SEXUALIDADE E DIVERSIDADE NA ESCOLA: 

“Um Olhar na Homofobia”

 

 

Tiago Lúcio Mendes Cardoso[1]

 

RESUMO

O presente artigo consiste em uma revisão teórica de alguns aspectos pertinentes a Sexualidade e a Diversidade dentro do ambiente escolar, tendo como objeto de estudo a pesquisa realizada com os alunos do 3º do Ensino Médio de uma Escola Pública Estadual da cidade de Nova Crixás-GO. O objetivo principal desta pesquisa é discutir e refletir a Sexualidade e a Diversidade com um olhar na homofobia. Levantar algumas questões sobre a interação dos professores e alunos, diante da diversidade, bem como questionar comportamentos, instigando-os a refletir sobre o convívio com a diversidade. Para este fim, foram utilizados autores, a propósito desta discussão, na tentativa de promover práticas educativas que valorize a diversidade, oportunizando a todos que participaram uma reflexão sobre a sua postura, junto ao convívio com a diversidade.

Palavras-chave: Diversidade, Educação, Sexualidade, Homofobia. 

 

ABSTRACT

This article consists of a theoretical review of some aspects pertaining to sexuality and diversity within the school environment, where the object of study, where the object of study, research conducted with students of the 3rd High School of State Public School in the city of New Crixás -GO. The main objective of this research is to discuss and reflect on Sexuality and Diversity with a look at homophobia. Raise questions about the interaction of teachers and students, given the diversity and questioning behaviors, encouraging them to reflect on the Living with diversity. To this end, the authors were used, the purpose of this discussion, in an attempt to promote educational practices that value diversity, providing opportunities to all who participated in a reflection on your posture, next to living with diversity.

Keywords: Diversity, Education, Sexuality, Homophobia.

 

1. INTRODUÇÃO

 

            A Diversidade tem se apresentado com mais fluência na sociedade. Não se tem falado tanto em Diversidade e Sexualidade como no presente e resultante disto surgiram também as aversões a essas diversidades. A escola tornou-se um dos espaços que tem uma importante influência na tentativa de mudança do comportamento frente ao respeito ao ser humano e ao direito de livre expressão.

            Abordar o contexto que combate o preconceito e discriminação contra a diversidade, não é tão fácil, visto que, ainda percebe-se uma passividade dos educadores e alunos, perante o modelo heterossexual, imposto por parte da sociedade. A figura homossexual, ainda é ignorada diante dos direitos legais, direcionadas a figura heterossexual.

A despeito de práticas entre pessoas do mesmo sexo, apenas no século XIX, foi construído um sujeito homossexual, que serviu para prescrever condutas desviantes e não correspondentes a seu contraposto imediato, a heterossexualidade – que, por conseguinte, é inventada junto com a homossexualidade.  Foucault (1988) apud Freitas (2011, p. 04).

            Mesmo que a imagem homossexual tem se apresentado, existe sempre uma forma de transformá-lo em uma figura heterossexual, inibindo e punindo quando foge desta transformação e dos moldes da sociedade, assim torna-se alvo de discriminações e preconceito, por se apresentar um desviante da heterossexualidade.

            Diante disto, este estudo usa o questionamento, junto aos alunos do 3º Ano noturno de uma Escola Estadual na cidade de Nova Crixás-GO, na tentativa de discutir o tema homofobia. O que tornou um pouco difícil a sua abordagem é o fato de quase todos os alunos estarem abertos superficialmente ao tema. Alguns professores temem lidar com o assunto, deixando sempre para que outro professor aborde o tema, mesmo reconhecendo, ser este, um tema multidisciplinar. Facilitar, então a compreensão desses temas, através de discussões que aprimorem a relação ensino/aprendizagem, torna-se necessárias nos atuais contextos educacionais. Faz-se necessário uma abertura ao tema com novas metodologias que valorizem o ser humano e que principalmente valorizem e respeitem a diversidade visando melhores condições de ensino e, simultaneamente proporcionem uma liberdade de expressão daqueles que fazem parte da diversidade em geral.

            Nessa perspectiva, as unidades escolares, devem investir na educação continuada do professor, capacitando-o para lidar com tema referente à diversidade e outros temas. Conscientes do dever de educar e transformar o espaço escolar em um espaço de livre expressão, discussão e reflexão. Morais (2011, p. 3) complementam que ”somente a partir dessas construções que o educador e educando realmente conseguirão uma formação mais direcionada para a construção da diversidade, da cidadania e das necessidades do educando”.

            Baseado nestas contribuições, este artigo apresenta o desenvolvimento de uma metodologia fundamentada na utilização de questionários criados sobre o tema Diversidade e Sexualidade na tentativa de fazer uma reflexão sobre os comportamentos que corroboram para com respeito ao ser humano. Por este fato através da pesquisa, procura-se levar os alunos a uma reflexão sobre a sua postura quanto ao convívio com homossexuais, conhecimentos quanto à definição de homossexualidade, sobre educação para diversidade e também sobre preconceito e discriminação que supostamente remete ao comportamento homofóbico.  Ocasionando, assim um momento para que todos aqueles que tiveram acesso a essa pesquisa, um aprendizado.

2. REFERENCIAL TEÓRICO: SEXUALIDADE E DIVERSIDADE NA ESCOLA: Um Olhar na Homofobia.

 

A heterossexualidade foi historicamente construída ao longo dos tempos e, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, além do gênero masculino e feminino, há outros marcadores sociais, que a partir da metade do século XX nos fez entender de que o preconceito e discriminação são oriundos, justamente dos processos históricos construídos. Considerando a criação do sujeito homossexual, que serviu para justificar as condutas desviantes, e não contraposto imediato, a heterossexualidade. Conforme ressalta Foucault (1988) apud Freitas (2011, p. 4-5).

A partir dessa criação que se passou a pensar em direitos e políticas sociais para os homossexuais, inúmeras manifestações foram marcadas por meio dos movimentos sociais que em sua maioria ganharam mais força a partir da metade do século XX. Logo, o surgimento desse sujeito homossexual, abriu espaço para que surgissem alguns estigmas, tais como a violência por preconceito.

O termo homofobia tem sido usado para explicar grande parte da negatividade a cerca da homossexualidade. O conceito de homofobia explica o preconceito da sociedade contra homossexuais. Neste paradigma, as pessoas sentem-se ansiosas ou pouco à vontade ao conviverem com questões referentes à homossexualidade ou quando convivem com homossexuais.

A homofobia funciona como mais um importante obstáculo à expressão de intimidade entre homens. É preciso ser cauteloso e manter a camaradagem dentro de seus limites, empregando apenas gestos e comportamentos autorizados para o “macho”.   (LOURO, 2000 p.19)

Tal comportamento é tão prevalente, contudo, que os homossexuais são marginalizados na sociedade.  No espaço escolar compreende-se a relutância dos professores e alunos em conviver com diferentes contextos culturais, dentro deste conviver, normalmente as práticas de preconceito e discriminação frente à diversidade são pautadas e repetidas incansavelmente, ora por meio de mensagens normatizadas, ora através do silêncio e do consentimento da violência.

Segundo Deborah Britzman (1996) citada por Louro (2010. p.89) a forma como a sexualidade é tratada na escola apoia-se em mitos baseados na heteronormatividade, ou seja, esses mitos se associam a ignorância como uma forma de proteção. A ideia é que quanto menos os/as jovens souberem sobre homossexualidade, tanto mais estarão protegidos/as em relação a ele.

