REVISTA ELETRÔNICA - APITABAHIA

Polêmico, eu?

Seu Relacionamento é Moderno como os Meus?

[1]SAMPAIO, Thiago Macedo. Graduado em Direito, UniJorge. Especializando em História das Culturas Afro-Brasileiras. Salvador, Bahia. 2009

Seu Relacionamento é Moderno como os Meus?

Thiago Macedo Sampaio

O que é mais importante num relacionamento?

Certa vez numa roda de amigos fiz esta pergunta e a resposta gerou uma discussão bem proveitosa que me fez entender as transformações pela qual minha vida passou.

Segundo uma amiga, para qual pedi que apontasse as três coisas que ela julgava ser essencial num relacionamento, me surpreendi quando apontou fidelidade (no ultrapassado sentido sócio-familiar), amor (na utópica ilusão dos contos de fadas) e cumplicidade (quanto ao parceiro como psicólogo em tempo integral). Embora a terceira escolha – a cumplicidade - não enquadre em minha análise de essencialidade, concentremos a atenção nas duas primeiras escolhas – fidelidade e amor.

Antes cabe apontar as três coisas que eu julgo essencial num relacionamento e as explicarei combatendo a corrente ideológica de minha amiga.

Em primeiro lugar e sem a qual eu não prosseguiria numa relação está à liberdade. Esta contrapõe a fidelidade apontada por minha amiga e reafirma a cumplicidade. Eu nasci para ser livre e já conquistei este direito e não pretendo perder. Um casal pode optar pela diversificação sexual tanto um para com o outro, quanto para com alguém alheio à relação.

Complementando a idéia de liberdade deriva o segundo colocado entre minhas exigências que é o respeito. Neste elemento, fica clara a desnecessidade da exclusividade na relação, ou seja, a exclusividade dar lugar à permissão da alternância, gerando conseqüentemente a quebra do elemento surpresa frustrativo. Este elemento surpresa frustrativo origina-se do sonho de encontrar alguém perfeito e posteriormente decepcionar-se com um adultério.

Em meu terceiro quesito elencado como essencial, aponto o interesse que vai de contra o amor apontado por minha amiga. O interesse seja físico, emocional, convencional ou econômico, completa o conjunto de elementos que julgo essencial numa relação. No decorrer do relacionamento o interesse tem outro importante papel, o de possibilitar ao casal se desejam ou não aderir a este sistema de relacionamento, podendo haver aderência por apenas uma das partes e ainda por tempo determinado.

Ao fim da discussão, questionei minha amiga se o ciúme deveria existir na relação e como podia esperar baseado no pensamento sócio-familiar impresso na personalidade da maioria das pessoas, minha amiga disse acreditar que o ciúme seria essencial na relação. A meu ver o ciúme está ligado a posse humana e isso é abominável, se gosto de algo garanto sua liberdade e exijo ser livre também, livre pra fazer o que quiser, quando quiser e com quem quiser, desde que haja a cumplicidade ou a renúncia dela na relação oficial, além de haver o respeito assumindo interesses e planejando se possível execuções juntos, num regime onde os dois sejam mutuamente favorecidos ou renuncie ao seu próprio favorecimento, compreendendo o espaço e o tempo do outro.

Toda esta introdução foi para explicar que a relação para mim é uma forma de contrato, onde duas pessoas que compartilham um interesse comum, físico, emocional, convencional ou econômico, possam estabelecer cláusulas permissíveis, como a liberdade, impondo condições, como o respeito, para que a preservação do espaço do outro garanta a diversidade e conseqüentemente a durabilidade do relacionamento.

A partir de minha corrente de pensamento aqui exposta percebo que me tornei uma pessoa extremamente aberta aos ideais contemporâneos, absorvendo na prática todos os estudos sobre enculturação, etnocentrismo, endocentrismo e egocentrismo, pois se em outros tempos eu seria acusado de heresia, hoje em dia no máximo serei considerado polêmico.

Ainda assim não me importo com as críticas, pois somente quem está dentro de um relacionamento conhece os problemas pelo qual o casal realmente passa, concluindo que continuarei desta forma, um cara que para se relacionar exige o não cortar de minhas asas.

Herege ou polêmico defendo a busca pela felicidade nos relacionamento, especialmente nos meus, tudo visando tornar os relacionamentos mais dinâmicos e consolidar numa relação "até que a morte nos separe", segundo a própria expressão tradicional ideológica.

Biografia

Nascido em 09 de outubro de 1986 na cidade de Itaberaba no interior da Bahia, onde concluiu o Ensino Médio no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães. Abandonou os cursos de Administração de Empresas e Letras Vernácula na UNEB. Graduando em Direito, iniciou seus estudos e pesquisas científicas ao ir morar e estudar em Goiânia, de onde estendeu seus estudos no intercâmbio para a Argentina e para a Bolívia conhecendo grandes nomes da ciência mundial, tal como no diálogo presencial com grandes nomes da ciência nacional em Minas Gerais, Brasília, Cuiabá e Salvador. É comum publicar suas pesquisas, artigos e livros em seu blog pessoal: WWW.thiagomacedosampaio.blogspot.com. Também é diretor da Associação dos Pensadores de Itaberaba no interior da Bahia (APITABAHIA), com informações no site WWW. Apitabahia.blogspot.com. Já escreveu mais de dez livros ainda não publicados por questão de status biográfico, tendo voltado para a Bahia para especializar-se em História das Culturas Afro-Brasileiras pela Faculdade de Tecnologia e Ciências da Bahia e cursar Mestrado em Educação e Contemporaneidade pela Universidade Estadual da Bahia, tudo visando investir no desenvolvimento de uma sólida carreira como Professor Universitário e Pesquisador Científico.



[1]Escritor e pesquisador, costuma exibir seus livros, artigos e críticas em seu blog pessoal: WWW.thiagomacedosampaio.blogspot.com. E-Mail: [email protected].