1. Introdução

 

Analisando a vida e obra de Silvestre Pinheiro Ferreira (1769-1846), constata-se o seu grande apego às atividades intelectuais que, incansavelmente, ao longo da vida, sempre desenvolveu, sendo por isso reconhecido e, solicitada a sua colaboração, aos mais diversos níveis, embora essa participação lhe tenha originado dificuldades de vária ordem

Ao nível da educação, o seu desempenho é, hoje, considerado importante, pese embora as condições em que tenha exercido a atividade docente, por curtos períodos e, em circunstâncias pouco favoráveis, na medida em que, não assumiu a carreira docente a tempo integral.

Todavia, os estudos que efetuou, as obras que escreveu que foram, ou poderiam ser, utilizadas no ensino, justificam que se faça, no âmbito deste trabalho uma, ainda que muito breve, referência à sua participação na educação, principalmente na formação dos mais jovens, e, muito concretamente, ainda no século XIX, no ensino técnico-profissional, sem contudo descurar as letras.

Silvestre Ferreira, tal como outros políticos, seus contemporâneos, de que se destacariam: o Conde de Palmela e D. Rodrigo de Sousa Coutinho, trabalhara no sentido de salvar a monarquia portuguesa, recorrendo, para tal, à modernização política, económica e social.

A questão fundamental a resolver, centrava-se à volta do princípio da representação que, simultaneamente: com o conceito dos direitos individuais; do estabelecimento dos limites do poder do Estado e a recomposição harmoniosa dos poderes do Governo, o sistema poderia funcionar para que as relações político-sociais encontrassem eco na comunidade.

Antes, porém, o problema essencial passava pela integridade do Império e da Monarquia Portuguesa, e pela adoção de medidas adequadas: políticas, sociais, administrativas e jurídico-legais em ordem a salvaguardarem a dignidade do trono, a tranquilidade e o bem-estar dos povos.

É conhecida a grande preocupação de Silvestre Pinheiro Ferreira pelas questões sociais, porque, afinal, já na fase bem madura da sua vida, ele refletiu e passou o seu pensamento para a posteridade, através de vários trabalhos elaborados no exílio, em Paris.

Sem nunca renegar os seus ideais liberais a partir do sistema monárquico-constitucional e, estudando, inclusivamente, as doutrinas do socialismo utópico, desde logo, a partir das utopias de Platão, Campanela, Fenelon e outros, ele vai buscar alguma inspiração ao socialismo de Saint-Simon, Fourier e Owen, para melhor poder analisar a situação social da época, e assim fundamentar um projeto utilitário, pragmático e viável, no seio de um governo liberal, para o que defenderá processos de associação.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

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