A homofobia não só afeta a quem manifesta uma expressão de gênero diferente da esperada – e de quem se suspeitar ter um desejo desviado, portanto, perigoso – mas também a todos os meninos e meninas e jovens que sofrem o terror de serem acusados de homossexuais. A homofobia instaura um regime de controle da conduta sexual e de adaptação aos padrões de gênero dominantes, presentes na formação de todas e todos. Ela monitora o tipo de contato físico que é possível haver, e em que contextos, entre homens e mulheres, e também as linguagens corporal e verbal, além do tipo de sensibilidade que se deve expressar e evitar.  (WELZER-LANG, 2001, p. 460).

Assim a homofobia descreve sentimentos negativos e, de auto relutância entre os homossexuais, o que não lhes permite em parte uma reivindicação apropriada de tratamento não discriminatório na sociedade.

 

A homofobia gera e está presente em insultos, ofensas e caricaturas sobre os papéis de gênero (por exemplo, de homens afeminados e mulheres masculinizadas), chegando até a violência física/letal em determinados casos, sofrida por gays e lésbicas e por travestis. As agressões homofóbicas, produzem reiteradamente no indivíduo agredido e na comunidade de pares a inferiorização. Operam como injúrias que se inscrevem no corpo e na memória da pessoa formando a personalidade do indivíduo e a consciência coletiva.  (ERIBON, 2008)

 

Cientes da importância da educação como mecanismo de transformação social, Schering e Marinho (2001, p. 57-58), destaca que,

Somente uma educação que respeite as diversidades culturais, étnicas e sexuais, guardando as especificidades de cada ser humano, favorecerá o desenvolvimento das capacidades individuais, de uma auto-estima saudável, de oportunidades iguais no trabalho e na vida social.

Mediante o posicionamento dos autores fica evidente que, os profissionais de educação devem oportunizar situações que favoreçam ações reflexivas sobre a sexualidade, sendo por meio do diálogo, reflexão e da possibilidade de reconstruir informações, e pautando-se sempre no respeito a si próprio e ao outro. Dessa forma os jovens conseguirão transformar ou reafirmar concepções e princípios, construindo significativamente seu próprio código de valores, visto que:

As possibilidades da sexualidade — das formas de expressar os desejos e prazeres — também são sempre socialmente estabelecidas e codificadas. As identidades de gênero e sexuais são, portanto, compostas e definidas por relações sociais, elas são moldadas pelas redes de poder de uma sociedade. De modo geral, salvo raras exceções, o/a homossexual admitido/a é aquele ou aquela que disfarça sua condição, “o/a enrustido/a”. De acordo com a concepção liberal de que a sexualidade é uma questão absolutamente privada, alguns se permitem aceitar “outras” identidades ou práticas sexuais desde que permaneçam no segredo e sejam vividas apenas na intimidade. (LOURO, 2000, p. 6 e 20)

              

Portanto é possível afirmar que a real necessidade do educador é que o mesmo deve ter acesso à formação específica para tratar de sexualidade com crianças e jovens na escola, possibilitando a construção de uma postura profissional, ética e consciente no trato desse tema. Nota-se na escola certo esquivo no que refere à vida sexual dos alunos, o que contribui para uma banalização e estreitamento do respeito e do compromisso. Fundamentados nessa formação, o educador devem se arriscar a uma abertura sobre a temática, pois com um grau de informação incorreta a respeito da diversidade sexual pode conduzir a dificuldade ao lidar com essa realidade escolar.

Consentida e ensinada na escola, a homofobia se expressa pelo desprezo, pelo afastamento, pela imposição do ridículo. Como se homossexualidade fosse “contagiosa”, cria-se uma grande resistência em demonstrar simpatia para com sujeitos homossexuais; a aproximação pode ser interpretada como uma adesão a tal prática ou identidade. (LOURO, 2000 p.19).

A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento da sexualidade dos alunos, pois traz os conhecimentos que ajudam os alunos a entender e enfrentar os desafios da vida. Na escola, estudar sexualidade possibilita acabar com tabus e crendices, garantir maior igualdade nas relações entre mulheres e homens melhorando significativamente a qualidade de vida.

Segundo Sayão (2010), o preconceito contra homossexuais permanece. E como preconceito se combate com a educação, não há como a escola se esquivar mais, portanto é importante salientar que a escola tem um papel importante  na  garantia de um espaço reflexivo, onde pluralidade de concepções, valores e crenças, sejam temas rotineiros.  A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento da sexualidade dos jovens, pois reproduz os conhecimentos que ajudam os alunos a entender e enfrentar os desafios da vida. Na escola estudar e entender diversidade, significa acabar com tabus e crendices, assim garantir maior igualdade nas relações entre mulheres e homens.

Valores sobre a diversidade muitas vezes são reprimidos e normatizados por influências religiosas e morais. Nessa perspectiva que em parte reprime, oprime e discrimina cabe a escola falar, explicar, debater e cada vez mais repassar conhecimentos para que os jovens não sofram por falta de informação e pré-conceito. Segundo Louro (1999), “em nossa sociedade, a norma que se estabelece, historicamente, remete ao homem branco, heterossexual, de classe média urbana e cristã, e esta passa a ser a referência que não precisa mais ser nomeada”. Serão os “outros” sujeitos sociais que se tornarão “marcados”, que se definirão e serão denominados a partir desta referência. Desta forma, a mulher é representada como “segundo sexo” e gays e lésbicas são descritos como desviantes da norma “heterossexual”.

Conforme Frison (2008, p.02) “no espaço escolar, dentro da sala de aula, por exemplo, há alunos em condições de subordinação em relação aos professores, os quais assumem o papel de transmissores de um conhecimento legitimado”. É notável que os alunos estejam submissos a determinadas condições e comportamentos pré-determinados, organizados pela dinâmica escolar, legados ao seu gênero. Seriam os “corpos dóceis, corpos submissos”, como enfatiza Foucault (1979, p.118-119) apud Frison (2008, p.02), que ressalta, ainda que:

 

A compreensão do caráter social da sexualidade é definida pelas elaborações histórica, política e contextual, explicadas pelas manifestações sociais e históricas, cujas formas e variações não podem ser identificadas sem que se examine e explique o contexto em que se formaram.

A pessoa nasce com seu corpo definido, porém a sexualidade é aprendida, construída pelo próprio sujeito e, em grande parte, condicionada por sistemas de valores familiares, culturais e sociais vigentes. Estes valores são, muitas vezes, reforçados, reprimidos e normatizados por influências religiosas e morais, o que confirma nos livros didáticos e histórias infantis, os quais submetem a criança a determinados modelos ideológicos que influem sobre sua expressão.

 

Nesta óptica que em parte reprime, oprime e discrimina, cabe na verdade, a escola falar, explicar, debater e cada vez mais repassar conhecimentos e reconstruir conceitos. O que se tem observado no dia-a-dia escolar é certo descaso do docente com temas ligados a diversidade, ressalto a diversidade sexual, a diversidade religiosa e a diversidade cultural. Porém, ao abordar o tema diversidade, por mais que o professor esteja rodeado dela, ele pode não se sentir  estimulado ou preparado para abordar esses assuntos, quando não possui formação especifica para tal. Sem tais informações, o professor pode não se sentir a vontade para direcionar um questionamento produtivo. Por outro lado com esse despreparo, os alunos temem por meio de suas atitudes e questionamentos, serem alvos de chacotas e repressões.

