SEM TI, DEUS É DEUS; E SEM DEUS, QUEM ÉS TU?

 

Ora, quem és tu, afinal,

Que vives deveras absorto;

E, em teu mundo surreal,

Reputas Deus como morto?

 

Diz o néscio em seu coração:

Simplesmente não há Deus.

E, jactancioso, ele então

Posta-se no adro dos ateus…

 

Penso cá com os botões meus,

No quão triste é o teu revés,

Porquanto sem ti, Deus é Deus;

E tu, sem Deus, quem és?

 

Pois os atributos invisíveis do Criador

São claramente vistos em sua criação inefável;

Em seu eterno poder e divindade, quanto amor!

De modo que, ó néscio, tu és inescusável!

 

Lázaro Justo Jacinto