

 A radiografia dos vasos pulmonares tem a função de detectar anormalidades na sua vascularização, assim como sua localização, e por meio dessa é possível classificar a SHP em tipo I e tipo II (14). A SHP tipo I é subclassificada em leve e grave. Na leve, podem-se observar as aranhas vasculares que aparecem de formas pequenas e difusas e, na grave, é confirmada a importante dilatação dos vasos, figuras com forma de esponja ou manchada, com classificação difusa em ambos as parte pulmonares. Já no tipo grave, o qual é menos comum que o anterior, se manifesta pela presença de pequenas anormalidades vasculares que indica comunicações arteriovenosas ou malformações (18).

A oferta de oxigênio a 100% auxilia na classificação da SHP, sendo essa distinguida em tipo I, quando ocorre após o uso de oxigênio a dilatações pré-capilares difusas e resposta semelhantes ao normal da PaO2, e o tipo II, que manifesta-se pelas alterações parecidas às malformações arteriovenosas (MAV) (19).

3.2 - Complicações da Síndrome Hepatopulmonar em pacientes com Cirrose Hepática

Considerando as complicações da síndrome hepatopulmonar (SHP) na cirrose hepática, do total de artigos, foi ressaltado em 4 que essas alterações funcionais resultam da oxigenação arterial, 3 desses artigos destacaram que ocorrem de uma expressiva dilatação das arteríolas e em 7 afirmaram que são decorrentes das dilatações capilares pulmonares, já a vasodilatação pulmonar, foi encontrada em 5 dos artigos estudados. Diante dessas informações, pode-se afirmar que a síndrome hepatopulmonar (SHP), é apontada por alterações da oxigenação arterial, em composição de doença hepática, o que resulta na dilatação das arteríolas capilares pulmonares e na vasodilatação pulmonar, manifestada por mediadores do fígado lesionado (12-13). Além disso, pode-se manifestar na hepatite aguda (8) ou crônica (20) e também na hipertensão portal sem doenças hepáticas (21,22), integra-se repetidamente a cirrose hepática, com alta prevalência(23-24).

Uma ampla parte das complicações da cirrose é provocada pelas alterações microvasculares observadas tanto na ampliação do número, do calibre ou da luz dos vasos septais, como também na capilarização dos sinusóides no parênquima, com desenvolvimento de curto-circuitos (“shunts”) artério-venosos (25). A doença do fígado apresenta alterações na vasculatura do pulmão que determinam em pequenos e numerosos shunts artério - venosos. O aparecimento dos shunts anatômicos intrapulmonares acontece em pequenas quantidades e dificilmente explicaria os baixos níveis de oxigenação arterial, manifestados em clientes portadores de cirrose (3).

3.3 - Principais manifestações da Síndrome Hepatopulmonar em pacientes portadores de cirrose hepática

Das principais manifestações encontradas da SHP nos portadores de DHA de todos os artigos selecionados, 7 apontaram a dispneia como sendo a de maior prevalência, o hipocratismo digital foi relatado em 6, já a fadiga e as aranhas vasculares, foram expostos em 5 e a platpnéia, ortodeóxia e a cianose foram encontradas em 4 desses artigos. No entanto, as manifestações mais frequentes proporcionadas pela SHP são: dispneia, que é o principal sintoma pulmonar, e apresenta-se de forma insidiosa podendo agravar por determinado exercício (26).

A platipnéia é um sintoma caracterizado por dispneia, quando o cliente adquire a posição em pé ou sentado e há melhoria quando a posição é em decúbito dorsal. A platipneia e ortodeóxia refletem a intensidade e agravamento da dilatação vascular do pulmão, que ocorre nas partes inferiores pulmonares. Porém alguns autores afirmam que grande parte dos pacientes não apresentam sintomas, porém em determinados casos pode apresentar a SHP com hipoxemia evidente (27). A SHP não é identificada com facilidade, pois a mesma possui peculiaridades clinicas inespecífica, tem-se então a necessidade de ser investigada adequadamente (28).

3.4 - Relação da Síndrome Hepatopulmonar com a cirrose hepática alcoólica

Quanto à relação da SHP, com a cirrose hepática alcoólica, somente em 1 dos artigos estudados falava sobre. Contudo, autores afirmam que essa relação está associada ao aumento na concentração de óxido nítrico nos pulmões ou em vias aéreas dos portadores dessa síndrome. Sendo essa elevação de (NO) um dos responsáveis pelo surgimento da SHP. Pesquisas feitas com cirróticos descreveram níveis elevados de NO quando comparado a indivíduos não cirróticos, e identificaram relação do NO e irregularidades em trocas gasosas (29,30).

Assim como também essa relação dar-se devido a Cirrose Hepática acometer diretamente o fígado, prejudicando a metabolização dos hormônios progesterona e estradiol (17). Esses achados são provavelmente os principais responsáveis pela intima ligação entre SHP e as aranhas vasculares, que ocorre indivíduos cirróticos portadores da SHP (31).

4- CONCLUSÃO

 O presente estudo afirma que o Brasil está entre os países que mais consume droga lícita no mundo, resultando em um elevado número de portadores com cirrose hepática alcoólica a qual tem como complicação relativamente frequente a síndrome hepatopulmonar.

No entanto os resultados deste estudo nos permitem concluir que a síndrome hepatopulmonar em cirróticos alcoólicos manifesta várias complicações fisiopatológicas, classificada conforme o local atingido e o agente causador, estando essas mais relacionadas à susceptibilidade individual assim como também o sexo e fatores genéticos de cada portador alcoólico. Sendo essa síndrome por muitas vezes assintomáticas.

Entretanto sabe-se que a ação de enfermagem prestada aos portadores dessa patologia é de essencial importância, uma vez que o bom resultado do tratamento depende do enfermeiro convencer o paciente sobre a precisão de trata-se o mais precoce possível e abster-se do álcool, assim como conscientizar a população em geral quanto as principais alterações e problemas patológicas que essa síndrome pode causar no organismo humano.

Portanto torna-se indispensável que a enfermagem detenha conhecimentos específicos acerca desta problemática, a fim de que um número maior de pacientes tenha a oportunidade de receber intervenção e tratamento adequados em relação à dependência alcoólica, pois essas se não prevenida ou tratada adequadamente pode levar ao óbito.

 

5 – REFERÊNCIAS

 

1 - Organização Mundial de Saúde (2000).

2 - Phipps, Wilma J. et al .”Enfermagem Médico-Cirúrgica”. Lusodidacta. ISBN.  Lisboa, 2003.

3 – Garcia, Eduardo – Alterações na função pulmonar secundárias á cirrose hepática. Porto Alegre (SC).

 4 -  Meloni, José Nino; Laranjeira, Ronaldo. Custo social e de saúde do consumo do álcool. Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, 2008 .

5 - Erlinger  S,  Benhamou  JI  Cirrhosis:  clinical  aspects  [cap  71. Em:  McIntyre  N,  Benhamu  JP,  Bircher  IAD,  Rizzeto  M,  Rodes  0.  Oxford  fexfbook  of  hepatology  [volume  l].  Paris  Oxford  Medical Press; 1991.

6-  Parrish  KM,  Higuchi  S, Muramatsu  T, Stinson  ES, Harford  TC.  A  method  for  estimating  alcohol related  liver  cirrhosis  mortality  in  Japan.  Inf J EpidernioZ1991;20:921-926.

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