 

3. METODOLOGIA

 

 

 

Este artigo foi desenvolvido através da análise do cotidiano de alunos e professores em escola da rede pública estadual. Avalia seus comportamentos e suas opiniões, diante de situações envolvendo o tema sexualidade e diversidade, com enfoque no preconceito e a discriminação contra homossexuais. Teve como fatores contribuintes a proposta de possibilitar ações educativas que promovam a inclusão da diversidade dentro do ambiente escolar e a redução da vulnerabilidade à homofobia.

A população estudada foi composta por alunos e professores do último ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Zizi Perilo Caiado, localizada na região norte do Estado de Goiás, centro-oeste do Brasil. Depois de esclarecidos e orientados quanto à realização do estudo, seus objetivos e métodos, aceitaram participar do estudo e assinaram o termo de consentimento da participação da pessoa na pesquisa um total de 20 alunos e 06 professores do turno noturno.

Com a colaboração dos educadores, foram promovidos curtos momentos de discussão sobre a questão da diversidade e da sexualidade no ambiente escolar, objetivando interar os alunos sobre o assunto e instigá-los a um pensamento prévio a aplicação do instrumento deste estudo.

O principal instrumento para a realização deste estudo foi à aplicação de questionários individuais, concernentes ao assunto, visando avaliar a capacidade de retenção do assunto abordado. Por meio de metodologia fundamentada em aulas teóricas e dialogada, buscou alcançar e entender, através do dialogo a vivência do aluno.  A elaboração dos questionários com conteúdo direcionado a prática pedagógica do professor foram aplicados, buscando compreender suas contribuições acerca de sua atuação e interação, diante da diversidade que compõe a escola.

Os questionários aplicados respeitavam o direito do anonimato de cada indivíduo, bem como, o livre arbítrio de cada um em responder ou não a cada uma das 18 questões. Além de algumas questões objetivas, predominou em sua maioria questões subjetivas e argumentativas, que permitiram aos alunos expor seus conhecimentos, dentro da dimensão da construção do sujeito, tendo a preocupação de levá-los a uma reflexão sobre a vulnerabilidade a qual são submetidos os homossexuais, principalmente na região em que eles vivem.

Os dados contidos nos questionários foram analisados e comparados, para verificar se houve alguma confrontação das respostas, indicadas pelos alunos e professores, sempre com ênfase nos resultados dos alunos.

3.1 Resultados e Discussão

Dos 20 questionários aplicados aos alunos, apenas 16 deles foram incluídos na análise dos dados, sendo assim, 04 questionários foram excluídos, devido a um preenchimento inferior a 20% do questionário, inviabilizando a análise. Algumas das questões dos questionários aplicados não foram respondidas, alguns alunos preferiram não emitir suas opiniões em relação a alguns assuntos questionados. Estes fatos são resultantes do constante respeito ao livre arbítrio dos participantes deste estudo, que foi empregado em todas as etapas deste estudo.

Da população estudada: 62,5% (n=10) eram do sexo masculino e 37,5% (n=6) eram do sexo feminino, com idade compreendida entre 15 e 44 anos, sendo assim distribuídos: 31% (n=5) com idade entre 15 e 17; 50% (n=8) entre 26 e 28 anos; 13% (n=2) entre 27 e 32 anos e 6% (n=1).  

Um aspecto importante foi à homogeneidade que compunha a turma, visto que no município oferece a Educação de Jovens e Adultos a oferta atende apenas o ensino fundamental. Portanto a presença de pessoas acima de 26 anos nesta unidade escolar é freqüente. Já no período matutino e vespertino predomina a presença de alunos menores de 18 anos.

Quando questionados sobre sua orientação sexual foi observado que alguns alunos preferiram não emitir opinião. Sendo assim, % (n=0). Para Britzman (1996): “toda identidade sexual é uma construção instável, mutável, volátil, uma relação social contraditória e não finalizada”.

Sobre a definição de homossexualidade, 69% (n=11) dos entrevistados a definiram como uma opção do individuo, apenas 6% (=1) dos alunos compreende que o ser humano nasce homem ou mulher, porém vive a sua orientação sexual, conforme desejada. Já 6% (n=1) compreende que se trata de uma fase da vida. Somente um (6%) dos entrevistados preferiu não responder a questão.

 Compreendo a importância da definição do homossexualismo, e enfim o nascimento da homofobia, Borrilo (2000), afirma que a “homofobia vigia e acusa tudo o que considera ser um desvio do masculino na direção do feminino e vise-versa, controlando as fronteiras do natural das relações entre sexos”. 

Quando questionados sobre sua visão acerca da homofobia, apenas 62,5% (n=10) a caracterizaram como “uma opção sexual” e/ou “desvio do sexo”. 6% (n=1) direcionou a sua resposta usando uma ideologia religiosa; e apenas 6% (n=1) argumentou remetendo-se ao preconceito contra homossexuais. Sendo assim, nota-se que os alunos compreendem a homossexualidade e a homofobia, porém não souberam expressar de maneira conceitual.

Segundo Louro (1997) o gênero é entendido como algo que integra a identidade do sujeito, que faz parte da pessoa e a constitui. E por isso diferentemente de outras abordagens, compreendem que papéis e estereótipos são estruturas fixas baseadas em padrões ou regras restabelecidas para cada sociedade, deixando de fora as múltiplas formas que podem assumir as masculinidades e feminilidades e as complexas redes de poder.

Questionados sobre o convívio com homossexuais, 62,5% (n=10) afirmaram possuir em seu ciclo social pelo menos um indivíduo homossexual, já 37,5% (n=6) afirmaram não ter nenhum tipo de contato com homossexuais no seu circulo social. Entretanto, a maioria dos entrevistados 75% (n=12) não se definiram como preconceituoso. Alguns ainda acrescentaram que o convívio com uma pessoa homossexual depende de como ele se comporta diante da sociedade. Segundo Sayão (2010) “O preconceito contra homossexuais permanece. E como preconceito se combate com a educação não há como a escola se esquivar mais”. Um dos questionados afirmou, ainda, que através da educação, é possível discutir na tentativa de desmistificar o preconceito, inclusive racial, religioso.

Unanimemente, todos os indivíduos (salvo aqueles que preferiram não emitir opinião) concordaram que o preconceito contra homossexuais, traz efeitos negativos para vida daqueles que sofrem o preconceito, e essa opressão pode contribuir  negativamente na trajetória daqueles fazem parte desta diversidade.

Entretanto, questionados sobre o que acharia se “um(a) amigo(a) seu(ua) se tornasse amigo(a) de um homossexual e passasse a andar com ele, como você reagiria?”. As respostas mais relevantes foram: “não me importaria, pois, não sou preconceituoso, respeito à orientação sexual das pessoas”, “procuraria conhecer um pouco mais a história de vida desta pessoa, para depois permitir a aproximação do(a) meu(minha) amigo(a)”, “desconfiaria que meu(minha) amigo(a) teria um envolvimento amoroso com essa pessoa”. Conforme cita Britzman (p. 74, 1996) e Eribom (2008) complementa que ao longo do tempo o convívio dos alunos, aqueles alunos são sistematicamente hostilizados nas escolas por serem considerados “mulherzinhas”, “bichinhas” ou “viados”, assim o medo que rodeia aqueles que fazem parte da diversidade sexual sofrem as consequências, quando apresentam comportamento diferente.

