INTRODUÇÃO

Esse artigo surgiu da observação efetuada no decorrer da minha experiência no trabalho como supervisora pedagógica, na escola estadual na zona rural. No cotidiano escolar, tanto os gestores como os professores se vêm de frente com a prática de manifestações sexuais, masturbação em sala de aula, palavras ditas obscenas, e atitudes de intimidades com os colegas causando indisposições no convívio escolar.

A educação afetivo sexual foi introduzida nos parâmetros curriculares em 1.995 e nas diretrizes curriculares nacionais propostas pelo MEC e, ainda hoje é um dos aspectos muito importante na formação de profissionais para a educação, entre eles o gestor escolar.

No caso do gestor, algumas questões se fazem importantes: Como líder do processo escolar, qual o papel do gestor quanto ás manifestações da sexualidade na escola? Como gestor pode se preparar para lidar as ocorrências com as quais se defrontam no dia a dia da escola? Qual é o seu papel com relação à formação de professores para o trabalho educativo com relação à sexualidade na escola e quanto às ocorrências do cotidiano.

Figueiró (2001) salienta, ainda, que a “[...] educação sexual refere-se a toda ação ensino-aprendizagem sobre a sexualidade humana, seja o nível do co­nhecimento de informações básicas, seja no nível do conhecimento e/ou discussão e reflexão sobre valores, normas, sentimentos, emoções e atitudes relacionadas à vida sexual.” Assim o termo educação sexual é considerado como o mais correto: 

[…] o próprio termo educação sexual é mais adequado, na medida em que se abre espaço para que a pessoa que aprende seja considerada sujeito ativo do processo de aprendizagem e não mero receptor de co­nhecimento e/ou de orientação, como sugerem as outras terminolo­gias: orientação, informação, instituição. (FIGUEIRÓ, 2001, p. 154).