Segundo Borrilo (2000) no espaço escolar, as práticas homofóbicas são pautadas e repetidas incansavelmente, ora através de mensagens normatizadoras, ora através do silêncio e do consentimento da violência. Questionados sobre a leitura da temática (sexualidade, diversidade, homossexualidade, homofobia) a maioria dos questionados afirmaram não ter contato ou interesse pelo assunto. Embora estejam abertos a debater sobre o tema. Salvo ao fato de que estudo tenha sido conduzido em duas turmas do 3º ano do ensino médio, foi possível obter dados heterogêneos, onde a minoria entrevistada 37,5% (n=6) afirmou já ter discutido anteriormente sobre a temática com professores e colegas em sala de aula, porém os professores demonstram não ter habilidade para tratar o assunto.

Questionados sobre a aprovação à criminalização da homofobia, para resolução dos preconceitos, discriminação e violência contra homossexuais, a maioria dos entrevistados ressaltaram que “não concorda com aprovação de leis”. Entretanto, pode-se observar nos argumentos uma falta de conhecimento acerca do assunto, que pode nos conduzir a uma reflexão de que no âmbito escolar a discussão da temática é fraca ou ausente.

Em síntese vários entrevistados concordam que devem ser criados parâmetros legais, através do Programa Brasil sem Homofobia, para que seja atingido um senso de justiça contra àqueles que praticam a homofobia, levando-os a punição. Apena um entrevistado respondeu de modo violento e homofóbico afirmando que “a solução seria matar os viados”. Vale acreditar que a execução desta pesquisa, possibilitou momentos de discussão e reflexão sobre o tema.

 

 

 

 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Estes resultados mostraram, portanto, que assuntos sobre a homossexualidade, ainda, são tabu para alguns jovens, pois procuram não falar muito sobre o assunto, até porque temem sofrer algum tipo de discriminação. Como a sociedade puna aquilo que desvia do modelo social, neste caso a homossexualidade, pessoas com determinado comportamento, considerado desviante, deveriam suportar as brincadeiras, as chacotas, o silêncio, como forma de punição.

É importante salientar que a utilização de metodologias diferenciadas e inovadoras nas escolas, torna um caminho viável para conscientização dos alunos, principalmente no que se refere ao quesito preconceito e discriminação.  Sabendo da clientela que compõe a escola, vale ressaltar que valorização da diversidade favorece na valorização do ser humano, no respeito possibilitando uma interação saudável entre alunos e professores.

Para Golênia (2009), é de consenso que a adoção de metodologias inovadoras e abertas nas escolas permite o aluno interagir, participar, escolher, construir conteúdos, como forma de tornar o aprendizado mais eficiente quando associado a um significado. É o processo de ensino em que a aprendizagem depende do próprio aluno. O professor atua como facilitador ou orientador para que o estudante faça pesquisas, reflita e decida por ele mesmo, o que fazer para atingir um objetivo.

Dessa maneira, cabe ao professor estimular seus alunos para que desenvolvam boas ações. Incentivando-os a refletir sobre suas ações, contribuindo para uma sociedade, onde não há regras estabelecidas que sobreponham ao desejo e anseios do ser humano.

O professor deve dentro de sua metodologia, incluir conteúdos que valorizem a diversidade, seja ela no âmbito religioso, racial, cultural, sexual, de forma a valorização a mistificação do que se forma a cultura brasileira.

A maioria dos professores que participaram demonstraram estarem abertos a trabalhar com a diversidade que compõe o grupo escolar, alguns já chegaram a ter acessos a cursos, palestras, seminários, encontros que abordou o tema diversidade, porem sentem-se intimidados a lidar com o assunto em sala, a biblioteca escolar não dispõe de obras que aborde especificamente esse conteúdo.  Sobretudo um dos professores mencionou que como sua disciplina é exata “ele não trabalha o tema diversidade na sua disciplina”. Ou até mesmo deixam de abordar assunto sobre diversidade, devido à ideologia religiosa.

Nessa perspectiva, espera-se que os resultados obtidos possam proporcionar uma melhor qualidade de ensino e contribuir para o combate aos preconceitos referentes à homofobia e, também para que o aluno tenha liberdade para expressar e conviver em meio a diversidade.

Em síntese, investi em um olhar sobre a diversidade. Acredito que através da Educação e da inovação do sistema educacional; novos olhares e novas formas de abordagens surgirão. Assim espera-se que esta pesquisa e outras venham contribuir de forma significante para esse olhar do estado e daqueles que trabalham com educação e uma abertura sobre o tema, transformando a realidade dos alunos e da sociedade em geral.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ALTMANN, Helena. Orientação Sexual dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Estudos Feministas, n.° 575. 2001.  

BORILLO, Daniel. A Homofobia. In: DINIZ, Débora; LIONÇO, Tatiana. Homofobia &

Educação: um desafio ao silêncio. Brasília: Letras Livres: EdUnB, 2009, p. 15-27.

BRITZMAN, Deborah. O que é essa coisa chamada amor: identidade homossexual, educação e currículo. Revista Educação & Realidade, v. 21, n. 1, jan./jul. 1996.

ERIBON, Didier. Reflexões sobre a questão gay. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008.

FREITAS, Fátima R. A. de; ARANTES, João Estevão R.; PERILLO, Marcelo de P. Perillo. Combatendo Preconceitos: Discriminação e Homofobia. Apostila do 2º Modulo do Curso de Especialização: Educação para a Diversidade e Cidadania. UFG: 2011.

FRISON. Lourdes Maria Bragagnolo. Corpo, Gênero e Sexualidade na Educação Infantil. Revista: Reflexão e Ação.  Vol. 16. N.° 01, 2008. Disponível em http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/569/395.  

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. Vol. 1. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

GOLÊNIA, Luís. O Espaço de Ensino-Aprendizagem e as Novas Tecnologias: Realidades e Possibilidades. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/711-4.pdf?PHPSESSID=2009051409114583 > Acesso em: 27 janeiro 2012, 08h00min.

LOURO, Guacira Lopes (Org.); FELIPE, Jane; e GOELLNER, Silvana Vilodre. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

_______; O corpo educado: Pedagogias da Sexualidade Tradução dos artigos: Tomaz Tadeu da Silva — Belo Horizonte: Autêntica, 2000. 176p.

_______: Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

_______: Pedagogias da sexualidade. 2ª ed. Rio de Janeiro. Autêntica, 1999.

MORAIS, Dayse Alvares de. Metodologias de Ensino: Discutindo Práticas de Educação para Diversidade. Apostila do 1º Módulo do Curso de Especialização: Educação para a Diversidade e Cidadania. UFG: 2011.

SAYÃO, Roseli. Tema Proibido. Disponível em www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/tema-proibido acesso em 17 de outubro de 2010.

SCHERING E FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. Sexualidade: prazer em conhecer. CONSED, 2001.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista de estudos feministas, Florianópolis, v. 9 n.° 02, p. 460-482, p. 2001.

 

SEXUALIDADE E DIVERSIDADE NA ESCOLA:

         “Um Olhar na Homofobia”

 

 

Tiago Lúcio Mendes Cardoso[1]

 

RESUMO

O presente artigo consiste em uma revisão teórica de alguns aspectos pertinentes a Sexualidade e a Diversidade dentro do ambiente escolar, tendo como objeto de estudo a pesquisa realizada com os alunos do 3º do Ensino Médio de uma Escola Pública Estadual da cidade de Nova Crixás-GO. O objetivo principal desta pesquisa é discutir e refletir a Sexualidade e a Diversidade com um olhar na homofobia. Levantar algumas questões sobre a interação dos professores e alunos, diante da diversidade, bem como questionar comportamentos, instigando-os a refletir sobre o convívio com a diversidade. Para este fim, foram utilizados autores, a propósito desta discussão, na tentativa de promover práticas educativas que valorize a diversidade, oportunizando a todos que participaram uma reflexão sobre a sua postura, junto ao convívio com a diversidade.

Palavras-chave: Diversidade, Educação, Sexualidade, Homofobia. 

 

ABSTRACT

This article consists of a theoretical review of some aspects pertaining to sexuality and diversity within the school environment, where the object of study, where the object of study, research conducted with students of the 3rd High School of State Public School in the city of New Crixás -GO. The main objective of this research is to discuss and reflect on Sexuality and Diversity with a look at homophobia. Raise questions about the interaction of teachers and students, given the diversity and questioning behaviors, encouraging them to reflect on the Living with diversity. To this end, the authors were used, the purpose of this discussion, in an attempt to promote educational practices that value diversity, providing opportunities to all who participated in a reflection on your posture, next to living with diversity.

Keywords: Diversity, Education, Sexuality, Homophobia.

 

1. INTRODUÇÃO

 

            A Diversidade tem se apresentado com mais fluência na sociedade. Não se tem falado tanto em Diversidade e Sexualidade como no presente e resultante disto surgiram também as aversões a essas diversidades. A escola tornou-se um dos espaços que tem uma importante influência na tentativa de mudança do comportamento frente ao respeito ao ser humano e ao direito de livre expressão.

            Abordar o contexto que combate o preconceito e discriminação contra a diversidade, não é tão fácil, visto que, ainda percebe-se uma passividade dos educadores e alunos, perante o modelo heterossexual, imposto por parte da sociedade. A figura homossexual, ainda é ignorada diante dos direitos legais, direcionadas a figura heterossexual.

A despeito de práticas entre pessoas do mesmo sexo, apenas no século XIX, foi construído um sujeito homossexual, que serviu para prescrever condutas desviantes e não correspondentes a seu contraposto imediato, a heterossexualidade – que, por conseguinte, é inventada junto com a homossexualidade.  Foucault (1988) apud Freitas (2011, p. 04).

            Mesmo que a imagem homossexual tem se apresentado, existe sempre uma forma de transformá-lo em uma figura heterossexual, inibindo e punindo quando foge desta transformação e dos moldes da sociedade, assim torna-se alvo de discriminações e preconceito, por se apresentar um desviante da heterossexualidade.

            Diante disto, este estudo usa o questionamento, junto aos alunos do 3º Ano noturno de uma Escola Estadual na cidade de Nova Crixás-GO, na tentativa de discutir o tema homofobia. O que tornou um pouco difícil a sua abordagem é o fato de quase todos os alunos estarem abertos superficialmente ao tema. Alguns professores temem lidar com o assunto, deixando sempre para que outro professor aborde o tema, mesmo reconhecendo, ser este, um tema multidisciplinar. Facilitar, então a compreensão desses temas, através de discussões que aprimorem a relação ensino/aprendizagem, torna-se necessárias nos atuais contextos educacionais. Faz-se necessário uma abertura ao tema com novas metodologias que valorizem o ser humano e que principalmente valorizem e respeitem a diversidade visando melhores condições de ensino e, simultaneamente proporcionem uma liberdade de expressão daqueles que fazem parte da diversidade em geral.

            Nessa perspectiva, as unidades escolares, devem investir na educação continuada do professor, capacitando-o para lidar com tema referente à diversidade e outros temas. Conscientes do dever de educar e transformar o espaço escolar em um espaço de livre expressão, discussão e reflexão. Morais (2011, p. 3) complementam que ”somente a partir dessas construções que o educador e educando realmente conseguirão uma formação mais direcionada para a construção da diversidade, da cidadania e das necessidades do educando”.

            Baseado nestas contribuições, este artigo apresenta o desenvolvimento de uma metodologia fundamentada na utilização de questionários criados sobre o tema Diversidade e Sexualidade na tentativa de fazer uma reflexão sobre os comportamentos que corroboram para com respeito ao ser humano. Por este fato através da pesquisa, procura-se levar os alunos a uma reflexão sobre a sua postura quanto ao convívio com homossexuais, conhecimentos quanto à definição de homossexualidade, sobre educação para diversidade e também sobre preconceito e discriminação que supostamente remete ao comportamento homofóbico.  Ocasionando, assim um momento para que todos aqueles que tiveram acesso a essa pesquisa, um aprendizado.

2. REFERENCIAL TEÓRICO: SEXUALIDADE E DIVERSIDADE NA ESCOLA: Um Olhar na Homofobia.

 

A heterossexualidade foi historicamente construída ao longo dos tempos e, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, além do gênero masculino e feminino, há outros marcadores sociais, que a partir da metade do século XX nos fez entender de que o preconceito e discriminação são oriundos, justamente dos processos históricos construídos. Considerando a criação do sujeito homossexual, que serviu para justificar as condutas desviantes, e não contraposto imediato, a heterossexualidade. Conforme ressalta Foucault (1988) apud Freitas (2011, p. 4-5).

A partir dessa criação que se passou a pensar em direitos e políticas sociais para os homossexuais, inúmeras manifestações foram marcadas por meio dos movimentos sociais que em sua maioria ganharam mais força a partir da metade do século XX. Logo, o surgimento desse sujeito homossexual, abriu espaço para que surgissem alguns estigmas, tais como a violência por preconceito.

O termo homofobia tem sido usado para explicar grande parte da negatividade a cerca da homossexualidade. O conceito de homofobia explica o preconceito da sociedade contra homossexuais. Neste paradigma, as pessoas sentem-se ansiosas ou pouco à vontade ao conviverem com questões referentes à homossexualidade ou quando convivem com homossexuais.

A homofobia funciona como mais um importante obstáculo à expressão de intimidade entre homens. É preciso ser cauteloso e manter a camaradagem dentro de seus limites, empregando apenas gestos e comportamentos autorizados para o “macho”.   (LOURO, 2000 p.19)

Tal comportamento é tão prevalente, contudo, que os homossexuais são marginalizados na sociedade.  No espaço escolar compreende-se a relutância dos professores e alunos em conviver com diferentes contextos culturais, dentro deste conviver, normalmente as práticas de preconceito e discriminação frente à diversidade são pautadas e repetidas incansavelmente, ora por meio de mensagens normatizadas, ora através do silêncio e do consentimento da violência.

Segundo Deborah Britzman (1996) citada por Louro (2010. p.89) a forma como a sexualidade é tratada na escola apoia-se em mitos baseados na heteronormatividade, ou seja, esses mitos se associam a ignorância como uma forma de proteção. A ideia é que quanto menos os/as jovens souberem sobre homossexualidade, tanto mais estarão protegidos/as em relação a ele.

A homofobia não só afeta a quem manifesta uma expressão de gênero diferente da esperada – e de quem se suspeitar ter um desejo desviado, portanto, perigoso – mas também a todos os meninos e meninas e jovens que sofrem o terror de serem acusados de homossexuais. A homofobia instaura um regime de controle da conduta sexual e de adaptação aos padrões de gênero dominantes, presentes na formação de todas e todos. Ela monitora o tipo de contato físico que é possível haver, e em que contextos, entre homens e mulheres, e também as linguagens corporal e verbal, além do tipo de sensibilidade que se deve expressar e evitar.  (WELZER-LANG, 2001, p. 460).

Assim a homofobia descreve sentimentos negativos e, de auto relutância entre os homossexuais, o que não lhes permite em parte uma reivindicação apropriada de tratamento não discriminatório na sociedade.

 

A homofobia gera e está presente em insultos, ofensas e caricaturas sobre os papéis de gênero (por exemplo, de homens afeminados e mulheres masculinizadas), chegando até a violência física/letal em determinados casos, sofrida por gays e lésbicas e por travestis. As agressões homofóbicas, produzem reiteradamente no indivíduo agredido e na comunidade de pares a inferiorização. Operam como injúrias que se inscrevem no corpo e na memória da pessoa formando a personalidade do indivíduo e a consciência coletiva.  (ERIBON, 2008)

 

Cientes da importância da educação como mecanismo de transformação social, Schering e Marinho (2001, p. 57-58), destaca que,

Somente uma educação que respeite as diversidades culturais, étnicas e sexuais, guardando as especificidades de cada ser humano, favorecerá o desenvolvimento das capacidades individuais, de uma auto-estima saudável, de oportunidades iguais no trabalho e na vida social.

Mediante o posicionamento dos autores fica evidente que, os profissionais de educação devem oportunizar situações que favoreçam ações reflexivas sobre a sexualidade, sendo por meio do diálogo, reflexão e da possibilidade de reconstruir informações, e pautando-se sempre no respeito a si próprio e ao outro. Dessa forma os jovens conseguirão transformar ou reafirmar concepções e princípios, construindo significativamente seu próprio código de valores, visto que:

As possibilidades da sexualidade — das formas de expressar os desejos e prazeres — também são sempre socialmente estabelecidas e codificadas. As identidades de gênero e sexuais são, portanto, compostas e definidas por relações sociais, elas são moldadas pelas redes de poder de uma sociedade. De modo geral, salvo raras exceções, o/a homossexual admitido/a é aquele ou aquela que disfarça sua condição, “o/a enrustido/a”. De acordo com a concepção liberal de que a sexualidade é uma questão absolutamente privada, alguns se permitem aceitar “outras” identidades ou práticas sexuais desde que permaneçam no segredo e sejam vividas apenas na intimidade. (LOURO, 2000, p. 6 e 20)

              

Portanto é possível afirmar que a real necessidade do educador é que o mesmo deve ter acesso à formação específica para tratar de sexualidade com crianças e jovens na escola, possibilitando a construção de uma postura profissional, ética e consciente no trato desse tema. Nota-se na escola certo esquivo no que refere à vida sexual dos alunos, o que contribui para uma banalização e estreitamento do respeito e do compromisso. Fundamentados nessa formação, o educador devem se arriscar a uma abertura sobre a temática, pois com um grau de informação incorreta a respeito da diversidade sexual pode conduzir a dificuldade ao lidar com essa realidade escolar.

Consentida e ensinada na escola, a homofobia se expressa pelo desprezo, pelo afastamento, pela imposição do ridículo. Como se homossexualidade fosse “contagiosa”, cria-se uma grande resistência em demonstrar simpatia para com sujeitos homossexuais; a aproximação pode ser interpretada como uma adesão a tal prática ou identidade. (LOURO, 2000 p.19).

A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento da sexualidade dos alunos, pois traz os conhecimentos que ajudam os alunos a entender e enfrentar os desafios da vida. Na escola, estudar sexualidade possibilita acabar com tabus e crendices, garantir maior igualdade nas relações entre mulheres e homens melhorando significativamente a qualidade de vida.

Segundo Sayão (2010), o preconceito contra homossexuais permanece. E como preconceito se combate com a educação, não há como a escola se esquivar mais, portanto é importante salientar que a escola tem um papel importante  na  garantia de um espaço reflexivo, onde pluralidade de concepções, valores e crenças, sejam temas rotineiros.  A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento da sexualidade dos jovens, pois reproduz os conhecimentos que ajudam os alunos a entender e enfrentar os desafios da vida. Na escola estudar e entender diversidade, significa acabar com tabus e crendices, assim garantir maior igualdade nas relações entre mulheres e homens.

Valores sobre a diversidade muitas vezes são reprimidos e normatizados por influências religiosas e morais. Nessa perspectiva que em parte reprime, oprime e discrimina cabe a escola falar, explicar, debater e cada vez mais repassar conhecimentos para que os jovens não sofram por falta de informação e pré-conceito. Segundo Louro (1999), “em nossa sociedade, a norma que se estabelece, historicamente, remete ao homem branco, heterossexual, de classe média urbana e cristã, e esta passa a ser a referência que não precisa mais ser nomeada”. Serão os “outros” sujeitos sociais que se tornarão “marcados”, que se definirão e serão denominados a partir desta referência. Desta forma, a mulher é representada como “segundo sexo” e gays e lésbicas são descritos como desviantes da norma “heterossexual”.

Conforme Frison (2008, p.02) “no espaço escolar, dentro da sala de aula, por exemplo, há alunos em condições de subordinação em relação aos professores, os quais assumem o papel de transmissores de um conhecimento legitimado”. É notável que os alunos estejam submissos a determinadas condições e comportamentos pré-determinados, organizados pela dinâmica escolar, legados ao seu gênero. Seriam os “corpos dóceis, corpos submissos”, como enfatiza Foucault (1979, p.118-119) apud Frison (2008, p.02), que ressalta, ainda que:

 

A compreensão do caráter social da sexualidade é definida pelas elaborações histórica, política e contextual, explicadas pelas manifestações sociais e históricas, cujas formas e variações não podem ser identificadas sem que se examine e explique o contexto em que se formaram.

A pessoa nasce com seu corpo definido, porém a sexualidade é aprendida, construída pelo próprio sujeito e, em grande parte, condicionada por sistemas de valores familiares, culturais e sociais vigentes. Estes valores são, muitas vezes, reforçados, reprimidos e normatizados por influências religiosas e morais, o que confirma nos livros didáticos e histórias infantis, os quais submetem a criança a determinados modelos ideológicos que influem sobre sua expressão.

 

Nesta óptica que em parte reprime, oprime e discrimina, cabe na verdade, a escola falar, explicar, debater e cada vez mais repassar conhecimentos e reconstruir conceitos. O que se tem observado no dia-a-dia escolar é certo descaso do docente com temas ligados a diversidade, ressalto a diversidade sexual, a diversidade religiosa e a diversidade cultural. Porém, ao abordar o tema diversidade, por mais que o professor esteja rodeado dela, ele pode não se sentir  estimulado ou preparado para abordar esses assuntos, quando não possui formação especifica para tal. Sem tais informações, o professor pode não se sentir a vontade para direcionar um questionamento produtivo. Por outro lado com esse despreparo, os alunos temem por meio de suas atitudes e questionamentos, serem alvos de chacotas e repressões.

 

3. METODOLOGIA

 

 

 

Este artigo foi desenvolvido através da análise do cotidiano de alunos e professores em escola da rede pública estadual. Avalia seus comportamentos e suas opiniões, diante de situações envolvendo o tema sexualidade e diversidade, com enfoque no preconceito e a discriminação contra homossexuais. Teve como fatores contribuintes a proposta de possibilitar ações educativas que promovam a inclusão da diversidade dentro do ambiente escolar e a redução da vulnerabilidade à homofobia.

A população estudada foi composta por alunos e professores do último ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Zizi Perilo Caiado, localizada na região norte do Estado de Goiás, centro-oeste do Brasil. Depois de esclarecidos e orientados quanto à realização do estudo, seus objetivos e métodos, aceitaram participar do estudo e assinaram o termo de consentimento da participação da pessoa na pesquisa um total de 20 alunos e 06 professores do turno noturno.

Com a colaboração dos educadores, foram promovidos curtos momentos de discussão sobre a questão da diversidade e da sexualidade no ambiente escolar, objetivando interar os alunos sobre o assunto e instigá-los a um pensamento prévio a aplicação do instrumento deste estudo.

O principal instrumento para a realização deste estudo foi à aplicação de questionários individuais, concernentes ao assunto, visando avaliar a capacidade de retenção do assunto abordado. Por meio de metodologia fundamentada em aulas teóricas e dialogada, buscou alcançar e entender, através do dialogo a vivência do aluno.  A elaboração dos questionários com conteúdo direcionado a prática pedagógica do professor foram aplicados, buscando compreender suas contribuições acerca de sua atuação e interação, diante da diversidade que compõe a escola.

Os questionários aplicados respeitavam o direito do anonimato de cada indivíduo, bem como, o livre arbítrio de cada um em responder ou não a cada uma das 18 questões. Além de algumas questões objetivas, predominou em sua maioria questões subjetivas e argumentativas, que permitiram aos alunos expor seus conhecimentos, dentro da dimensão da construção do sujeito, tendo a preocupação de levá-los a uma reflexão sobre a vulnerabilidade a qual são submetidos os homossexuais, principalmente na região em que eles vivem.

Os dados contidos nos questionários foram analisados e comparados, para verificar se houve alguma confrontação das respostas, indicadas pelos alunos e professores, sempre com ênfase nos resultados dos alunos.

3.1 Resultados e Discussão

Dos 20 questionários aplicados aos alunos, apenas 16 deles foram incluídos na análise dos dados, sendo assim, 04 questionários foram excluídos, devido a um preenchimento inferior a 20% do questionário, inviabilizando a análise. Algumas das questões dos questionários aplicados não foram respondidas, alguns alunos preferiram não emitir suas opiniões em relação a alguns assuntos questionados. Estes fatos são resultantes do constante respeito ao livre arbítrio dos participantes deste estudo, que foi empregado em todas as etapas deste estudo.

Da população estudada: 62,5% (n=10) eram do sexo masculino e 37,5% (n=6) eram do sexo feminino, com idade compreendida entre 15 e 44 anos, sendo assim distribuídos: 31% (n=5) com idade entre 15 e 17; 50% (n=8) entre 26 e 28 anos; 13% (n=2) entre 27 e 32 anos e 6% (n=1).  

Um aspecto importante foi à homogeneidade que compunha a turma, visto que no município oferece a Educação de Jovens e Adultos a oferta atende apenas o ensino fundamental. Portanto a presença de pessoas acima de 26 anos nesta unidade escolar é freqüente. Já no período matutino e vespertino predomina a presença de alunos menores de 18 anos.

Quando questionados sobre sua orientação sexual foi observado que alguns alunos preferiram não emitir opinião. Sendo assim, % (n=0). Para Britzman (1996): “toda identidade sexual é uma construção instável, mutável, volátil, uma relação social contraditória e não finalizada”.

Sobre a definição de homossexualidade, 69% (n=11) dos entrevistados a definiram como uma opção do individuo, apenas 6% (=1) dos alunos compreende que o ser humano nasce homem ou mulher, porém vive a sua orientação sexual, conforme desejada. Já 6% (n=1) compreende que se trata de uma fase da vida. Somente um (6%) dos entrevistados preferiu não responder a questão.

 Compreendo a importância da definição do homossexualismo, e enfim o nascimento da homofobia, Borrilo (2000), afirma que a “homofobia vigia e acusa tudo o que considera ser um desvio do masculino na direção do feminino e vise-versa, controlando as fronteiras do natural das relações entre sexos”. 

Quando questionados sobre sua visão acerca da homofobia, apenas 62,5% (n=10) a caracterizaram como “uma opção sexual” e/ou “desvio do sexo”. 6% (n=1) direcionou a sua resposta usando uma ideologia religiosa; e apenas 6% (n=1) argumentou remetendo-se ao preconceito contra homossexuais. Sendo assim, nota-se que os alunos compreendem a homossexualidade e a homofobia, porém não souberam expressar de maneira conceitual.

Segundo Louro (1997) o gênero é entendido como algo que integra a identidade do sujeito, que faz parte da pessoa e a constitui. E por isso diferentemente de outras abordagens, compreendem que papéis e estereótipos são estruturas fixas baseadas em padrões ou regras restabelecidas para cada sociedade, deixando de fora as múltiplas formas que podem assumir as masculinidades e feminilidades e as complexas redes de poder.

Questionados sobre o convívio com homossexuais, 62,5% (n=10) afirmaram possuir em seu ciclo social pelo menos um indivíduo homossexual, já 37,5% (n=6) afirmaram não ter nenhum tipo de contato com homossexuais no seu circulo social. Entretanto, a maioria dos entrevistados 75% (n=12) não se definiram como preconceituoso. Alguns ainda acrescentaram que o convívio com uma pessoa homossexual depende de como ele se comporta diante da sociedade. Segundo Sayão (2010) “O preconceito contra homossexuais permanece. E como preconceito se combate com a educação não há como a escola se esquivar mais”. Um dos questionados afirmou, ainda, que através da educação, é possível discutir na tentativa de desmistificar o preconceito, inclusive racial, religioso.

Unanimemente, todos os indivíduos (salvo aqueles que preferiram não emitir opinião) concordaram que o preconceito contra homossexuais, traz efeitos negativos para vida daqueles que sofrem o preconceito, e essa opressão pode contribuir  negativamente na trajetória daqueles fazem parte desta diversidade.

Entretanto, questionados sobre o que acharia se “um(a) amigo(a) seu(ua) se tornasse amigo(a) de um homossexual e passasse a andar com ele, como você reagiria?”. As respostas mais relevantes foram: “não me importaria, pois, não sou preconceituoso, respeito à orientação sexual das pessoas”, “procuraria conhecer um pouco mais a história de vida desta pessoa, para depois permitir a aproximação do(a) meu(minha) amigo(a)”, “desconfiaria que meu(minha) amigo(a) teria um envolvimento amoroso com essa pessoa”. Conforme cita Britzman (p. 74, 1996) e Eribom (2008) complementa que ao longo do tempo o convívio dos alunos, aqueles alunos são sistematicamente hostilizados nas escolas por serem considerados “mulherzinhas”, “bichinhas” ou “viados”, assim o medo que rodeia aqueles que fazem parte da diversidade sexual sofrem as consequências, quando apresentam comportamento diferente.

Segundo Borrilo (2000) no espaço escolar, as práticas homofóbicas são pautadas e repetidas incansavelmente, ora através de mensagens normatizadoras, ora através do silêncio e do consentimento da violência. Questionados sobre a leitura da temática (sexualidade, diversidade, homossexualidade, homofobia) a maioria dos questionados afirmaram não ter contato ou interesse pelo assunto. Embora estejam abertos a debater sobre o tema. Salvo ao fato de que estudo tenha sido conduzido em duas turmas do 3º ano do ensino médio, foi possível obter dados heterogêneos, onde a minoria entrevistada 37,5% (n=6) afirmou já ter discutido anteriormente sobre a temática com professores e colegas em sala de aula, porém os professores demonstram não ter habilidade para tratar o assunto.

Questionados sobre a aprovação à criminalização da homofobia, para resolução dos preconceitos, discriminação e violência contra homossexuais, a maioria dos entrevistados ressaltaram que “não concorda com aprovação de leis”. Entretanto, pode-se observar nos argumentos uma falta de conhecimento acerca do assunto, que pode nos conduzir a uma reflexão de que no âmbito escolar a discussão da temática é fraca ou ausente.

Em síntese vários entrevistados concordam que devem ser criados parâmetros legais, através do Programa Brasil sem Homofobia, para que seja atingido um senso de justiça contra àqueles que praticam a homofobia, levando-os a punição. Apena um entrevistado respondeu de modo violento e homofóbico afirmando que “a solução seria matar os viados”. Vale acreditar que a execução desta pesquisa, possibilitou momentos de discussão e reflexão sobre o tema.

 

 

 

 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Estes resultados mostraram, portanto, que assuntos sobre a homossexualidade, ainda, são tabu para alguns jovens, pois procuram não falar muito sobre o assunto, até porque temem sofrer algum tipo de discriminação. Como a sociedade puna aquilo que desvia do modelo social, neste caso a homossexualidade, pessoas com determinado comportamento, considerado desviante, deveriam suportar as brincadeiras, as chacotas, o silêncio, como forma de punição.

É importante salientar que a utilização de metodologias diferenciadas e inovadoras nas escolas, torna um caminho viável para conscientização dos alunos, principalmente no que se refere ao quesito preconceito e discriminação.  Sabendo da clientela que compõe a escola, vale ressaltar que valorização da diversidade favorece na valorização do ser humano, no respeito possibilitando uma interação saudável entre alunos e professores.

Para Golênia (2009), é de consenso que a adoção de metodologias inovadoras e abertas nas escolas permite o aluno interagir, participar, escolher, construir conteúdos, como forma de tornar o aprendizado mais eficiente quando associado a um significado. É o processo de ensino em que a aprendizagem depende do próprio aluno. O professor atua como facilitador ou orientador para que o estudante faça pesquisas, reflita e decida por ele mesmo, o que fazer para atingir um objetivo.

Dessa maneira, cabe ao professor estimular seus alunos para que desenvolvam boas ações. Incentivando-os a refletir sobre suas ações, contribuindo para uma sociedade, onde não há regras estabelecidas que sobreponham ao desejo e anseios do ser humano.

O professor deve dentro de sua metodologia, incluir conteúdos que valorizem a diversidade, seja ela no âmbito religioso, racial, cultural, sexual, de forma a valorização a mistificação do que se forma a cultura brasileira.

A maioria dos professores que participaram demonstraram estarem abertos a trabalhar com a diversidade que compõe o grupo escolar, alguns já chegaram a ter acessos a cursos, palestras, seminários, encontros que abordou o tema diversidade, porem sentem-se intimidados a lidar com o assunto em sala, a biblioteca escolar não dispõe de obras que aborde especificamente esse conteúdo.  Sobretudo um dos professores mencionou que como sua disciplina é exata “ele não trabalha o tema diversidade na sua disciplina”. Ou até mesmo deixam de abordar assunto sobre diversidade, devido à ideologia religiosa.

Nessa perspectiva, espera-se que os resultados obtidos possam proporcionar uma melhor qualidade de ensino e contribuir para o combate aos preconceitos referentes à homofobia e, também para que o aluno tenha liberdade para expressar e conviver em meio a diversidade.

Em síntese, investi em um olhar sobre a diversidade. Acredito que através da Educação e da inovação do sistema educacional; novos olhares e novas formas de abordagens surgirão. Assim espera-se que esta pesquisa e outras venham contribuir de forma significante para esse olhar do estado e daqueles que trabalham com educação e uma abertura sobre o tema, transformando a realidade dos alunos e da sociedade em geral.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ALTMANN, Helena. Orientação Sexual dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Estudos Feministas, n.° 575. 2001.  

BORILLO, Daniel. A Homofobia. In: DINIZ, Débora; LIONÇO, Tatiana. Homofobia &

Educação: um desafio ao silêncio. Brasília: Letras Livres: EdUnB, 2009, p. 15-27.

BRITZMAN, Deborah. O que é essa coisa chamada amor: identidade homossexual, educação e currículo. Revista Educação & Realidade, v. 21, n. 1, jan./jul. 1996.

ERIBON, Didier. Reflexões sobre a questão gay. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008.

FREITAS, Fátima R. A. de; ARANTES, João Estevão R.; PERILLO, Marcelo de P. Perillo. Combatendo Preconceitos: Discriminação e Homofobia. Apostila do 2º Modulo do Curso de Especialização: Educação para a Diversidade e Cidadania. UFG: 2011.

FRISON. Lourdes Maria Bragagnolo. Corpo, Gênero e Sexualidade na Educação Infantil. Revista: Reflexão e Ação.  Vol. 16. N.° 01, 2008. Disponível em http://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/569/395.  

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. Vol. 1. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

GOLÊNIA, Luís. O Espaço de Ensino-Aprendizagem e as Novas Tecnologias: Realidades e Possibilidades. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/711-4.pdf?PHPSESSID=2009051409114583 > Acesso em: 27 janeiro 2012, 08h00min.

LOURO, Guacira Lopes (Org.); FELIPE, Jane; e GOELLNER, Silvana Vilodre. Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

_______; O corpo educado: Pedagogias da Sexualidade Tradução dos artigos: Tomaz Tadeu da Silva — Belo Horizonte: Autêntica, 2000. 176p.

_______: Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

_______: Pedagogias da sexualidade. 2ª ed. Rio de Janeiro. Autêntica, 1999.

MORAIS, Dayse Alvares de. Metodologias de Ensino: Discutindo Práticas de Educação para Diversidade. Apostila do 1º Módulo do Curso de Especialização: Educação para a Diversidade e Cidadania. UFG: 2011.

SAYÃO, Roseli. Tema Proibido. Disponível em www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/tema-proibido acesso em 17 de outubro de 2010.

SCHERING E FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO. Sexualidade: prazer em conhecer. CONSED, 2001.

WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista de estudos feministas, Florianópolis, v. 9 n.° 02, p. 460-482, p. 2001.

 

 

 

 



[1]          Acadêmico do curso de Licenciatura em Informática, e-mail [email protected]

 

 

 



[1]          Acadêmico do curso de Licenciatura em Informática, e-mail [email protected]